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Joaquim Nabuco

Lista de 10 exercícios de História com gabarito sobre o tema Joaquim Nabuco com questões de Vestibulares.


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01. (ENEM 2013) A escravidão não há de ser suprimida no Brasil por uma guerra servil, muito menos por insurreições ou atentados locais. Não deve sê-lo, tampouco, por uma guerra civil, como o foi nos Estados Unidos. Ela poderia desaparecer, talvez, depois de uma revolução, como aconteceu na França, sendo essa revolução obra exclusiva da população livre. É no Parlamento e não em fazendas ou quilombos do interior, nem nas ruas e praças das cidades, que se há de ganhar, ou perder, a causa da liberdade.

NABUCO, J. O abolicionismo [1883]. Rio de Janeiro: Nova Fronteira; São Paulo: Publifolha, 2000 (adaptado).

No texto, Joaquim Nabuco defende um projeto político sobre como deveria ocorrer o fim da escravidão no Brasil, no qual

  1. copiava o modelo haitiano de emancipação negra.
  2. incentivava a conquista de alforrias por meio de ações judiciais.
  3. optava pela via legalista de libertação.
  4. priorizava a negociação em torno das indenizações aos senhores.
  5. antecipava a libertação paternalista dos cativos.

02. (ENEM PPL 2012) TEXTO I

Já existe, em nosso país, uma consciência nacional que vai introduzindo o elemento da dignidade humana em nossa legislação, e para qual a escravidão é uma verdadeira mancha. Essa consciência resulta da mistura de duas correntes diversas: o arrependimento dos descendentes de senhores e a afinidade de sofrimento dos herdeiros de escravos.

NABUCO, J. O abolicionismo. Disponível em: www.dominiopublico.gov.br. Acesso em: 12 out. 2011 (adaptado).

TEXTO II

Joaquim Nabuco era bom de marketing. Como verdadeiro estrategista, soube trabalhar nos bastidores para impulsionar a campanha abolicionista, utilizando com maestria a imprensa de sua época. Criou repercussão internacional para a causa abolicionista, publicando em jornais estrangeiros lidos e respeitados pelas elites brasileiras. Com isso, a campanha ganhou vulto e a escravidão se tornou um constrangimento, uma vergonha nacional, caminhando assim para o seu fim.

COSTA e SILVA, P. Um abolicionista bom de marketing. Disponível em: www.revistadehistoria.com.br. Acesso em: 27 jan. 2012 (adaptado).

Segundo Joaquim Nabuco, a solução do problema escravista no Brasil ocorreria como resultado da:

  1. Evolução moral da sociedade.
  2. Vontade política do Imperador.
  3. Atuação isenta da Igreja Católica.
  4. Ineficácia econômica do trabalho escravo.
  5. Implantação nacional do movimento republicano.

03. (UNICAMP) “Ninguém é mais do que eu partidário de uma política exterior baseada na amizade íntima com os Estados Unidos. A Doutrina Monroe impõe aos Estados Unidos uma política externa que se começa a desenhar. (…) Em tais condições a nossa diplomacia deve ser principalmente feita em Washington (...). Para mim a Doutrina Monroe (...) significa que politicamente nós nos desprendemos da Europa tão completamente e definitivamente como a lua da terra.”

(Adaptado de Joaquim Nabuco, citado por José Maria de Oliveira Silva, “Manoel Bonfim e a ideologia do imperialismo na América Latina”, em Revista de História, n. 138. São Paulo, jul. 1988, p.88.)

Sobre o contexto ao qual o político e diplomata brasileiro Joaquim Nabuco se refere, é possível afirmar que:

  1. A Doutrina Monroe a que Nabuco se refere, estabelecida em 1823, tinha por base a ideia de “a América para os americanos”.
  2. Joaquim Nabuco, em sua atuação como embaixador, antecipou a política imperialista americana de tornar o Brasil o “quintal” dos Estados Unidos.
  3. Ao declarar que a América estava tão distante da Europa “como a lua da terra”, Nabuco reforçava a necessidade imediata de o Brasil romper suas relações diplomáticas com Portugal.
  4. O pensamento americano considerava legítimas as intenções norte-americanas na América Central, bem como o apoio às ditaduras na América do Sul, desde o século XIX.

04. (ENEM 2008) O abolicionista Joaquim Nabuco fez um resumo dos fatores que levaram à abolição da escravatura com as seguintes palavras: “Cinco ações ou concursos diferentes cooperaram para o resultado final: 1º-) o espírito daqueles que criavam a opinião pela idéia, pela palavra, pelo sentimento, e que a faziam valer por meio do Parlamento, dos meetings[reuniões públicas], da imprensa, do ensino superior, do púlpito, dos tribunais; 2º-) a ação coercitiva dos que se propunham a destruir materialmente o formidável aparelho da escravidão, arrebatando os escravos ao poder dos senhores; 3º-) a ação complementar dos próprios proprietários, que, à medida que o movimento se precipitava, iam libertando em massa as suas ‘fábricas’; 4º-) a ação política dos estadistas, representando as concessões do governo; 5º-) a ação da família imperial.”

Joaquim Nabuco. Minha formação. São Paulo: Martin Claret, 2005, p. 144 (com adaptações).

Nesse texto, Joaquim Nabuco afirma que a abolição da escravatura foi o resultado de uma luta

  1. de idéias, associada a ações contra a organização escravista, com o auxílio de proprietários que libertavam seus escravos, de estadistas e da ação da família imperial.
  2. de classes, associada a ações contra a organização escravista, que foi seguida pela ajuda de proprietários que substituíam os escravos por assalariados, o que provocou a adesão de estadistas e, posteriormente, ações republicanas.
  3. partidária, associada a ações contra a organização escravista, com o auxílio de proprietários que mudavam seu foco de investimento e da ação da família imperial.
  4. política, associada a ações contra a organização escravista, sabotada por proprietários que buscavam manter o escravismo, por estadistas e pela ação republicana contra a realeza.
  5. religiosa, associada a ações contra a organização escravista, que fora apoiada por proprietários que haviam substituído os seus escravos por imigrantes, o que resultou na adesão de estadistas republicanos na luta contra a realeza.

05. (Cesupa) No Brasil de 1883 foi publicado um dos mais importantes livros escritos sobre a questão escrava, intitulado O Abolicionismo. Esta obra, escrita por Joaquim Nabuco, tornou-se a marca de um movimento social importante no período final do Império.

Embora não fosse a única forma de pensar a extinção da escravidão no Brasil, a referida obra tornou-se um modelo fundamental da campanha abolicionista que pregava a extinção da escravidão por meio de um (a)

  1. lei chamada Áurea, decretada pela força da monarquia constitucional e através do poder moderador do rei, que deveria fazer este ato tanto por louvor à liberdade, quanto por questões religiosas e humanitárias.
  2. campanha nacional abolicionista que incluía tanto a conscientização dos senhores donos de escravos para um processo de abolição gradual da escravidão, quanto a pressão popular e escrava e sua luta contra os que não agissem como abolicionistas.
  3. série de leis parlamentares, em especial a do Ventre Livre, e de uma campanha que estimulasse senhores a libertarem seus escravos de maneira gradual e segura, sem a participação direta dos escravos.
  4. conjunto de leis anti escravistas (lei anti tráfico -1831), Lei do Ventre Livre (1883) e Lei dos Sexagenários (1885), que preparariam o escravo e seu senhor para uma lei maior (Áurea de 1888), feita pelo Parlamento e promulgada pela Imperatriz Izabel em um ato de filantropia e bondade régia.

06. (UNIPAM) Joaquim Nabuco foi diplomata, político, jornalista, orador, poeta e memorialista. Em sua obra clássica O Abolicionismo, afirma: “Para nós a raça negra é um elemento de considerável importância nacional, estreitamente ligada por infinitas relações orgânicas à nossa constituição, parte integrante do povo brasileiro. Por outro lado, a emancipação não significa tão somente o termo da injustiça de que o escravo é mártir, mas também a eliminação simultânea dos dois tipos contrários, e no fundo os mesmos: o escravo e o senhor.”

(NABUCO, Joaquim. O Abolicionismo. Recife: Massangana, 1988).

No que concerne à condição do negro na sociedade brasileira, é CORRETO afirmar:

  1. Logo após a Lei Áurea, o negro livre permaneceu à margem do universo cultural estabelecido por uma sociedade regida pelo branco e continuou sujeito ao preconceito e a novos mecanismos de controle social.
  2. Com a Lei Áurea, de 1888, ocorreu a abolição da escravatura e o governo imperial tomou medidas protetoras ao ex-escravo e ao proprietário.
  3. A Lei do Ventre Livre estabeleceu a liberdade aos escravos com mais de 60 anos e tinha um alcance insignificante diante das exigências cada vez mais radicais de abolição imediata da escravatura.
  4. A abolição da escravatura foi obra exclusiva dos abolicionistas, os quais criaram condições para a organização da Confederação Abolicionista (1883), que unificou o movimento no plano nacional e pressionou a Princesa Isabel a sancionar a Lei Áurea.

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