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Parnasianismo

Lista de 15 exercícios de Literatura com gabarito sobre o tema Parnasianismo com questões de Vestibulares.


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01. (UFRR) No último período do texto IV, o narrador define “Lili, da palavra “superior”. invencível armada” como “contorcionista da metrificação parnasiana”. Considerando-se as características do Parnasianismo, pode-se afirmar que:

  1. os movimentos da dançarina, assim como o Parnasianismo, imprimem valorização da estética e busca da perfeição;
  2. há excessivo subjetivismo nos movimentos da dançarina, assim como na descrição da realidade pelo Parnasianismo;
  3. a estética parnasiana aproxima-se dos movimentos de dança de Lili pois ambos se baseiam na hipervalorização dos sentimentos e das emoções;
  4. a dança de Lili expressa sua liberdade de criação, assim como o poeta parnasiano era livre para expressar sua individualidade;
  5. a estética da dança era fruto da espontaneidade, da emotividade da bailarina, como os poemas dos parnasianos.

02. (ETEC) Leia o poema “Pátria”, de Olavo Bilac, para responder à questão.

Ama, com fé e orgulho, a terra em que nasceste!

Criança! não verás nenhum país como este!

Olha que céu! que mar! que rios! que floresta!

A Natureza, aqui, perpetuamente em festa,

É um seio de mãe a transbordar carinhos.

Vê que vida há no chão! vê que vida há nos ninhos,

Que se balançam no ar, entre os ramos inquietos!

Vê que luz, que calor, que multidão de insetos!

Vê que grande extensão de matas, onde impera

Fecunda e luminosa, a eterna primavera!


Boa terra! jamais negou a quem trabalha

O pão que mata a fome, o teto que agasalha...


Quem com o seu suor a fecunda e umedece,

Vê pago o seu esforço, e é feliz, e enriquece!


Criança! não verás país nenhum como este:

Imita na grandeza a terra em que nasceste!

http://tinyurl.com/pk5bmca%20Acesso%20em:%2020.08.2015.

É correto afirmar que nesse poema o autor

  1. valoriza a natureza que inicia a festa quando chega a primavera.
  2. procura, imitando as crianças, exaltar a grandeza de sua terra natal.
  3. reclama da quantidade de insetos e do calor que faz na terra descrita.
  4. expressa as saudades de sua terra e do tempo em que ele era criança.
  5. enaltece a beleza e a riqueza da terra que recompensa quem trabalha.

03. (UFPE) É incorreto afirmar que, no Parnasianismo:

  1. a natureza é apresentada objetivamente;
  2. a disposição dos elementos naturais (árvores, estrelas, céu, rios) é importante por obedecer a uma ordenação lógica;
  3. a valorização dos elementos naturais torna-se mais importante que a valorização da forma do poema;
  4. a natureza despe-se da exagerada carga emocional com que foi explorada em outros períodos literários;
  5. as inúmeras descrições da natureza são feitas dentro do mito da objetividade absoluta, porém os melhores textos estão permeados de conotações subjetivas.

04. (PUC-MG)

“Estranho mimo aquele vaso! Vi-o,

Casualmente, uma vez, de um perfumado

Contador sobre o mármor luzidio,

Entre um leque e o começo de um bordado.” trecho do poema em destaque é parnasiano. Ele revela um poeta:

  1. distanciado da realidade.
  2. engajado.
  3. crítico.
  4. irônico.
  5. informal.

05. (UFAM PSC) A propósito da poesia parnasiana é CORRETO afirmar que:

  1. concebe a atividade poética como uma habilidade, acentuando a importância da forma na composição do poema.
  2. cultua o sentimento nativista, numa espécie de renovação do Romantismo.
  3. se preocupa com o ambiente poético que envolverá o leitor, criando uma rede sinestésica através do vocabulário e jogos sonoros.
  4. cultua o contraste, a oposição entre vida e morte, amor e sofrimento, razão e fé, tentando conciliar polos opostos.
  5. se aproxima da música, explorando ecos, aliterações e assonâncias.

06. (PUC-RS)

"Esta de áureos relevos, trabalhada

De divas mãos, brilhante copa, um dia,

Já de aos deuses servir como cansada,

Vinda do Olimpo, a um novo deus servia."

A poesia que se concentra na reprodução de objetos decorativos, como exemplifica a estrofe de Alberto de Oliveira, assinala a tônica da:

  1. espiritualização da vida
  2. visão do real.
  3. arte pela arte.
  4. moral das coisas.
  5. nota do intimismo.

07. (UNESP) Os parnasianos brasileiros se distinguem dos românticos pela atenuação da subjetividade e do sentimentalismo, pela ausência quase completa de interesse político no contexto da obra e pelo cuidado da escrita, aspirando a uma expressão de tipo plástico.

(Antonio Candido. Iniciação à literatura brasileira, 2010. Adaptado.)

A referida “atenuação da subjetividade e do sentimentalismo” está bem exemplificada na seguinte estrofe do poeta parnasiano Alberto de Oliveira (1859-1937):

  1. Eu vi-a e minha alma antes de vê-la Sonhara-a linda como agora a vi; Nos puros olhos e na face bela, Dos meus sonhos a virgem conheci.
  2. Erguido em negro mármor luzidio, Portas fechadas, num mistério enorme, Numa terra de reis, mudo e sombrio, Sono de lendas um palácio dorme.
  3. Quando em meu peito rebentar-se a fibra, Que o espírito enlaça à dor vivente, Não derramem por mim nem uma lágrima Em pálpebra demente.
  4. Longe da pátria, sob um céu diverso Onde o sol como aqui tanto não arde, Chorei saudades do meu lar querido – Ave sem ninho que suspira à tarde. –
  5. Eu morro qual nas mãos da cozinheira O marreco piando na agonia… Como o cisne de outrora… que gemendo Entre os hinos de amor se enternecia.

08. (PUC-RS) Alberto de Oliveira é considerado o mais característico poeta parnasiano, pois suas obras evidenciam:

  1. erudição lingüística, descrição subjetiva e alusão à mitologia greco-latina.
  2. culto à forma, descritivismo e retorno aos motivos clássicos.
  3. preciosismo lingüístico, recuperação dos moldes clássicos e devaneio sentimentalista.
  4. lirismo comedido, sentimento nacionalista e apuro vocabular.
  5. descrição pormenorizada, ruptura com os motivos clássicos e busca da palavra exata.

09. (UEA - SIS) É na convergência de ideais antirromânticos, como a objetividade no trato dos temas e o culto da forma, que se situa a poética do Parnasianismo. Seus traços de relevo: o gosto da descrição nítida, concepções tradicionalistas sobre metro, ritmo e rima e, no fundo, o ideal da impessoalidade que partilhavam com os realistas do tempo.

(Alfredo Bosi. História concisa da literatura brasileira, 1994. Adaptado.)

Considerando tal caracterização, assinale a alternativa em que se verifica o trecho de um poema parnasiano.

  1. Eu me lembro! Eu me lembro! – Era pequeno
    E brincava na praia; o mar bramia
    E, erguendo o dorso altivo, sacudia
    A branca escuma para o céu sereno.
  2. Aqui no vale respirando à sombra
    Passo cantando a mocidade inteira…
    Escuto no arvoredo os passarinhos
    E durmo venturoso em minha esteira.
  3. Deus! ó Deus! onde estás que não respondes?
    Em que mundo, em qu’estrela tu t’escondes
    Embuçado nos céus?
    Há dois mil anos te mandei meu grito,
    Que embalde desde então corre o infinito…
    Onde estás, Senhor Deus?…
  4. Erguido em negro mármor luzidio,
    Portas fechadas, num mistério enorme,
    Numa terra de reis, mudo e sombrio,
    Sono de lendas um palácio dorme.
  5. Quando em meu peito rebentar-se a fibra,
    Que o espírito enlaça à dor vivente,
    Não derramem por mim nem uma lágrima
    Em pálpebra demente.

10. (UCS) O excerto a seguir faz parte do soneto “A um poeta”, escrito por Olavo Bilac, um dos expoentes do Parnasianismo no Brasil.

Longe do estéril turbilhão da rua,

Beneditino escreve! No aconchego

Do claustro, na paciência e no sossego,

Trabalha e teima, e lima, e sofre, e sua!


Mas que na forma se disfarce o emprego

Do esforço: e trama viva se construa

De tal modo, que a imagem fique nua

Rica mas sóbria, como um templo grego

[…]


Fonte: BILAC, Olavo. A um poeta. In: Tarde. Disponível em: <http://www.luso-poemas.net/modules/news03/article.php?storyid=504>. Acesso em: 20 set. 14.

O poema tematiza, de modo central, algumas características da estética parnasiana, quais sejam:

  1. a impessoalidade e a objetividade no tratamento da realidade.
  2. o emprego de linguagem rebuscada e a preferência por formas fixas.
  3. a exploração da mitologia grega e da cultura clássica, que se manifestam na comparação da arte a um templo grego (segunda estrofe).
  4. a valorização da estética e a busca da perfeição formal, exprimindo o fazer poético no verso Trabalha e teima, e lima, e sofre, e sua!.
  5. a valorização da subjetividade e da emoção, em oposição ao racionalismo.

11. (UCS) Os excertos abaixo fazem parte do soneto “Velhas árvores”, de Olavo Bilac. Leia-os com atenção.

Velhas árvores

Olha estas velhas árvores, mais belas

Do que as árvores novas, mais amigas:

Tanto mais belas quanto mais antigas,

Vencedoras da idade e das procelas...


O homem, a fera, e o inseto, à sombra delas

Vivem, livres de fomes e fadigas;

E em seus galhos abrigam-se as cantigas

E os amores das aves tagarelas.

[...]


Fonte: Velhas árvores. In: BILAC, Olavo. Antologia: Poesias. Coleção a obra-prima de cada autor. São Paulo: Martin Claret, 2002. Alma Inquieta. Disponível em: <http://www.bibvirt.futuro.usp.br>. Acesso em: 13 fev. 15.

Olavo Bilac integrou a tríade parnasiana e, no soneto lido, a filiação ao Parnasianismo explicita-se, marcadamente, na

  1. oposição entre desejos humanos e lei divina, manifesta na visão da árvore velha.
  2. manifestação idealizando o envelhecimento humano
  3. preocupação com o rigor formal, expressa na rima nos quartetos do soneto.
  4. preocupação em criticar os problemas sociais e sublinhar valores positivos, representados na força da árvore velha.
  5. busca de uma estética nacionalista que valoriza elementos da natureza brasileira.

12. (UFRR) Assinale a afirmação INCORRETA acerca do movimento literário parnasiano.

  1. Foi o livro Poesias, de Olavo Bilac, publicado em 1882, que marcou o início do Parnasianismo brasileiro.
  2. Enquanto a poesia romântica dava maior valor à inspiração do que ao acabamento formal, o Parnasianismo atribuiu grande valor à estética do texto.
  3. Em virtude da preocupação com a forma do poema - que se refletia na precisão das palavras, na riqueza das rimas e no respeito pelas regras de composição poética - o trabalho do poeta parnasiano comumente é comparado ao de um ourives ou escultor.
  4. O movimento parnasiano tem suas raízes na França, com a publicação, em 1866, da antologia poética O Parnaso Contemporâneo.
  5. Quanto à mulher, a poesia parnasiana a vê sob o prisma da sensualidade e do erotismo, privilegiando a descrição de seus aspectos físicos.

13. (IFRN) Observe os versos do poema “Profissão de Fé”, para responder à questão.

Torce, aprimora, alteia, lima,

A frase, e enfim,

No verso de ouro engasta a rima,

Como um rubim.

Considerando a leitura da estrofe, analise as assertivas para responder à Questão.

I. A rima é comparada a uma pedra preciosa.

II. O sistema rímico da estrofe apresenta rimas paralelas e pobres.

III. Os verbos do primeiro verso estão usados em sentido denotativo.

IV. O vocabulário utilizado pertence à esfera do trabalho do ourives.

Estão corretas as afirmativas

  1. I e III.
  2. II e IV.
  3. I e IV.
  4. II e III.

14. (UNIFESP) Essa poesia não logrou estabelecer-se em Portugal. De origem francesa, suas primeiras manifestações datam de 1866, quando um editor parisiense publica uma coletânea de poemas; em 1871 e 1876, saem outras duas coletâneas. Os poetas desse movimento literário pregam o princípio da Arte pela Arte, isto é, defendem uma arte que não sirva a nada e a ninguém, uma arte inútil, uma arte voltada para si própria. A Arte procuraria a Beleza e a Verdade que existiriam nos seres concretos, e não no sentimento do artista. Por isso, o belo se confundiria com a forma que o reveste, e não com algo que existiria dentro dele. Daí vem que esses poetas sejam formalistas e preguem o cuidado da forma artística como exigência preliminar. Para consegui-lo, defendem uma atitude de impassibilidade diante das coisas: não se emocionar jamais; antes, impessoalizar-se tanto quanto possível pela descrição dos objetos, via de regra inertes ou obedientes aos movimentos próprios da Natureza (o fluxo e refluxo das ondas do mar, o voo dos pássaros, etc.). Esteticistas, anseiam uma arte universalista.

Em Portugal, tentou-se introduzir esse movimento; certamente, impregnou alguns poetas, exerceu influência, mas não passou de prurido, que pouco alterou o ritmo literário do tempo. Na verdade, o modo fortuito como alguns se deixaram contaminar da nova moda poética revelava apenas veleidade francófila, em decorrência de razões de gosto pessoal ou de grupos restritos: faltou-lhes intuito comum.

(Massaud Moisés. A literatura portuguesa, 1999. Adaptado.)

As informações apresentadas no texto referem-se à literatura

  1. simbolista, cuja busca pelo Belo implicou a liberdade na expressão dos sentimentos. O texto deixa claro que essa literatura alcançou notável aceitação entre os poetas da época.
  2. simbolista, cuja preocupação com a expressão do sentimento filia-se à tradição poética do Renascimento. O texto deixa claro que essa literatura teve um desenvolvimento tímido na cena literária portuguesa.
  3. parnasiana, cuja preocupação com a objetividade a opõe ao subjetivismo romântico. O texto deixa claro que essa literatura não se impôs na cena literária portuguesa.
  4. parnasiana, cuja liberdade de expressão e cujo compromisso social permitem fundamentar a Arte pela Arte. O texto deixa claro que essa literatura teve pouco espaço na cena literária portuguesa.
  5. realista, cuja influência da tradição clássica é fundamental para se chegar à perfeição. O texto deixa claro que essa literatura teve uma disseminação irregular na cena literária portuguesa.

15. (IFRS) Graças aos aspectos polimórficos de sua poesia, Olavo Bilac encarnou brilhantemente o verso e o reverso de nosso Parnasianismo. Mais ainda: ao aderir à nova corrente poética, não só cuidou de materializá-la em suas composições, como também buscou traduzir-lhe e divulgar-lhe a doutrina de modo tão direto quanto possível.

(MOISÉS, Massaud. A literatura brasileira através dos textos. 20. ed. São Paulo: Cultrix, 1971. p. 230.)

Assinale a alternativa que apresenta a ideia original do primeiro período do texto.

  1. Olavo Bilac encarnou brilhantemente o verso e o reverso de nosso Parnasianismo, pois tinha em mente, através de uma poesia de aspectos polimórficos, modificar o cenário literário nacional.
  2. Olavo Bilac encarnou brilhantemente o verso e o reverso de nosso Parnasianismo, pois analisava os aspectos polimórficos de sua poesia.
  3. Olavo Bilac encarnou brilhantemente o lado bom e as críticas mordazes de nosso Parnasianismo por causa da forma única com que desenvolvia sua poesia.
  4. Olavo Bilac encarnou brilhantemente o verso e o reverso de nosso Parnasianismo, pois tinha um jeito único de fazer poesia.
  5. Olavo Bilac encarnou brilhantemente o verso e o reverso de nosso Parnasianismo, porque não se prendia a uma só forma de fazer poesia.

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