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Contudo a Agatha Edu se mantém essencialmente com a renda gerada por anúncios, desativa aí rapidinho, parça. 😀

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Elementos Textuais e Função Social

Lista de 22 exercícios de Linguagens com gabarito sobre o tema Elementos Textuais e Função Social com questões do Enem.


Você pode conferir as videoaulas, conteúdo de teoria, e mais questões sobre o tema Elementos Textuais e Função Social.




C

22. (Enem 2024) Se você é feito de música, este texto é pra você

Às vezes, no silêncio da noite, eu fico imaginando: que graça teria a vida sem música? Sem ela não há paz, não há beleza. Nos dias de festa e nas madrugadas de pranto, nas trilhas dos filmes e nas corridas no parque, o que seria de nós sem as canções que enfeitam o cotidiano com ritmo e verso? Quem nunca curou uma dor de cotovelo dançando lambada ou terminou de se afundar ouvindo sertanejo sofrência? Quantos já criticaram funk e fecharam a noite descendo até o chão? Tudo bem... Raul nos ensinou que é preferível ser essa metamorfose ambulante do que ter aquela velha opinião formada sobre tudo.

Já somos castigados com o peso das tragédias, o barulho das buzinas, os ruídos dos conflitos. É pau, é pedra, é o fim do caminho. Há uma nuvem de lágrimas sobre os olhos, você está na lanterna dos afogados, o coração despedaçado. Mas, como um sopro, da janela do vizinho, entra o samba que reanima a mente. Floresce do fundo do nosso quintal a batida que ressuscita o ânimo, sintoniza a alegria e equaliza o fôlego. Levanta, sacode a poeira, dá a volta por cima.

BITTAR, L. Disponível em: www.revistabula.com. Acesso em: 21 nov. 2021 (adaptado).

Defendendo a importância da música para o bem-estar e o equilíbrio emocional das pessoas, a autora usa, como recurso persuasivo, a

  1. contradição, ao associar o coração despedaçado à alegria.
  2. metáfora, ao citar a imagem da metamorfose ambulante.
  3. intertextualidade, ao resgatar versos de letras de canções.
  4. enumeração, ao mencionar diferentes ritmos musicais.
  5. hipérbole, ao falar em “sofrência”, “tragédias” e “afogados”.

Resposta: C

Resolução: A resposta correta é "C" porque a autora utiliza intertextualidade ao resgatar versos de músicas conhecidas, o que fortalece a argumentação sobre a importância da música. Expressões como "É pau, é pedra" e "Levanta, sacode a poeira" fazem referência a músicas populares, tornando o texto mais envolvente e demonstrando o impacto emocional da música.

D

13. (Enem 2024) Nesse cartaz, a expressão “Vou deixar que você se vá”, em conjunto com os elementos não verbais utilizados tem a finalidade de

  1. incentivar o descarte de itens defeituosos.
  2. promover a reciclagem de produtos usados.
  3. garantir a conservação de roupas de inverno.
  4. relacionar o gesto de doação à ideia de desapego.
  5. comparar a peça de roupa ao sentimento de despedida

Resposta: D

Resolução: O cartaz usa a expressão “Vou deixar que você se vá” como uma metáfora para o ato de desapego, relacionando o gesto de doar itens a uma forma de se libertar deles emocionalmente. A ideia é promover a doação, incentivando as pessoas a se desapegarem de itens que não usam mais, sem o apego sentimental a esses objetos.

B

17. (Enem 2024) Memes e fake news: o impacto na educação das crianças

Há quem diga que o Brasil nunca mais foi o mesmo depois dos memes. Na economia da velocidade, alguns apostam no humor, outros no engajamento político, e tem gente investindo alto na mentira também. Diante desse cenário, uma pergunta se torna essencial: será que todo mundo está conseguindo traduzir as mensagens postadas, curtidas e compartilhadas?

Essa dúvida incentivou uma professora de língua portuguesa a desenvolver uma proposta de leitura e análise crítica de memes com estudantes do ensino fundamental, na rede pública do Distrito Federal, na cidade de Samambaia. “Percebi que muitos alunos e pais estavam divulgando conteúdos sem saber o que havia por trás das palavras”, relata a professora.

“O que antes era engraçado para os alunos passou a ser visto com outros olhos”, afirma a professora. Para ela, que utilizou a representação da criança em memes de WhatsApp como material gerador das discussões em sala de aula, aguçar o olhar sobre-essas mensagens impacta diretamente a atitude de postar, curtir e compartilhar conteúdos ao estimular o uso consciente da informação que circula nas plataformas de mídia social.

Letramento político e midiático é um desafio intergeracional. Em tempos de notícias falsas, de imagens manipuladas e de memes sendo usados como triunfo da verdade de cada um, checagem de informação e interpretação de texto acabam se tornando moedas valiosas.

Disponível em: https://lunetas.com.br. Acesso em: 15 jan. 2024 (adaptado).

Ao abordar a relação dos memes com a educação, a reportagem sustenta uma crítica à

  1. falta de fiscalização no uso de aplicativos de mensagens por crianças.
  2. divulgação de informação manipulada em postagens virtuais.
  3. utilização de ferramentas digitais no trabalho educacional.
  4. exploração de conteúdos humorísticos nas mídias sociais.
  5. propagação de mensagens com objetivos políticos.

Resposta: B

Resolução: A questão aborda a crítica à disseminação de informações manipuladas e fake news nas redes sociais. A reportagem destaca como os memes podem impactar a percepção e interpretação das mensagens compartilhadas, o que levou a professora a desenvolver uma proposta de letramento crítico para que os alunos compreendam melhor o conteúdo dos memes.

B

31. (Enem 2024) Telemedicina é para todos, mas nem todos estão preparados

A telemedicina, nos últimos anos, tem se destacado como uma ferramenta valiosa, proporcionando uma gama de benefícios que vão desde a ampliação do acesso à assistência médica até a otimização dos recursos de todo o ecossistema de saúde.

O governo federal propõe a Estratégia de Saúde Digital, um programa destinado à transformação digital da saúde no Brasil. Seu principal objetivo é facilitar a troca de informações entre os diversos pontos da Rede de Atenção à Saúde, promovendo a interoperabilidade e, assim, possibilitando a transição e a continuidade do cuidado nos setores público e privado. Também está em discussão um projeto de lei que dispõe sobre o prontuário eletrônico unificado do cidadão, o que indica o quanto o tema está em evidência tanto para os gestores públicos quanto para os privados.

Contudo, é importante reconhecer que nem todas as pessoas estão igualmente preparadas para aproveitar plenamente os cuidados ofertados pela telemedicina. Um dos principais benefícios do atendimento de saúde a distância é a capacidade de superar barreiras geográficas, proporcionando acesso a serviços médicos, especialmente para pacientes que residem em áreas remotas e/ou carentes de certas especialidades médicas, os chamados “vazios assistenciais”. A equidade no acesso é uma questão crítica, uma vez que nem todos têm ao seu alcance dispositivos tecnológicos ou uma conexão à internet que seja confiável, entre outros problemas de infraestrutura. É um desafio tanto para os pacientes quanto para os profissionais de saúde, que, em muitos casos, não contam com estrutura para o trabalho remoto nem com letramento digital para desenvolver as funções.

OLIVEIRA, D. Disponível em: www.correiobraziliense.com.br. Acesso em: 21 jan. 2024 (adaptado).

Ao tratar da telemedicina, esse texto ressalta que um dos benefícios dessa tecnologia para a sociedade é o fato de ela

  1. disponibilizar prontuário único do cidadão tanto na rede pública quanto na privada.
  2. oportunizar o acesso a atendimento médico a pacientes de áreas periféricas.
  3. fornecer dispositivos tecnológicos para a realização de exames.
  4. promover a interação entre diferentes especialidades médicas.
  5. garantir infraestrutura para o trabalho remoto de médicos.

Resposta: B

Resolução: O texto destaca a telemedicina como uma ferramenta capaz de superar barreiras geográficas, especialmente para pessoas em áreas com carência de serviços médicos. Dessa forma, o benefício mencionado na alternativa B se alinha com a ideia central de ampliar o acesso à saúde para quem vive em "vazios assistenciais", como áreas periféricas.

C

45. (Enem 2024) Sempre passo nervoso quando leio minha crônica neste jornal e percebo que escapuliu a palavra “coisa” em alguma frase. Acontece que “coisa” está entre as coisas mais deliciosas do mundo.

O primeiro banho da minha filha foi embalado pela minha voz dizendo, ao fundo, “cuidado, ela ainda é uma coisinha tão pequena”. “Viu só que amor? Nunca vi coisa assim”. O amor que não dá conta de explicação é “a coisa” em seu esplendor e excelência. “Alguma coisa acontece no meu coração” é a frase mais bonita que alguém já disse sobre São Paulo. E quando Caetano, citado aqui pela terceira vez pra defender a dimensão poética da coisa, diz “coisa linda”, nós sabemos que nenhuma palavra definiria de forma mais profunda e literária o quão bela e amada uma coisa pode ser.

“Coisar” é verbo de quem está com pressa ou tem lapsos de memória. É pra quando “mexe qualquer coisa dentro doida”. E que coisa magnífica poder se expressar tal qual Caetano Veloso. Agora chega, porque “esse papo já tá qualquer coisa” e eu já tô “pra lá de Marrakech”.

TATI BERNARDI. Disponível em: www1.folha.uol.com.br. Acesso em: 3 jan. 2024 (adaptado).

O recurso utilizado na progressão textual para garantir a unidade temática dessa crônica é a

  1. intertextualidade, marcada pela citação de versos de letras de canções.
  2. metalinguagem, marcada pela referência à escrita de crônicas pela autora.
  3. reiteração, marcada pela repetição de uma determinada palavra e de seus cognatos.
  4. conexão, marcada pela presença dos conectores lógico “quando” e “porque” entre orações.
  5. pronominalização, marcada pela retomada de “minha filha” e “um namorado ruim” pelos pronomes “ela” e “lo”.

Resposta: C

Resolução: A unidade temática da crônica de Tati Bernardi é garantida pela repetição da palavra “coisa” e de seus cognatos. Esse recurso linguístico é chamado de "reiteração", pois a palavra "coisa" é repetida com variações ao longo do texto para construir a ideia central. A alternativa correta é a C: "reiteração, marcada pela repetição de uma determinada palavra e de seus cognatos".

C

23. (Enem 2023) TEXTO I

Zapeei os canais, como há dezenas de anos faço, e pá: parei num que exibia um episódio daquela velha família do futuro, Os Jetsons.

Nesse episódio em particular, a Jane Jetson, esposa do George, tratava de dirigir aquele veículo voador deles. Meu queixo foi caindo à medida que as piadinhas machistas sobre mulheres dirigirem foram se acumulando.

Impressionante! Que futuro careta aqueles roteiristas imaginavam! Seriam incapazes de projetar algo melhor, e não apenas em termos de tecnologias, robôs e carros voadores? Será que nossa máxima visão de futuro só atinge as coisas, e jamais as pessoas? Como a Jane, uma mulher de 33 anos no desenho, poderia ser o que foram as minhas bisavós? O futuro, naquele desenho, se esqueceu de ser melhor nas relações entre as pessoas. Aliás… tão parecido com a vida.

Fiquei de cara, como dizemos aqui, ou como dizíamos na minha adolescência, pobre adolescência, aprendendo, sem querer e sem muita defesa, um futuro tão besta quanto o passado.

RIBEIRO, A. E. Disponível em: www.rascunho.com br.

Acesso em: 21 out. 2021 (adaptado)

TEXTO II

Masculino e feminino são campos escorregadios que só se definem por oposição, sempre incompleta, um do outro. São formações imaginárias que buscam produzir uma diferença radical e complementar onde só existem, de fato, mínimas diferenças.

O resto é questão de estilo. Até pelo menos a segunda metade do século 19, o divisor de águas era claro: os homens ocupavam o espaço público. As mulheres tratavam da vida privada. Privada de quê? De visibilidade, diria Hannah Arendt. De visibilidade pública.

Do que as mulheres estiveram privadas até o século 20 foi de presença pública manifesta não em imagem, mas em palavra. A palavra feminina, reservada ao espaço doméstico, não produzia diferença na vida social.

KHEL. M. R. Disponível em: https://alias.estadao.com.br.

Acesso em 19 out. 2021 (adaptado)

A representação da mulher apresentada no Texto I pode ser explicada pelo Texto II no que diz respeito à(às)

  1. censura a formas de expressão femininas.
  2. ausência da figura feminina na vida pública.
  3. construções imaginárias cristalizadas na sociedade.
  4. limitações inerentes às figuras femininas e masculinas.
  5. dificuldade na atribuição de papéis masculinos e femininos.
E

24. (Enem 2023) Esse anúncio publicitário, veiculado durante o contexto da pandemia de covid-19, tem por finalidade

  1. divulgar o canal telefônico de atendimento a casos de violência contra a mulher.
  2. informar sobre a atuação de uma entidade defensora da mulher vítima de violência.
  3. evidenciar o trabalho da Defensoria Pública em relação ao problema do abuso contra a mulher.
  4. alertar a sociedade sobre o aumento da violência contra a mulher em decorrência do coronavírus.
  5. incentivar o público feminino a denunciar crimes de violência contra a mulher durante o período de isolamento.
A

07. (Enem 2023) Mais iluminada que outras

Tenho dois seios, estas duas coxas, duas mãos que me são muito úteis, olhos escuros, estas duas sobrancelhas que preencho com maquiagem comprada por dezenove e noventa e orelhas que não aceitam bijuterias. Este corpo é um corpo faminto, dentado, cruel, capaz e violento. Movo os braços e multidões correm desesperadas.

Caminho no escuro com o rosto para baixo, pois cada parte isolada de mim tem sua própria vida e não quero domá-las. Animal da caatinga. Forte demais. Engolidora de espadas e espinhos.

Dizem e eu ouvi, mas depois também li, que o estado do Ceará aboliu a escravidão quatro anos antes do restante do país. Todos aqueles corpos que eram trazidos com seus dedos contados, seus calcanhares prontos e seus umbigos em fogo, todos eles foram interrompidos no porto. Um homem – dizem e eu ouvi e depois também li – liderou o levante. E todos esses corpos foram buscar outros incômodos. Foram ser incomodados.

ARRAES, J. Redemoinho em dia quente.

São Paulo: Alfaguara, 2019.

Nesse texto, os recursos expressivos usados pela narradora

  1. revelam as marcas da violência de raça e de gênero na construção da identidade.
  2. questionam o pioneirismo do estado do Ceará no enfrentamento à escravidão.
  3. reproduzem padrões estéticos em busca da valorização da autoestima feminina.
  4. sugerem uma atmosfera onírica alinhada ao desejo de resgate da espiritualidade.
  5. mimetizam, na paisagem, os corpos transformados pela violência da escravidão.
C

08. (Enem 2023) De quem é esta língua?

Uma pequena editora brasileira, a Urutau, acaba de lançar em Lisboa uma "antologia antirracista de poetas estrangeiros em Portugal", com o título Volta para a tua terra.

O livro denuncia as diversas formas de racismo a que os imigrantes estão sujeitos. Alguns dos poetas brasi leiros antologiados queixam-se do desdém com que um grande número de portugueses acolhe o português bra sileiro. É uma queixa frequente.

"Aqui em Portugal eles dizem /– eles dizem – / que nosso português é errado, que nós não falamos português", escreve a poetisa paulista Maria Giulia Pinheiro, para concluir: "Se a sua linguagem, a lusitana, / ainda conserva a palavra da opressão / ela não é a mais bonita do mundo./ Ela é uma das mais violentas".

AGUALUSA, J. E. Disponível em: https://oglobo.globo.com.

Acesso em: 22 nov. 2021 (adaptado).

O texto de Agualusa tematiza o preconceito em relação ao português brasileiro. Com base no trecho citado pelo autor, infere-se que esse preconceito se deve

  1. à dificuldade de consolidação da literatura brasileira em outros países.
  2. aos diferentes graus de instrução formal entre os falantes de língua portuguesa.
  3. à existência de uma língua ideal que alguns falantes lusitanos creem ser a falada em Portugal.
  4. ao intercâmbio cultural que ocorre entre os povos dos diferentes países de língua portuguesa.
  5. à distância territorial entre os falantes do português que vivem em Portugal e no Brasil.
A

32. (ENEM 2022)

Para convencer o público-alvo sobre a necessidade de um trânsito mais seguro, essa peça publicitária apela para o(a)

  1. sentimento de culpa provocado no condutor causador de acidentes.
  2. dano psicológico causado nas vítimas da violência nas estradas.
  3. importância do monitoramento do trânsito pelas autoridades competentes.
  4. necessidade de punição a motoristas alcoolizados envolvidos em acidentes.
  5. sofrimento decorrente da perda de entes queridos em acidentes automobilísticos.
D

34. (ENEM 2022) TEXTO I

A língua não é uma nomenclatura, que se opõe a uma realidade pré-categorizada, ela é que classifica realidade. No léxico, percebe-se, de maneira mais imediata, o fato de que a língua condensa as experiências de um dado povo.

FIORIN, J. L. Língua, modernidade e tradição.

Diversitas, n. 2, mar.-set. 2014.

TEXTO II

As expressões coloquiais ainda estão impregnadas de discriminação contra os negros. Basta recordar algumas delas, como passar um “dia negro”, ter um “lado negro”, ser a “ovelha negra” da família ou praticar “magia negra”.

Disponível em: https:/brasil.elpais.com. Acesso em: 22 maio 2018.

O Texto II exemplifica o que se afirma no Texto I, na medida em que defende a idea de que as escolhas lexicais são resultantes de um

  1. expediente próprio do sistema linguístico que nos apresenta diferentes possibilidades para traduzir estados de coisas.
  2. ato inventivo de nomear novas realidades que surgem diante de uma comunidade de falantes de uma língua.
  3. mecanismo de apropriação de formas linguísticas que estão no acervo da formação do idioma nacional.
  4. processo de incorporação de preconceitos que são recorrentes na história de uma sociedade.
  5. recurso de expressão marcado pela objetividade que se requer na comunicação diária.
C

38. (ENEM 2022) Ciente de que, no campo da criação, as inovações tecnológicas abrem amplo leque de possibilidades – ao permitir, e mesmo estimular, que o artista explore a fundo, em seu processo criativo, questões como a aleatoriedade, o acaso, a não linearidade e a hipermídia –, Leo Cunha comenta que, no que tange ao campo da divulgação, as alternativas são ainda mais evidentes:

“Afinal, é imensa a capacidade de reprodução, multiplicação e compartilhamento das obras artísticas/culturais. Ao mesmo tempo, ganham dimensão os dilemas envolvidos com a questão da autoria, dos direitos autorais, da reprodução e intervenção não autorizadas, entre outras questões”.

Já segundo a professora Yacy-Ara Froner, o uso de ferramentas tecnológicas não pode ser visto como um fim em si mesmo. Isso porque computadores, samplers, programas de imersão, internet e intranet, vídeo, televisão, rádio, GPD etc. são apenas suportes com os quais os artistas exercem sua imaginação.

SILVA JR., M. G. Movidas pela dúvida. Minas faz Ciências, n. 52, dez-fev. 2013 (adaptado).

Segundo os autores citados no texto, a expansão de possibilidades no campo das manifestações artísticas promovida pela internet pode pôr em risco o(a)

  1. sucesso dos artistas.
  2. valorização dos suportes.
  3. proteção da produção estética.
  4. modo de distribuição de obras.
  5. compartilhamento das obras artísticas.
A

26. (ENEM 2022) Morte lenta ao luso infame que inventou a calçada portuguesa. Maldito D. Manuel I e sua corja de Tenentes Eusébios. Quadrados de pedregulho irregular socados à mão. À mão! É claro que ia soltar, ninguém reparou que ia soltar? Branco, preto, branco, preto, as ondas do mar de Copacabana. De que me servem as ondas do mar de Copacabana? Me deem chão liso, sem protuberâncias calcárias. Mosaico estúpido. Mania de mosaico. Joga concreto em cima e aplaina. Buraco, cratera, pedra solta, bueiro-bomba.

Depois dos setenta, a vida se transforma numa interminável corrida de obstáculos. A queda é a maior ameaça para o idoso. “Idoso”, palavra odienta. Pior, só “terceira idade”. A queda separa a velhice da senilidade extrema. O tombo destrói a cadeia que liga a cabeça aos pés. Adeus, corpo. Em casa, vou de corrimão em corrimão, tateio móveis e paredes, e tomo banho sentado.

Da poltrona para a janela, da janela para a cama, da cama para a poltrona, da poltrona para a janela. Olha aí, outra vez, a pedrinha traiçoeira atrás de me pegar. Um dia eu caio, hoje não.

TORRES, F. Fim. São Paulo: Cia. das Letras, 2013.

O recurso que caracteriza a organização estrutural desse texto é o(a)

  1. justaposição de sequências verbais e nominais.
  2. mudança de eventos resultante do jogo temporal.
  3. uso de adjetivos qualificativos na descrição do cenário.
  4. encadeamento semântico pelo uso de substantivos sinônimos.
  5. inter-relação entre orações por elementos linguísticos lógicos.
E

24. (ENEM 2022) Ela era linda. Gostava de dançar, fazia teatro em São Paulo e sonhava ser atriz em Hollywood. Tinha 13 anos quando ganhou uma câmera de vídeo – e uma irmã. As duas se tornaram suas companheiras de experimentações.

Adolescente, Elena vivia a criar filminhos e se empenhava em dirigir a pequena Petra nas cenas que inventava. Era exigente com a irmã. E acreditava no potencial da menina para satisfazer seus arroubos de diretora precoce. Por cinco anos, integrou algumas das melhores companhias paulistanas de teatro e participou de preleções para filmes e trabalhos na TV.

Nunca foi chamada. No início de 1990, Elena tinha 20 anos quando se mudou para Nova York para cursar artes cênicas e batalhar uma chance no mercado americano. Deslocada, ansiosa, frustrada após alguns testes de elenco malsucedidos, decepcionada com a ausência de reconheci mento e vitimada por uma depressão que se agravava com a falta de perspectivas, Elena pôs fim à vida no segundo semestre. Petra tinha 7 anos. Vinte anos depois, é ela, a irmã caçula, que volta a Nova York para percorrer os últimos passos da irmã, vasculhar seus arquivos e transformar suas memórias em imagem e poesia.

Elena é um filme sobre a irmã que parte e sobre a irmã que fica. É um filme sobre a busca, a perda, a saudade, mas também sobre o encontro, o legado, a memória. Um filme sobre a Elena de Petra e sobre a Petra de Elena, sobre o que ficou de uma na outra e, essencialmente, um filme sobre a delicadeza.

VANUCHI, C. Época, 19 out. 2012 (adaptado).

O texto é exemplar de um gênero discursivo que cumpre a função social de

  1. narrar, por meio de imagem e poesia, cenas da vida das irmãs Petra e Elena.
  2. descrever, por meio das memórias de Petra, a separação de duas irmãs.
  3. sintetizar, por meio das principais cenas do filme, a história de Elena.
  4. lançar, por meio da história de vida do autor, um filme autobiográfico.
  5. avaliar, por meio de análise crítica, o filme em referência.
C

36. (ENEM 2022) Pisoteamento, arrastão, empurra-empurra, agressões, vandalismo e até furto a um torcedor que estava caído no asfalto após ter sido atropelado nas imediações do estádio do Maracanã. As cenas de selvageria tiveram como estopim a invasão de milhares de torcedores sem ingresso, que furaram o bloqueio policial e transformaram o estádio em terra de ninguém. Um reflexo não só do quadro de insegurança que assola o Rio de Janeiro, mas também de como a violência social se embrenha pelo esporte mais popular do país.

Em 2017, foram registrados 104 episódios de violência no futebol brasileiro, que resultaram em 11 mortes de torcedores. Desde 1995, quando 101 torcedores ficaram feridos e um morreu durante uma batalha campal no estádio do Pacaembu, autoridades brasileiras têm focado as ações de enfrentamento à violência no futebol em grupos uniformizados, alguns proibidos de frequentar estádios. Porém, a postura meramente repressiva contra torcidas organizadas é ineficaz em uma sociedade que registra mais de 61000 homicídios por ano. “É impossível dissociar a escalada de violência no futebol do panorama de desordem pública, social, econômica e política vivida pelo país”, de acordo com um doutor em sociologia do esporte.

Disponível em: https://brasil.elpais.com.

Acesso em: 22 jun. 2019 (adaptado).

Nesse texto, a violência no futebol está caracterizada como um(a)

  1. problema social localizado numa região do país.
  2. desafio para as torcidas organizadas dos clubes. reflexo da precariedade da organização social no país.
  3. inadequação de espaço nos estádios para receber o público.
  4. consequência da insatisfação dos clubes com a organização dos jogos.
B

34. (ENEM 2022 PPL)

Ao abordar a temática da violência contra a mulher, o cartaz conjuga as linguagens verbal e não verbal para

  1. apresentar políticas públicas de combate à discriminação de gênero.
  2. mobilizar a vítima para denunciar as agressões sofridas.
  3. expressar a reação da sociedade em relação ao crime.
  4. analisar as consequências resultantes do sofrimento.
  5. discutir o comportamento psicológico do agressor.
A

30. (ENEM 2022 PPL) A busca do “texto oculto” na leitura de notícias

Os meus colegas jornalistas que me perdoem, mas não dá mais para ler uma notícia de jornal apenas pelo que está publicado. O nosso universo informativo ficou muito mais complexo depois do surgimento da avalanche informativa na internet.

Esse fenômeno, inédito na história do jornalismo, está nos obrigando a tomar uma notícia de jornal apenas como um ponto de partida para uma análise que, necessariamente, envolve a preocupação em descobrir o contexto do que foi publicado. A notícia de jornal não é mais a verdade definitiva, mas a porta de entrada numa realidade desconhecida e inevitavelmente complexa, contraditória e diversa.

A principal mudança que todos nós teremos que incorporar às nossas rotinas informativas é a necessidade de sermos críticos em relação às notícias que leremos, ouviremos ou assistiremos.

A busca de um novo modelo de formatação de notícias baseado numa cultura da diversificação informativa está apenas começando. O público passou a ter uma importância estratégica na atividade profissional porque os jornalistas necessitam, cada vez mais, dos blogs pessoais, das páginas da web e das postagens em redes sociais como fonte de notícias. A histórica dependência de fontes governamentais e corporativas está rapidamente sendo substituída pela notícia oriunda de comunidades, grupos sociais organizados e influenciadores digitais. A agenda de notícias das elites perde espaço para a agenda do público.

É essa nova forma de ver a realidade que está na base da necessidade do chamado “texto oculto”, um jargão acadêmico para uma diversificação na nossa nova forma de ler, ouvir e ver notícias.

CASTILHO, C. Disponível em: www.observatoriodaimprensa.com.br. Acesso em: 30 out. 2021 (adaptado).

Ao problematizar os modos de ler notícias e a necessidade de se buscar o chamado “texto oculto”, o texto defende que esse processo implicará

  1. adaptação na forma como a imprensa e o jornalismo abordam a informação.
  2. alteração na prática interacional entre os usuários de redes sociais.
  3. ampliação da quantidade de informação disponível na internet.
  4. demanda por informações fidedignas em fontes oficiais.
  5. percepção da notícia como um produto acabado.
D

29. (ENEM 2022 PPL)

Esse cartaz tem como função social conquistar clientes para um evento turístico, e, por isso, seria recomendável que fosse escrito na norma-padrão da língua portuguesa.

O comentário acrescentado por um interlocutor sugere que a grafia incorreta da palavra “excursão”

  1. interfere na pronúncia do vocábulo.
  2. reflete uma interferência da fala na escrita.
  3. caracteriza uma violação proposital para chamar a atenção dos clientes.
  4. diminui a confiabilidade nos serviços oferecidos pela prestadora.
  5. compromete o entendimento do conteúdo da mensagem.
E

19. (ENEM 2022 PPL) O boato insiste em ser um gênero da comunicação. Um rumor pode nascer da má-fé, do mal-entendido ou de uma trapalhada qualquer. O primeiro impulso é acreditar, porque: 1 - confiamos em quem o transmite;2 - é fisicamente impossível verificar a veracidade de tudo; 3 - os meios de comunicação estão sistematicamente relapsos com a verificação de seus conteúdos e, se eles fazem isso, o que nos impede?

O boato não informa, mas ensina: mostra como uma sociedade se prepara para tomar posição. A nossa tem se aplicado na tarefa de desmantelar equipes de jornalistas que dão nome de “informação” a todo tipo de “copia e cola” difundido pela internet como se fosse um fato verídico. A comunicação atual depende, cada vez mais, do modo como vamos lidar com os rumores.

PEREIRA JR., L. C. Língua Portuguesa, n. 93, jul. 2013 (adaptado).

Em relação aos boatos que circulam ininterruptamente na internet, esse texto reconhece a importância da posição tomada pelo internauta leitor ao

  1. confiar nos contatos pessoais que transmitiram a informação.
  2. acompanhar e reproduzir o comportamento dos meios de comunicação.
  3. seguir as contas dos jornalistas nas diversas redes sociais existentes.
  4. excluir de seus contatos usuários que não confirmam a veracidade das notícias.
  5. pesquisar em diferentes mídias a veracidade das notícias que circulam na rede.

01. (Enem 2019) Blues da piedade

Vamos pedir piedade

Senhor, piedade

Pra essa gente careta e covarde

Vamos pedir piedade

Senhor, piedade

Lhes dê grandeza e um pouco de coragem

CAZUZA. Cazuza: o poeta não morreu. Rio de Janeiro: Universal Music, 2000 (fragmento).

Todo gênero apresenta elementos constitutivos que condicionam seu uso em sociedade. A letra de canção identifica-se com o gênero ladainha, essencialmente, pela utilização da sequência textual

  1. expositiva, por discorrer sobre um dado tema.
  2. narrativa, por apresentar uma cadeia de ações.
  3. injuntiva, por chamar o interlocutor à participação.
  4. descritiva, por enumerar características de um personagem.
  5. argumentativa, por incitar o leitor a uma tomada de atitude.

02. (Enem 2019) O texto tem o formato de uma carta de jogo e apresenta dados a respeito de Marcelo Gleiser, premiado pesquisador brasileiro da atualidade. Essa apresentação subverte um gênero textual ao

Disponível em: www.tecmundo.com.br. Acesso em: 10 dez. 2018 (adaptado).

O texto tem o formato de uma carta de jogo e apresenta dados a respeito de Marcelo Gleiser, premiado pesquisador brasileiro da atualidade. Essa apresentação subverte um gênero textual ao

  1. vincular áreas distintas do conhecimento.
  2. evidenciar a formação acadêmica do pesquisador.
  3. relacionar o universo lúdico a informações biográficas.
  4. especificar as contribuições mais conhecidas do pesquisador.
  5. destacar o nome do pesquisador e sua imagem no início do texto.

03. (Enem 2019) Pela análise do conteúdo, constata-se que essa campanha publicitária tem como função social

Disponível em: http://palavrastempoder.org. Acesso em: 20 abr. 2015.

Pela análise do conteúdo, constata-se que essa campanha publicitária tem como função social

  1. propagar a imagem positiva do Ministério Público.
  2. conscientizar a população que direitos implicam deveres.
  3. coibir violações de direitos humanos nos meios de comunicação.
  4. divulgar políticas sociais que combatem a intolerância e o preconceito.
  5. instruir as pessoas sobre a forma correta de expressão nas redes sociais.

04. (Enem 2018) A trajetória de Liesel Meminger é contada por uma narradora mórbida, surpreendentemente simpática. Ao perceber que a pequena ladra de livros lhe escapa, a Morte afeiçoa-se à menina e rastreia suas pegadas de 1939 a 1943. Traços de uma sobrevivente: a mãe comunista, perseguida pelo nazismo, envia Liesel e o irmão para o subúrbio pobre de uma cidade alemã, onde um casal se dispõe a adotá-los por dinheiro. O garoto morre no trajeto e é enterrado por um coveiro que deixa cair um livro na neve. É o primeiro de uma série que a menina vai surrupiar ao longo dos anos. O único vínculo com a família é esta obra, que ela ainda não sabe ler.

A vida ao redor é a pseudorrealidade criada em torno do culto a Hitler na Segunda Guerra. Ela assiste à eufórica celebração do aniversário do Führer pela vizinhança. A Morte, perplexa diante da violência humana, dá um tom leve e divertido à narrativa deste duro confronto entre a infância perdida e a crueldade do mundo adulto, um sucesso absoluto – e raro – de crítica e público.

Disponível em: www.odevoradordelivros.com. Acesso em: 24 jun. 2014.

Os gêneros textuais podem ser caracterizados, dentre outros fatores, por seus objetivos. Esse fragmento é um(a)

  1. reportagem, pois busca convencer o interlocutor da tese defendida ao longo do texto.
  2. resumo, pois promove o contato rápido do leitor com uma informação desconhecida.
  3. sinopse, pois sintetiza as informações relevantes de uma obra de modo impessoal.
  4. instrução, pois ensina algo por meio de explicações sobre uma obra específica.
  5. resenha, pois apresenta uma produção intelectual de forma crítica.

05. (Enem 2018) No tradicional concurso de miss, as candidatas apresentaram dados de feminicídio, abuso sexual e estupro no país.

No lugar das medidas de altura, peso, busto, cintura e quadril, dados da violência contra as mulheres no Peru. Foi assim que as 23 candidatas ao Miss Peru 2017 protestaram contra os altos índices de feminicídio e abuso sexual no país no tradicional desfile em trajes de banho.

O tom político, porém, marcou a atração desde o começo: logo no início, quando as peruanas se apresentaram, uma a uma, denunciaram os abusos morais e físicos, a exploração sexual, o assédio, entre outros crimes contra as mulheres.

Disponível em: www.cartacapital.com.br. Acesso em 29 nov. 2017.

Quanto à materialização da linguagem, a apresentação de dados relativos à violência contra a mulher

  1. configura uma discussão sobre os altos índices de abuso físico contra as peruanas.
  2. propõe um novo formato no enredo dos concursos de beleza feminina.
  3. condena o rigor estético exigido pelos concursos tradicionais.
  4. recupera informações sensacionalistas a respeito desse tema.
  5. subverte a função social da fala das candidatas a miss.

06. (Enem 2017) Romanos usavam redes sociais há dois mil anos, diz livro

Ao tuitar ou comentar embaixo do post de um de seus vários amigos no Facebook, você provavelmente se sente privilegiado por viver em um tempo na história em que é possível alcançar de forma imediata uma vasta rede de contatos por meio de um simples clique no botão “enviar”. Você talvez também reflita sobre como as gerações passadas puderam viver sem mídias sociais, desprovidas da capacidade de verem e serem vistas, de receber, gerar e interagir com uma imensa carga de informações. Mas o que você talvez não saiba é que os seres humanos usam ferramentas de interação social há mais de dois mil anos. É o que afirma Tom Standage, autor do livro Writing on the Wall — Social Media, The first 2 000 Years (Escrevendo no mural — mídias sociais, os primeiros 2 mil anos, em tradução livre).

Segundo Standage, Marco Túlio Cícero, filósofo e político romano, teria sido, junto com outros membros da elite romana, precursor do uso de redes sociais. O autor relata como Cícero usava um escravo, que posteriormente tornou-se seu escriba, para redigir mensagens em rolos de papiro que eram enviados a uma espécie de rede de contatos. Estas pessoas, por sua vez, copiavam seu texto, acrescentavam seus próprios comentários e repassavam adiante. “Hoje temos computadores e banda larga, mas os romanos tinham escravos e escribas que transmitiam suas mensagens", disse Standage à BBC Brasil. "Membros da elite romana escreviam entre si constantemente, comentando sobre as últimas movimentações políticas e expressando opiniões.”

Além do papiro, outra plataforma comumente utilizada pelos romanos era uma tábua de cera do tamanho e da forma de um tablet moderno, em que escreviam recados, perguntas ou transmitiam os principais pontos da acta diurna, um “jornal” exposto diariamente no Fórum de Roma. Essa tábua, o “iPad da Roma Antiga”, era levada por um mensageiro até o destinatário, que respondia embaixo da mensagem.

NIDECKER, F. Disponível em: www.bbc.co.uk. Acesso em: 7 nov. 2013 (adaptado).

Na reportagem, há uma comparação entre tecnologias de comunicação antigas e atuais. Quanto ao gênero mensagem, identifica-se como característica que perdura ao longo dos tempos o(a)

  1. imediatismo das respostas.
  2. compartilhamento de informações.
  3. interferência direta de outros no texto original.
  4. recorrência de seu uso entre membros da elite.
  5. perfil social dos envolvidos na troca comunicativa.

07. (Enem 2017) Uma noite em 67, de Renato Terra e Ricardo Calil.

Editora Planeta, 296 páginas.

Mas foi uma noite, aquela noite de sábado 21 de outubro de 1967, que parou o nosso país. Parou pra ver a finalíssima do III Festival da Record, quando um jovem de 24 anos chamado Eduardo Lobo, o Edu Lobo, saiu carregado do Teatro Paramount em São Paulo depois de ganhar o prêmio máximo do festival com Ponteio, que cantou acompanhado da charmosa e iniciante Marília Medalha.

Foi naquela noite que Chico Buarque entoou sua Roda viva ao lado do MPB-4 de Magro, o arranjador. Que Caetano Veloso brilhou cantando Alegria, alegria com a plateia ao som das guitarras dos Beat Boys, que Gilberto Gil apresentou a tropicalista Domingo no parque com os Mutantes.

Aquela noite que acabou virando filme, em 2010, nas mãos de Renato Terra e Ricardo Calil, agora virou livro. O livro que está sendo lançado agora é a história daquela noite, ampliada e em estado que no jargão jornalístico chamamos de matéria bruta. Quem viu o filme vai se deliciar com as histórias — e algumas fofocas — que cada um tem para contar, agora sem os cortes necessários que um filme exige. E quem não viu o filme tem diante de si um livro de histórias, pensando bem, de História.

VILLAS, A. Disponível em: www.cartacapital.com.br. Acesso em: 18 jun. 2014 (adaptado).

Considerando os elementos constitutivos dos gêneros textuais circulantes na sociedade, nesse fragmento de resenha predominam

  1. caracterizações de personalidades do contexto musical brasileiro dos anos 1960.
  2. questões polêmicas direcionadas à produção musical brasileira nos anos 1960.
  3. relatos de experiências de artistas sobre os festivais de música de 1967.
  4. explicações sobre o quadro cultural do Brasil durante a década de 1960.

08. (Enem 2016) Querido diário

Hoje topei com alguns conhecidos meus

Me dão bom-dia, cheios de carinho

Dizem pra eu ter muita luz, ficar com Deus

Eles têm pena de eu viver sozinho

[...]

Hoje o inimigo veio me espreitar

Armou tocaia lá na curva do rio

Trouxe um porrete a mó de me quebrar

Mas eu não quebro porque sou macio, viu

HOLANDA, C. B. Chico. Rio de Janeiro: Biscoito Fino, 2013 (fragmento).

Uma característica do gênero diário que aparece na letra da canção de Chico Buarque é o(a)

  1. diálogo com interlocutores próximos.
  2. recorrência de verbos no infinitivo.
  3. predominância de tom poético.
  4. uso de rimas na composição.
  5. narrativa autorreflexiva.

09. (Enem 2016) O livro A fórmula secreta conta a história de um episódio fundamental para o nascimento da matemática moderna e retrata uma das disputas mais virulentas da ciência renascentista. Fórmulas misteriosas, duelos públicos, traições, genialidade, ambição - e matemática! Esse é o instigante universo apresentado no livro, que resgata a história dos italianos Tartaglia e Cardano e da fórmula revolucionária para resolução de equações de terceiro grau. A obra reconstitui um episódio polêmico que marca, para muitos, o início do período moderno da matemática.

Em última análise, A fórmula secreta apresenta-se como uma ótima opção para conhecer um pouco mais sobre a história da matemática e acompanhar um dos debates científicos mais inflamados do século XVI no campo. Mais do que isso, é uma obra de fácil leitura e uma boa mostra de que é possível abordar temas como álgebra de forma interessante, inteligente e acessível ao grande público.

GARCIA, M. Duelos, segredos e matemática. Disponível em: http://cienciahoje.uol.com.br. Acesso em: 6 out. 2015 (adaptado).

Na construção textual, o autor realiza escolhas para cumprir determinados objetivos. Nesse sentido, a função social desse texto é

  1. interpretar a obra a partir dos acontecimentos da narrativa.
  2. apresentar o resumo do conteúdo da obra de modo impessoal.
  3. fazer a apreciação de uma obra a partir de uma síntese crítica.
  4. informar o leitor sobre a veracidade dos fatos descritos na obra.
  5. classificar a obra como uma referência para estudiosos da matemática.

10. (Enem 2016) Receita

Tome-se um poeta não cansado,

Uma nuvem de sonho e uma flor,

Três gotas de tristeza, um tom dourado,

Uma veia sangrando de pavor.

Quando a massa já ferve e se retorce

Deita-se a luz dum corpo de mulher,

Duma pitada de morte se reforce,

Que um amor de poeta assim requer.

SARAMAGO, J. Os poemas possíveis. Alfragide: Caminho, 1997.

Os gêneros textuais caracterizam-se por serem relativamente estáveis e podem reconfigurar-se em função do propósito comunicativo. Esse texto constitui uma mescla de gêneros, pois

  1. introduz procedimentos prescritivos na composição do poema.
  2. explicita as etapas essenciais à preparação de uma receita.
  3. explora elementos temáticos presentes em uma receita.
  4. apresenta organização estrutural típica de um poema.
  5. utiliza linguagem figurada na construção do poema.

11. (Enem PPL 2016) Fraudador é preso por emitir atestados com erro de português

Mais um erro de português leva um criminoso às mãos da polícia. Desde 2003, M.O.P., de 37 anos, administrava a empresa MM, que falsificava boletins de ocorrência, carteiras profissionais e atestados de óbito, tudo para anular multas de trânsito. Amparado pela documentação fajuta de M.O.P., um motorista poderia alegar às Juntas Administrativas de Recursos de Infrações que ultrapassou o limite de velocidade para levar uma parente que passou mal e morreu a caminho do hospital.

O esquema funcionou até setembro, quando M.O.P. foi indiciado. Atropelara a gramática. Havia emitido, por exemplo, um atestado de abril do ano passado em que estava escrito aneurisma “celebral” (com l no lugar de r) e "insulficiência" múltipla de órgãos (com um l desnecessário em "insulficiência" – além do fato de a expressão médica adequada ser “falência múltipla de órgãos”).

M.O.P. foi indiciado pela 2ª Delegacia de Divisão de Crimes de Trânsito. Na casa do acusado, em São Miguel Paulista, zona leste de São Paulo, a polícia encontrou um computador com modelos de documentos.

Língua Portuguesa, n. 12, set. 2006 (adaptado).

O texto apresentado trata da prisão de um fraudador que emitia documentos com erros de escrita. Tendo em vista o assunto, a organização, bem como os recursos linguísticos, depreende-se que esse texto é um(a)

  1. conto, porque discute problemas existenciais e sociais de um fraudador.
  2. notícia, porque relata fatos que resultaram no indiciamento de um fraudador.
  3. crônica, porque narra o imprevisto que levou a polícia a prender um fraudador.
  4. editorial, porque opina sobre aspectos linguísticos dos documentos redigidos por um fraudador.
  5. piada, porque narra o fato engraçado de um fraudador descoberto pela polícia por causa de erros de ortografia.

12. (Enem PPL 2016) Receitas de vida por um mundo mais doce

Pé de moleque

Ingredientes

2 filhos que não param quietos

3 sobrinhos da mesma espécie

1 cachorro que adora uma farra

1 fim de semana ao ar livre

Preparo

Junte tudo com os ingredientes do Açúcar Naturale, mexa bem e deixe descansar. Não as crianças, que não vai adiantar. Sirva imediatamente, porque pé de moleque não para. Quer essa e outras receitas completas?

Entre no site cianaturale.com.br.

Onde tem doce, tem Naturale.

Revista Saúde, n. 351, jun. 2012 (adaptado).

O texto é resultante do hibridismo de dois gêneros textuais. A respeito desse hibridismo, observa-se que a

  1. receita mistura-se ao gênero propaganda com a finalidade de instruir o leitor.
  2. receita é utilizada no gênero propaganda a fim de divulgar exemplos de vida.
  3. propaganda assume a forma do gênero receita para divulgar um produto alimentício.
  4. propaganda perde poder de persuasão ao assumir a forma do gênero receita.
  5. receita está a serviço do gênero propaganda ao solicitar que o leitor faça o doce.

13. (Enem 2015) Embalagens usadas e resíduos devem ser descartados adequadamente

Todos os meses são recolhidas das rodovias brasileiras centenas de milhares de toneladas de lixo. Só nos 22,9 mil quilômetros das rodovias paulistas são 41,5 mil toneladas. O hábito de descartar embalagens, garrafas, papéis e bitucas de cigarro pelas rodovias persiste e tem aumentado nos últimos anos. O problema é que o lixo acumulado na rodovia, além de prejudicar o meio ambiente, pode impedir o escoamento da água, contribuir para as enchentes, provocar incêndios, atrapalhar o trânsito e até causar acidentes. Além dos perigos que o lixo representa para os motoristas, o material descartado poderia ser devolvido para a cadeia produtiva. Ou seja, o papel que está sobrando nas rodovias poderia ter melhor destino. Isso também vale para os plásticos inservíveis, que poderiam se transformar em sacos de lixo, baldes, cabides e até acessórios para os carros.

Disponível em: www.girodasestradas.com.br. Acesso em: 31 jul. 2012.

Os gêneros textuais correspondem a certos padrões de composição de texto, determinados pelo contexto em que são produzidos, pelo público a que eles se destinam, por sua finalidade. Pela leitura do texto apresentado, reconhece-se que sua função é

  1. apresentar dados estatísticos sobre a reciclagem no país.
  2. alertar sobre os riscos da falta de sustentabilidade do mercado de recicláveis.
  3. divulgar a quantidade de produtos reciclados retirados das rodovias brasileiras.
  4. revelar os altos índices de acidentes nas rodovias brasileiras poluídas nos últimos anos.
  5. conscientizar sobre a necessidade de preservação ambiental e de segurança nas rodovias.

14. (Enem 2015) Posso mandar por e-mail?

Atualmente, é comum “disparar” currículos na internet com a expectativa de alcançar o maior número possível de selecionadores. Essa, no entanto, é uma ideia equivocada: é preciso saber quem vai receber seu currículo e se a vaga é realmente indicada para seu perfil, sob o risco de estar “queimando o filme” com um futuro empregador. Ao enviar o currículo por e-mail, tente saber quem vai recebê-lo e faça um texto sucinto de apresentação, com a sugestão a seguir:

Assunto: Currículo para a vaga de gerente de marketing

Mensagem: Boa tarde. Meu nome é José da Silva e gostaria de me candidatar à vaga de gerente de marketing. Meu currículo segue anexo.

Guia da língua 2010: modelos e técnicas. Língua Portuguesa, 2010 (adaptado).

O texto integra um guia de modelos e técnicas de elaboração de textos e cumpre a função social de

  1. divulgar um padrão oficial de redação e envio de currículos.
  2. indicar um modelo de currículo para pleitear uma vaga de emprego.
  3. instruir o leitor sobre como ser eficiente no envio de currículo por e-mail.
  4. responder a uma pergunta de um assinante da revista sobre o envio de currículo por e-mail.
  5. orientar o leitor sobre como alcançar o maior número possível de selecionadores de currículos.

15. (Enem 2015) Carta ao Tom 74

Rua Nascimento Silva, cento e sete

Você ensinando pra Elizete

As canções de canção do amor demais

Lembra que tempo feliz

Ah, que saudade,

Ipanema era só felicidade

Era como se o amor doesse em paz

Nossa famosa garota nem sabia

A que ponto a cidade turvaria

Esse Rio de amor que se perdeu

Mesmo a tristeza da gente era mais bela

E além disso se via da janela

Um cantinho de céu e o Redentor

É, meu amigo, só resta uma certeza,

É preciso acabar com essa tristeza

É preciso inventar de novo o amor

MORAES, V.; TOQUINHO. Bossa Nova, sua história, sua gente. São Paulo: Universal; Philips,1975 (fragmento).

O trecho da canção de Toquinho e Vinícius de Moraes apresenta marcas do gênero textual carta, possibilitando que o eu poético e o interlocutor

  1. compartilhem uma visão realista sobre o amor em sintonia com o meio urbano.
  2. troquem notícias em tom nostálgico sobre as mudanças ocorridas na cidade.
  3. façam confidências, uma vez que não se encontram mais no Rio de Janeiro.
  4. tratem pragmaticamente sobre os destinos do amor e da vida citadina.
  5. aceitem as transformações ocorridas em pontos turísticos específicos.

16. (Enem 2015) João Antônio de Barros (Jota Barros) nasceu aos 24 de junho de 1935, em Glória de Goitá (PE). Marceneiro, entalhador, xilógrafo, poeta repentista e escritor de literatura de cordel, já publicou 33 folhetos e ainda tem vários inéditos. Reside em São Paulo desde 1973, vivendo exclusivamente da venda de livretos de cordel e das cantigas de improviso, ao som da viola. Grande divulgador da poesia popular nordestina no Sul, tem dado frequentemente entrevistas à imprensa paulista sobre o assunto.

EVARISTO, M. C. O cordel em sala de aula. In: BRANDÃO, H. N. (Coord.). Gêneros do discurso na escola: mito, conto, cordel, discurso político, divulgação científica. São Paulo: Cortez, 2000.

A biografia é um gênero textual que descreve a trajetória de determinado indivíduo, evidenciando sua singularidade. No caso específico de uma biografia como a de João Antônio de Barros, um dos principais elementos que a constitui é

  1. a estilização dos eventos reais de sua vida, para que o relato biográfico surta os efeitos desejados.
  2. o relato de eventos de sua vida em perspectiva histórica, que valorize seu percurso artístico.
  3. a narração de eventos de sua vida que demonstrem a qualidade de sua obra.
  4. uma retórica que enfatize alguns eventos da vida exemplar da pessoa biografada.
  5. uma exposição de eventos de sua vida que mescle objetividade e construção ficcional.

17. (Enem PPL 2015) Esse texto trata de uma campanha sobre o trânsito e visa a orientação dos motociclistas quanto ao(à)

Esse texto trata de uma campanha sobre o trânsito e visa a orientação dos motociclistas quanto ao(à)

  1. intolerância com a morosidade do tráfego.
  2. desconhecimento da legislação.
  3. crescente número de motocicletas.
  4. manutenção preventiva do veículo.
  5. cuidado com a própria segurança.

18. (Enem PPL 2015) Manter as contas sob controle e as finanças saudáveis parece um objetivo inatingível para você? Tenha certeza de que você não está sozinho. A bagunça na vida financeira compromete os sonhos de muita gente no Brasil. É por isso que nós lançamos, pelo terceiro ano consecutivo, este especial com informações que ajudam a encarar a situação de forma prática. Sem malabarismos — mas com boa dose de disciplina! — é possível quitar as dívidas, organizar os gastos, fazer planos de consumo que caibam em seus rendimentos mensais e estruturar os investimentos para fazer o dinheiro que sobra render mais.

Ter dinheiro para viver melhor está diretamente relacionado a sua capacidade de se organizar e de eleger prioridades na hora de gastar. Aceite o desafio e boa leitura!

Você S/A, n. 16, 2011 (adaptado).

No trecho apresentado, são utilizados vários argumentos que demonstram que o objetivo principal do produtor do texto, em relação ao público-alvo da revista, é

  1. conscientizar o leitor de que ele é capaz de economizar.
  2. levar o leitor a envolver-se com questões de ordem econômica.
  3. ajudar o leitor a quitar suas dívidas e organizar sua vida financeira.
  4. persuadir o leitor de que ele não é o único com problemas financeiros.
  5. convencer o leitor da importância de ler essa edição especial da revista.

19. (Enem PPL 2015) O mundo das grandes inovações tecnológicas, dos avanços das pesquisas médicas e que já presenciou o envio de homens ao espaço é o mesmo lugar onde 1 bilhão de pessoas dormem e acordam com fome. A desnutrição ocupa o primeiro lugar no ranking dos 10 maiores riscos à saúde e mata mais do que a aids, a malária e a tuberculose combinadas. O equivalente às populações da Europa e da América do Norte, juntas, está de barriga vazia. E um futuro famélico aguarda a raça humana. Em 2050, apenas por razões ligadas às mudanças climáticas, o número de pessoas sem comida no prato vai aumentar em até 20%.

Disponível em: www.correiobraziliense.com.br. Acesso em: 22 jan. 2012.

Considerando a natureza do tema, a forma como está apresentado e o meio pelo qual é veiculado o texto, percebe-se que seu principal objetivo é

  1. divulgar dados estatísticos recentes sobre a fome no mundo e sobre as inovações tecnológicas.
  2. esclarecer questões científicas acerca dos danos causados pela fome e pela aids nos indivíduos.
  3. demonstrar que a fome, juntamente com as doenças endêmicas, também é um problema de saúde pública.
  4. convidar o leitor a engajar-se em alguma ação positiva contra a fome, a partir da divulgação de dados alarmantes.
  5. alertar sobre o problema da fome, apresentando-o como um contraste no mundo de tantos recursos tecnológicos.

20. (Enem 2014) A última edição deste periódico apresenta mais uma vez tema relacionado ao tratamento dado ao lixo caseiro, aquele que produzimos no dia a dia. A informação agora passa pelo problema do material jogado na estrada vicinal que liga o município de Rio Claro ao distrito de Ajapi. Infelizmente, no local em questão, a reportagem encontrou mais uma forma errada de destinação do lixo: material atirado ao lado da pista como se isso fosse o ideal. Muitos moradores, por exemplo, retiram o lixo de suas residências e, em vez de um destino correto, procuram dispensá-lo em outras regiões. Uma situação no mínimo incômoda. Se você sai de casa para jogar o lixo em outra localidade, por que não o fazer no local ideal? É muita falta de educação achar que aquilo que não é correto para sua região possa ser para outra. A reciclagem do lixo doméstico é um passo inteligente e de consciência. Olha o exemplo que passamos aos mais jovens! Quem aprende errado coloca em prática o errado. Um perigo!

Disponível em: http://jornaldacidade.uol.com.br. Acesso em: 10 ago. 2012 (adaptado).

Esse editorial faz uma leitura diferenciada de uma notícia veiculada no jornal. Tal diferença traz à tona uma das funções sociais desse gênero textual, que é

  1. apresentar fatos que tenham sido noticiados pelo próprio veículo.
  2. chamar a atenção do leitor para temas raramente abordados no jornal.
  3. provocar a indignação dos cidadãos por força dos argumentos apresentados.
  4. interpretar criticamente fatos noticiados e considerados relevantes para a opinião pública.
  5. trabalhar uma informação previamente apresentada com base no ponto de vista do autor da notícia.

21. (Enem 2013)

GRUPO ESCOLAR DE PALMEIRAS. Redações de Maria Anna de Biase e J. B. Pereira sobre a Bandeira Nacional. Palmeiras (SP), 18 nov. 1911. Acervo APESP. Coleção DAESP. C10279.

Disponível em: www.arquivoestado.sp.gov.br. Acesso em: 15 maio 2013. (Foto: Reprodução)

O documento foi retirado de uma exposição on-line de manuscritos do estado de São Paulo do início do século XX. Quanto à relevância social para o leitor da atualidade, o texto

  1. funciona como veículo de transmissão de valores patrióticos próprios do período em que foi escrito.
  2. cumpre uma função instrucional de ensinar regras de comportamento em eventos cívicos.
  3. deixa subentendida a ideia de que o brasileiro preserva as riquezas naturais do país.
  4. argumenta em favor da construção de uma nação com igualdade de direitos.
  5. apresenta uma metodologia de ensino restrita a uma determinada época.

22. (Enem 2013) Art. 2º Considera-se criança, para os efeitos desta lei, a pessoa até doze anos de idade incompletos, e adolescente aquela entre doze e dezoito anos de idade. [...]

Art 3º A criança e o adolescente gozam de todos os direitos fundamentais inerentes à pessoa humana, sem prejuízo da proteção integral de que trata esta Lei, assegurando-se-lhes, por lei ou por outros meios, todas as oportunidades e facilidades, a fim de lhes facultar o desenvolvimento físico, mental, moral, espiritual e social, em condições de liberdade e de dignidade.

Art 4° É dever da família, da comunidade, da sociedade em geral e do poder público assegurar, com absoluta prioridade, a efetivação dos direitos referentes à vida, à saúde, à alimentação, à educação, ao esporte, ao lazer, à profissionalização, à cultura, à dignidade, ao respeito, à liberdade e à convivência familiar e comunitária. [...]

BRASIL. Lei n. 8 069, de 13 de julho de 1990. Estatuto da criança e do adolescente. Disponível em: www.planalto.gov.br (fragmento)

Para cumprir sua função social, o Estatuto da criança e do adolescente apresenta características próprias desse gênero quanto ao uso da língua e quanto à composição textual. Entre essas características, destaca-se o emprego de

  1. repetição vocabular para facilitar o entendimento.
  2. palavras e construções que evitem ambiguidade.
  3. expressões informais para apresentar os direitos.
  4. frases na ordem direta para apresentar as informações mais relevantes.
  5. exemplificações que auxiliem a compreensão dos conceitos formulados.

23. (Enem 2013) A diva

Vamos ao teatro, Maria José?

Quem me dera,

desmanchei em rosca quinze kilos de farinha

tou podre. Outro dia a gente vamos

Falou meio triste, culpada,

e um pouco alegre por recusar com orgulho

TEATRO! Disse no espelho.

TEATRO! Mais alto, desgrenhada.

TEATRO! E os cacos voaram

sem nenhum aplauso.

Perfeita.

PRADO, A. Oráculos de maio. São Paulo: Siciliano, 1999.

Os diferentes gêneros textuais desempenham funções sociais diversas reconhecidas pelo leitor com base em suas características específicas, bem como na situação comunicativa em que ele é produzido. Assim, o texto A diva

  1. narra um fato real vivido por Maria José.
  2. surpreende o leitor pelo seu efeito poético.
  3. relata uma experiência teatral profissional.
  4. descreve uma ação típica de uma mulher sonhadora.
  5. defende um ponto de vista relativo ao exercício teatral.

24. (Enem 2012) Considerando-se a finalidade comunicativa comum do gênero e o contexto específico do Sistema de Biblioteca da UFG, esse cartaz tem função predominantemente

Cartaz afixado nas bibliotecas centrais e setoriais da Universidade Federal de Goiás (UFG), 2011.

Considerando-se a finalidade comunicativa comum do gênero e o contexto específico do Sistema de Biblioteca da UFG, esse cartaz tem função predominantemente

  1. socializadora, contribuindo para a popularização da arte.
  2. sedutora, considerando a leitura como uma obra de arte.
  3. estética, propiciando uma apreciação despretensiosa da obra.
  4. educativa, orientando o comportamento de usuários de um serviço.
  5. contemplativa, evidenciando a importância de artistas internacionais.

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