Trovadorismo
Lista de 15 exercícios de Literatura com gabarito sobre o tema Trovadorismo com questões de Vestibulares.
Trovadorismo foi um movimento literário e poético que surgiu na Idade Média no século XI. Foi o primeiro movimento literário da língua portuguesa, pois dele surgiram as primeiras manifestações literárias.
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1. (Mackenzie) Assinale a alternativa incorreta a respeito do Trovadorismo em Portugal.
- Durante o Trovadorismo, ocorreu a separação entre poesia e a música.
- Muitas cantigas trovadorescas foram reunidas em livros ou coletâneas que receberam o nome de cancioneiros.
- Nas cantigas de amor, há o reflexo do relacionamento entre o senhor e vassalo na sociedade feudal: distância e extrema submissão.
- Nas cantigas de amigo, o trovador escreve o poema do ponto de vista feminino.
- A influência dos trovadores provençais é nítida nas cantigas de amor galego-portuguesas.
2. (UFMG) Nas mais importantes novelas de cavalaria que circularam na Europa medieval, principalmente como propaganda das Cruzadas, sobressaem-se:
- as namoradas sofredoras, que fazem bailar para atrair o namorado ausente.
- os cavaleiros medievais, concebidos segundo os padrões da Igreja Católica (por quem lutam).
- as namorada castas, fiéis, dedicadas, dispostas a qualquer sacrifício para ir ao encontro do amado.
- os namorados castos, fiéis, dedicados que, entretanto, são traídos pelas namoradas sedutoras.
- os cavaleiros sarracenos, eslavos e infiéis, inimigos da fé cristã.
3. (PUC-SP) O argumento da peça A Farsa de Inês Pereira, de Gil Vicente, consiste na demonstração do refrão popular “Mais quero asno que me carregue que cavalo que me derrube”. Identifique a alternativa que não corresponde ao provérbio, na construção da farsa.
- A segunda parte do provérbio ilustra a experiência desastrosa do primeiro casamento.
- O escudeiro Brás da Mata corresponde ao cavalo, animal nobre, que a derruba.
- O segundo casamento exemplifica o primeiro termo, asno que a carrega.
- O asno corresponde a Pero Marques, primeiro pretendente e segundo marido de Inês.
- Cavalo e asno identificam a mesma personagem em diferentes momentos de sua vida conjugal.
4. (UNESP) Assinale a alternativa INCORRETA com relação à Literatura Portuguesa:
- O ambiente das cantigas de amor é sempre o palácio, com o trovador declarando seu amor por uma dama (tratada de “senhor”, isto é, senhora). Daí o relacionamento respeitoso, cortês, dentro dos mais puros padrões medievais que caracterizam a vassalagem, a servidão amorosa.
- o teatro vicentino é basicamente caracterizado pela sátira, criticando o comportamento de todas as camadas sociais: a nobreza, o clero e o povo. Gil Vicente não tem preocupação de fixar tipos psicológicos, e sim a de fixar tipos sociais.
- o marco inicial do Romantismo em Portugal é a publicação do poema “Camões”. Todavia, a nova estética literária só viria a se firmar uma década depois com a Questão Coimbrã, quando se aceitou o papel revolucionário da nova poesia e a independência dos novos poetas em relação aos velhos mestres.
- Eça de Queirós, em sua obra, dedica-se a montar um vasto painel da sociedade portuguesa, retratada em seus múltiplos aspectos: a cidade provinciana; a influência do clero; a média e a alta burguesia de Lisboa; os intelectuais e a aristocracia.
- A mais rica, densa e intrigante faceta da obra de Fernando Pessoa diz respeito ao fenômeno da heteronímia que deu aos poetas Alberto Caeiro, Ricardo Reis e Álvaro de Campos biografias, características, traços de personalidade e formação cultural diferentes.
05. (EsPCEx) É correto afirmar sobre o Trovadorismo que
- os poemas são produzidos para ser encenados.
- as cantigas de escárnio e maldizer têm temáticas amorosas.
- nas cantigas de amigo, o eu lírico é sempre feminino.
- as cantigas de amigo têm estrutura poética complicada.
- as cantigas de amor são de origem nitidamente popular.
06. (UNITAU) “O último poema
Assim eu quereria o meu último poema
Que fosse terno dizendo as coisas mais simples e menos intencionais
Que fosse ardente como um soluço sem lágrimas
Que tivesse a beleza das flores quase sem perfume
A pureza da chama em que se consomem os diamantes mais límpidos
A paixão dos suicidas que se matam sem explicação.”
Manuel Bandeira. Libertinagem. 1930.
O poema acima se caracteriza como
- uma oração.
- um réquiem.
- um epitáfio.
- uma poética.
- um madrigal.
07. (EsPCEx) Quanto à literatura portuguesa, é correto afirmar que
- as cantigas líricas dividem-se em de amor, de amigo, de escárnio e de maldizer e originaramse na Península Ibérica.
- a cantiga da Ribeirinha é uma cantiga trovadoresca mista, em parte lírica e em parte religiosa.
- os versos mais comuns no Cancioneiro Geral são as redondilhas, que podem ser de dois tipos: redondilha maior e redondilha menor.
- o teatro vicentino é basicamente caracterizado pela tragédia e critica duramente o comportamento de todas as camadas sociais.
- a poesia palaciana floresceu no meio do povo e satirizava a vida dentro dos palácios.
08. (CESUPA) Leia o texto para responder à questão
Amor
Poema mais ou menos de amor
Eu queria, senhora,
ser o seu armário
e guardar seus tesouros
como um corsário.
Que coisa louca:
ser seu guarda-roupa!
Alguma coisa sólida,
circunspecta e pesada
nessa sua vida tão estabanada.
Um amigo da lei
(de que madeira não sei).
Um sentinela no seu leito
- com todo o respeito
Ah, ter gavetinhas
para suas argolinhas
Ter um vão
Para o seu camisolão
e sentir o seu cheiro,
senhora,
o dia inteiro.
Veríssimo, Luis Fernando. Comédias para se ler na escola. Rio de Janeiro: Objetiva, 2001. (Adaptado)
Veríssimo, escritor contemporâneo, incorpora no seu poema Amor características comuns às cantigas de amor medieval, uma vez que o eu lírico
- fingindo-se de peça de toucador, pretende descobrir os segredos de sua dama, de forma a poder conquistá-la.
- transformado em guarda-roupa, presta serviço à amada, protegendo-a de malfeitores, para tê-la só para si.
- transmutado em armário, deseja servir sua senhora de forma a estar mais próximo a ela, ser o seu sentinela.
- semelhante ao trovador, presta vassalagem a sua senhor, amando-a e sendo correspondido por ela.
09. (IFSudMinas) Leia o soneto abaixo para responder à questão.
SONETO
Ou já sobre o cajado te reclines,
Venturoso pastor, ou já tomando
Para a serra, onde as cabras vais chamando,
A fugir os meus ais te determines.
Lá te quero seguir, onde examines
Mais vivamente um coração tão brando;
Que gosta só de ouvir-te, ainda quando
Mais sem razão me acuses, mais crimines.
Que te fiz eu, pastor? em que condenas
Minha sincera fé, meu amor puro?
As provas, que te dei, serão pequenas?
Queres ver, que esse monte áspero, e duro
Sabe, que és causa tu das minhas penas?
Pergunta-lhe; ouvirás, o que te juro.
COSTA, Cláudio Manuel da. In: SILVA, Péricles Eugênio da. Poemas escolhidos. Rio de Janeiro: Ediouro, 1969, p. 85.
Sobre o soneto de Cláudio Manuel da Costa, assinale a alternativa CORRETA.
- Pode-se dizer que o soneto tem pontos em comum com uma cantiga de amigo trovadoresca, pois, embora escrita por um homem, apresenta um eu lírico feminino que se queixa da indiferença do ser amado.
- Pode-se dizer que o soneto tem pontos em comum com uma cantiga de amor trovadoresca, pois embora escrita por uma mulher, apresenta um eu lírico masculino que se queixa da indiferença do ser amado.
- Pode-se dizer que o soneto tem pontos em comum com a poesia barroca brasileira, pois apresenta uma linguagem rebuscada e repleta de figuras de linguagem.
- Pode-se dizer que o soneto tem pontos em comum com a poesia barroca idílica, pois apresenta a não correspondência do ser amado ao eu lírico quanto à relação amorosa.
- Pode-se dizer que o soneto tem pontos em comum com os poemas líricos de Camões, pois mostra a dificuldade do eu lírico em atingir o ser amado.
10. (ESPM) O amor cortês foi um gênero praticado desde os trovadores medievais europeus. Nele a devoção masculina por uma figura feminina inacessível foi uma atitude constante. A opção cujos versos confirmam o exposto é:
- Eras na vida a pomba predileta
(...) Eras o idílio de um amor sublime.
Eras a glória, - a inspiração, - a pátria,
O porvir de teu pai! - Carnais, sejam carnais tantos desejos,
Carnais sejam carnais tantos anseios,
Palpitações e frêmitos e enleios
Das harpas da emoção tantos arpejos... - Quando em meu peito rebentar-se a fibra,
Que o espírito enlaça à dor vivente,
Não derramem por mim nenhuma lágrima
Em pálpebra demente. - Em teu louvor, Senhora, estes meus versos
E a minha Alma aos teus pés para cantar-te,
E os meus olhos mortais, em dor imersos,
Para seguir-lhe o vulto em toda a parte. - Que pode uma criatura senão, entre criaturas,
amar? amar e esquecer amar e malamar, amar,
desamar, amar?