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Brasil República

Simulado de 20 questões de História Com Gabarito para a Fatec, Fuvest, Unesp, Unicamp, Unifesp e Univesp com questões de Vestibulares.


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01. (UNICAMP) A partir da segunda metade da década de 1960, a produção de um gênero cinematográfico extravagante ganha força no Brasil: a pornochanchada. Num primeiro momento esta se mostrou como uma comédia leve, apesar de algumas cenas de nudez parcial, mas logo evoluiu para o que já era praticado pelo resto do mundo: a exploração do erotismo e da sensualidade no Cinema para atender a um crescente mercado de consumo.

(Adaptado de Ildembergue Leite de Souza e André Luiz Maranhão de Souza Leão, A transposição de mitos na intertextualidade entre Cinema e Publicidade. Intercom, Revista Brasileira de Ciências da Comunicação, São Paulo, v. 37, n. 2, p. 242-262, dez. 2014.)

Sobre a vida cultural no Brasil das décadas de 1960 e 1970, é correto afirmar que:

  1. O período ficou marcado pelo esvaziamento da cena cultural, com baixo dinamismo nos campos da produção teatral, musical e cinematográfica. Apenas os gêneros ligados ao erotismo se expandiram, por não serem considerados transgressores.
  2. A pornochanchada foi financiada pelo capital estrangeiro no Brasil durante o regime militar, pois a indústria cinematográfica, em razão dos seus altos custos, passou a ser fomentada sobretudo por empresas norte-americanas.
  3. O gênero pornochanchada pode ser considerado um movimento de contracultura por seu caráter de contestação política, através da linguagem chula, e por suas estreitas conexões com produtores culturais ligados à Tropicália.
  4. A explosão dos filmes do ciclo da pornochanchada e seu sucesso de público ocorreram em um contexto marcado, de um lado, pela revolução sexual, e, de outro, pela censura ao conteúdo veiculado no cinema e na TV.

02. (UNESP) A construção da Usina Hidrelétrica de Itaipu durante os anos 1970 e 1980

  1. contribuiu para a queda do regime cívico-militar brasileiro, depois que a imprensa denunciou grandes desvios de verbas da obra.
  2. assegurou a autonomia energética definitiva de Argentina e Paraguai, países que participaram do projeto e se beneficiaram com sua execução.
  3. permitiu o restabelecimento das relações diplomáticas entre Argentina, Brasil e Paraguai, rompidas desde a Guerra do Paraguai.
  4. proporcionou a consolidação das hegemonias argentina e brasileira no comércio e no controle político da região do Rio da Prata.
  5. foi uma iniciativa conjunta dos governos militares do Brasil e do Paraguai, que teve forte impacto geoestratégico na região do Rio da Prata.

03. (UNESP) A construção de Brasília pode ser considerada a principal meta do Plano de Metas [...]. Para alguns analistas, a nova capital seria o elemento propulsor de um projeto de identidade nacional comprometido com a modernidade, cuja face mais visível seria a arquitetura modernista de Oscar Niemeyer e Lúcio Costa. Ao mesmo tempo, no entanto, a interiorização da capital faria parte de um antigo projeto de organização espacial do território brasileiro, que visava ampliar as fronteiras econômicas rumo ao Oeste e alavancar a expansão capitalista nacional.

(Marly Motta. “Um presidente bossa-nova”. In: Luciano Figueiredo (org.). História do Brasil para ocupados, 2013.)

O texto expõe dois significados da construção de Brasília durante o governo de Juscelino Kubitschek. Esses dois significados relacionam-se, pois

  1. denotam o esforço de construção de um espaço geográfico brasileiro com o intuito de assegurar o equilíbrio econômico e político entre as várias regiões do país.
  2. ddemonstram o nacionalismo xenófobo do governo Kubitschek e sua disposição de isolar o Brasil dos demais países do continente americano.
  3. revelam a importância da redefinição do espaço territorial para a implantação de um projeto de restrições à entrada de capitais e investimentos estrangeiros.
  4. explicitam a postura antiliberal do governo Kubitschek e sua intenção de implantar um regime de igualdade social no país.
  5. indicam o surgimento de uma expressão arquitetônica original e baseada no modelo de edificação predominante entre os primeiros habitantes do atual Brasil.

04. (FATEC) Leia o texto.

Assistimos ontem à entrada de cerca de 60 menores às 19 horas, na sua fábrica da Mooca. Essas crianças, entrando àquela hora, saem às 6 horas. Trabalham, pois, 11 horas a fio, em serviço noturno, apenas com um descanso de 20 minutos, à meia-noite! O pior é que elas se queixam de que são espancadas pelo mestre de fiação. [...] Uma há com as orelhas feridas por continuados e violentos puxões. Trata-se de crianças de 12, 13 e 14 anos.

Jornal O Combate, São Paulo, 4/09/1917. Apud CENPEC; Ensinar e aprender História. V.3: ficha 10, 1998.

Considerando o contexto da industrialização de São Paulo, no início da Primeira República, assinale a alternativa correta.

  1. A legislação republicana estabeleceu a obrigatoriedade do trabalho infantil como forma de disciplinar e educar as crianças das famílias de baixa renda envolvidas em pequenos delitos.
  2. A participação do Brasil na Guerra Franco-Prussiana e a convocação militar dos homens obrigaram mulheres e crianças a ocupar seus postos de trabalho e a participar dos esforços de guerra.
  3. A Consolidação das Leis Trabalhistas, conjunto de leis de inspiração fascista promulgadas após a abolição da escravidão, preconizava o trabalho infantil como parte do programa de qualificação profissional.
  4. Os baixos salários pagos aos homens tornavam necessário o trabalho de mulheres e crianças das famílias operárias que, embora tivessem as mesmas obrigações que os homens, recebiam salários menores.
  5. Os sindicatos anarquistas, fundados por operários italianos recém-chegados ao Brasil, incentivavam a participação de crianças no mercado de trabalho com o objetivo de garantir a adesão precoce aos seus ideais.

05. (FATEC) No Brasil, nas primeiras décadas do século XX, as mulheres formavam grande parte do operariado, especialmente as imigrantes: espanholas, italianas, portuguesas, húngaras, romenas, polonesas, lituanas e sírias. Em 1901, como afirma a historiadora Mary Del Priore, constituíam quase 68% da mão de obra empregada na indústria de fiação e tecelagem. Trabalhavam de 10 a 14 horas por dia, em péssimas condições de higiene e sob grande controle disciplinar. Além disso, os salários eram baixos, estavam constantemente sujeitas ao assédio sexual e não existia qualquer legislação trabalhista capaz de protegê-las de tal exploração. Somente a partir da década de 1930, depois de inúmeras manifestações operárias em todo o mundo, a legislação brasileira proporcionou garantias trabalhistas às mulheres. Na Era Vargas, anos 30, 40 e 50, houve a regulamentação do trabalho de mulheres e crianças, e o presidente Getúlio Vargas fixou a jornada de trabalho em 8 horas diárias.

https://tinyurl.com/y5sq4pkp Acesso em: 15.10.2019. Adaptado.

Segundo o texto,

  1. as inúmeras manifestações operárias em todo o mundo conquistaram o controle disciplinar sobre os trabalhadores, bem como o direito à jornada de 10 a 14 horas diárias.
  2. nas primeiras décadas do século XX, as operárias estavam protegidas por legislação que limitava a jornada de trabalho e garantia condições adequadas de higiene.
  3. o trabalho feminino foi regulamentado entre as décadas de 1930 e 1950 pelo presidente Getúlio Vargas, que também fixou a jornada de trabalho em 8 horas diárias.
  4. as mulheres que constituíram a mão de obra empregada na indústria de fiação e tecelagem estavam protegidas por mecanismos que inibiam o assédio sexual.
  5. quase 68% da população brasileira era formada pelas mulheres operárias imigrantes, principalmente as espanholas, italianas, portuguesas e húngaras.

06. (UNICAMP) Em julho de 1917, convocou-se, em São Paulo, uma greve geral, com adesão de 45.000 trabalhadores, para pedir aumento salarial. A greve se estendeu ao Rio de Janeiro e levou o governo a reforçar o aparato repressivo e decretar estado de sítio em 1918. Nos anos de 1917-1919, o Chile registrou o recrudescimento da agitação sindical. Mobilizavamse com facilidade 100.000 trabalhadores, como durante as manifestações contra o custo dos alimentos em 1918 e 1919. A Argentina foi outro país que teve um movimento sindical poderoso. Entre 1917 e 1921, o movimento sindical conheceu seu apogeu. Apenas durante o ano de 1919, registraram-se 367 greves na capital Buenos Aires.

(Adaptado de Olivier Dabène, América Latina no século XX. Porto Alegre: EDIPUCRS, 2003, p. 64-65.)

Considerando o texto acima e seus conhecimentos sobre o tema, assinale a alternativa correta.

  1. Os movimentos grevistas foram espontâneos e apartidários nos anos de 1910, rejeitando a infiltração ideológica das lideranças sindicais, de maioria marxista e comunista, pouco mobilizadoras no período.
  2. Os movimentos sindicais estavam em processo de fortalecimento, entre outras razões, pela intensa ruralização dos países latino-americanos na década de 1900.
  3. O processo de fortalecimento dos movimentos sindicais enfrentou um forte aparato repressivo, nos anos de 1920, marcado pela colaboração entre os Estados latino-americanos.
  4. Os movimentos sindicais latino-americanos apresentavam, em 1917, especificidades em relação aos da Europa quanto às pautas reivindicatórias dos trabalhadores.

07. (UNICAMP) A crise levaria o último governo da ditadura, chefiado pelo general João Figueiredo (19/9-85), a tomar medidas drásticas. O objetivo inicial era deter a depreciação da moeda nacional, incentivar as exportações e fazer frente ao aumento do deficit em conta corrente. Assim, a moeda foi desvalorizada em 30% no final de 1979. A medida acentuou a desaceleração econômica, o descontrole inflacionário e o desarranjo nas contas públicas. Em 1980, a inflação batia a simbólica marca de 100% ao ano e em 1981 o país entrava em uma recessão.

(Adaptado de Gilberto Marangoni, Anos 1980, década perdida ou ganha? Revista Desafios do Desenvolvimento, São Paulo, Ano 9, Edição 72, 2012.)

A partir do texto acima e de seus conhecimentos sobre a Nova República no Brasil, assinale a alternativa correta.

  1. A concentração de renda gerada pelo milagre econômico, as bolhas especulativas no mercado financeiro brasileiro, as flutuações no preço do petróleo e a alta internacional dos juros ao longo da década de 1970 foram elementos decisivos para a superação da crise econômica dos anos de 1980.
  2. No Brasil dos anos de 1980, a desaceleração econômica, o descontrole inflacionário e o desarranjo nas contas públicas foram acompanhados pelo silenciamento dos movimentos pelas Diretas Já e dos direitos civis, sendo essa década conhecida como a “década perdida”.
  3. A crise econômica que se instalou no Brasil a partir de meados dos anos de 1970 gerou pressão sobre o governo militar do General Figueiredo, que, em resposta, aprovou a Lei da Anistia e a Lei Orgânica dos Partidos, incentivou o movimento grevista e garantiu a realização de eleições de forma lenta, gradual e segura.
  4. A chamada década perdida no Brasil foi marcada por grave crise econômica, pela transição para o regime democrático, pela gradual normalização das instituições políticas próprias da democracia, pelo fortalecimento dos movimentos sociais e civis e pela efervescência cultural.

08. (UNESP) Entre as manifestações místicas presentes no Nordeste brasileiro no final do Império e nas primeiras décadas da República, identificam-se

  1. as pregações do Padre Ibiapina, relacionadas à defesa do protestantismo calvinista, e a literatura de cordel, que cantava os mitos e as lendas da região.
  2. o cangaço, que realizava saques a armazéns para roubar alimentos e distribuí-los aos famintos, e o coronelismo, com suas práticas assistencialistas.
  3. a liderança do Padre Cícero, vinculada à dinâmica política tradicional da região, e o movimento de Canudos, com características de contestação social.
  4. a peregrinação de multidões a Juazeiro do Norte, para pedir graças aos padres milagreiros, e a liderança messiânica do fazendeiro pernambucano Delmiro Gouveia.
  5. a ação catequizadora de padres e bispos ligados à Igreja católica e a atuação do líder José Maria, que comandou a resistência na região do Contestado.

09. (UNICAMP) Vistas em conjunto, as aspirações ruralistas não eram contraditórias ou incompatíveis com o programa desenvolvimentista de Juscelino Kubitschek. A ideia de incompatibilidade entre o projeto nacionaldesenvolvimentista e os interesses agrários era uma ficção.

(Adaptado de Vânia Moreira, “Os Anos JK: industrialização e modelo oligárquico de desenvolvimento rural”, em Jorge Ferreira e Lucília Delgado (Orgs.), O Brasil Republicano. v. 3. Rio de Janeiro: Civilização Brasileira, 2003, p. 169-170.)

Considerando a composição do setor rural nacional e o programa desenvolvimentista do governo JK, é correto afirmar que:

  1. A "Marcha para o Oeste" obteve grande êxito porque, além dos grandes ruralistas, conseguia atender também aos interesses dos pequenos posseiros, trabalhadores sem terra e indígenas.
  2. O desenvolvimentismo atendia às ambições da oligarquia rural, em função das políticas de modernização da agricultura, permitindo que ela se beneficiasse da expansão do mercado consumidor, um dos desdobramentos da industrialização.
  3. O Plano de Metas do governo JK fracassou porque os interesses do agronegócio se mostraram posteriormente inconciliáveis com as demandas da velha oligarquia rural das regiões Norte e Centro-Oeste.
  4. Os interesses agrários e o projeto de industrialização do nacional-desenvolvimentismo eram compatíveis porque o Partido Trabalhista Brasileiro era composto principalmente pela oligarquia rural.

10. (UNICAMP) “Como na Argentina: Os corpos brotam do chão, como na Argentina. Corpo não é reciclável. Corpo não é reduzível. Dá para dissolver os corpos em ácido, mas não haveria ácido que chegasse para os assassinados do século. Valas mais fundas, mais escombros, nada adianta. Sempre sobra um dedo acusando. O corpo é como o nosso passado, não existe mais e não vai embora. Tentaram largar o corpo no meio do mar e não deu certo. O corpo boia. O corpo volta. Tentaram forjar o protocolo – foi suicídio, estava fugindo – e o corpo desmentia tudo. O corpo incomoda. O corpo faz muito silêncio. Consciência não é biodegradável. Memórias não apodrecem. Ficam os dentes.”

  1. ao trauma coletivo das políticas repressivas e crimes de Estado praticados pelos regimes ditatoriais latino-americanos.
  2. à memória dos exilados fugidos dos regimes ditatoriais latino-americanos da segunda metade do século XX.
  3. ao movimento dos Montoneros, em busca de seus filhos e netos desaparecidos no período da ditadura na Argentina.
  4. aos julgamentos em andamento contra o clientelismo do regime peronista praticada na Argentina.

11. (UNESP) Em meados da década de 1970, as condições externas que haviam sustentado o sucesso econômico do regime militar sofreram alterações profundas.

(Tania Regina de Luca. Indústria e trabalho na história do Brasil, 2001.)

As condições externas que embasaram o sucesso econômico do regime militar e as alterações que sofreram em meados da década de 1970 podem ser exemplificadas, respectivamente,

  1. pelos investimentos oriundos dos países do Leste europeu e pelo aumento gradual dos preços em dólar das mercadorias importadas.
  2. pela ampla disponibilidade de capitais para empréstimos a juros baixos e pelo aumento súbito do custo de importação do petróleo
  3. pelos esforços norte-americanos de ampliar sua intervenção econômica na América Latina e pela redução acelerada da dívida externa brasileira.
  4. pela ampliação da capacidade industrial dos demais países latino-americanos e pelo crescimento das taxas internacionais de juros
  5. pela exportação de tecnologia brasileira de informática e pela recessão econômica enfrentada pelas principais potências do Ocidente.

12. (UNESP) Esse produto percorreu ampla região, desde o Morro da Tijuca, no Rio de Janeiro, no primeiro quartel do século XIX, até o norte do Paraná, onde praticamente cessou sua marcha na década de 1970. Nesse período, seu percurso deixou marcas significativas na paisagem: vasta rede urbana e densa malha ferroviária, solos empobrecidos pela erosão, florestas dizimadas e extensivas pastagens, quase sempre de baixa produtividade.

(Jurandyr L. S. Ross. Ecogeografia do Brasil, 2009. Adaptado.)

O excerto refere-se à produção do espaço brasileiro relacionada ao ciclo econômico

  1. da borracha.
  2. da cana-de-açúcar
  3. do café.
  4. do ouro.
  5. do algodão.

13. (FATEC) Alguns municípios do estado de São Paulo se desenvolveram em consequência da expansão da malha ferroviária entre o final do século XIX e a primeira metade do século XX, em decorrência da ampliação das áreas produtoras de café no estado.

A Estrada de Ferro Noroeste do Brasil, fundada no início do século XX, foi uma das responsáveis pelo desenvolvimento dos municípios de

  1. Bauru, Lins e Penápolis.
  2. Sorocaba, Botucatu, e Avaré.
  3. Campinas, Limeira e Rio Claro.
  4. Araraquara, Catanduva e Votuporanga.
  5. Jaguariúna, Mogi Mirim e Ribeirão Preto.

14. (FATEC) Na década de 1950, o presidente Juscelino Kubitschek adotou uma política de desenvolvimento econômico que ficou conhecida como Plano de Metas.

Sob o lema “50 anos em 5”, esse plano se caracterizou pela

  1. adoção de uma política econômica liberal que preconizava a universalização do acesso à educação básica e a privatização dos serviços essenciais, como fornecimento de água e energia elétrica.
  2. abertura do país ao capital externo, facilitando a instalação de indústrias estrangeiras no país, ao mesmo tempo que manteve o controle estatal sobre a extração, refino e distribuição do petróleo.
  3. oferta de incentivos fiscais para a instalação de fábricas nas regiões menos desenvolvidas do país, como o Norte e o Nordeste, além de combater as desigualdades regionais e erradicar a fome.
  4. aproximação com a União Soviética, no contexto da Guerra Fria, que garantiu os investimentos necessários para a instalação da indústria siderúrgica nacional e a construção de Brasília.
  5. promoção de políticas públicas de acesso aos serviços essenciais como saneamento básico, medicina preventiva e urbanização de favelas, além da redistribuição de renda e da terra.

15. (UNESP) Na passagem dos anos 1920 para a década seguinte, a política de valorização do café no Brasil

  1. impediu o avanço da produção de cacau, algodão e borracha, devido à concentração de recursos econômicos no Nordeste.
  2. facilitou o deslocamento de capitais do setor industrial para o agrário, que aproveitava a estabilidade dos mercados externos para se desenvolver.
  3. agravou a crise econômica, devido ao alto volume de café estocado e à redução significativa dos mercados estrangeiros para a mercadoria.
  4. sustentou a hegemonia financeira da região Nordeste, que prolongou sua liderança e comando político por mais duas décadas.
  5. foi compensada pela estratégia governamental de supervalorização do câmbio, o que permitiu o aumento significativo das exportações de café.

16. (UNESP) Leia o texto para responder à questão.

O Rio de Janeiro dos primeiros anos da República era a maior cidade do país, com mais de 500 mil habitantes. Capital política e administrativa, estava em condições de ser também, pelo menos em tese, o melhor terreno para o desenvolvimento da cidadania. Desde a independência e, particularmente, desde o início do Segundo Reinado, quando se deu a consolidação do governo central e da economia cafeeira na província adjacente, a cidade passou a ser o centro da vida política nacional. O comportamento político de sua população tinha reflexos imediatos no resto do país. A Proclamação da República é a melhor demonstração dessa afirmação.

(José Murilo de Carvalho. Os bestializados, 1987.)

A Proclamação da República, em 1889,

  1. expressou a interferência norte-americana e reduziu a influência britânica nos assuntos internos do país.
  2. teve forte participação dos sindicatos operários da capital e ampliou os direitos de cidadania no Brasil.
  3. representou o fim da hegemonia das elites cafeeiras e açucareiras na condução da política brasileira.
  4. foi rejeitada e combatida militarmente pelos principais clérigos católicos no Brasil e no exterior.
  5. resultou da ação de um setor das forças armadas e contou com o apoio de grupos políticos da capital.

17. (UNICAMP) “O Rio civiliza-se!” eis a exclamação que irrompe de todos os peitos cariocas. Temos a Avenida Central, a Avenida Beira Mar (os nossos Campos Elíseos), estátuas em toda a parte, cafés e confeitarias (…), um assassinato por dia, um escândalo por semana, cartomantes, médiuns, automóveis, autobus, autores dramáticos, grandmonde, demi-monde, enfim todos os apetrechos das grandes capitais.

(“O Chat Noir”, em Fon-Fon! Nº 41, 1907. Extraído de www.objdigital.bn.br/acervo_digital/div_periodicos/fonfon/fonfon1907.)

A partir do excerto, que se refere ao período da Belle Époque no Brasil, no início do século XX, é correto afirmar que:

  1. O Rio de Janeiro procurava apagar aspectos da época do Império e impulsionar a cultura francesa, renegada por D. Pedro II.
  2. A cidade expressava as contradições de um processo de transformações urbanas, sociais e políticas nas primeiras décadas da República.
  3. Os costumes franceses eram elementos incorporados pela sociedade carioca como sinônimo da modernização republicana obtida pelo tenentismo.
  4. A modernização representou um processo de exclusão social e cultural, patrocinado pelo governo francês, que financiava obras públicas e impunha os produtos franceses à população brasileira.

18. (UNESP) A industrialização contemporânea requer investimentos vultosos. No Brasil, esses investimentos não podiam ser feitos pelo setor privado, devido à escassez de capital que caracteriza as nações em desenvolvimento. Além disso, o crescimento econômico do Brasil, um recém-chegado ao processo de modernização, processou-se em condições socioeconômicas diferentes. Um efeito internacional de demonstração, na forma de imitação de padrões devida, entre países ricos e pobres, e entre classes ricas e pobres dentro das nações, resultou em pressões significativas sobre as taxas de crescimento para diminuir a diferença entre nações desenvolvidas e em desenvolvimento. Em vista das aspirações de melhores padrões de vida, o governo desempenhou um papel importante no crescimento econômico recente do Brasil.

(Carlos Manuel Peláez e Wilson Suzigan. História monetária do Brasil, 1981. Adaptado.)

Os impasses do desenvolvimento industrial brasileiro, apontados pelo texto, foram enfrentados no governo Juscelino Kubitschek (1956-1961) com o Plano de Metas, cujo objetivo era promover a industrialização por meio

  1. da associação de esforços econômicos entre o Estado, o capital estrangeiro e as empresas nacionais.
  2. da valorização da moeda nacional, da estatização de fábricas falidas e da contenção de salários.
  3. da criação de indústrias têxteis estatais e do aumento de impostos sobre o grande capital nacional.
  4. do emprego de empresas multinacionais submetidas à severa lei da remessa de lucros, juros e dividendos para o exterior.
  5. do combate à seca no Nordeste e do aumento do salário mínimo, com controle da inflação.

19. (FATEC) O principal debate sobre o desenvolvimento econômico travado no Brasil ao longo das décadas de 1940 e de 1950 opôs dois pontos de vista. De um lado, os chamados nacionalistas, que fundaram o movimento “O Petróleo é Nosso” e defendiam que o petróleo encontrado no Brasil deveria ser explorado pelo Estado brasileiro; de outro, opositores a essa campanha defendiam que a exploração deveria ser feita por empresas privadas internacionais, já que o país não dispunha de tecnologia para a prospecção desse recurso natural.

Sobre o movimento de cunho nacionalista citado, é correto afirmar que

  1. perdeu força progressivamente até desaparecer, sufocado pelo golpe de Estado de 1964, sem obter resultados concretos.
  2. culminou com a lei que criou a Petrobrás, aprovada no Senado e sancionada pelo presidente Getúlio Vargas no ano de 1953.
  3. aumentou a popularidade das Forças Armadas, contribuindo para a consolidação dos militares de inclinação socialista no poder a partir dos anos 1940.
  4. se fortaleceu a partir da descoberta, em 1935, de jazidas nas camadas mais profundas do Oceano Atlântico, na costa brasileira, conhecidas como pré-sal.
  5. foi derrotado pelos argumentos técnicos de seus opositores e, a partir de 1947, empresas estrangeiras obtiveram permissão para explorar o petróleo na costa brasileira.

20. (UNESP) A chamada crise do Encilhamento, no final do século XIX, foi provocada

  1. pela moratória brasileira da dívida contraída junto a casas bancárias alemãs e italianas.
  2. pela crise da Bolsa de Valores, que não resistiu ao surto especulativo do pós-Primeira Guerra Mundial.
  3. pelo fim da política de proteção à produção e exportação de café, que enfrentava forte concorrência colombiana.
  4. pela emissão descontrolada de papel-moeda, que provocou especulação financeira e alta inflacionária.
  5. pelo encarecimento dos bens de primeira necessidade, que eram majoritariamente importados dos Estados Unidos.

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