Guerra do Paraguai
Lista de 10 exercícios de História com gabarito sobre o tema Guerra do Paraguai com questões de Vestibulares.
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01. (UECE) A Guerra do Paraguai (1865-1870), o maior conflito bélico da América do Sul, começou com
- o ataque a navios da Grã-Bretanha no Rio da Prata.
- a quebra do acordo com a Tríplice Aliança.
- a ofensiva paraguaia contra o Brasil e a Argentina.
- o fechamento do comércio fluvial na região platina.
02. (UFRGS) Leia as seguintes afirmações a respeito da Guerra do Paraguai.
I - A presença de mulheres brasileiras no conflito, atuando no abastecimento, no tratamento aos feridos e, inclusive, nas frentes de batalha, foi significativa.
II - Um decreto imperial foi promulgado, garantindo liberdade aos escravizados que se alistassem e indenização aos seus proprietários.
III- O governo monárquico cumpriu integralmente o acordo de concessão de terras, empregos e pensões a todos os “Voluntários da Pátria” que retornaram do conflito.
Quais estão corretas?
- Apenas I.
- Apenas III.
- Apenas I e II.
- Apenas II e III.
- I, II e III.
03. (FGV-SP) A partir da década de 1970, ganhou espaço a interpretação de que o imperialismo inglês foi a causa da Guerra do Paraguai, deflagrada em dezembro de 1864. Segundo essa vertente, o trono britânico teria utilizado o Império do Brasil, a Argentina e o Uruguai para destruir um suposto modelo de desenvolvimento paraguaio, industrializante, autônomo, que não se submetia aos mandos e desmandos da potência de então. Estudos desenvolvidos a partir da década de 1980, porém, revelam um panorama bastante distinto.
(Francisco Doratioto. Paraguai: guerra maldita. Em: Luciano Figueiredo, História do Brasil para ocupados, 2013. Adaptado)
Os novos estudos sobre a Guerra do Paraguai
- questionam a superioridade militar da aliança entre Argentina, Brasil e Uruguai e consideram que a vitória dessas nações derivou mais de algumas circunstâncias favoráveis do que da competência bélica.
- apontam para o expansionismo territorial do Império do Brasil como o principal causador dessa guerra, como pode ser verificado por meio das pretensões brasileiras por territórios divisos com o Paraguai e a Argentina.
- atribuem a responsabilidade do conflito aos quatro países envolvidos, que estavam em um momento particular de suas histórias, porque se encontravam em meio aos processos de construção e consolidação dos Estados Nacionais.
- demonstram como a inabilidade diplomática das nações envolvidas provocou uma guerra prolongada e muito cara, que, em última instância, gerou forte dependência econômica da região durante o resto do século XIX.
- realçam a importância do Uruguai e da Argentina como provocadores desse conflito regional porque defendiam que a navegação do estuário do Prata fosse exclusividade dessas nações, trazendo imediato prejuízo à Inglaterra.
04. (UNESP) Art. 3o O governo paraguaio se reconhece obrigado à celebração do Tratado da Tríplice Aliança de 1o de maio de 1865, entendendo-se estabelecido desde já que a navegação do Alto Paraná e do Rio Paraguai nas águas territoriais da república deste nome fica franqueada aos navios de guerra e mercantes das nações aliadas, livres de todo e qualquer ônus, e sem que se possa impedir ou estorvar-se de nenhum modo a liberdade dessa navegação comum.
(“Acordo Preliminar de Paz Celebrado entre Brasil, Argentina e Uruguai com o Paraguai (20 junho 1870)”. In: Paulo Bonavides e Roberto Amaral (orgs.). Textos políticos da história do Brasil, 2002. Adaptado.)
O tratado de paz imposto pelos países vencedores da guerra contra o Paraguai deixa transparente um dos motivos da participação do Estado brasileiro no conflito:
- o domínio de jazidas de ouro e prata descobertas nas províncias centrais.
- o esforço em manter os acordos comerciais celebrados pelas metrópoles ibéricas.
- a garantia de livre trânsito nas vias de acesso a províncias do interior do país.
- o projeto governamental de proteger a nação com fronteiras naturais.
- o monopólio governamental do transporte de mercadorias a longa distância.
05. (UNESP) O fato de ser a única monarquia na América levou os governantes do Império a apontarem o Brasil como um solitário no continente, cercado de potenciais inimigos. Temia-se o surgimento de uma grande república liderada por Buenos Aires, que poderia vir a ser um centro de atração sobre o problemático Rio Grande do Sul e o isolado Mato Grosso. Para o Império, a melhor garantia de que a Argentina não se tornaria uma ameaça concreta estava no fato de Paraguai e Uruguai serem países independentes, com governos livres da influência argentina.
(Francisco Doratioto. A Guerra do Paraguai, 1991.)
Segundo o texto, uma das preocupações da política externa brasileira para a região do Rio da Prata, durante o Segundo Reinado, era
- estimular a participação militar da Argentina na Tríplice Aliança.
- limitar a influência argentina e preservar a divisão política na área.
- facilitar a penetração e a influência política britânicas na área.
- impedir a autonomia política e o desenvolvimento econômico do Paraguai.
- integrar a economia brasileira às economias paraguaia e uruguaia.
06. (FAMECA) O fato de ser a única monarquia na América levou os governantes do Império a apontarem o Brasil como um solitário no continente, cercado de potenciais inimigos. Temia-se o surgimento de uma grande república liderada por Buenos Aires, que poderia vir a ser um centro de atração sobre o problemático Rio Grande do Sul e o isolado Mato Grosso. Para o Império, a melhor garantia de que a Argentina não se tornaria uma ameaça concreta estava no fato de Paraguai e Uruguai serem países independentes, com governos livres da influência argentina. A existência desses Estados era, também, a segurança de que os rios platinos não seriam nacionalizados por Buenos Aires, o que ameaçaria sua livre navegação.
(Francisco Doratioto. A Guerra do Paraguai, 1991.)
O historiador argumenta que a política externa do Império brasileiro visava assegurar
- a hegemonia da Argentina e o fim da soberania econômica do Paraguai.
- a conquista de territórios estratégicos e a união entre Paraguai e Uruguai.
- o fortalecimento do republicanismo e a reconstituição do Vice-Reino do Prata.
- a livre navegação na bacia platina e a fragmentação política das repúblicas locais.
- o neutralismo no sul do continente e o aumento da influência econômica britânica.
07. (UEMG) “As denúncias de que o exército brasileiro ao lutar na guerra (1864-1870) era formado por escravos não são novas. Ao contrário, têm pelo menos cento e vinte anos. Seus primeiros autores foram os redatores dos jornais paraguaios da época que tratavam de menosprezar o exército brasileiro com base no duvidoso argumento de que, por ser formado por negros, deveria ser de qualidade inferior”.
TORAL, André Amaral de. A participação dos negros escravos na guerra do Paraguai. Estudos Avançados. v. 9, nº 24, São Paulo, May/ Aug. 1995 (Adaptado).
Sobre os negros como partícipes da Guerra do Paraguai, analise as assertivas e assinale a alternativa que aponta as corretas.
I. Os exércitos paraguaio, brasileiro e uruguaio tinham alguns batalhões formados exclusivamente por negros. Como exemplos, tem-se o Corpo dos Zuavos da Bahia e o batalhão uruguaio Florida.
II. Na época da Guerra do Paraguai, não existiam negros escravos ou ex-escravos no exército paraguaio. A escravidão havia sido abolida no Paraguai em 1842, por Carlos Lopes, pai de Francisco Solano López.
III. Na época da guerra (1864-1870), no Paraguai, o negro brasileiro era representado como inimigo. O exército brasileiro era o exército macacuno e seus líderes, segundo a propaganda lopizta, eram macacos que pretendiam escravizar o povo paraguaio, conduzindo-os da liberdade à escravidão.
IV. Havia negros no exército brasileiro na Guerra do Paraguai, mas eles já tinham sido libertos.
- Apenas I e III.
- Apenas II e IV.
- Apenas I e IV.
- Apenas I, II e III.
08. (Mackenzie) A maior das guerras que a América Latina conheceu no século XIX foi a Guerra do Paraguai (1864-1870). Em 1865, os governos do Brasil, Argentina e Uruguai criaram a Tríplice Aliança contra o governo do presidente paraguaio Solano López. Sobre esse conflito considere as afirmativas dadas.
I. A questão fundamental era a liberalização da bacia do Rio da Prata para o comércio internacional, o que beneficiaria especialmente aos interesses ingleses na região.
II. A expansão da economia paraguaia exigia que o país pudesse exercer controle sobre a navegação dos rios platinos. Com uma indústria florescente, o Paraguai necessitava escoar suas mercadorias através do estuário do Prata.
III. Os países integrantes da Tríplice Aliança foram financiados pelo capital inglês e, portanto, não tiveram suas economias prejudicadas pelo confronto armado.
Assinale
- se somente a afirmativa I estiver correta.
- se somente a afirmativa II estiver correta.
- se somente a afirmativa III estiver correta.
- se somente as afirmativas I e II estiverem corretas.
- se somente as afirmativas II e III estiverem corretas.
09. (UFU) Para os historiadores das décadas de 1960 e 1970, o Brasil e a Argentina teriam sido manipulados por interesses da Grã-Betanha, maior potência capitalista da época, para aniquilar o desenvolvimento autônomo paraguaio, abrindo um novo mercado consumidor para os produtos britânicos. A guerra era uma das opções possíveis, que acabou por se concretizar, uma vez que interessava a todos os envolvidos. Seus governantes, tendo por base informações parciais ou falsas do contexto platino e do inimigo em potencial, anteviram um conflito rápido, no qual seus objetivos seriam alcançados com o menor custo possível. Aqui não há "bandidos" ou "mocinhos", mas interesses.
DORATIOTTO, Francisco. Maldita guerra. São Paulo: Companhia das Letras, 2000, p. 87-96. (Adaptado).
A Guerra do Paraguai foi o maior conflito militar no qual o Brasil se envolveu em sua história. Nas novas interpretações dos historiadores para a guerra,
- tem sido destacada a natureza democrática do governo de Solano López, bem como a crescente industrialização do Paraguai.
- tem sido enfatizada a importância do conflito para o fortalecimento do regime monárquico brasileiro.
- tem sido valorizada a dinâmica geopolítica interna do continente sul-americano, em oposição às teorias da responsabilidade externa pela guerra.
- têm sido destacados os interesses expansionistas brasileiros como a principal causa da guerra.
10. (UECE) Pode-se afirmar corretamente que a Guerra do Paraguai representou para o Brasil
I - A Colônia de Sacramento passou para a Espanha, e os Setes Povos das Missões passaram para Portugal, consagrando o princípio do uti possidetis.
II - A expulsão dos jesuítas foi fator importante para a eclosão da chamada guerra guaranítica (1752-1756), reduzindo os efeitos do Tratado.
III - As Missões retornaram para a Província do Paraguai.
Quais estão corretas?
- a afirmação do exército brasileiro como um personagem importante junto à sociedade brasileira.
- a concretização da emancipação política dos escravos nascidos no Brasil.
- o incentivo à adoção de um regime republicano constitucional no País.
- a solução de uma profunda crise financeira pela qual passava o Brasil.