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Noite das Garrafadas

Lista de 03 exercícios de História com gabarito sobre o tema Noite das Garrafadas com questões de Vestibulares.


Você pode conferir as videoaulas, conteúdo de teoria, e mais questões sobre o tema Noite das Garrafadas.




01. (ENEM 2012) Após o retorno de uma viagem a Minas Gerais, onde Pedro I fora recebido com grande frieza, seus partidários prepararam uma série de manifestações a favor do imperador no Rio de Janeiro, armando fogueiras e luminárias na cidade. Contudo, na noite de 11 de março, tiveram início os conflitos que ficaram conhecidos como a Noite das Garrafadas, durante os quais os “brasileiros” apagavam as fogueiras “portuguesas” e atacavam as casas iluminadas, sendo respondidos com cacos de garrafas jogadas das janelas.

VAINFAS, R. (Org.). Dicionário do Brasil Imperial. Rio de Janeiro: Objetiva, 2008 (adaptado).

Os anos finais do I Reinado (1822-1831) se caracterizaram pelo aumento da tensão política. Nesse sentido, a análise dos episódios descritos em Minas Gerais e no Rio de Janeiro revela

  1. estímulos ao racismo.
  2. apoio ao xenofobismo.
  3. críticas ao federalismo.
  4. repúdio ao republicanismo.
  5. questionamentos ao autoritarismo.

02. (UEFS) O Imperador abdicou!

Aquele grito movimentou a multidão, que fluiu e refluiu como uma enorme onda. Sobre ela viajou a notícia: “Abdicou! Abdicou!”

E a massa popular espalhou-se pela cidade. Embriagados de alegria, saíram pelas ruas, sem freios, em busca dos portugueses, dos “colunas”, para castigá-los. O quarteirão português foi invadido, assaltado, esbordoado. Com taponas, murros, cacetadas, “os cabras” se vingaram dos “pés-de-chumbo”, desforrando-se da Noite das Garrafadas. Foram à desforra no Rio de Janeiro, nas Províncias, no Brasil inteiro.

(TAVARES, 1986, p. 26).

A alegria popular, referida no texto com a notícia da abdicação de Pedro I, em abril de 1831, expressava

  1. a derrota da nobreza brasileira pelas massas populares de orientação anarquista.
  2. o poder político da Igreja, cuja oposição aos escândalos da vida pessoal de D. Pedro I sublevara o povo contra o Imperador.
  3. a aliança política entre os grandes proprietários para derrubar o Imperador, temerosos da abolição da escravatura.
  4. a vitória do partido brasileiro de orientação liberal contra o autoritarismo absolutista do Imperador, apoiado pelo partido português.
  5. a repulsa aos acordos do governo com a Inglaterra que visavam estabelecer a liberdade religiosa para os cultos protestantes no Brasil.

03. (Mackenzie)

“A cena de uma rua é, a um só tempo, a mesma de todo o quarteirão. Os pés de chumbo (portugueses) deixam que a cabralhada (brasileiros) se aproxime o mais possível. E inesperadamente, de todas as portas, chovem garrafas inteiras e aos pedaços sobre os invasores. O sangue espirra, testas, cabeças, canelas... Gritos, gemidos, uivos, guinchos.

É inverossímil.

E a raça toda, de cacete em punho, vai malhando... E os corpos a cair ensanguentados sobre os cacos navalhantes das garrafas. ”

(Correia, V.,1933, p.42)

O episódio, descrito acima, relata o enfrentamento entre portugueses e brasileiros, em 13/03/1831, no Rio de Janeiro, conhecido como Noite das Garrafadas. Essa manifestação assemelhava-se às lutas liberais travadas na Europa, após as decisões tomadas pelo Congresso de Viena.

A respeito dessa insatisfação popular, presente tanto na Europa, após 1815, quanto nos conflitos nacionais, durante o I Reinado, é correto afirmar que

  1. D. Pedro II adota a mesma política praticada por monarcas europeus; quando, ao outorgar uma carta constitucional, contrariou os interesses, tanto da classe oligárquica, fiel ao trono, quanto das classes populares, as quais permaneceram sem direito ao voto.
  2. o governo brasileiro também se utilizou de empréstimos junto à Inglaterra, aumentando a dívida externa e fortalecendo a economia inglesa, a fim de sanar o déficit orçamentário e suprir os gastos militares em campanhas contra os levantes populares.
  3. D. Pedro I, buscando recuperar sua popularidade, iniciou uma série de visitas às províncias revoltosas do país, adotando a mesma estratégia diplomática que alguns regentes europeus, nessa época, praticaram, sem contudo, lograrem nenhum sucesso político.
  4. as guerras travadas contra o exército napoleônico, na Europa, e o envolvimento do Brasil, na Guerra da Cisplatina, provocaram, em ambos os casos, a enorme insatisfação popular e revolta, diante do elevado número de combatentes mortos.
  5. a retomada de políticas absolutistas, como o estabelecimento do Poder Moderador, no Brasil, dando plenos poderes a D. Pedro I e, na Europa, a dura repressão contra as ideias liberais, deflagradas pela Revolução Francesa, ocasionaram uma enorme insatisfação popular.

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