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Brasil Império II

Simulado com 20 exercícios de História do Brasil com gabarito sobre o tema Brasil Império II com questões de Vestibulares.


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01. (UECE) Segundo o Código Criminal do Império Brasileiro, em seu artigo 113, cometia-se crime de insurreição quando se reuniam vinte ou mais escravos para defender a liberdade, por meio da força. Dentre as opções abaixo, assinale a que contém uma insurreição e uma revolta de escravos respectivamente.

  1. Insurreiçao de Manoel Congo e Revolta dos Malês.
  2. Revolta dos Malês e Revolução Farroupilha.
  3. Insurreição dos Queimados e Revolta de Felipe dos Santos.
  4. Insurreição dos Queimados e Revolta do Quebra-quilos.

02. (UECE) Considere o que se diz acerca do Poder Moderador no Brasil Imperial, instituído na Carta Outorgada de 1824.

I. Foi delegado exclusivamente ao Imperador, e colocava-se acima dos Poderes Executivo, Legislativo e Judiciário.

II. Através dele, o Imperador podia dissolver a Câmara dos Deputados, que seria legalmente a representação do povo.

III. Era perfeitamente adequado para garantir a liberdade do povo, bem como garantir a monarquia constitucional.

Está correto o que se afirma em

  1. I, II e III.
  2. II e III apenas.
  3. I e II apenas.
  4. I e III apenas.

03. (UFAM PSC) No artigo 99 da Constituição Brasileira de 1824, achava-se a seguinte definição: “a chave de toda a organização política, delegado privativamente ao imperador, como primeiro representante da Nação, para que vele incessantemente pela manutenção da independência, harmonia e equilíbrio dos demais poderes”. Esta definição se aplicava ao:

  1. Poder Executivo
  2. Poder Legislativo
  3. Poder Judiciário
  4. Poder Moderador
  5. Poder do Ato Adicional

04. (UCPEL) O movimento contestatório ao imperador D. Pedro I, com caráter republicano, que foi desenvolvido no Nordeste brasileiro em 1824 e que teve forte repressão e execução das lideranças, como Frei Caneca, foi denominado de

  1. Balaiada.
  2. Sabinada.
  3. Confederação do Equador.
  4. Revolta dos Malês.
  5. Revolução Pernambucana.

05. (UEL) No contexto histórico das transformações ocorridas no século XIX, que envolveram questões da identidade nacional e da política, no Brasil, após a abdicação de D. Pedro I, ocorreu uma grave crise institucional. As tentativas de superação por meio das Regências provocaram uma série de revoltas como a Sabinada (BA), a Balaiada (MA) e a Cabanagem (PA).

A superação da crise, que coincidiu com o fim do período regencial, deveu-se à

  1. antecipação da maioridade do príncipe herdeiro.
  2. consolidação da Regência Una e Permanente.
  3. formação e consolidação do Partido Republicano.
  4. fundação das agremiações abolicionistas.
  5. volta imediata de D. Pedro I às terras brasileiras.

06. (UFRGS) A respeito da Revolta dos Malês, ocorrida na cidade de Salvador em 1835, é correto afirmar que ela foi um movimento liderado por

  1. escravos oriundos da África Oriental, inspirados na independência do Haiti.
  2. escravos e libertos de origem africana, que professavam a religião muçulmana.
  3. escravos nascidos no Brasil e grupos excluídos do processo político-partidário.
  4. escravos e índios aldeados no Recôncavo, que protestavam contra a exploração.
  5. populares que se inspiraram na Revolta dos Alfaiates.

07. (UFRGS) Em 1824, é outorgada a Constituição do Império do Brasil. Entre suas características, podemos afirmar que

  1. dividia os poderes do Estado exclusivamente em Executivo, Legislativo e Magistratura.
  2. separava a Igreja Católica do Estado Laico.
  3. previa a eleição direta do Primeiro Ministro.
  4. estabelecia o voto universal e secreto para a população masculina.
  5. dividia os poderes do Estado em Executivo, Legislativo, Judiciário e Moderador.

08. (UFTM) No Brasil, os anos que se seguiram à Independência foram marcados por crises políticas e revoltas em várias províncias. A situação ganhou novos rumos com o Golpe da Maioridade, que pode ser caracterizado como

  1. o movimento que afastou D. Pedro I e deu início ao Período Regencial.
  2. a luta entre monarquistas e republicanos, que marcou o Primeiro Reinado.
  3. a manobra do Partido Liberal, que antecipou a coroação de D. Pedro II.
  4. a reação conservadora, que restringia o poder das assembleias provinciais.
  5. a ação de Feijó que, com apoio da Guarda Nacional, instituiu a Regência Una.

09. (UEFS) A extinção do tráfico atlântico de africanos escravizados, os movimentos políticos e sociais em países europeus, dificultando o mercado de trabalho e a penetração de interesses imperialistas na África, resultaram, para o Brasil da segunda metade do século XIX,

  1. na crise do trabalho escravo, na imigração de trabalhadores para a produção cafeeira e na expansão do trabalho livre.
  2. na crise na produção cafeeira, uma vez que os trabalhadores imigrantes não conheciam nem se adaptaram às questões específicas dessa lavoura.
  3. na retomada das relações comerciais com portos do continente africano, caracterizadas pela preferência brasileira por produtos agrícolas similares aos produtos já cultivados no Brasil.
  4. no fortalecimento das relações de trabalho escravistas, em todas as províncias brasileiras, uma vez que o crescimento vegetativo da população escrava neutralizava os prejuízos causados pela extinção do tráfico.
  5. na substituição do trabalhador escravo pelo trabalhador brasileiro livre e assalariado, incluindo-se entre eles os ex-escravos, amparados pela legislação pós-abolicionista.

10. (UECE) Assinale a opção que NÃO aponta desdobramento da abolição do tráfico de escravos no Brasil.

  1. O fim do tráfico negreiro não alterou a rede de relações comerciais entre Inglaterra e Brasil, posto que um dos itens mais negociados entre os dois países continuou sendo a mão de obra africana para as manufaturas inglesas.
  2. Modificação da política alfandegária antes imposta pela Inglaterra, mas expirada em 1841. Depois de 1860, apareceram as primeiras manufaturas de certo vulto no Brasil.
  3. Crescimento das rendas públicas, embora persistisse o déficit orçamentário, pois as despesas cresceram na mesma proporção.
  4. O restabelecimento das relações normais com a Inglaterra foi fundamental para estimular o desenvolvimento do Brasil. Com o capital inglês, foram construídas estradas de ferro, indústrias foram montadas e portos foram aparelhados.

11. (UEFS) Após turbulenta travessia transatlântica, sob a escolta da marinha britânica, a Família Real, no porto, sentia-se mais segura! Afinal, descortinavase diante dos seus olhos uma cidade possuidora de uma vista magnífica. Por enquanto, ela escondia seus encantos e desencantos, melhor percebidos nos trinta e cinco dias que se seguiram. (ANDRADE. 2008, p, 57).

A convivência entre a marinha britânica, a Família Real portuguesa e o porto de Salvador, no início do século XIX, como indicado no texto, resultava da

  1. liberdade de comércio com todas as nações, que existia no Brasil desde o início da colonização, no século XVI.
  2. turbulência na política europeia, quando a França napoleônica entrou em conflito comercial e político com a Inglaterra e Portugal.
  3. dominação inglesa sobre Portugal, que impedia o comércio baiano de exportar seus produtos para outras regiões da Europa.
  4. decisão da Corte portuguesa de permanecer na Bahia, que seria elevada à condição de Capital do Reino Unido a Portugal.
  5. pobreza da cidade do Salvador, que levou a Família Real a promover investimentos no seu desenvolvimento urbano, com o objetivo de transformá-la no principal porto de exportação dos produtos coloniais.

12. (UCPEL) Foi contra sua majestade, contra a ordem de tudo que é nobre.

Republicano, ele não quis obedecer ordens da Corte.

Separatista, pretendeu dar o Norte à gente do Norte.

Padre existe é para rezar pela alma , mas não contra a fome.

MELO NETO, João Cabral de. Auto do Frade. Rio de Janeiro: Nova Fronteira, 1984. p.32

Esses versos referem-se ao Frei Joaquim do Amor Divino Caneca, executado por liderar a

  1. Inconfidência Mineira, nas regências.
  2. Cabanagem, no período colonial.
  3. Sabinada, no período colonial.
  4. Revolução Pernambucana, no I reinado.
  5. Confederação do Equador, no I reinado.

13. (UECE) A abdicação de D. Pedro I possibilitou um novo arranjo político que, na historiografia, foi denominado de

  1. Período Regencial.
  2. Primeiro Reinado.
  3. Segundo Reinado.
  4. República Velha.

14. (Mackenzie) Fatos e acontecimentos históricos podem ser analisados de muitas maneiras. Refletir, por exemplo, a respeito da formação da nação brasileira entre as décadas de 1830 e 1870, é tentar compreender seus aspectos econômicos, sociais, políticos e culturais. Nesse sentido, a visão conservadora a respeito da História do Brasil considera esse período sob a ótica da “turbulência” – ou “desordem” – e da “calmaria” – ou “ordem”. Mesmo contestada por novos estudos, essa dicotomia tradicional, no período citado, pode ser encontrada analisando-se, respectivamente,

  1. o Período Regencial e o Período Pré-colonial.
  2. o Período Regencial e o Segundo Reinado.
  3. o Segundo Reinado e o Primeiro Reinado.
  4. o Primeiro Reinado e o Período Regencial.
  5. o Período Pré-colonial e o Segundo Reinado.

15. (UECE) Analise as seguintes afirmações a respeito do processo da Abolição da Escravidão no Brasil:

I. Do ponto de vista legal, este processo teve início com a Lei Eusébio de Queiroz e foi concluído, com a Lei Áurea.

II. Este foi um processo rápido, em virtude do interesse da sociedade brasileira na libertação dos escravos.

III. A Lei do Ventre Livre possibilitou a liberdade para os filhos de escravos nascidos a partir de 1871.

É correto o que se afirma em

  1. II e III.
  2. I, II e III.
  3. I e III.
  4. I e II.

16. (UECE) O conflito externo do Segundo Reinado, que envolveu o Brasil, o Uruguai e a Argentina e que é considerado por alguns historiadores o maior conflito já ocorrido na América do Sul foi a

  1. Revolução Praieira.
  2. Revolução Farroupilha.
  3. Guerra do Paraguai.
  4. Guerra dos Balaios.

17. (UECE) Leia atentamente o texto a seguir.

“Em 1887, o Marechal Hermes da Fonseca, um dos principais líderes do exército brasileiro, enviou um documento à Princesa Isabel, filha de Dom Pedro II, comunicando que os militares se recusariam, dali em diante, a perseguir escravos. Finalmente, em 13 de maio de 1888, a Princesa Isabel, Regente do Império na ausência do pai que se encontrava na Europa, assinou a Lei Áurea, libertando os escravos no Brasil.”

MOTA, Myriam Becho e BRAICK, Patrícia Ramos. História: das cavernas ao terceiro milênio. São Paulo: Editora Moderna, 2005.

Sobre a vida dos ex-escravos após a abolição, assinale com V a afirmação verdadeira e com F, a falsa.

( ) Após a abolição, a vida dos negros sofreu muitas alterações, uma vez que houve planejamento para inseri-los na sociedade.

( ) Alguns ex-escravos plantavam pequenas roças de subsistência e tentavam sobreviver dessa atividade.

( ) Como o mercado de trabalho não conseguiu absorver o contingente de libertos, foi grande o número de desempregados e subempregados.

( ) As elites da época consideravam os recém-libertos preguiçosos, malandros e vadios, juízos de valor ainda hoje transmitidos aos seus descendentes, em certa medida.

Está correta, de cima para baixo, a seguinte sequência:

  1. F, V, F, F.
  2. V, F, V, F.
  3. F, V, V, V.
  4. V, F, F, V.

18. (UEFS) Ao reconhecer a terra indígena Raposa Serra do Sol, situada em Roraima, [...], o Supremo Tribunal Federal (STF) estabeleceu 19 condições que podem criar um cenário preocupante para os índios da região e para futuros casos de demarcação e homologação de terras indígenas. Uma delas prevê que os índios não precisariam ser consultados pela União caso haja interesse do usufruto das riquezas naturais. Essa determinação é conflitante com as normas da Convenção 169 da Organização Internacional do Trabalho (OIT), que o Brasil ratificou. Quando o país aceita as proposições de acordos e tratados internacionais, consequentemente incorpora na sua legislação as recomendações desses documentos. Entre as normas da OIT, está estabelecido que os índios devem ser consultados antes que seja feita a exploração das riquezas de onde vivem.[...]

Para Ana Valéria Araújo, advogada e coordenadora-executiva do Fundo Brasil de Direitos Humanos, o Supremo Tribunal Federal extrapolou o seu poder e criou leis que deveriam ter sido discutidas no âmbito do poder legislativo. “Neste caso, o Supremo atropelou a competência do Congresso Nacional”, considera. A advogada ressalta que é no Congresso que os diversos setores da sociedade podem debater e defender os seus interesses e a lei representa o resultado dessa discussão. “O STF não foi eleito e ele não foi delegado pela sociedade para legislar. O que aconteceu é grave”, avalia.

(AO RECONHECER..., 2010).

A divisão da estrutura política em três poderes ocorreu a partir de um lento processo histórico, cujas características variaram conforme o tempo histórico e o espaço, como pode ser constatado

  1. na Constituição brasileira de 1824, na medida em que a criação do Poder Moderador se sobrepôs aos poderes executivo, legislativo e judiciário, possibilitando, na prática, o exercício do poder de uma forma autocrática.
  2. no Período Regencial, época em que a forma republicana passa a vigorar, no Brasil, estabelecendo um perfeito equilíbrio entre os três poderes e a autonomia das províncias, em relação ao governo central.
  3. no Movimento Iluminista, quando Jean Jacques Rousseau defendeu a existência de uma divisão de poderes que pudesse viabilizar a posse da propriedade privada pelos trabalhadores e a construção de uma sociedade socialista.
  4. no Marxismo, que defendeu o modelo tripartide como uma conquista burguesa a ser incorporada pelos operários na construção da sociedade comunista, etapa necessária para o advento do anarquismo.
  5. no Movimento Revolucionário Francês, durante a fase jacobina, quando o radicalismo político estabeleceu a supremacia do legislativo sobre os demais poderes, consolidando a democracia na França revolucionária.

19. (UFT) No Brasil, ainda, o escravo negro africano ou afro-brasileiro é comumente representado como um indivíduo submisso ao senhor, dócil e dominado pela força. Entretanto, uma significativa parcela dos historiadores manifesta outra interpretação acerca da escravidão, evidenciando a importância da luta dos escravos contra a exploração e a grande preocupação dos senhores diante das diversas formas de resistência dos escravos, dentre elas, as fugas, a realização de abortos, os suicídios, a organização de revoltas, insurreições e a formação de quilombos. Em relação aos quilombos, analise as afirmativas a seguir.

I. Eram redutos de negros fugidos, na maioria das vezes instalados em locais de difícil acesso, onde buscavam reproduzir a vida das sociedades tribais africanas.

II. Eram comunidades isoladas de escravos alforriados que não admitiam a presença de não negros fugitivos e desenvolviam atividades de comércio no interior do Brasil.

III. Eram refúgios de negros que acolhiam, também, brancos fugitivos da justiça e indígenas, entre os séculos XVI e XIX, na luta comum contra o dominador branco.

IV. Desenvolveram-se nas regiões do nordeste e sudeste do país, exclusivamente, articulados aos interesses comerciais dos inimigos da Coroa Portuguesa.

V. Resultaram da luta de escravos fugidos das regiões mineradoras a partir da Independência do Brasil, fundamentalmente, vinculados aos movimentos nativistas.

Marque a alternativa que contém as informações CORRETAS.

  1. Somente os itens I e II.
  2. Somente os itens I e III.
  3. Somente os itens II e V.
  4. Somente os itens II e IV.
  5. Somente os itens III e IV.

20. (UFPR) Se, durante décadas, o dia 13 de maio foi comemorado como a data da abolição da escravidão, recentemente o dia 20 de novembro foi instituído no Brasil como o Dia da Consciência Negra. Sobre os sentidos dessas duas datas, identifique como verdadeiras (V) ou falsas (F) as seguintes afirmativas:

( ) O 13 de maio simboliza uma libertação conquistada pelos escravos e pelos abolicionistas junto ao Império, que instituiu políticas de reparação aos ex-escravos e aos seus descendentes.

( ) O 20 de novembro tem se firmado como uma data que relembra a resistência escrava, pois a abolição da escravidão não ocorreu sem a luta de parte dos escravos, seja de forma coletiva organizada (quilombos), seja de forma individual (suicídio, fuga, abandono do trabalho).

( ) O 13 de maio foi resultado tanto da resistência dos escravos quanto da atuação dos abolicionistas, porém a abolição da escravidão foi um processo lento que seguiu a situação e as vontades política e econômica das elites.

( ) A razão pela demora em se estabelecer o 20 de novembro como uma data comemorativa deveu-se à escassez de indícios que confirmassem a luta política dos abolicionistas, visto que Rui Barbosa, então ministro da Fazenda do início da República, incinerou os documentos que comprovavam essas ações.

Assinale a alternativa que apresenta a sequência correta, de cima para baixo.

  1. F – V – F – V.
  2. F – F – V – V.
  3. F – V – V – F.
  4. V – F – V – V.
  5. V – V – F – F.

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