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Triste fim de Policarpo Quaresma: Lima Barreto

Lista de 10 exercícios de Literatura com gabarito sobre o tema Triste fim de Policarpo Quaresma: Lima Barreto com questões de Vestibulares.


Você pode conferir as videoaulas, conteúdo de teoria, e mais questões sobre o tema Triste fim de Policarpo Quaresma: Lima Barreto.




01. (UERJ) A questão refere-se ao romance Triste Fim de Policarpo Quaresma, de Lima Barreto.

Marechal Floriano Peixoto, segundo presidente do Brasil, é também personagem de Triste Fim de Policarpo Quaresma.

O conceito que melhor sustenta a construção desse personagem ficcional, baseado numa figura histórica, é o da:

  1. catarse
  2. polissemia
  3. generalização
  4. verossimilhança

02. (UEG) Os subúrbios do Rio de Janeiro são a mais curiosa coisa em matéria de edificação da cidade. A topografia do local, caprichosamente montanhosa, influiu decerto para tal aspecto, mais influíram, porém, os azares das construções.

Nada mais irregular, mais caprichoso, mais sem plano qualquer, pode ser imaginado. As casas surgiram como se fossem semeadas ao vento e, conforme as casas, as ruas se fizeram. Há algumas delas que começam largas como boulevards e acabam estreitas que nem vielas; dão voltas, circuitos inúteis e parecem fugir ao alinhamento reto com ódio tenaz e sagrado.

BARRETO, Lima. Triste fim de Policarpo Quaresma. São Paulo: Penguin, 2011. p. 191. Neste fragmento, o autor descreve a irregularidade do traçado das ruas cariocas. Com o propósito de criar uma cidade mais moderna, com ruas e avenidas mais retilíneas, é que se efetivou

  1. a derrubada do antigo morro do Castelo, durante o governo do presidente Campos Sales.
  2. a derrubada dos cortiços da cidade promovida pelo sanitarista Oswaldo Cruz.
  3. a reforma urbana promovida por Pereira Passos, a qual ficou conhecida como o “Bota-abaixo”.
  4. o primeiro plano de se transferir a Capital Federal para a região Centro-Oeste.

03. (UERJ) E, bem pensado, mesmo na sua pureza, o que vinha a ser a Pátria? Não teria levado toda a sua vida norteado por uma ilusão, por uma ideia a menos, sem base, sem apoio, por um Deus ou uma deusa cujo império se esvaía? Não sabia que essa ideia nascera da amplificação da crendice dos povos greco-romanos de que os ancestrais mortos continuariam a viver como sombras e era preciso alimentá-las para que eles não perseguissem os descendentes? (...) Reviu a história; viu as mutilações, os acréscimos em todos os países históricos e perguntou de si para si: como um homem que vivesse quatro séculos, sendo francês, inglês, italiano, alemão, podia sentir a Pátria?

Uma hora, para o francês, o Franco-Condado era terra dos seus avós, outra não era; num dado momento, a Alsácia não era, depois era e afinal não vinha a ser. Nós mesmos [brasileiros] não tivemos a Cisplatina e não a perdemos?

(...) Certamente era uma noção sem consistência racional e precisava ser revista.

Lima Barreto

Triste Fim de Policarpo Quaresma, parte III, capítulo V.

No romance Triste Fim de Policarpo Quaresma, Lima Barreto abordou contradições da sociedade brasileira do início do período republicano.

Nesse contexto, na reflexão que faz no trecho citado, o personagem Major Quaresma ressalta um entendimento em que a noção de pátria pode ser definida atualmente como:

  1. herança cultural
  2. comunidade imaginada
  3. contingência geográfica
  4. determinação econômica

04. (UEG) Na repartição, os pequenos empregados, amanuenses e escreventes, tendo notícia desse seu estudo do idioma tupiniquim, deram não se sabe por que em chamá-lo – Ubirajara.

BARRETO, Lima. Triste fim de Policarpo Quaresma. São Paulo: Penguim, 2011. p. 86.

Em função de seu extremo patriotismo, o major Quaresma decidiu aprender o tupi-guarani, para ele a língua dos únicos brasileiros puros, os índios. O apelido de Ubirajara, dado pelos colegas de trabalho, refere-se ao

  1. caso de um índio tupiniquim que aprendeu português com os jesuítas e foi mandado para a corte, onde chegou a se tornar um mestre-escola.
  2. nome de um guerreiro indígena que lutou contra as tentativas de escravização de sua tribo por parte dos portugueses, no século XVI.
  3. processo de aculturação dos nativos, no qual era comum os brancos adotarem nomes indígenas, para melhor dominá-los.
  4. título de um romance de José de Alencar, no qual o protagonista é um índio não corrompido frente aos valores europeus.

05. (UESB) E assim era. Quase todas as tardes havia bombardeio, do mar para as fortalezas, e das fortalezas para o mar; e tanto os navios como os fortes saíam incólumes de tão terríveis provas.

Lá vinha uma ocasião, porém, que acertavam, então os jornais noticiavam: “Ontem, o forte Acadêmico fez um maravilhoso disparo. Com o canhão tal, meteu uma bala no ´Guanabara`.” No dia seguinte, o mesmo jornal retificava, a pedido da bateria do cais Pharoux que era a que tinha feito o disparo certeiro.. passavam-se dias e a coisa já estava esquecida, quando aparecia uma carta de Niterói, reclamando as honras do tiro para a fortaleza de Santa Cruz.

BARRETO, Lima. Triste fim de Policarpo Quaresma. São Paulo: Atica, 1995. p. 143.

Sobre esse trecho do livro Triste fim de Policarpo Quaresma de Lima Barreto, identifique com V as afirmativas verdadeiras e com F, as falsas.

( ) O narrador vê com ironia a revolta da marinha.

( ) O episódio em foco e seus desdobramentos comprovam a defesa da causa dos direitos humanos por Quaresma.

( ) O “triste fim” do major Quaresma traduz-se tanto na morte de suas crenças quanto na morte física.

( ) O narrador, por meio dos acontecimentos da revolta da Armada, mitifica Floriano Peixoto retratando-o como um grande estadista.

( ) O idealismo de Policarpo encontra ressonância nas pessoas com quem convivia, a exemplo de Bustamante e Armando Borges.

A alternativa que contém a sequência correta, de cima para baixo, é a

  1. V V V V V
  2. V F F F V
  3. V V V F F
  4. F V V V F
  5. F F F V V

06. (UPF) Leia as seguintes afirmações sobre Triste fim de Policarpo Quaresma, de Lima Barreto, e assinale com V as verdadeiras e com F as falsas.

(__) A obra apresenta a denúncia da hipocrisia e das falsas aparências, além de criticar o nacionalismo ufanista.

(__) A narrativa assume uma atitude séria diante do poder, pois Policarpo demonstra total lucidez ao propor mudanças nas leis e nos hábitos, apresentando uma visão sistemática da realidade.

(__) O protagonista do romance, através de suas falas e ações, demonstra que ocorre a perfeita identificação entre o seu ideal e o real.

(__) Ao mostrar-se atento à realidade de seu tempo, o autor documenta alguns acontecimentos da vida republicana.

  1. F – F – V – V
  2. V – F – F – V
  3. V – V – F – V
  4. F – V – F – F
  5. V – F – V – F

07. (UESB) E assim era. Quase todas as tardes havia bombardeio, do mar para as fortalezas, e das fortalezas para o mar; e tanto os navios como os fortes saíam incólumes de tão terríveis provas.

Lá vinha uma ocasião, porém, que acertavam, então os jornais noticiavam: “Ontem, o forte Acadêmico fez um maravilhoso disparo. Com o canhão tal, meteu uma bala no ´Guanabara`.” No dia seguinte, o mesmo jornal retificava, a pedido da bateria do cais Pharoux que era a que tinha feito o disparo certeiro.. passavam-se dias e a coisa já estava esquecida, quando aparecia uma carta de Niterói, reclamando as honras do tiro para a fortaleza de Santa Cruz.

BARRETO, Lima. Triste fim de Policarpo Quaresma. São Paulo: Atica, 1995. p. 143.

A obra Triste Fim é representativa do pré-modernismo no Brasil porque

  1. defende um nacionalismo crítico, voltado para as carências sociopolíticas e culturais do país.
  2. enaltece o processo de urbanização do Rio de Janeiro, a capital da república.
  3. põe no centro da narrativa o homem regional, ressaltando os valores característicos do homem sertanejo.
  4. apresenta uma linguagem ornamental coexistente, em alguns momentos, com traços que apontam para uma possível renovação formal.
  5. resgata o Brasil literário herdado do Romantismo.

08. (UERJ) Policarpo Quaresma, cidadão brasileiro, certo de que a língua portuguesa é emprestada ao Brasil; certo também de que, por esse fato, o falar e o escrever, em geral, se veem na humilhante contingência de sofrer continuamente censuras ásperas dos proprietários da língua; usando do direito que lhe confere a Constituição, vem pedir que o Congresso Nacional decrete o tupi-guarani como língua oficial e nacional do povo brasileiro. Senhores Congressistas, o tupi-guarani, língua aglutinante, é a única capaz de traduzir as nossas belezas, de pôr-nos em relação com a nossa natureza e adaptar-se perfeitamente aos nossos órgãos vocais e cerebrais, por ser criação de povos que aqui viveram e ainda vivem.

Lima Barreto Adaptado de Triste fim de Policarpo Quaresma (119115). Rio de Janeiro: MEDIAfashion, 2008.

A história narrada em Triste fim de Policarpo Quaresma se passa no momento de implantação do regime republicano no Brasil. Seu personagem principal, o Major Quaresma, defende alguns projetos de reforma, um deles relatado no trecho citado.

A justificativa do personagem para a adoção do tupi-guarani como língua oficial brasileira baseia-se na associação entre nacionalidade e a ideia de:

  1. valorização da cultura local
  2. defesa da diversidade racial
  3. preservação da identidade territorial
  4. independência da população autóctone

09. (UNEMAT) Em Triste fim de Policarpo Quaresma, a composição narrativa em três partes acompanha a ação da personagem principal, desvendando as contradições do sistema que marginalizam o cidadão.

Desta forma, é correto afirmar.

  1. As três partes do romance estão relacionadas aos três projetos a que Policarpo Quaresma, como era de seu caráter, se entregou.
  2. A primeira parte da obra retrata os interesses políticos que movem as pessoas, mostrando em que se converteu o Marechal de Ferro.
  3. As três partes da narrativa estão representadas no final da história quando Major Quaresma é recompensado pelos trabalhos dedicados à Pátria.
  4. Na primeira e na segunda parte da obra acentuam-se os interesses pela reforma da agricultura brasileira e pelos males causados pelas saúvas.
  5. Tanto a primeira quanto a terceira parte da narrativa estão interligadas pelo interesse do Marechal de Ferro em oficializar a língua tupi-guarani.

10. (Mackenzie)

De acordo com sua paixão dominante, Quaresma estivera muito

tempo a meditar qual seria a expressão poético-musical característica

da alma nacional. Consultou historiadores, cronistas e filósofos e

adquiriu a certeza que era a modinha acompanhada pelo violão. [...]

[5] Ricardo vinha justamente dar-lhe lição mas, antes disso, por

convite especial do discípulo, ia compartilhar o seu jantar; e fora por

isso que o famoso trovador chegou mais cedo à casa do subsecretário.

[...]

E o jantar correu assim, nesse tom. Quaresma exaltando os

produtos nacionais: a banha, o toucinho e o arroz; a irmã fazia

[10] pequenas objeções e Ricardo dizia: “é, é, não há dúvida” – rolando

nas órbitas os olhos pequenos, franzindo a testa diminuta que se

sumia no cabelo áspero, forçando muito a sua fisionomia miúda e

dura a adquirir uma expressão sincera de delicadeza e satisfação.

Acabado o jantar foram ver o jardim. Era uma maravilha; não tinha

[15] nem uma flor. Certamente não se podia tomar por tal míseros beijos-

-de-frade, palmas-de-santa-rita, quaresmas lutulentas, manacás

melancólicos e outros belos exemplares dos nossos campos e prados.

Como em tudo o mais, o major era em jardinagem essencialmente

nacional. Nada de rosas, de crisântemos, de magnólias – flores

[20] exóticas; as nossas terras tinham outras mais belas, mais expressivas,

mais olentes, como aquelas que ele tinha ali.

Lima Barreto, Triste fim de Policarpo Quaresma

Assinale a alternativa correta.

  1. No período que vai da linha 15 a 17, o narrador onisciente, por meio do discurso indireto livre, expressa a opinião do major Quaresma a respeito do jardim.
  2. De acordo com o primeiro parágrafo do texto, a coisa mais importante do mundo para o major era a música, a linguagem universal da arte.
  3. O narrador manifesta, jocosamente, seu juízo de valor a respeito do jardim do major: Era uma maravilha; não tinha nem uma flor (linhas 14 e 15).
  4. Nas linhas 20 e 21, tem-se ponto de vista do narrador acerca da flora brasileira: as nossas terras tinham outras mais belas, mais expressivas, mais olentes.
  5. A fala de Ricardo – “é, é, não há dúvida” (linha 10) – confirma a intimidade e a afinidade que existiam entre ele e o major.

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