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Idade Moderna

Simulado de 20 questões de História Com Gabarito para a Fatec, Fuvest, Unesp, Unicamp, Unifesp e Univesp com questões de Vestibulares.


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01. (FUVEST) Afirmo, portanto, que tínhamos atingido já o ano bem farto da Encarnação do Filho de Deus, de 1348, quando, na mui excelsa cidade de Florença, (...) sobreveio a mortífera pestilência. (...) apareciam no começo, tanto em homens como nas mulheres, ou na virilha ou na axila, algumas inchações(...) chamava‐as o populacho de bubões (...).

Giovanni Boccaccio, Decamerão.

A respeito da Peste Negra do século XIV, é correto afirmar:

  1. Provocou gravíssima queda demográfica, que afetou grande parte da produção econômica europeia.
  2. Originou‐se no Oriente, penetrou no continente europeu pelos portos e manteve‐se restrita à Península Itálica.
  3. Foi provocada pela fome e pela desnutrição dos camponeses e favoreceu o processo de centralização política.
  4. Foi contida pelo caráter de subsistência da economia europeia, que dificultava o contato humano e, assim, o contágio.
  5. Estimulou as investidas contra os territórios muçulmanos no movimento conhecido como Segunda Cruzada.

02. (FATEC) Em 1517, o bispo católico Martinho Lutero escreveu e afixou na porta da catedral da cidade de Wittenberg, localizada na atual Alemanha, um documento no qual enumerou noventa e cinco críticas aos comportamentos dos representantes da Igreja Católica. O cartaz original, que continha as 95 Teses, foi incluído na lista do Patrimônio Mundial da UNESCO em março de 2016. No século XVI, sua publicação deu início ao processo conhecido como Reforma Protestante.

Entre outros comportamentos, Lutero condenou

  1. a alfabetização em massa, promovida pelos jesuítas, e a publicação de Bíblias, ações que visavam enfraquecer o papel dos padres e oferecer autonomia religiosa aos católicos.
  2. a permissão dada pela Igreja para a criação de diferentes denominações religiosas (neopentecostais), que acabaram enfraquecendo o poder central do Papa.
  3. o desrespeito ao celibato pelos padres, a cobrança de dízimo, e a comercialização de água benta, relíquias sagradas e indulgências.
  4. a incorporação de práticas pagãs aos ritos católicos, a aceitação de mulheres na celebração das missas e a abolição do celibato para os padres.
  5. a tolerância da Igreja Católica com as práticas religiosas dos indígenas e dos escravizados africanos nas terras americanas recém-descobertas.

03. (FATEC) Ao assumir o poder na França, Napoleão Bonaparte anunciou que o período conturbado da Revolução de 1789 chegaria ao fim. Em busca de conciliação nacional, ele afirmava estar acima dos interesses particulares e prometia que, a partir daquele momento, iria fazer da França a maior potência do mundo.

Conhecido como Era Napoleônica, o período em que Napoleão Bonaparte governou a França ficou marcado

  1. pela promulgação de um novo Código Civil que, entre outras determinações, separou Igreja e Estado, legalizou o divórcio e consolidou a abolição dos direitos feudais da nobreza e do clero.
  2. pela manutenção dos laços de cooperação entre França e Inglaterra e pelo Tratado de Versalhes, que estabeleceu o princípio de autodeterminação dos povos.
  3. pela adoção do pluralismo religioso, ocasionado pela chegada à França de imigrantes oriundos das colônias francesas no Oriente Médio e na África.
  4. pela guerra contra os Estados Unidos e pela conquista dos territórios indígenas do oeste da América do Norte.
  5. pela criação da União Europeia, que unificou econômica e politicamente todos os países do continente.

04. (UNESP) O alvo dos ataques extremistas é o Iluminismo. E a melhor defesa é o próprio Iluminismo. “Por mais que seus valores estejam sendo atacados por elementos como os fundamentalistas americanos e o islamismo radical, isto é, pela religião organizada, o Iluminismo continua sendo a força intelectual e cultural dominante no Ocidente. O Iluminismo continua oferecendo uma arma contra o fanatismo”. Estas palavras do historiador britânico Anthony Pagden chegam em um momento em que algumas forças insistem em dinamitar a herança do Século das Luzes. “O Iluminismo é um projeto importante e em incessante evolução. Proporciona uma imagem de um mundo capaz tanto de alcançar certo grau de universalidade quanto de libertar- -se das restrições do tipo de normas morais oferecidas pelas comunidades religiosas e suas análogas ideologias laicas: o comunismo, o fascismo e, agora, inclusive, o comunitarismo”, afirma Pagden.

(Winston Manrique Sabogal. “‘O Iluminismo continua oferecendo uma arma contra o fanatismo’”. www.unisinos.br. Adaptado.)

No texto, o Iluminismo é entendido como

  1. um impulso intelectual propagador de ideologias políticas e religiosas contrárias à hegemonia do Ocidente.
  2. um movimento filosófico e intelectual de valorização da razão, da liberdade e da autonomia, restrito ao século XVIII.
  3. uma tendência de pensamento legitimadora do domínio colonialista e imperialista exercido pelas nações europeias.
  4. um projeto intelectual eurocêntrico baseado em imagens de mundo dotadas de universalidade teológica.
  5. uma experiência intelectual racional e emancipadora, de origem europeia, porém passível de universalização.

05. (UNESP) [Leonardo da Vinci] viu que “a água corrente detém em si um número infinito de movimentos”.

Um “número infinito”? Para Leonardo, não se trata apenas de uma figura de linguagem. Ao falar da variedade infinita da natureza e sobretudo de fenômenos como as correntes de água, ele estava fazendo uma distinção baseada na preferência por sistemas analógicos sobre os digitais. Em um sistema analógico, há gradações infinitas, o que se aplica à maioria das coisas que fascinavam Leonardo: sombras de sfumato, cores, movimento, ondas, a passagem do tempo, a dinâmica dos fluidos.

(Walter Isaacson. Leonardo da Vinci, 2017.)

A partir da explicação do texto sobre Leonardo da Vinci, pode-se afirmar que

  1. o princípio cristão da vida eterna orientou o pensamento renascentista.
  2. o materialismo pré-socrático foi a principal sustentação teórica do Renascimento.
  3. os experimentos da Antiguidade oriental basearam a ciência renascentista.
  4. as concepções artísticas medievais fundamentaram a arte renascentista.
  5. a observação da pluralidade da natureza foi um dos fundamentos do Renascimento.

06. (UNESP) Deveis saber, portanto, que existem duas formas de se combater: uma, pelas leis, outra, pela força. A primeira é própria do homem; a segunda, dos animais. Como, porém, muitas vezes a primeira não seja suficiente, é preciso recorrer à segunda. Ao príncipe torna-se necessário, porém, saber empregar convenientemente o animal e o homem. [...] Nas ações de todos os homens, máxime dos príncipes, onde não há tribunal para que recorrer, o que importa é o êxito bom ou mau. Procure, pois, um príncipe, vencer e conservar o Estado.

(Nicolau Maquiavel. O príncipe, 1983.)

O texto, escrito por volta de 1513, em pleno período do Renascimento italiano, orienta o governante a

  1. defender a fé e honrar os valores morais e sagrados.
  2. valorizar e priorizar as ações armadas em detrimento do respeito às leis.
  3. basear suas decisões na razão e nos princípios éticos.
  4. comportar-se e tomar suas decisões conforme a circunstância política.
  5. agir de forma a sempre proteger e beneficiar os governados.

07. (UNESP) Galileu tornou-se o criador da física moderna quando anunciou as leis fundamentais do movimento. Formulando tais princípios, ele estruturou todo o conhecimento científico da natureza e abalou os alicerces que fundamentavam a concepção medieval do mundo. Destruiu a ideia de que o mundo possui uma estrutura finita, hierarquicamente ordenada e substituiu-a pela visão de um universo aberto, infinito. Pôs de lado o finalismo aristotélico e escolástico, segundo o qual tudo aquilo que ocorre na natureza ocorre para cumprir desígnios superiores; e mostrou que a natureza é fundamentalmente um conjunto de fenômenos mecânicos.

(José Américo M. Pessanha. Galileu Galilei, 2000. Adaptado.)

A importância da obra de Galileu para o surgimento da ciência moderna justifica-se porque seu pensamento

  1. resgatou uma concepção medieval de mundo.
  2. baseou-se em uma visão teológica sobre a natureza.
  3. fundamentou-se em conceitos metafísicos.
  4. fundou as bases para o desenvolvimento da alquimia.
  5. atribuiu regularidade matemática aos fenômenos naturais.

08. (UNICAMP) À medida que as maneiras se refinam, tornam-se distintivas de uma superioridade: não é por acaso que o exemplo parece vir de cima e, logo, é retomado pelascamadas médias da sociedade, desejosas de ascender socialmente. É exibindo os gestos prestigiosos que os burgueses adquirem estatuto nobre. O ser de um homem se confunde com a sua aparência. Quem age como nobre é nobre.

(Adaptado de Renato Janine Ribeiro, A Etiqueta no Antigo Regime. São Paulo: Editora Moderna, 1998, p. 12.)

O texto faz referência à prática da etiqueta na França do século XVIII. Sobre o tema, é correto afirmar que:

  1. A etiqueta era um elemento de distinção social na sociedade de corte e definia os lugares ocupados pelos grupos próximos ao rei.
  2. O jogo das aparências era uma forma de disfarçar os conluios políticos da aristocracia, composta por burgueses e nobres, e negar benefícios ao Terceiro Estado.
  3. Os sans-culottes imitavam as maneiras da nobreza, pois isso era uma forma de adquirir refinamento e tornar-se parte do poder econômico no estado absolutista.
  4. Durante o século XIX, a etiqueta deixou de ser um elemento distintivo de grupos sociais, pois houve a abolição da sociedade de privilégios.

09. (FATEC) Leia o texto.

A Reforma Protestante jamais teria ocorrido se, antes, a imprensa de Gutenberg não tivesse sido criada. “Lutero teria usado o Twitter e o Facebook de uma maneira exaustiva se as redes existissem”, analisa o escritor Benjamin Hasselhorn. “Ele tinha um desespero enorme por fazer chegar suas convicções aos fiéis”, comentou.

<https: //tinyurl.com/yatbezyk> Acesso em: 02.11.2017.

Historicamente, a relação que o texto estabelece entre Martinho Lutero e a imprensa de Gutenberg se evidencia, principalmente, na

  1. edição de material filosófico crítico à fé cristã.
  2. criação do primeiro jornal evangélico diário.
  3. publicação de novelas religiosas populares.
  4. divulgação de produtos e serviços bíblicos.
  5. impressão da Bíblia em alemão.

10. (FATEC) O Mercantilismo pode ser definido como um conjunto de práticas e doutrinas econômicas adotadas pelo Estado absolutista, na Idade Moderna, com o objetivo de obter e acumular riqueza. Partindo do princípio de que a riqueza de uma nação era determinada pela quantidade de metais preciosos mantidos dentro de seu território, os estados absolutos desse período

  1. proibiam as atividades manufatureiras e desviavam os capitais assim liberados para o desenvolvimento de frotas comerciais.
  2. criavam cooperativas multinacionais para dividir os custos de empreendimentos, como a colonização de áreas periféricas.
  3. eliminavam a livre iniciativa, submetendo as atividades econômicas rurais e urbanas ao monopólio estatal.
  4. estabeleciam a lei da oferta e da procura para garantir a livre concorrência e eliminar os entraves ao desenvolvimento comercial.
  5. utilizavam políticas intervencionistas para regular o funcionamento da economia e obter uma balança comercial favorável.

11. (UNICAMP) Na formação das monarquias confessionais da Época Moderna houve reforço das identidades territoriais, em função de critérios de caráter religioso ou confessional. Simultaneamente, houve uma progressiva incorporação da Igreja ao corpo do Estado, através de medidas de caráter patrimonial e jurisdicional que procuravam uma maior sujeição das estruturas e agentes eclesiásticos ao poder do príncipe. Na busca pela homogeneização da fé dentro de um território político, a Igreja cumpria também papel fundamental na formação do Estado moderno por meio de seus mecanismos de disciplinamento social dos comportamentos.

(Adaptado de Frederico Palomo, A Contra-Reforma em Portugal, 1540-1700. Lisboa: Livros Horizonte, 2006, p.52.)

Considerando o texto acima e seus conhecimentos sobre a Europa Moderna, assinale a alternativa correta.

  1. Cada monarquia confessional adotou uma identidade religiosa e medidas repressivas em relação às dissidências religiosas que poderiam ameaçar tal unidade.
  2. Monarquias confessionais são aquelas unidades políticas nas quais havia a convivência pacífica de duas ou mais confissões religiosas, num mesmo território.
  3. São consideradas monarquias confessionais os territórios protestantes que se mostravam mais propícios ao desenvolvimento do capitalismo comercial, tornando-se, assim, nações enriquecidas.
  4. As monarquias confessionais contavam com a instituição do Tribunal do Santo Ofício da Inquisição em seu território, uma forma de controle cultural sobre religiões politeístas.

12. (FUVEST) “O senhor acredita, então”, insistiu o inquisidor, “que não se saiba qual a melhor lei?” Menocchio respondeu: “Senhor, eu penso que cada um acha que sua fé seja a melhor, mas não se sabe qual é a melhor; mas, porque meu avô, meu pai e os meus são cristãos, eu quero continuar cristão e acreditar que essa seja a melhor fé”.

Carlo Ginzburg. O queijo e os vermes. São Paulo: Companhia das Letras, 1987, p. 113.

O texto apresenta o diálogo de um inquisidor com um homem (Menocchio) processado, em 1599, pelo Santo Ofício. A posição de Menocchio indica

  1. uma percepção da variedade de crenças, passíveis de serem consideradas, pela Igreja Católica, como heréticas.
  2. uma crítica à incapacidade da Igreja Católica de combater e eliminar suas dissidências internas.
  3. um interesse de conhecer outras religiões e formas de culto, atitude estimulada, à época, pela Igreja Católica.
  4. um apoio às iniciativas reformistas dos protestantes, que defendiam a completa liberdade de opção religiosa.
  5. uma perspectiva ateísta, baseada na sua experiência familar.

13. (UNESP) Ainda hoje a palavra Renascimento evoca a ideia de uma época dourada e de homens libertos dos constrangimentos sociais, religiosos e políticos do período precedente. Nessa “época dourada”, o individualismo, o paganismo e os valores da Antiguidade Clássica seriam cultuados, dando margem ao florescimento das artes e à instalação do homem como centro do universo.

(Tereza Aline Pereira de Queiroz. O Renascimento, 1995. Adaptado.)

O texto refere-se a uma concepção acerca do Renascimento cultural dos séculos XV e XVI que

  1. projeta uma visão negativa da Idade Média e identifica o Renascimento como a origem de valores ainda hoje presentes.
  2. estabelece a emergência do teocentrismo e reafirma o poder tutelar da Igreja Católica Romana.
  3. caracteriza a história da arte e do pensamento como desprovida de rupturas e marcada pela continuidade nas propostas estéticas.
  4. valoriza a produção artística anterior a esse período e identifica o Renascimento como um momento de declínio da criatividade humana.
  5. afirma o vínculo direto das invenções e inovações tecnológicas do período com o pensamento mítico da Antiguidade.

14. (UNESP) Podemos afirmar que as obras A divina comédia, escrita por Dante Alighieri no início do século XIV, e Dom Quixote, escrita por Miguel de Cervantes no início do século XVII,

  1. parodiaram as novelas de cavalaria e defenderam a hegemonia da Igreja Católica e da aristocracia, respectivamente.
  2. derivaram de registros orais e foram apenas organizadas e sistematizadas na escrita de seus autores.
  3. contribuíram para a unificação e o estabelecimento da forma moderna dos idiomas italiano e espanhol.
  4. assumiram forte conotação anticlerical e intensificaram as críticas renascentistas à conduta e ao poder da Igreja Católica.
  5. retrataram o imaginário da burguesia comercial ascendente na Itália e na Espanha do final da Idade Média.

15. (FUVEST) Em uma significativa passagem da tragédia Macbeth, de Shakespeare, seu personagem principal declara: “Ouso tudo o que é próprio de um homem; quem ousa fazermais do que isso não o é”. De acordo com muitos intérpretes, essa postura revela, com extraordinária clareza, toda a audácia da experiência renascentista.

Com relação à cultura humanista, é correto afirmar que

  1. o mecenato de príncipes, de instituições e de famílias ricas e poderosas evitou os constrangimentos, prisão e tortura de artistas e de cientistas.
  2. a presença majoritária de temáticas religiosas nas artes plásticas demonstrava as dificuldades de assimilar as conquistas científicas produzidas naquele momento.
  3. a observação da natureza, os experimentos e a pesquisa empírica contribuíram para o rompimento de alguns dos dogmas fundamentais da Igreja.
  4. a reflexão dedutiva e o cálculo matemático limitaram-se à pesquisa teórica e somente seriam aplicados na chamada revolução científica do século XVII.
  5. a avidez de conhecimento e de poder favoreceu a renovação das universidades e a valorização dos saberes transmitidos pela cultura letrada.

16. (FUVEST) “Da armada dependem as colônias, das colônias depende o comércio, do comércio, a capacidade de um Estado manter exércitos numerosos, aumentar a sua população e tornar possíveis as mais gloriosas e úteis empresas.”

Essa afirmação do duque de Choiseul (1719-1785) expressa bem a natureza e o caráter do

  1. liberalismo.
  2. feudalismo.
  3. mercantilismo.
  4. escravismo.
  5. corporativismo.

17. (UNESP) As reformas protestantes do princípio do século XVI, entre outros fatores, reagiam contra

As reformas protestantes do princípio do século XVI, entre outros fatores, reagiam contra

  1. a venda de indulgências e a autoridade do Papa, líder supremo da Igreja Católica.
  2. a valorização, pela Igreja Católica, das atividades mercantis, do lucro e da ascensão da burguesia.
  3. o pensamento humanista e permitiram uma ampla revisão administrativa e doutrinária da Igreja Católica.
  4. as missões evangelizadoras, desenvolvidas pela Igreja Católica na América e na Ásia.
  5. o princípio do livre-arbítrio, defendido pelo Santo Ofício, órgão diretor da Igreja Católica.

18. (UNIFESP) O Renascimento Cultural se iniciou na Itália, no século XIV, e se expandiu para outras partes da Europa nos séculos seguintes. Uma de suas características é a

  1. adoção de temas religiosos, com o objetivo de auxiliar o trabalho de catequese.
  2. pesquisa técnica e tecnológica, na busca de novas formas de representação.
  3. recusa dos valores da nobreza e a defesa da cultura popular urbana e rural.
  4. manutenção de padrões culturais medievais, na busca da imitação da natureza.
  5. rejeição da tradição clássica e de seu princípio antropocêntrico.

19. (FATEC) Sobre o Iluminismo, movimento filosófico surgido na Europa entre o final do século XVII e início do século XVIII, é correto afirmar que

  1. valorizava a razão como o único meio confiável de alcançar o conhecimento, opondo-se às explicações religiosas para os fenômenos naturais, sociais e políticos.
  2. buscava revitalizar a fé no cristianismo, enfraquecida pela hegemonia do pensamento científico, que florescera nos últimos séculos do período medieval.
  3. pregava a importância dos sentimentos em detrimento da razão e da religião, caracterizando a legitimidade do Romantismo como expressão humana.
  4. defendia a retomada de ideias e valores característicos da Antiguidade Clássica, como o politeísmo, a estratificação social e a vida urbana.
  5. procurava fortalecer os movimentos sociais das minorias à luz de descobertas científicas que afirmavam a inexistência das raças humanas.

20. (UNESP) Leia o trecho do livro A dança do universo, do físico brasileiro Marcelo Gleiser, para responder à questão.

Algumas pessoas tornam-se heróis contra sua própria vontade. Mesmo que elas tenham ideias realmente (ou potencialmente) revolucionárias, muitas vezes não as reconhecem como tais, ou não acreditam no seu próprio potencial. Divididas entre enfrentar sua insegurança expondo suas ideias à opinião dos outros, ou manter-se na defensiva, elas preferem a segunda opção. O mundo está cheio de poemas e teorias escondidos no porão.

Copérnico é, talvez, o mais famoso desses relutantes heróis da história da ciência. Ele foi o homem que colocou o Sol de volta no centro do Universo, ao mesmo tempo fazendo de tudo para que suas ideias não fossem difundidas, possivelmente com medo de críticas ou perseguição religiosa. Foi quem colocou o Sol de volta no centro do Universo, motivado por razões erradas. Insatisfeito com a falha do modelo de Ptolomeu, que aplicava o dogma platônico do movimento circular uniforme aos corpos celestes, Copérnico propôs que o equante fosse abandonado e que o Sol passasse a ocupar o centro do cosmo. Ao tentar fazer com que o Universo se adaptasse às ideias platônicas, ele retornou aos pitagóricos, ressuscitando a doutrina do fogo central, que levou ao modelo heliocêntrico de Aristarco dezoito séculos antes.

Seu pensamento reflete o desejo de reformular as ideias cosmológicas de seu tempo apenas para voltar ainda mais no passado; Copérnico era, sem dúvida, um revolucionário conservador. Ele jamais poderia ter imaginado que, ao olhar para o passado, estaria criando uma nova visão cósmica, que abriria novas portas para o futuro. Tivesse vivido o suficiente para ver os frutos de suas ideias, Copérnico decerto teria odiado a revolução que involuntariamente causou.

Entre 1510 e 1514, compôs um pequeno trabalho resumindo suas ideias, intitulado Commentariolus (Pequeno comentário). Embora na época fosse relativamente fácil publicar um manuscrito, Copérnico decidiu não publicar seu texto, enviando apenas algumas cópias para uma audiência seleta. Ele acreditava piamente no ideal pitagórico de discrição; apenas aqueles que eram iniciados nas complicações da matemática aplicada à astronomia tinham permissão para compartilhar sua sabedoria. Certamente essa posição elitista era muito peculiar, vinda de alguém que fora educado durante anos dentro da tradição humanista italiana. Será que Copérnico estava tentando sentir o clima intelectual da época, para ter uma ideia do quão “perigosas” eram suas ideias? Será que ele não acreditava muito nas suas próprias ideias e, portanto, queria evitar qualquer tipo de crítica? Ou será que ele estava tão imerso nos ideais pitagóricos que realmente não tinha o menor interesse em tornar populares suas ideias? As razões que possam justificar a atitude de Copérnico são, até hoje, um ponto de discussão entre os especialistas.

O medo de Copérnico de “críticas ou perseguição religiosa” (2° parágrafo) deve-se ao fato de suas ideias se oporem à teoria

  1. heliocêntrica.
  2. geocêntrica.
  3. humanista.
  4. iluminista.
  5. positivista.

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