Resolução: O Folclore e a Dança
Lista de 22 exercícios de História da Arte com gabarito sobre o tema O Folclore e a Dança com questões do Enem.
Você pode conferir as videoaulas, conteúdo de teoria, e mais questões sobre o tema O Folclore e a Dança.
01. (Enem 2024) Uma definição possível para o conceito de arte afro-brasileira pode ser: produção plástica que é feita por negros, mestiços ou brancos a partir de suas experiências sociais com a cultura negra nacional. Exemplos clássicos dessa abordagem são Carybé (1911-1997), Mestre Didi (1917-2013) e Djanira da Motta e Silva (1914-1979), cujas obras emergem e ganham forma em razão do ambiente social no qual habitaram e viveram. Se Didi era um célebre representante da cultura religiosa nagô baiana e brasileira, iniciado desde o ventre no candomblé, Carybé era argentino e, naturalizado brasileiro, envolveu-se de tal modo com essa religião que alguns dos orixás dos quais conhecemos a imagem visual são produções suas.
Disponível em: www.premiopipa.com. Acesso em: 13 nov. 2021 (adaptado).
Sob a perspectiva da multiculturalidade e de acordo com o texto, a produção artística afro-brasileira caracteriza-se pelo(a)
- estranhamento no modo de apropriação da cultura religiosa de matriz africana.
- distanciamento entre as raízes de matriz africana e a estética de outras culturas.
- visão uniformizadora das religiões de matriz africana expressada nas diferentes produções.
- relação complexa entre as vivências pessoais dos artistas e os referenciais estéticos de matriz africana.
- padronização da forma de produção e da temática da matriz africana presente nas obras dos artistas citados.
Resposta: D
Resolução: questão aborda como a arte afro-brasileira reflete as experiências sociais dos artistas em contato com a cultura negra. A alternativa D é a mais adequada, pois enfatiza a relação profunda e complexa entre os aspectos culturais e as vivências pessoais dos artistas, que incorporam influências de matrizes africanas em suas obras, em vez de seguir uma visão única ou padronizada.
02. (Enem 2024) O festival folclórico de Parintins, no Amazonas, anunciou que o Boi Caprichoso levou, em 2018, seu 23.o título — contra 31 do adversário Boi Garantido. Desde o fim do evento que não paro de cantar duas músicas que aprendi no Bumbódromo (arena onde ocorre o espetáculo). Revezo entre “meu amor, eu sou feliz, ééé azul o meu país”, obviamente do boi azul, o Caprichoso; e “vermelhou o curral, a ideologia avermelhou”, do boi vermelho, o Garantido. Esse revezamento seria proibido em Parintins, cidade tão dividida entre as torcidas dos bois. Em Parintins, você tem de ter um lado. Há aqueles que tentam fugir e dizem que são “garanchoso”, com os quais me identifiquei, mas esses são vistos com certo desdém.
DYNLEWICZ, L. Disponível em: https://viagem.estadao.com.br. Acesso em: 22 nov. 2018 (adaptado).
A apropriação de elementos como rivalidade, competitividade, torcida e gritos de guerra pelo festival de Parintins evidencia a
- escolha de um local específico para a festa.
- importância atribuída pelos turistas aos bois.
- interação social estabelecida após o evento.
- aproximação da manifestação folclórica com o esporte.
- composição de enredos musicais pelos “garanchosos”
Resposta: D
Resolução: A questão destaca a rivalidade entre as torcidas dos bois no festival de Parintins, semelhante à competitividade presente em eventos esportivos. A opção D, que aponta para a “aproximação da manifestação folclórica com o esporte”, é a mais adequada, pois o texto reflete essa característica ao mencionar torcidas e gritos de guerra, elementos típicos de competições esportivas.
03. (Enem 2023) TEXTO I
Logo no início de Gira, um grupo de sete bailarinas ocupa o centro da cena. Mãos cruzadas sobre a lateral esquerda do quadril, olhos fechados, troncos que pendulam sobre si mesmos em vaguíssimas órbitas, tudo nelas sugere o transe. Está estabelecido o caráter volátil do que se passará no palco dali para frente. Mas enganasse quem pensa que vai assistir a uma representação mimética dos cultos afro-brasileiros.
TEXTO II
No diálogo que estabelece com religiões afro-brasileiras, sintetizado na descrição e na imagem do espetáculo, a dança exprime uma
- crítica aos movimentos padronizados do balé clássico.
- representação contemporânea de rituais ancestrais extintos.
- reelaboração estética erudita de práticas religiosas populares.
- releitura irônica da atmosfera mística presente no culto a entidades.
- oposição entre o resgate de tradições e a efemeridade da vida humana.
Resposta: C
Resolução:
04. (Enem 2023) O Marabaixo é uma expressão artístico-cultural formada nas tradições e na identificação cultural entre as comunidades negras do Amapá. O nome remonta às mortes de escravizados em navios negreiros que eram jogados na água. Em sua homenagem, hinos de lamento eram cantados mar abaixo, mar acima. Posteriormente, o Marabaixo se integrou à vivência das comunidades negras em um ciclo de danças, cantorias com tambores e festas religiosas, recebendo, em 2018, o título de Patrimônio Cultural do Brasil.
Disponível em: http//portal.iphan.gov.br.
Acesso em: 15 nov. 2021 (adaptado).
A manifestação do Marabaixo se constituiu em expressão de arte e cultura, exercendo função de
- ressignificar episódios dramáticos em novas práticas culturais.
- adaptar coreografas como imitação dos movimentos do mar.
- lembrar dos mortos no passado escravista como forma de lamento.
- perpetuar uma narrativa de apagamento dos fatos históricos traumáticos.
- ritualizar a passagem de atos fúnebres nas produções coletivas com espírito festivo.
Resposta: A
Resolução:
05. (Enem 2021) O solo A morte do cisne, criado em 1905 pelo russo Mikhail Fokine a partir da música do compositor francês Camille Saint-Saens, retrata o último voo de um cisne antes de morrer. Na versão original, uma bailarina com figurino a agonia da ave se debatendo até desfalecer.
Em 2012, John Lennon da Silva, de 20 anos, morador do bairro de São Mateus, na Zona Leste de São Paulo, elaborou um novo jeito de dançar a coreografia imortalizada pela bailarina Anna Pavlova. No lugar de um colã e das sapatilhas, vestiu calça jeans, camiseta e tênis. Em vez de balé, trouxe o estilo popping da street dance. Sua apresentação inovadora de A morte do cisne, que foi ao ar no programa Se ela dança, eu danço, virou hit no Youtube
Disponível em: www.correiobrazilliense.com.br. Acesso em: 18 jun. 2019 (adaptado).
A forma original de John Lennon da Silva reinterpretar a coreografia de A morte do cisne demonstra que
- a composição da coreografia foi influenciada pela escolha do figurino.
- a criação artística é beneficiada pelo encontro de modelos oriundos de diferentes realidades socioculturais.
- a variação entre os modos de dançar uma mesma música evidencia a hierarquia que marca manifestações artísticas.
- a formação erudita à qual o dançarino não teve acesso, resulta em artistas que só conhecem a estética da arte popular.
- a interpretação, por homens, de coreografias originalmente concebidas para mulheres exige uma adaptação complexa.
Resposta: B
Resolução: Sim, a forma original de John Lennon da Silva reinterpretar a coreografia de A morte do cisne demonstra que a criação artística pode ser beneficiada pelo encontro de modelos oriundos de diferentes realidades socioculturais. Ao adaptar a coreografia original de Fokine para o estilo de street dance, ele introduziu elementos de sua própria realidade sociocultural e criou uma versão inovadora e original da peça. Isso mostra como a arte pode ser um meio de expressão e de diálogo entre diferentes contextos e perspectivas, e como os artistas podem se inspirar em modelos anteriores para criar algo novo e original.
06. (Enem 2021) TEXTO I
Correu à sala dos retratos, abriu o piano, sentou-se e espalmou as mãos no teclado. Começou a tocar alguma coisa própria, uma inspiração real e pronta, uma polca, uma polca buliçosa, como dizem os anúncios. Nenhuma repulsa da parte do compositor; os dedos iam arrancando as notas, ligando-as, meneando-as; dir-se-ia que a musa compunha e bailava a um tempo. […….] Compunha só, teclando ou escrevendo, sem os vãos esforços da véspera, sem exasperação, sem nada pedir ao céu, sem interrogar os olhos de Mozart. Nenhum tédio. Vida, graça, novidade, escorriam-lhe da alma como de uma fonte perene.
ASSIS, M. Um homem célebre. Disponivel em: www.biblio.com.br.
Acesso em: 2 jun. 2019.
TEXTO II
Um homem célebre expõe o suplicio do músico popular que busca atingir a sublimidade da obra-prima clássica, e com ela a galeria dos imortais, mas que é traído por uma disposição interior incontrolável que o empurra implacavelmente na direção oposta. Pestana, célebre nos saraus, salões, bailes e ruas do Rio de Janeiro por suas composições irresistivelmente dançantes, esconde-se dos rumores à sua volta num quarto povoado de ícones da grande música europeia, mergulha nas sonatas do classicismo vienense, prepara-se para o supremo salto criativo e, quando dá por si, é o autor de mais uma inelutável e saltitante polca.
WISNIK, J. M. Machado maxixe: o caso Pestana. Teresa: revista de literatura brasileira, 2004 (adaptado).
O conto de Machado de Assis faz uma referência velada a maxixe, gênero musical inicialmente associado à escravidão e à mestiçagem. No Texto II, o conflito do personagem em compor obras do gênero é representativo da
- pouca complexidade musical das composições ajustadas ao gosto do grande público.
- prevalência de referências musicais africanas no imaginário da população brasileira.
- incipiente atribuição de prestígio social a músicas instrumentais feitas para a dança.
- tensa relação entre o erudito e o popular na constituição da música brasileira.
- importância atribuída à música clássica a sociedade brasileira do século XIX.
Resposta: E
Resolução: No conto de Machado de Assis, o personagem Pestana é um músico popular que tenta compor obras clássicas, mas é sempre traído por sua própria disposição interior, que o leva a compor polcas dançantes. Isso reflete a importância atribuída à música clássica pela sociedade brasileira do século XIX e a desvalorização de gêneros musicais associados à escravidão e à mestiçagem, como o maxixe. No Texto II, o conflito do personagem em compor obras do gênero é representativo desse contexto social e cultural.
07. (Enem 2021) Que tal transformar a internet em palco para a dança?
O coreógrafo e bailarino Didier Mulleras se destaca como um dos criadores que descobriram a dança de outro ponto de vista. Mini@tures é uma experiência emblemática entre movimento, computador, internet e vídeo. Com os recursos da computação gráfica, a dança das miniaturas pode caber na palma da mão. Pelo fato de usar a internet como palco, o processo de criação das miniaturas de dança levou em consideração os limites de tempo de download e o tamanho do arquivo, para que um número maios de “espectadores” pudesse assistir. A graça das miniaturas está justamente na contaminação entre mídias: corpo/dança/computação gráfica/internet. De fato, é a rede que faz a maior diferença nesse grupo. Mini@tures explora uma nova dimensão que descobre o espaço-tempo da web e conquista um novo território para a dança contemporânea. A qualquer hora, dança on-line.
SPANGHERO, M. A dança dos encéfalos acesos.
São Paulo: Itaú Cultural, 2003 (adaptado).
Considerado o primeiro projeto de dança contemporânea concebido para a rede, esse trabalho é apresentado como inovador por
- adotar uma perspectiva conceitual como contraposição à tradição de grandes espetáculos.
- criar novas formas de financiamento ao utilizar a internet para divulgação das apresentações
- privilegiar movimentos gerados por computação gráfica, com a substituição do palco pela tela.
- produzir uma arte multimodal, com o intuito de ampliar as possibilidades de expressão estética
- redefinir a extensão e o propósito do espetáculo para adaptá-lo ao perfil de diferentes usuários
Resposta: D
Resolução: Considerado o primeiro projeto de dança contemporânea concebido para a rede, esse trabalho é apresentado como inovador por produzir uma arte multimodal, com o intuito de ampliar as possibilidades de expressão estética através da combinação de diferentes mídias, como corpo, dança, computação gráfica e internet. A utilização da internet como palco também amplia o alcance do trabalho, permitindo que um número maior de pessoas possa acessá-lo a qualquer hora. A proposta de Mini@tures é explorar as possibilidades da web para criar uma nova dimensão para a dança contemporânea, o que reflete a tendência de utilização das tecnologias da informação e comunicação como ferramentas criativas e de ampliação da expressão artística.
08. (Enem Digital 2020) A masculinidade, assim como a feminilidade, é uma construção histórica e cultural. Em nossa cultura, a dança caracteriza-se, no sentido geral, como um universo predominantemente feminino. Homens que dançam são geralmente considerados homossexuais, por não se enquadrarem dentro das normas culturais hegemônicas de gênero e sexualidade. Por outro lado, demonstram a não existência de um único tipo de masculinidade, enfatizando que as identidades humanas são múltiplas e plurais. No contexto da dança, as representações hegemônicas de gênero e as regulações sociais que essas impõem não se manifestam de forma igual em todas as modalidades de dança. Persiste essa forte representação cultural ocidental que associa o balé à feminilidade e à homossexualidade. Em outras danças, ela não se revela tão forte, e os homens não aparecem em menor número, como nas tradicionais danças folclóricas ou no moderno hip hop.
ANDREOLI, G. S. Representações de masculinidade na dança contemporânea. Movimento, n. 1, 2011 (adaptado).
No que tange à identidade de gênero masculina, a dança e suas modalidades expressam o(a)
- padronização da inserção dos homens nessas manifestações corporais.
- identificação de como essas práticas regulam uma única masculinidade.
- reconhecimento das diferentes masculinidades
- contestação das normas sociais pelo balé.
- reforço de uma feminilidade hegemônica.
Resposta: C
Resolução: No que tange à identidade de gênero masculina, a dança e suas modalidades expressam o(a) reconhecimento das diferentes masculinidades e suas possibilidades de expressão. A dança pode ser um espaço de liberdade e aceitação da diversidade, permitindo que os homens dançem sem serem julgados ou estereotipados de acordo com os padrões de gênero hegemônicos. Ao mesmo tempo, é importante considerar que ainda há uma forte associação entre a dança e a feminilidade, especialmente no contexto do balé, e que isso pode afetar a forma como os homens são vistos quando escolhem essa modalidade de dança. É necessário continuar trabalhando para romper com essas normas de gênero e permitir que todos os indivíduos sintam-se livres para expressar-se através da dança, independentemente de seu gênero.
09. (Enem PPL 2019) A porca e os sete leitões
É um mito que está desaparecendo, pouca gente o conhece. É provável que a geração infantil atual o desconheça. (Em nossa infância em Botucatu, ouvimos falar que aparecia atrás da igreja de São Benedito no largo do Rosário.) Aparece atrás das igrejas antigas. Não faz mal a ninguém, pode-se correr para apanhá-la com seus bacorinhos que não se conseguirá. Desaparecem do lugar costumeiro da aparição, a qual só se dá à noite, depois de terem “cumprido a sina”.
Em São Luís do Paraitinga, informaram que se a gente atirar contra a porca, o tiro não acerta. Ninguém é dono dela e por muitos anos apareceu atrás da igreja de Nossa Senhora das Mercês, na cidade onde nasceu Oswaldo Cruz.
São Paulo: Martins Fontes, 2004.
Os mitos são importantes para a cultura porque, entre outras funções, auxiliam na composição do imaginário de um povo por meio da linguagem. Esse texto contribui com o patrimônio cultural brasileiro porque
- preserva uma história da tradição oral.
- confirma a veracidade dos fatos narrados.
- identifica a origem de uma história popular.
- apresenta as diferentes visões sobre a aparição.
- reforça a necessidade de registro das narrativas
Resposta: A
Resolução: Sim, este texto contribui com o patrimônio cultural brasileiro ao preservar uma história da tradição oral, que é um elemento importante para compreender as crenças e costumes de um povo. Os mitos são uma parte fundamental da cultura e da identidade de um grupo, e podem ser transmitidos de geração em geração através da linguagem oral, como contos, lendas e fábulas. Eles ajudam a explicar o mundo e os fenômenos que ocorrem nele, e podem ser usados como ferramentas de ensino e socialização. Além disso, os mitos também podem ser um importante elemento na construção de uma narrativa coletiva e na preservação da memória cultural de um povo. Por isso, a preservação desses elementos da tradição oral é fundamental para compreender e valorizar a cultura de um lugar.
10. (Enem PPL 2017) É dia de festa na roça. Fogueira posicionada, caipiras arrumados, barraquinhas com quitutes suculentos e bandeirinhas de todas as cores enfeitando o salão. Mas o ponto mais esperado de toda a festa é sempre a quadrilha, embalada por música típica e linguajar próprio. Anarriê, alavantú, balancê de damas e tantos outros termos agitados pelo puxador da quadrilha deixam a festa de São João, comemorada em todo o Brasil, ainda mais completa.
Embora os festejos juninos sejam uma herança da colonização portuguesa no Brasil, grande parte das tradições da quadrilha tem origem francesa. E muita gente dança sem saber.
As influências estrangeiras são muitas nas festas dos três santos do mês de junho (Santo Antônio, no dia 13, e São Pedro, no dia 29, completam o grupo). O “changê de damas” nada mais é do que a troca de damas na dança, do francês “changer”. O “alavantú”, quando os casais se aproximam e se cumprimentam, também é francês, e vem de “en avant tous”. Assim também acontece com o “balancê”, que também vem de bailar em francês.
(SOARES, L. Disponível em: http://gazetaonline.globo.com. Acesso em: 30 jun. 2015 - adaptado)
Ao discorrer sobre a festa de São João e a quadrilha como manifestações da cultura corporal, o texto privilegia a descrição de:
- movimentos realizados durante a coreografia da dança.
- personagens presentes nos festejos de São João.
- vestimentas utilizadas pelos participantes.
- ritmos existentes na dança da quadrilha.
- folguedos constituintes do evento.
Resposta: A
Resolução: Além da descrição dos movimentos realizados durante a coreografia da dança, o texto também menciona as influências francesas nas tradições da quadrilha e os termos utilizados na dança, como "changê de damas", "alavantú" e "balancê". O texto também fala sobre a festa de São João como uma manifestação da cultura corporal, destacando suas características e elementos que a compõem, como a fogueira, os quitutes, as bandeirinhas e a música típica.
11. (Enem 2017) É dia de festa na roça. Fogueira posicionada, caipiras arrumados, barraquinhas com quitutes suculentos e bandeirinhas de todas as cores enfeitando o salão. Mas o ponto mais esperado de toda a festa é sempre a quadrilha, embalada por música típica e linguajar próprio. Anarriê, alavantú, balancê de damas e tantos outros termos agitados pelo puxador da quadrilha deixam a festa de São João, comemorada em todo o Brasil, ainda mais completa.
Embora os festejos juninos sejam uma herança da colonização portuguesa no Brasil, grande parte das tradições da quadrilha tem origem francesa. E muita gente dança sem saber.
As influências estrangeiras são muitas nas festas dos três santos do mês de junho (Santo Antônio, no dia 13, e São Pedro, no dia 29, completam o grupo). O “changê de damas” nada mais é do que a troca de damas na dança, do francês “changer”. O “alavantú”, quando os casais se aproximam e se cumprimentam, também é francês, e vem de “en avant tous”. Assim também acontece com o “balancê”, que também vem de bailar em francês.
(SOARES, L. Disponível em: http://gazetaonline.globo.com. Acesso em: 30 jun. 2015 - adaptado)
Ao discorrer sobre a festa de São João e a quadrilha como manifestações da cultura corporal, o texto privilegia a descrição de:
- movimentos realizados durante a coreografia da dança.
- personagens presentes nos festejos de São João.
- vestimentas utilizadas pelos participantes.
- ritmos existentes na dança da quadrilha.
- folguedos constituintes do evento.
Resposta: A
Resolução: Sim, o texto descreve os movimentos realizados durante a coreografia da dança da quadrilha, bem como algumas palavras utilizadas na linguagem típica da quadrilha. Além disso, o texto também menciona a influência francesa nas tradições da quadrilha e a relação com a festa de São João, que é comemorada no Brasil.
12. (Enem PPL 2016) O hip hop tem sua filosofia própria, com valores construídos pela condição das experiências vividas nas periferias de muitas cidades. Colocando-se como um contraponto à miséria, às drogas, ao crime e à violência, o hip hop busca interpretar a realidade social. Seu objetivo é justamente encontrar saídas e fornecer uma alternativa à população excluída.
(SOUZA, J.; FIALHO, V. M.; ARALDI, J. Hip hop: da rua para a escola. Porto Alegre: Sulina, 2008)
As autoras abordam no texto um movimento cultural que também tem características reconhecidas:
- nos traços e formas que representam personagens de olhos desproporcionalmente maiores e expressivos, conhecidos como mangá.
- nas formas de se vestir e de cortar os cabelos com objetivos contestadores à ordem social, próprios do movimento punk.
- nas frases e dizeres de qualquer espécie, rabiscados sobre fachadas de edifícios, que marcam a pichação.
- nos movimentos leves e sincronizados com os pés que deslocam o dançarino, denominado moonwalk.
- nas declamações rápidas e ritmadas de um texto, com alturas aproximadas, características do rap.
Resposta: E
Resolução: O hip hop é uma cultura que surgiu nas periferias de algumas cidades nos Estados Unidos e se espalhou pelo mundo. Ele se manifesta através de várias formas artísticas, como a música, a dança, a poesia e a arte de rua. Além de ser uma forma de arte, o hip hop também é uma filosofia que valoriza a resistência e o empoderamento das comunidades excluídas. O objetivo do hip hop é oferecer alternativas às pessoas que vivem nas periferias e buscar soluções para os problemas sociais que elas enfrentam. A pichação é uma forma de arte de rua que faz parte do hip hop e que consiste em escrever frases e dizeres em lugares públicos, geralmente em edifícios. Ela é uma forma de expressão artística e de protesto, e é muito utilizada na cultura do hip hop.
13. (Enem 2016, 3ª aplicação) Baião é um ritmo popular da Região Nordeste do Brasil, derivado de um tipo de lundu, denominado "baiano", cujo nome é corruptela. Nasceu sob a influência do cantochão, canto litúrgico da Igreja Católica praticado pelos missionários, e tornou-se expressiva forma modificada pela inconsciente influência de manifestações locais. Um dos grandes sucessos veio com a música homônima, Baião (1946), de luiz Gonzaga e Humberto Teixeira.
(CASCUDO, C. Dicionário do folclore brasileiro. Rio de Janeiro: Ediouro, 1998 - adaptado)
Os elementos regionais que influenciam culturalmente o baião aparecerem em outras formas artísticas e podem ser verificados na obra:
- Samba em terreiro, Heitor dos Prazeres
- Amolador de Facas, Adalton Lopes
- Folia de Reis, Rosa Gauditano
- Lampião a cavalo, Mestre Vitalino
- Violeiro, José Ferraz Almeida Jr
Resposta: D
Resolução: O texto indica que o ritmo do baião foi influenciado por elementos regionais, incluindo o cantochão, praticado pelos missionários católicos, e por manifestações locais. Isso pode ser visto na obra "Lampião a cavalo, Mestre Vitalino", que é uma produção artística que reflete as influências culturais do baião.
14. (Enem PPL 2015) A dança moderna propõe em primeiro lugar o conhecimento de si e o autodomínio. Minha proposta é esta: através do conhecimento e do autodomínio chego à forma, à minha forma — e não o contrário. É uma inversão que muda toda a estética, toda a razão do movimento. A técnica da dança tem apenas uma finalidade: preparar o corpo para responder à exigência do espírito artístico.
(VIANNA, K.; CARVALHO, M. A. A dança. São Paulo: Siciliano, 1990)
Na abordagem dos autores, a técnica, o autodomínio e o conhecimento do bailarino estão a serviço da:
- padronização do movimento da dança.
- subordinação do corpo a um padrão.
- concretização da criação pessoal.
- ideia preconcebida de forma.
- busca pela igualdade entre os bailarinos.
Resposta: C
Resolução: De acordo com os autores, a técnica, o autodomínio e o conhecimento do bailarino devem estar a serviço da concretização da criação pessoal. Isso significa que esses elementos são importantes para que o bailarino possa expressar-se através da dança de maneira autêntica e criativa. A técnica é importante para preparar o corpo para responder às exigências artísticas, enquanto o autodomínio e o conhecimento de si permitem ao bailarino controlar e dirigir seus movimentos de maneira eficiente e expressiva. Dessa forma, os autores defendem que a dança moderna deve ser orientada pelo autoconhecimento e pelo autodomínio, a fim de permitir que o bailarino crie sua própria forma de expressão através da dança.
15. (Enem PPL 2014, 3ª aplicação) Essa forma de dança social (folclórica) desenvolveu-se como parte dos costumes e tradições de um povo que expressa sua manifestação cultural. Transmitida de geração a geração, é uma das formas de dança mais antigas, datando desde a época das culturas tribais evoluídas que estabeleceram ligação com as grandes civilizações da história da humanidade. A principal característica dessa dança é a integração, socialização, prazer, divertimento, respeito aos costumes e tradições.
(HASS, A. N; GARCIA, A. Ritmo e Dança. Canoas: Ulbra, 2003)
As danças folclóricas, sendo uma expressão das diferentes manifestações da dança:
- distinguem-se das demais pelo refinamento técnico dos seus gestos e movimentos e pela complexidade dos seus elementos coreográficos.
- compreendem expressões culturais brasileiras diversificadas como o maracatu, o funk, a catira, o boi-bumbá, o hip hop e o baião.
- são contextuais, pois seus gestos e coreografias fazem referência a situações da vida cotidiana e/ou expressam visões de mundo de uma comunidade.
- possuem qualidades rítmicas e expressivas secundárias em relação aos significados sociais, culturais e representacionais.
- reforçam tendências de massificação social e de dispersão de sentidos da vida comunitária, favorecendo a universalização de valores culturais.
Resposta: C
Resolução: As danças folclóricas são uma forma de dança social que se desenvolveu como parte dos costumes e tradições de um povo e que é transmitida de geração a geração. Elas são uma das formas de dança mais antigas, remontando às épocas das culturas tribais evoluídas que estabeleceram ligação com as grandes civilizações da história da humanidade. A principal característica dessas danças é a integração, socialização, prazer, divertimento e respeito aos costumes e tradições. As danças folclóricas são contextuais, ou seja, seus gestos e coreografias fazem referência a situações da vida cotidiana e/ou expressam visões de mundo de uma comunidade. Isso significa que elas estão relacionadas com o contexto cultural e social em que são realizadas e refletem as crenças, valores e tradições da comunidade em questão. Portanto, as danças folclóricas são uma forma de expressão cultural que permite aos participantes expressarem suas próprias identidades e conexões com seus grupos sociais através da dança.
16. (Enem 2013) Própria dos festejos juninos, a quadrilha nasceu como dança aristocrática. oriunda dos salões franceses, depois difundida por toda a Europa. No Brasil, foi introduzida como dança de salão e, por sua vez, apropriada e adaptada pelo gosto popular. Para sua ocorrência, é importante a presença de um mestre “marcante” ou “marcador”, pois é quem determina as figurações diversas que os dançadores desenvolvem. Observa-se a constância das seguintes marcações
“Tour”, “En avant”, “Chez des dames”, “Chez des cheveliê”, “Cestinha de flor”, “Balancê”, “Caminho da roça”, “Olha a chuva”, “Garranchê”, “Passeio”, “Coroa de flores”, “Coroa de espinhos” etc.
No Rio de Janeiro, em contexto urbano, apresenta transformações: surgem novas figurações, o francês aportuguesado inexiste, o uso de gravações substitui a música ao vivo, além do aspecto de competição, que sustenta os festivais de quadrilha, promovidos por órgãos de turismo.
(CASCUDO. L.C. Dicionário do folclore brasileiro. Rio de Janeiro: Melhoramentos. 1976)
As diversas formas de dança são demonstrações da diversidade cultural do nosso país. Entre elas, a quadrilha é considerada uma dança folclórica por:
- possuir como característica principal os atributos divinos e religiosos e, por isso, identificar uma nação ou região.
- abordar as tradições e costumes de determinados povo ou regiões distintas de uma mesma nação.
- apresentar cunho artístico e técnicas apuradas, sendo também, considerada dançaespetáculo.
- necessitar de vestuário específico para a sua prática, o qual define seu país de origem.
- acontecer em salões e festas e ser influenciada por diversos gêneros musicais.
Resposta: B
Resolução: A quadrilha é considerada uma dança folclórica por abordar as tradições e costumes de determinados povos ou regiões distintas de uma mesma nação. De acordo com o texto, a quadrilha é uma dança que teve origem na Europa, mas foi introduzida no Brasil como dança de salão e, posteriormente, apropriada e adaptada pelo gosto popular. No Rio de Janeiro, em contexto urbano, a quadrilha sofreu transformações, como o surgimento de novas figurações, o uso de gravações em vez de música ao vivo e o aspecto de competição nos festivais de quadrilha promovidos por órgãos de turismo. A quadrilha é uma dança que requer a presença de um mestre "marcante" ou "marcador" que determina as figurações que os dançadores desenvolvem. As marcações da quadrilha são constantes e incluem termos como "Tour", "En avant" e "Cestinha de flor", entre outros.
17. (Enem 2011) A dança é um importante componente cultural da humanidade. O folclore brasileiro é rico em danças que representam as tradições e a cultura de várias regiões do país. Estão ligadas aos aspectos religiosos, festas, lendas, fatos históricos, acontecimentos do cotidiano e brincadeiras e caracterizam-se pelas músicas animadas (com letras simples e populares), figurinos e cenários representativos.
(SECRETARIA DA EDUCAÇÃO. Proposta Curricular do Estado de São Paulo: Educação Física. São Paulo: 2009)
A dança, como manifestação e representação da cultural rítmica, envolve a expressão corporal própria de um povo. Considerando-a como elemento folclórico, a dança revela:
- manifestações afetivas, históricas, ideológicas, intelectuais e espirituais de um povo, refletindo seu modo de expressar-se no mundo.
- aspectos eminentemente afetivos, espirituais e de entretenimento de um povo, desconsiderando fatos históricos.
- acontecimentos do cotidiano, sob influência mitológica e religiosa de cada religião, sobrepondo aspectos políticos.
- tradições culturais de cada região, cujas manifestações rítmicas são classificadas em um ranking das mais originais.
- lendas, que se sustentam em inverdades históricas, uma vez que são inventadas, e servem apenas para a vivência lúdica de um povo.
Resposta: A
Resolução: A dança, como manifestação e representação da cultura rítmica, envolve a expressão corporal própria de um povo. Quando considerada como elemento folclórico, a dança revela as manifestações afetivas, históricas, ideológicas, intelectuais e espirituais de um povo, refletindo seu modo de se expressar no mundo. Isso significa que a dança, enquanto componente cultural da humanidade, é uma forma de expressão que reflete as crenças, valores, história e cultura de um povo ou comunidade. Ela é um elemento importante do folclore brasileiro, que é rico em danças que representam as tradições e a cultura de várias regiões do país. As danças folclóricas estão ligadas aos aspectos religiosos, festas, lendas, fatos históricos, acontecimentos do cotidiano e brincadeiras e são caracterizadas por músicas animadas, figurinos e cenários representativos.
18. (Enem PPL 2011)
Cada região do país, por meio de suas danças populares, expressa sua cultura, que envolve aspectos sociais, econômicos, históricos, entre outros. As danças provocam a associação entre música e ritmo e o desenvolvimento de maior sensibilidade dos órgãos sensoriais. A ampliação da intensidade da audição aumenta a concentração, possibilitando o processo de transformação do ritmo musical em movimento espontâneo. Como exemplo de danças, tem-se o carimbó, na região Norte, e as danças gaúchas, na região Sul
Nesse contexto, as danças populares permitem a descontração, o desenvolvimento e o descanso por serem atividades lúdicas que:
- promovem a interação, o conhecimento de diferentes ritmos e permitem minimizar o estresse da vida diária.
- reduzem a participação, promovem competições em festivais e o conhecimento de outros ritmos.
- impedem a socialização de todos, reduzindo a expressividade, por exigir habilidades corporais e espontaneidade.
- permitem o desligamento dos elementos históricos, relacionando-as com os movimentos políticos e sociais.
- reduzem a expressão corporal e as experiências, por utilizarem símbolos de outras culturas.
Resposta: A
Resolução: As danças populares permitem a descontração, o desenvolvimento e o descanso por serem atividades lúdicas que promovem a interação, o conhecimento de diferentes ritmos e permitem minimizar o estresse da vida diária. Cada região do país possui suas próprias danças populares, que expressam sua cultura, envolvendo aspectos sociais, econômicos, históricos e outros. As danças provocam a associação entre música e ritmo e o desenvolvimento da sensibilidade dos órgãos sensoriais, aumentando a concentração e permitindo o processo de transformação do ritmo musical em movimento espontâneo. Alguns exemplos de danças populares no Brasil incluem o carimbó, na região Norte, e as danças gaúchas, na região Sul. A prática dessas danças é uma forma de preservar e promover a diversidade cultural do país, além de ser uma atividade divertida e beneficiosa para a saúde.
19. (Enem PPL 2010) O folclore é o retrato da cultura de um povo. A dança popular e folclórica é uma forma de representar a cultura regional, pois retrata seus valores, crenças, trabalho e significados. Dançar a cultura de outras regiões é conhecê-la, é de alguma forma se apropriar dela, é enriquecer a própria cultura.
(BREGOLATO, R. A. Cultura Corporal da Dança. São Paulo: Ícone, 2007)
As manifestações folclóricas perpetuam uma tradição cultural, é obra de um povo que a cria, recria e a perpetua. Sob essa abordagem deixa-se de identificar como dança folclórica brasileira:
- o Bumba-meu-boi, que é uma dança teatral onde personagens contam uma história envolvendo crítica social, morte e ressurreição.
- a Quadrilha das festas juninas, que associam festejos religiosos a celebrações de origens pagãs envolvendo as colheitas e a fogueira.
- o Congado, que é uma representação de um reinado africano onde se homenageia santos através de música, cantos e dança.
- o Balé, em que se utilizam músicos, bailarinos e vários outros profissionais para contar uma história em forma de espetáculo.
- o Carnaval, em que o samba derivado do batuque africano é utilizado com o objetivo de contar ou recriar uma história nos desfiles.
Resposta: D
Resolução: De acordo com o texto, o folclore é o retrato da cultura de um povo e a dança popular e folclórica é uma forma de representar a cultura regional, pois reflete seus valores, crenças, trabalho e significados. Dançar a cultura de outras regiões é uma forma de conhecê-la, se apropriar dela e enriquecer a própria cultura. As manifestações folclóricas perpetuam uma tradição cultural, sendo criação de um povo que as recria e perpetua. Sob essa abordagem, o balé não pode ser identificado como uma dança folclórica brasileira, pois é um espetáculo que utiliza músicos, bailarinos e outros profissionais para contar uma história. Em geral, o balé é uma forma de dança que segue regras técnicas rigorosas e é apresentado em teatros como um espetáculo para o público. Em contraste, as danças folclóricas são geralmente praticadas por pessoas comuns em ocasiões específicas, como festas, celebrações e eventos religiosos, e podem ser transmitidas de geração em geração de maneira informal
20. (Enem PPL 2010) Não é raro ouvirmos falar que o Brasil é o país das danças ou um país dançante. Essa nossa “fama” é bem pertinente, se levarmos em consideração a diversidade de manifestações rítmicas e expressivas existentes de Norte a Sul. Sem contar a imensa repercussão de nível internacional de algumas delas.
Danças trazidas pelos africanos escravizados, danças relativas aos mais diversos rituais, danças trazidas pelos imigrantes etc. Algumas preservam suas características e pouco se transformaram com o passar do tempo, como o forró, o maxixe, o xote, o frevo. Outras foram criadas e são recriadas a cada instante: inúmeras influências são incorporadas, e as danças transformam-se, multiplicam-se. Nos centros urbanos, existem danças como o funk, o hip hop, as danças de rua e de salão.
É preciso deixar claro que não há jeito certo ou errado de dançar. Todos podem dançar, independentemente de biótipo, etnia ou habilidade, respeitando-se as diferenciações de ritmos e estilos individuais.
(GASPARI, T. C. Dança e educação física na escola: implicações para a prática pedagógica. Rio de Janeiro: Guanabara Koogan, 2008)
Com base no texto, verifica-se que a dança, presente em todas as épocas, espaços geográficos e culturais, é uma:
- representação das manifestações, expressões, comunicações e características culturais de um povo.
- forma de expressão corporal baseada em gestos padronizados e realizada por quem tem habilidade para dançar.
- manifestação rítmica e expressiva voltada para as apresentações artísticas, sem que haja preocupação com a linguagem corporal.
- prática que traduz os costumes de determinado povo ou região e está restrita a este.
- prática corporal que conserva inalteradas suas formas, independentemente das influências culturais da sociedade.
Resposta: A
Resolução: De acordo com o texto, o Brasil é conhecido como um país dançante, devido à diversidade de manifestações rítmicas e expressivas existentes em todo o país, além da grande repercussão internacional de algumas delas. Existem danças trazidas pelos africanos escravizados, danças relativas aos mais diversos rituais, danças trazidas pelos imigrantes, entre outras. Algumas danças preservam suas características e pouco se transformaram com o passar do tempo, enquanto outras foram criadas e são recriadas constantemente, incorporando inúmeras influências e se transformando e multiplicando. Nos centros urbanos, existem danças como o funk, o hip hop, as danças de rua e de salão. O texto destaca que não há um jeito certo ou errado de dançar e que todos podem dançar, independentemente de biótipo, etnia ou habilidade, respeitando as diferenças de ritmos e estilos individuais. Isso mostra que a dança é uma forma de representação das manifestações, expressões, comunicações e características culturais de um povo. A dança está presente em todas as épocas, espaços geográficos e culturas e é uma forma de preservar e promover a diversidade cultural. Além disso, a dança é uma atividade divertida e beneficiosa para a saúde.
21. (Enem 2009) A dança é importante para o índio preparar o corpo e a garganta e significa energia para o corpo, que fica robusto. Na aldeia, para preparo físico, dançamos desde cinco horas da manhã até seis horas da tarde, passa-se o dia inteiro dançando quando os padrinhos planejam a dança dos adolescentes. O padrinho é como um professor, um preparador físico dos adolescentes. Por exemplo, o padrinho sonha com um determinado canto e planeja para todos entoarem. Todos os tipos de dança vêm dos primeiros xavantes: Wamarĩdzadadzeiwawẽ, Butséwawẽ, Tseretomodzatsewawẽ, que foram descobrindo através da sabedoria como iria ser a cultura Xavante. Até hoje existe essa cultura, essa celebração. Quando o adolescente fura a orelha é obrigatório ele dançar toda a noite, tem de acordar meia-noite para dançar e cantar, é obrigatório, eles vão chamando um ao outro com um grito especial.
(WÉRÉ' É TSI'RÓBÓ, E. A dança e o cantocelebração da existência xavante. Revista do PósGraduação em Arte da UnB. V. 5, n. 2, dez. 2006)
A partir das informações sobre a dança Xavante, conclui-se que o valor da diversidade artística e da tradição cultural apresentados originamse da
- iniciativa individual do indígena para a prática da dança e do canto.
- excelente forma física apresentada pelo povo Xavante.
- multiculturalidade presente na sua manifestação cênica.
- inexistência de um planejamento da estética da dança, caracterizada pelo ineditismo.
- preservação de uma identidade entre a gestualidade ancestral e a novidade dos cantos a serem entoados
Resposta: E
Resolução: Sim, pode-se concluir que a dança Xavante tem um valor muito importante para a cultura Xavante, uma vez que é utilizada como um meio de preparo físico, como uma forma de celebração e como uma forma de preservar a identidade cultural da comunidade. Além disso, a dança Xavante também é uma forma de transmitir conhecimentos e ensinamentos de geração em geração, através da função de padrinho ou professor de dança. Portanto, a dança Xavante é um elemento fundamental para a preservação e continuidade da cultura Xavante.
22. (Enem 2009) A cultura corporal de movimento está expressa em jogos, esporte, danças, artes marciais, lutas, ginástica e outros movimentos que ainda são emergentes. Certos movimentos são significativos para determinada região do país, mas não para outras. Você, por exemplo, que nasceu e cresceu em determinada cidade pertencente a uma região do nosso país, aprendeu e praticou alguns jogos, esportes e dançou um tipo de música porque tais manifestações são parte integrante da sua comunidade.
(DARIDO, S. C.e SOUZA JUNIOR, O. Para esinar eucação física. São Paulo: Papirus Editora, 07 - adp)
O Brasil tem características culturais embasadas na miscigenação de raças e etnias que influenciam as manifestações de movimento, como, por exemplo,
- o forró, uma expressão de dança brasileira que possui ritmos rurais da região sul do país e poucos ritmos da região nordeste.
- o bumba meu boi, uma das expressões da cultura do movimento muito comum em grandes cidades como, por exemplo, São Paulo e Porto Alegre.
- o judô, um tipo de ginástica nascida nos Estados Unidos da América e, de lá, difundida para países como o Japão, Coréia e China.
- o futebol, esporte de maior significado cultural no Brasil e desenvolvido aqui como forma de utilização e aprimoramento de habilidades dos membros inferiores (pernas e pés), porque atividades de trabalho físico pouco valorizavam essas partes do corpo.
- a capoeira, genuinamente brasileira e criada pelos escravos africanos trazidos para o país como forma de expressão de liberdade e comunicação.
Resposta: E
Resolução: A capoeira é um exemplo de como a dança e o movimento podem ser usados como forma de resistência e expressão cultural. A capoeira é uma dança de combate que mistura elementos de luta, acrobacias, música e dança, e é um símbolo importante da cultura afro-brasileira. Ela surgiu como uma forma de resistência dos escravos africanos que foram trazidos para o Brasil, que usavam a capoeira como uma forma de se defenderem e se comunicarem sem serem detectados pelos seus senhores. A capoeira é uma manifestação cultural que demonstra como a dança e o movimento podem ser usados como forma de resistência e expressão cultural.