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Impérios ou Reinos Africanos

Lista de 32 exercícios de História com gabarito sobre o tema Impérios ou Reinos Africanos com questões de Vestibulares.

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A

01. (UFRGS) Assinale a alternativa correta sobre a história das diferentes sociedades africanas até o século XVI.

  1. O império Songhai, situado às margens do rio Níger, teve em sua capital Gao um importante polo mercantil que reunia mercadores oriundos da Líbia, do Egito e do Magreb.
  2. As sociedades da África equatorial, em função das condições geográficas e climáticas pouco propícias, eram formadas predominantemente por pastores de animais de pequeno porte, sendo praticamente inexistente na região o cultivo de produtos agrícolas.
  3. As sociedades de origem Bantu, localizadas na região da África meridional entre os séculos XII e XV, eram predominantemente nômades e coletoras, não organizadas em aldeias e com escasso desenvolvimento tecnológico.
  4. A África, marcada pela intensa difusão do cristianismo durante as Cruzadas, contou, entre os século XI e XV, com reduzida presença de elementos islâmicos na definição das variadas culturas existentes no continente.
  5. O estabelecimento da colônia portuguesa em Moçambique, no século XVI, definiu o início das rotas comerciais ligando a região oriental do continente africano, entre Madagascar e o Chifre da África, com a Europa e a Ásia.
D

02. (FGV-SP) “Em muitos reinos sudaneses, sobretudo entre os reis e as elites, o islamismo foi bem recebido e conseguiu vários adeptos, tendo chegado à região da savana africana, provavelmente, antes do século XI, trazido pela família árabe-berbere dos Kunta. (...) O islamismo possuía alguns preceitos atraentes e aceitáveis pelas concepções religiosas africanas, (...) associava as histórias sagradas às genealogias, acreditava na revelação divina, na existência de um criador e no destino. (...) O escritor árabe Ibn Batuta relatou, no século XIV, que o rei do Mali, numa manhã, comemorou a data islâmica do fim do Ramadã e, à tarde, presenciou um ritual da religião tradicional realizado por trovadores com máscaras de aves.”

(Regiane Augusto de Mattos, História e cultura afro-brasileira. 2011)

  1. a penetração do islamismo nas regiões subsaarianas mostrou-se superficial porque atingiu poucos setores sociais, especialmente aqueles voltados aos negócios comerciais, além de sofrer forte concorrência do cristianismo.
  2. a presença do islamismo no continente africano de ri - vou da impossibilidade dos árabes em ocupar regiões na Península Ibérica, o que os levou à invasão de territórios subsaarianos, onde ocorreu violenta imposição religiosa.
  3. o desprezo das sociedades africanas pela tradição árabe gerou transações comerciais marcadas pela desconfiança recíproca, desprezo mudado, posteriormente, com o abandono das religiões primitivas da África e com a hegemonia do islamismo.
  4. o comércio transaariano foi uma das portas de entrada do islamismo na África, e essa religião, em algumas regiões do continente, ou incorporou-se às religiões tradicionais ou facilitou uma convivência relativamente harmônica.
  5. as correntes islâmicas mais moderadas, caso dos sunitas, influenciaram as principais lideranças da África ocidental, possibilitando a formação de novas denominações religiosas, não islâmicas, desligadas das tradições tribais locais.
E

Reino de Gana

03. (Mackenzie) Leia os textos a seguir:

“De Tarkala à cidade de Gana, gastam-se três meses de marcha um deserto árido. No país de Gana, o ouro nasce como plantas na areia, do mesmo modo que as cenouras. É colhido ao nascer do sol”.

Ibn al-Fakih. Citado em: Alberto da Costa e Silva. Imagens da África: da Antiguidade ao século XIX. São Paulo: Companhia das Letras, 2012, p.32 “[Gana] é a terra do ouro.

(...) Toda a gente do Magreb sabe, e ninguém disto discrepa, que o rei de Gana possui em seu palácio um bloco de ouro pesando 30 arratéis (cerca de 14 kg). Esse bloco de ouro foi criado por Deus, sem ter sido fundido ao fogo ou trabalhado por instrumento. Foi, porém, furado de um lado ao outro, a fim de que nele pudesse ser amarrado o cavalo do rei. É algo curioso que não se encontra em nenhum outro lugar do mundo e que ninguém possui a não ser o rei, que disso se vangloria diante de todos os soberanos do Sudão”. Al-Idrisi.

Citado em: Alberto da Costa e Silva. Imagens da África: da Antiguidade ao século XIX. São Paulo: Companhia das Letras, 2012, p.37

Os textos foram escritos por viajantes árabes ao observarem aspectos sobre o Reino de Gana, na África, durante a Idade Média europeia. Pela análise dos excertos, é correto afirmar que tal Reino

  1. causava espanto e admiração, tanto pelo desenvolvimento econômico como pelo poder teocrático politeísta de governante.
  2. causava estranhamento em seus visitantes, tanto pela quantidade exagerada de metais preciosos disponíveis como pelo poder autoritário do governante.
  3. provocava perplexidade nos viajantes, pois não compreendiam seu desenvolvimento em meio a um continente marcado pela inexistência de civilizações.
  4. desenvolveu-se sustentado pela riqueza do ouro e pela crença monoteísta, fator que o desqualificava perante os viajantes que ali passavam.
  5. impressionava seus visitantes, tanto pela opulência trazida pelo ouro como pela sua complexa organização política e social.
C

04. (FGV-SP) Leia o texto. Após os primeiros contatos particularmente violentos com a África negra, os portugueses viram-se obrigados a mudar de política, diante da firme resistência das populações costeiras. Assim, empenharam-se, principalmente, em ganhar a confiança dos soberanos locais. Os reis de Portugal enviaram numerosas missões diplomáticas a seus homólogos da África ocidental. Assim, entre 1481 e 1495, D. João II de Portugal enviou embaixadas ao rei do Futa, ao koi de Tombuctu e ao mansa do Mali.

Duas missões diplomáticas foram enviadas ao Mali, mostrando a importância que o soberano português atribuía a esse país. A primeira partiu pelo Gâmbia, a segunda partiu do forte de Elmina. O mansa que as recebeu, Mahmūd, era filho do mansa Ule (Wule) e neto do mansa Mūsā. (...).

[Madina Ly-Tall, O declínio do Império do Mali. In Djibril Tamsir (editor), História geral da África, IV: África do século XII ao XVI]

No contexto apresentado, o Império português mudou a sua estratégia política, pois

  1. encontrou um povo que desconhecia o uso da moeda na prática comercial.
  2. descobriu tribos que não passaram pelas etapas do desenvolvimento histórico, como o feudalismo.
  3. reconheceu a presença de um Estado marcado por sólidas estruturas políticas.
  4. identificou a tendência africana em refutar todas as influências externas ao continente.
  5. percebeu na África, em geral, a produção voltada apenas para as trocas ritualísticas
E

Império do Mali

05. (ENEM 2017) No império africano do Mali, no século XIV, Tombuctu foi centro de um comércio internacional onde tudo era negociado – sal, escravos, marfim etc. Havia também um grande comércio de livros de história, medicina, astronomia e matemática, além de grande concentração de estudantes. A importância cultural de Tombuctu pode ser percebida por meio de um velho provérbio: “O sal vem do norte, o ouro vem do sul, mas as palavras de Deus e os tesouros da sabedoria vêm de Tombuctu”.

ASSUMPÇÃO, J. E. África: uma história a ser reescrita. In: MACEDO, J. R. (Org.). Desvendando a história da África. Porto Alegre: UFRGS. 2008 (adaptado).

Uma explicação para o dinamismo dessa cidade e sua importância histórica no período mencionado era o(a)

  1. isolamento geográfico do Saara ocidental.
  2. exploração intensiva de recursos naturais.
  3. posição relativa nas redes de circulação.
  4. tráfico transatlântico de mão de obra servil.
  5. competição econômica dos reinos da região.
E

Império do Mali

06. (PUC-Rio) O documento acima é uma página do Atlas Catalão, produzido por volta de 1375, com autoria atribuída ao cartógrafo de Maiorca (Espanha) Abraão Cresques. O Atlas traz informações sobre aspectos geográficos, mercadorias e populações do continente africano. No detalhe, o cartógrafo deu destaque ao rei do Mali, conhecido como mansa Mussa (à direita), ao retratá-lo segurando uma pepita de ouro, seguido pelo desenho da importante cidade de Tombuctu.

Tendo como referência a imagem acima e os conhecimentos produzidos pelos estudos históricos, analise as afirmativas seguintes com relação à história do reino africano do Mali e assinale a afirmativa INCORRETA:

  1. O Mali, um dos reinos mais importantes da África, entre os séculos XIII e XV, se localizava em uma região de intensa circulação de saberes e pessoas.
  2. A origem do reino do Mali está nos povos de língua mandê, e o seu representante político era denominado mansa.
  3. O reino do Mali abarcava Tombuctu, uma cidade economicamente importante por ser um ponto de encontro das caravanas comerciais transaarianas, que traziam diversas mercadorias, como sal, noz de cola, ouro, especiarias e tecidos.
  4. Mansa Mussa era bastante conhecido em todo o mundo árabe e até mesmo no europeu, provavelmente por ter viajado por várias cidades importantes, quando da sua peregrinação à Meca, e por ter expandido o islamismo com a introdução de sábios muçulmanos nas escolas do Mali.
  5. Devido a sua localização geográfica muito próxima ao deserto do Saara, o Mali esteve em situação de isolamento, sem ser influenciado por culturas estrangeiras.
E

Império do Mali

07. (UFSM) Na parte ocidental do Sahel africano, o Reino do Mali desenvolveu-se entre os séculos XIII e XVI, período em que impôs sua hegemonia sobre a bacia do rio Níger. Nas margens desse rio, as cidades de Gao, Djenne e Tombuctu tornaram-se importantes centros mercantis e políticos do Reino. Um desses centros, Tombuctu, tornou-se um dos principais polos de cultura do continente africano graças às vastas bibliotecas e ao importante comércio de livros. Por essas características, acidade transformou-se no ponto de encontro de poetas, intelectuais e artistas da e do Oriente Médio. Mesmo após o declínio do Mali, Tombuctu permaneceu um dos principais centros culturais da África Subsaariana.

Fonte: BRAICK, P. R.; MOTA, M. B. História: das cavernas ao terceiro milênio. 2.ed. São Paulo: Moderna, 2010, v.2, p. 28. (adaptado)

Entre os fatores que possibilitaram a pujança desse centro econômico e cultural, pode-se destacar

  1. o incremento do comércio de escravos negros para a Ásia, Europa e América.
  2. a exploração de ricas jazidas de ouro, prata e pedras preciosas.
  3. o impulso ao desenvolvimento cultural estimulado pelos missionários cristãos.
  4. a hegemonia política decorrente da posse de armas de fogo adquiridas dos europeus.
  5. e o estreitamento dos vínculos culturais com os diversos centros do mundo muçulmano.
E

Império de Kush

08. (FGV-SP) Após um longo período de dominação egípcia, os kushitas reorganizaram seus domínios a partir do século IX e estabeleceram Napata como a capital do seu império.

Analise o mapa abaixo com atenção e assinale a alternativa correta:

  1. O império de Kush estabeleceu-se ao sul do Egito e caracterizou-se pela economia de subsistência.
  2. O Império de Kush estendeu seus domínios em direção ao deserto do Saara e controlou diversas rotas saarianas.
  3. Apesar da expansão kushita, o império não desenvolveu núcleos urbanos ou uma base administrativa.
  4. Os persas conquistaram todos os domínios kushitas no século VII a.C.
  5. O império de Kush conseguiu estender seus domínios até o norte do Egito nos séculos VIII e VII a.C.
B

Império de Kush

09. (UECE) O Reino de Kush foi o berço onde se desenvolveram importantes civilizações e culturas. Teve um papel determinante como elo cultural entre diferentes povos do Mediterrâneo e aqueles da África subsaariana. Dentre suas características destaca-se o modo como o rei era eleito e o papel da mulher na política. Assinale a afirmação verdadeira.

  1. O Reino de Kush foi o lendário rival da antiga Núbia africana.
  2. A história de Kush está estreitamente ligada à história do Egito.
  3. O Reino de Kush não consta nos relatos de Heródoto sobre a África.
  4. A economia cuxita foi precária devido à pobreza do solo e à escassez de água.
B

Reino de Axum

10. (UFU) Além do Egito faraônico, outras civilizações desenvolveram-se no continente africano, e constituíram-se algumas delas já no início da era cristã, como grandes centros comerciais e culturais. Dentre os mais importantes impérios e reinos africanos pré-coloniais, destaca-se:

I. O império Cuxe, que se desenvolveu inicialmente na região que ficou conhecida como Núbia. A partir de cerca de 730 a.C., esse império acabou por controlar praticamente todo o território do Egito. Os imperadores cuxitas passaram a residir no Egito, ficando conhecidos como “faraós negros”.

II. O reino de Axum, que se desenvolveu no leste da África. Sua economia baseava-se na agropecuária bem como na atividade comercial, devido à sua proximidade com o Mar Vermelho. Seu poder foi aumentado graças às suas diversas alianças comerciais, inclusive com o Império Romano, e se expandiu até a região sul da Península Arábica.

III. A Civilização Harappiana, que, dentre suas principais atividades econômicas estavam a produção e o comércio de produtos artesanais feitos de cerâmica, de marfim e de tecidos de algodão. Redes de trocas comerciais foram estabelecidas desde o Golfo Pérsico até a Ásia central e a Mesopotâmia.

IV. O Império Benin, que se tornou-se um grande reino por volta do século XV devido, sobretudo, ao comércio com reinos do norte da África. Possuía um gosto incomum pelo uso do cobre, presente em suas principais manifestações artísticas. O império chegou ao fim com a divisão do seu território pelos britânicos.

Assinale a alternativa que apresenta a(s) afirmativa(s) correta(s).

  1. Apenas II e III.
  2. Apenas I, II e IV.
  3. Apenas I e III.
  4. Apenas IV.
A

Reino de Axum

11. (FMJ) A igreja axumita (e, depois, a igreja etíope) formou-se como uma igreja separada, considerada cismática pelas autoridades religiosas de Roma e de Bizâncio. Ela adotou para si o calendário e o rito litúrgico copta, retirado do modelo praticado pelo clero de Alexandria, mas o adaptou às condições locais e a certos elementos da tradição judaica do Velho Testamento. Alguns costumes, como as danças e os tambores, os sacrifícios de cabras e, nos primeiros tempos, a admissão da poligamia, sugerem a persistência de traços da organização social e das religiões africanas tradicionais. Por outro lado, a distinção entre o consumo de carne pura e impura, a proibição das mulheres entrarem nos templos no dia seguinte ao que tiveram relações sexuais e a observação do sábado e não do domingo como dia consagrado sugerem heranças dos costumes judaicos.

(José R. Macedo. História da África, 2015.)

A versão do cristianismo descrita no texto

  1. funde diferentes tradições religiosas, adaptando-as a características culturais africanas.
  2. resulta do chamado Cisma do Oriente, misturando princípios da Igreja católica e da Igreja ortodoxa oriental.
  3. resgata elementos do paganismo romano, associando-o a rituais religiosos africanos.
  4. nega, de certa forma, o monoteísmo, conservando práticas politeístas das religiões africanas.
  5. assume as diretrizes do cristianismo primitivo, rompendo com dogmas da Igreja católica.
E

Religião na África, Reino de Axum

12. (FGV-SP) O cristianismo foi difundido nos territórios da Núbia, a partir do século IV, por meio da língua copta, que passou a ser língua-matriz religiosa de um cristianismo africano, que diferia da versão oficial romana, e depois da versão bizantina. Essa versão do cristianismo que se afirmou ao longo dos séculos num processo intricado de amálgamas entre a doutrina monofisita e os costumes das religiões tradicionais da África negra.

A igreja axumita (e, depois, a igreja etíope) adotou para si o calendário e o rito litúrgico copta, retirado do modelo praticado pelo clero de Alexandria. Havia costumes, como as danças e os tambores, os sacrifícios de cabras e, nos primeiros tempos, a admissão da poligamia. Além disso, havia a distinção entre o consumo de carne pura e impura, a proibição das mulheres de entrarem nos templos no dia seguinte ao que tiveram relações sexuais e a observação do sábado e não do domingo como dia consagrado.

(José Rivair Macedo. História da África, 2013. Adaptado)

Nessa versão do cristianismo, há

  1. uma simpatia pelas práticas religiosas externas e restrições à religiosidade tradicional da África.
  2. uma aversão à religiosidade monoteísta de origem oriental, especialmente ao islamismo.
  3. a influência do cristianismo primitivo associado ao paganismo do Norte da Europa, que marcava os principais rituais.
  4. uma certa antecipação das práticas cristãs presentes nas religiões pós-Reforma, como a ligação direta entre Deus e o fiel.
  5. um complexo processo de mistura e ressignificação de uma série de tradições religiosas, caso das africanas e do judaísmo.
B

Religião na África

13. (UNICAMP) A longa presença de povos árabes no norte da África, mesmo antes de Maomé, possibilitou uma interação cultural, um conhecimento das línguas e costumes, o que facilitou posteriormente a expansão do islamismo. Por outro lado, deve-se considerar a superioridade bélica de alguns povos africanos, como os sudaneses, que efetivaram a conversão e a conquista de vários grupos na região da Núbia, promovendo uma expansão do Islã que não se apoia na presença árabe.

(Adaptado de Luiz Arnaut e Ana Mônica Lopes, História da África: uma introdução. Belo Horizonte: Crisálida, 2005, p. 29-30.)

Sobre a presença islâmica na África é correto afirmar que:

  1. O princípio religioso do esforço de conversão, a jihad, foi marcado pela violência no norte da África e pela aceitação do islamismo em todo o continente africano.
  2. Os processos de interação cultural entre árabes e africanos, como os propiciados pelas relações comerciais, são anteriores ao surgimento do islamismo.
  3. A expansão do islamismo na África ocorreu pela ação dos árabes, suprimindo as crenças religiosas tradicionais do continente.
  4. O islamismo é a principal religião dos povos africanos e sua expansão ocorreu durante a corrida imperialista do século XIX.
A

14. (UnB) [1] T’Challa é um rei-guerreiro da nação africana fictícia

de Wakanda. O herói de rosto africano é a estrela do filme

Pantera Negra, a primeira grande produção cinematográfica

[4] derivada dos quadrinhos da Marvel a trazer um protagonista e

um elenco principal negros para o centro da tela. Subvertendo

os estereótipos que frequentemente cercam o continente

[7] africano, Wakanda nunca foi colonizada. É extremamente

desenvolvida, dona de uma secreta tecnologia avançada cuja

estética se apoia no afrofuturismo.

Tory Oliveira Pantera Negra e o racismo no universo nerd In Carta Capital, 11/2/2018 Internet (com adaptações)

A respeito dos sentidos e das estruturas linguísticas desse fragmento de texto e dos múltiplos aspectos a ele relacionados, julgue o item.

A história africana é marcada pela existência de importantes Estados, impérios e civilizações detentoras de grande diversidade de estruturas societárias e culturais, tais como o Egito faraônico e os reinos de Kush, Gana, Mali, Songhai e Kongo.

  1. Certo
  2. Errado
C

Império do Mali

15. (ACAFE) “O antigo Mali foi criado por diversos povos aparentados que viviam na região situada entre o rio Senegal e o rio Níger. Os mais importantes deles eram conhecidos como mandingas (ou malinquês, ou manden). [...] Sundjata Keita (1230-1255) estendeu a influência do Mali às unidades políticas menores da vizinhança, lançando as bases de um Estado unificado que se manteria hegemônico até a metade do século XV.”

(MACEDO, José Rivair. História da África. São Paulo: Contexto, 2015. p.55)

Considerando o contexto abordado, no excerto, e os conhecimentos relacionados ao tema, assinale a alternativa CORRETA.

  1. Grande parte do que se conhece da história do Mali chegou até nossos dias graças aos sábios e viajantes europeus, que circulavam pela região, registrando por escrito suas observações, além de terem recuperado antigos escritos na cidade de Timbuktu, datados do século X.
  2. Sundjata Keita se converteu ao cristianismo para ampliar sua participação no comércio aurífero com os europeus e, ignorando os costumes e as tradições de seu povo, obrigou que todos aderissem à religião monoteísta cristã.
  3. As conquistas territoriais do Mali foram favorecidas pelo processo de islamização pelo qual esse reino passou a partir do século XIII, além de sua significativa participação nas rotas comerciais transaarianas.
  4. Mesmo sendo um importante reino, o fato de o Mali se localizar, geograficamente, próximo ao deserto do Saara impossibilitou sua relação com outros povos e limitou sua participação no comércio da África Ocidental.
D

Império do Mali

16. (UECE) Escreva V ou F conforme seja verdadeiro ou falso o que se afirma a seguir sobre o Mali:

( ) Há abundante documentação escrita sobre o Império Mali.

( ) Há poucos vestígios arqueológicos da civilização Mali.

( ) Os relatos do viajante Ibn Battuta registram o Império Mali.

( ) Os griots são fontes orais e ajudam a conhecer melhor a história Mali.

A sequência correta, de cima para baixo, é:

  1. V, F, F, V.
  2. V, F, V, F.
  3. F, V, F, F.
  4. F, V, V, V.
C

Império do Mali

17. (FGV-SP) Leia o texto.

Após os primeiros contatos particularmente violentos com a África negra, os portugueses viram-se obrigados a mudar de política, diante da firme resistência das populações costeiras. Assim, empenharam-se, principalmente, em ganhar a confiança dos soberanos locais. Os reis de Portugal enviaram numerosas missões diplomáticas a seus homólogos da África ocidental. Assim, entre 1481 e 1495, D. João II de Portugal enviou embaixadas ao rei do Futa, ao koi de Tombuctu e ao mansa do Mali.

Duas missões diplomáticas foram enviadas ao Mali, mostrando a importância que o soberano português atribuía a esse país. A primeira partiu pelo Gâmbia, a segunda partiu do forte de Elmina. O mansa que as recebeu, Mahmūd, era filho do mansa Ule (Wule) e neto do mansa Mūsā. (...).

[Madina Ly-Tall, O declínio do Império do Mali. In Djibril Tamsir (editor), História geral da África, IV: África do século XII ao XVI]

No contexto apresentado, o Império português mudou a sua estratégia política, pois

  1. encontrou um povo que desconhecia o uso da moeda na prática comercial.
  2. descobriu tribos que não passaram pelas etapas do desenvolvimento histórico, como o feudalismo.
  3. reconheceu a presença de um Estado marcado por sólidas estruturas políticas.
  4. identificou a tendência africana em refutar todas as influências externas ao continente.
  5. percebeu na África, em geral, a produção voltada apenas para as trocas ritualísticas.
E

Império do Gana

18. (Mackenzie) Leia os textos a seguir:

“De Tarkala à cidade de Gana, gastam-se três meses de marcha um deserto árido. No país de Gana, o ouro nasce como plantas na areia, do mesmo modo que as cenouras. É colhido ao nascer do sol”.

Ibn al-Fakih. Citado em: Alberto da Costa e Silva. Imagens da África: da Antiguidade ao século XIX. São Paulo: Companhia das Letras, 2012, p.32

“[Gana] é a terra do ouro. (...) Toda a gente do Magreb sabe, e ninguém disto discrepa, que o rei de Gana possui em seu palácio um bloco de ouro pesando 30 arratéis (cerca de 14 kg). Esse bloco de ouro foi criado por Deus, sem ter sido fundido ao fogo ou trabalhado por instrumento. Foi, porém, furado de um lado ao outro, a fim de que nele pudesse ser amarrado o cavalo do rei. É algo curioso que não se encontra em nenhum outro lugar do mundo e que ninguém possui a não ser o rei, que disso se vangloria diante de todos os soberanos do Sudão”.

Al-Idrisi. Citado em: Alberto da Costa e Silva. Imagens da África: da Antiguidade ao século XIX. São Paulo: Companhia das Letras, 2012, p.37

Os textos foram escritos por viajantes árabes ao observarem aspectos sobre o Reino de Gana, na África, durante a Idade Média europeia. Pela análise dos excertos, é correto afirmar que tal Reino

  1. causava espanto e admiração, tanto pelo desenvolvimento econômico como pelo poder teocrático politeísta de governante.
  2. causava estranhamento em seus visitantes, tanto pela quantidade exagerada de metais preciosos disponíveis como pelo poder autoritário do governante.
  3. provocava perplexidade nos viajantes, pois não compreendiam seu desenvolvimento em meio a um continente marcado pela inexistência de civilizações.
  4. desenvolveu-se sustentado pela riqueza do ouro e pela crença monoteísta, fator que o desqualificava perante os viajantes que ali passavam.
  5. impressionava seus visitantes, tanto pela opulência trazida pelo ouro como pela sua complexa organização política e social.
B

19. (UEA - SIS) Os diários, as memórias e as crônicas de viagens escritas por marinheiros, comerciantes, militares, missionários e exploradores seriam as principais fontes de conhecimento e representação da África dos séculos XV ao XVIII.

Essas representações associavam o continente africano à barbárie e à devassidão num movimento de contraposição às sociedades europeias. Nem mesmo o confronto com formações políticas hegemônicas como Reino do Kongo e Etiópia ou o contato com outros padrões urbanísticos, estéticos e cosmológicos, puderam alterar de forma efetiva o imaginário europeu acerca do continente.

(Regina Claro. Olhar a África, 2012. Adaptado.)

As representações a respeito dos africanos, citadas no texto,

  1. criaram modalidades distintas de escravidão para africanos oriundos de pequenas comunidades e de sociedades constituídas em Estados.
  2. foram fundamentais para a legitimação da conquista europeia e da escravização dos povos da África.
  3. restringiram a utilização do trabalho escravo africano às lavouras monocultoras e à mineração na América.
  4. contribuíram para a formulação do pan-africanismo e para a libertação política das colônias africanas no final do século XVIII.
  5. orientaram as ações dos jesuítas no sentido de condenar a escravidão dos africanos e defender a sua catequização.
A

Imperio do Congo

20. (URCA) No século XV, na margem meridional do baixo rio Congo, existiu um reino denominado Reino do Congo. A capital do reino, Banza Congo (Mbanza), situava-se na confluência de várias rotas comerciais. Sobre a organização política do Reino do Congo:

I. O mani Congo (rei) comandava o reino com a ajuda dos líderes regionais, das aldeias, os quais prestavam auxílio militar.

II. As aldeias (lubatas) e cidades (banzas) pagavam tributos ao mani Congo - alimentos, tecidos, sal, dentre outros produtos.

III. Os limites do reino eram traçados pelos conjuntos de aldeias, que deviam fidelidade ao rei e ao mesmo tempo recebiam a proteção do poder central.

Marque a alternativa correta:

  1. Todas as afirmações estão corretas: I, II e III.
  2. Estão corretas as afirmações I e II.
  3. Estão corretas as afirmações I e III.
  4. Apenas a afirmação II está correta.
  5. Nenhuma das afirmações é verdadeira.
D

21. (Universidade de Fortaleza) Principalmente a partir do século XVI, a Coroa portuguesa interveio militarmente em disputas e conflitos entre africanos para manter no governo autoridades africanas convenientes com o tráfico e a escravidão. Tanto no reino Ndongo (Angola), quanto no reino do Congo, os portugueses auxiliaram na imposição de monarcas dóceis ligados aos interesses do tráfico atlântico. Com o tráfico, teve início o processo de roedura.

Fonte: BOULOS JUNIOR, Alfredo. História. Sociedade & Cidadania. 2ª Edição. Vol. 2. São Paulo: FTD, 2016, 81.

Ao levar em consideração as informações acima, qual das opções abaixo se refere a relação entre o tráfico atlântico e o processo de roedura?

  1. A venda de escravos organizados por africanos garantiram o surgimento de mercado inexistente até então: venda de homens e mulheres para trabalhos forçados no mundo.
  2. No momento em que as guerras europeias afetaram os africanos, os últimos se viram obrigados a vender seus irmãos para evitarem ser mortos, ganhando muito dinheiro.
  3. Os africanos, conscientes do excedente de pessoas dentro de seu continente, se viram obrigados a migrar para outros países, esta relação foi erroneamente chamada de tráfico.
  4. O comércio de homens e mulheres negros, perpetrados principalmente por europeus, garantiu a escravização de africanos nas Américas, resultando na exploração colonial da África.
  5. A população existente nas Américas não desejava adquirir escravos, porém, foram obrigados a comprar africanos escravizados, deteriorando, assim, a história da América colonial.
A

Imperio do Congo

22. (UNIFENAS) “Disposto a abraçar a fé de Cristo, o Manicongo enviou, em 1489, uma embaixada para o rei português, que foi presenteado com tecidos de palmeiras e objetos de marfim, formalizando seu desejo de se converter ao cristianismo e pedindo o envio de clérigos, assim como de artesãos, mestres de pedraria e carpintaria, trabalhadores da terra, burros e pastores. Junto com os pedidos, deixou claro, segundo Rui de Pina, cronista que registrou o evento, seu desejo de que doravante os dois reinos se igualassem nos costumes e na maneira de viver, solicitando que alguns jovens, enviados com a embaixada, fossem instruídos na fala, escrita e leitura latinas, além dos mandamentos da fé católica. E, com efeito, durante todo o ano de 1490 os enviados do rei do Congo permaneceram em Portugal, aprendendo o português, os mandamentos da fé católica e os costumes da sociedade portuguesa.”

VAINFAS, Ronaldo e MELLO e SOUZA, Marina de. Catolização e poder no tempo do tráfico: o reino do Congo da conversão coroada ao movimento antoniano, séculos XV-XVIII. Disponível em: https://www.historia.uff.br/tempo/artigos_dossie/artg6-7.pdf.

Ao retratar aspectos da organização da sociedade do Congo, o texto destaca a

  1. clara relação imediatamente percebida pelos congoleses entre fé e poder.
  2. centralidade política estatal dificultada pela imposição de costumes europeus.
  3. complexidade política legitimada pelas tradições comerciais iorubás e nagôs.
  4. diversidade religiosa estimulada pelo expansionismo colonial português.
  5. fragilidade real impulsionada pelo contato com os traficantes de escravos.
D

Ndongo e de Matamba

23. (FCMSCSP) Njinga foi uma guerreira destemida, que liderava pessoalmente seus exércitos, governando gentes distribuídas pelo Dongo e por Matamba. Controlou boa parte das rotas do tráfico que traziam escravos do interior e não deixou que os portugueses penetrassem nos sertões angolanos.

(Marina de Mello e Souza. Além do visível: poder, catolicismo e comércio no Congo e em Angola (séculos XVI e XVII), 2018. Adaptado.)

Os vínculos entre os portugueses e Njinga eram essenciais para

  1. a proteção dos povos da África atlântica frente aos traficantes de escravos.
  2. a manutenção de portos de abastecimento de caravelas a caminho do Oriente.
  3. o controle militar português sobre as rotas atlânticas recém-descobertas.
  4. o fornecimento de mão de obra para a indústria açucareira no Brasil.
  5. o comércio de produtos coloniais brasileiros para as tribos do território angolano.
C

Imperio do Congo

24. (UFPR) Considere o seguinte trecho de uma carta enviada pelo rei do Congo ao rei de Portugal em 1526:

Os comerciantes estão sequestrando o nosso povo dia após dia – filhos deste país, filhos de nossos nobres e vassalos, mesmo as pessoas de nossa própria família [...]. Essa corrupção e depravação estão tão generalizadas que a nossa terra é inteiramente despovoada. [...] Precisamos neste reino só de sacerdotes e professores, e nenhuma mercadoria, a menos que seja vinho e farinha para o santo sacramento [...]. É nosso desejo que este reino não seja um lugar para o comércio ou transporte de escravos.

(MEREDITH, Martin. O Destino da África: cinco mil anos de riquezas, ganância e desafios. Tradução Marlene Suano. Rio de Janeiro: Zahar, 2017, p. 122.)

Com base no texto acima e nos conhecimentos acerca dos contatos entre sociedades africanas e europeias no início da Idade Moderna, é correto afirmar que:

  1. o tráfico de pessoas escravizadas por parte de Portugal visava o despovoamento do Reino do Congo como estratégia para uma futura colonização.
  2. a cristianização do Reino do Congo se deu através da presença militar e da construção de feitorias portuguesas na costa africana.
  3. o Reino do Congo buscava, através da diplomacia, estabelecer suas próprias leis para a regulação do tráfico de pessoas escravizadas.
  4. as influências políticas e culturais de Portugal eram recebidas com hostilidade pelo Reino do Congo porque entravam em conflito com tradições locais.
  5. as tensões decorrentes do tráfico de pessoas escravizadas ocasionaram a Primeira Guerra Luso-Portuguesa.
C

Povos Bantos

25. (UECE) A parte da África localizada ao sul do equador foi habitada por povos cuja língua falada pertencia a um tronco linguístico com dezenas de famílias e cerca de 470 línguas, as quais atualmente são faladas por aproximadamente 100 milhões de pessoas em territórios como o Congo, Angola e Moçambique.

Por extensão, os povos que falam essas línguas são chamados de

  1. mbanza longos.
  2. malinezes.
  3. bantos.
  4. congolezes.
E

Ndongo e de Matamba

26. (UEA) Njinga dizia que não queria a paz com os portugueses porque os portugueses haviam aprisionado sua irmã e não queriam libertá-la. O padre Serafim de Cortona escreveu, então, para o governador português de Angola, pedindo- -lhe que libertasse a irmã de Njinga, com o que faria grande serviço a Deus e ao rei, com a introdução “da nossa santa fé naquelas partes”. A favor da devolução, disse ainda que assim acabaria a já longa guerra e se abriria o “comércio ao resgate dos negros”.

(Marina de Mello e Souza. Além do visível: Poder, Catolicismo e Comércio no Congo e em Angola (Séculos XVI e XVII), 2018. Adaptado.)

O episódio é relatado pelo padre Serafim de Cortona em um documento escrito em 1658 sobre Njinga, rainha de territórios do interior da África.

Para o sacerdote,

  1. o fim da exploração do trabalho escravo dependia da conversão dos nativos ao cristianismo
  2. os povos do continente africano viviam em paz política antes da chegada dos colonizadores.
  3. as decisões políticas dos colonizadores prejudicavam o crescimento econômico das tribos africanas.
  4. as populações de religiões fetichistas resistiam com destemor às invasões europeias.
  5. os diversos interesses religiosos, políticos e econômicos dos colonizadores eram complementares.
B

Imperio do Congo

27. (PUC-Rio) A Comissão de Património Mundial da UNESCO declarou, em 08.07.2017, o centro histórico da cidade de Mbanza Congo, norte de Angola, como Património Mundial da Humanidade.

A candidatura de Angola destacava que o Reino do Congo estava perfeitamente organizado quando da chegada dos portugueses, no século XV, uma das mais avançadas em África à data.

Dividido em seis províncias que ocupavam parte das atuais República Democrática do Congo, República do Congo, Angola e Gabão, o Reino do Congo dispunha de 12 igrejas, conventos, escolas, palácios e residências

Mbanza Congo declarada Património Mundial da Humanidade -09.07.2017. Disponível em: . Acesso em: 14 set. 2017.

Tendo como referência a notícia acima e os conhecimentos que você possui, analise as afirmativas seguintes com relação à história do antigo Reino do Congo.

I - O Reino do Congo foi um dos mais conhecidos reinos da região centro-ocidental da África. Fundado no fi nal do século XIII, chegou a abranger parte dos atuais países de Angola, República do Congo, República Democrática do Congo e Gabão.

II - A partir do século XV ocorreram os primeiros contatos dos portugueses com as autoridades políticas do Reino do Congo, transformando essa região em uma das maiores exportadoras de africanos escravizados para as Américas.

III - A capital do Reino do Congo era Mbanza Congo ou São Salvador, como ficou conhecida após a conversão ao catolicismo do manicongo (rei do Congo) e a construção da Catedral de São Salvador do Congo.

IV - A organização política do Reino do Congo somente ocorreu após a chegada dos portugueses na região, quando estes influenciaram a formação de uma “elite burocrática” que ajudava o manicongo (rei do Congo) a governar.

Estão corretas SOMENTE as afirmativas:

  1. II, III e IV.
  2. I, II e III.
  3. I, II e IV.
  4. I e II.
  5. I e III.
B

Ndongo e de Matamba

28. (UENP) Leia o texto a seguir.

Enquanto a posição da Rainha Njinga com relação ao tráfico [de escravos] era ambivalente, às vezes abrindo e às vezes fechando os mercados, os reinos de Matamba e Cassanje, que controlavam a aquisição e distribuição de escravos e artigos de comércio nos sertões de Luanda, foram estabelecidos devido a seus vínculos com os portugueses.

(MELO E SOUZA, M. Reis Negros no Brasil Escravocrata. Belo Horizonte: UFMG, 2006. p.109.)

Sobre as Guerras Angolanas, ocorridas no século XVII, considere as afirmativas a seguir.

I. As alianças feitas entre a Rainha Njinga e os comerciantes europeus deveriam ser entendidas como uma estratégia para que seu reino, Ndongo, mantivesse uma relação de independência em relação ao reino do Congo.

II. A posição de Njinga de ora manter aliança com os portugueses ora desfazê-la deve ser entendida pelo seu arrependimento de ter abandonado o islã e ter se convertido ao cristianismo.

III. O reino do Congo manteve-se, ao longo de todo o período das guerras, aliado aos portugueses. Garcia Afonso II, rei do Congo, era considerado irmão de armas do reino de Portugal.

IV. Os holandeses entraram na disputa com os portugueses pela aliança política e comercial com os reinos africanos da região, pois naquele momento precisavam de escravos para abastecer as plantações de cana no Nordeste brasileiro.

Assinale a alternativa correta.

  1. Somente as afirmativas I e II são corretas.
  2. Somente as afirmativas I e IV são corretas.
  3. Somente as afirmativas III e IV são corretas.
  4. Somente as afirmativas I, II e III são corretas.
  5. Somente as afirmativas II, III e IV são corretas.
B

Imperio do Congo

29. (FGV-SP) [Desde o início do século XIV], no reino do Congo (...) moravam povos agricultores que, quando convocados pelo mani Congo, partiam em sua defesa contra inimigos de fora ou para controlar rebeliões de aldeias que queriam se desligar do reino. Aldeias (lubatas) e cidades (banzas) pagavam tributos ao mani Congo, geralmente com o que produziam: alimentos, tecidos de ráfia vindos do nordeste, sal vindo da costa, cobre vindo do sudeste e zimbos (pequenos búzios afunilados colhidos na região de Luanda que serviam de moeda). (...) o mani Congo, cercado de seus conselheiros, controlava o comércio, o trânsito de pessoas, recebia os impostos, exercia a justiça, buscava garantir a harmonia da vida do reino e das pessoas que viviam nele. Os limites do reino eram traçados pelo conjunto de aldeias que pagavam tributos ao poder central, devendo fidelidade a ele e recebendo proteção, tanto para os assuntos deste mundo como para os assuntos do além, pois o mani Congo também era responsável pelas boas relações com os espíritos e os ancestrais.

(...) O mani Congo vivia em construções que se destacavam das outras pelo tamanho, pelos muros que a cercavam, pelo labirinto de passagens que levavam de um edifício a outro e pelos aposentos reais que ficavam no centro desse conjunto e eram decorados de tapetes e tecidos de ráfia. Ali o mani vivia com suas mulheres, filhos, parentes, conselheiros, escravos, e só recebia os que tivessem nobreza suficiente para gozar desse privilégio.

(Marina de Mello e Souza. África e Brasil africano, 2006)

A partir da descrição do reino do Congo, é correto afirmar que, nesse reino,

  1. toda a organização administrativa estava voltada para a acumulação de riquezas nas mãos do soberano, que as redistribuía entre as aldeias mais leais e com maior potencialidade econômica.
  2. o político e o sobrenatural estavam intimamente relacionados, além das semelhanças entre uma corte europeia e uma de um reino na África, porque ambas eram caracterizadas por hierarquias rígidas.
  3. a ordem política derivava de uma economia voltada para a produção baseada no uso da mão de obra compulsória, por isso o soberano era o maior beneficiado com a captura de homens para serem escravizados.
  4. a fragmentação do poder entre os chefes das aldeias e os conselheiros do soberano permitiu a consolidação de uma prática política pouco usual na África, na qual as decisões eram tomadas pelos moradores do reino.
  5. a prevalência da condição tribal favoreceu sua dominação por outros povos africanos, mas especialmente pelos comerciantes europeus, interessados na exploração de metais amoedáveis.
A

Ndongo e de Matamba

30. (UNICAMP) A rainha Nzinga (1624-1663), governante seiscentista do Ndongo, um reino da África Central situado na atual Angola, chegou ao poder graças à sua competência militar, à diplomacia bem sucedida, à manipulação da religião e de conflitos entre potências europeias. Ela criou as condições para a primeira sublevação popular mbundu contra a exploração portuguesa ao atrair para sua causa os chefes que estavam sob influência europeia. Depois conquistou o reino vizinho de Matamba e o governou por três décadas junto com o que restou do poderoso reino Ndongo; desafiou treze governadores portugueses que regeram Angola entre 1622 e 1633. Apesar de seus feitos e o longo reinado, comparável ao de Elizabeth I (1503—1603) da Inglaterra, ela foi desacreditada pelos contemporâneos europeus e por autores posteriores.

(Adaptado de Linda Heywood, Nzinga de Angola: a rainha guerreira de África. Lisboa: Casa das Letras, 2017. p. 10-12; 82.)

Com base no excerto e em seus conhecimentos, é correto afirmar que a rainha Nzinga:

  1. Utilizou, como estratégias políticas para conter o avanço português em seus territórios, a formação de alianças com reinos vizinhos (como Congo), a exploração dos conflitos entre Portugal e Holanda e a interferência nas redes do tráfico.
  2. Expulsou os portugueses de Angola e reconstruiu o reino do Ndongo em sua extensão original através da política de distribuição de terras aos sobas que aceitaram a sua legitimidade no trono.
  3. Aboliu o tráfico atlântico de escravizados, apesar da oposição de missionários e comerciantes portugueses que viviam em Luanda, e perseguiu os sobas envolvidos com o comércio.
  4. Enfrentou um mundo onde o imaginário monárquico e o ideário político eram hegemonicamente masculinos e, assim como a Rainha Elizabeth I, não teve sucesso político e militar.
E

31. (FGV-SP) (...) quais mecanismos levaram à escravidão nas sociedades africanas do século VII ao século XV?

(...)

Genericamente, a escravidão esteve presente na África como um todo, fazendo-se necessário observar as especificidades históricas próprias de complexos sociais e políticos e das formas de poder das diversas sociedades africanas. Mas é fundamental acrescentar que a dinâmica e a intensidade da escravidão no continente africano tem a ver com a maior ou menor demanda do tráfico atlântico gerada pelo expansionismo europeu na América. Isso acarreta mudanças sociais na África, como a expansão e a subsequente transformação da poligenia, o desenvolvimento de diferentes tipos de escravidão no continente, além do empobrecimento de uma classe de mercadores africanos

(Leila Leite Hernandez, A África na sala de aula: visita à história contemporânea, 2008, p. 37-8)

A partir do fragmento, é correto afirmar que

  1. a maior mudança ocorrida na África, após a imposição do colonialismo ibérico, esteve relacionada com a passagem da mercantilização do trabalho compulsório para formas mais brandas de exploração da escravidão, com o avanço de direitos para os africanos convertidos ao cristianismo.
  2. a chegada do colonialismo europeu na África subsaariana foi fundamental para o desenvolvimento do continente, em razão da organização do tráfico intercontinental de escravos, permitindo que a maior parte das rendas advindas dessa atividade ficasse no próprio continente.
  3. a existência da escravidão na África negra era desconhecida até a chegada dos primeiros exploradores coloniais, caso dos portugueses, que impuseram essa forma de organização do trabalho, condição necessária para a posterior acumulação de capitais entre as elites regionais africanas.
  4. as práticas de utilização do trabalho compulsório em todo o território africano, até a chegada dos exploradores europeus, estavam articuladas com a essência da religiosidade do continente, caracterizada pela concepção de que os sacrifícios materiais levavam os homens à graça divina.
  5. a escravidão existente no continente africano, antes da expansão marítima, tinha uma multiplicidade de características, sendo inclusive doméstica, e o tráfico de escravos, para atender aos interesses mercantilistas europeus, trouxe decisivas transformações para as inúmeras regiões da África.
B

Religião na África

32. (UFRGS) Com relação à história das antigas sociedades africanas e do Oriente Médio, assinale a alternativa correta.

  1. Os assírios notabilizaram-se pelo estabelecimento de relações comerciais pacíficas com os diversos grupos sociais localizados entre o Golfo Pérsico e o Mar Mediterrâneo, e foram reconhecidos como o único império antigo desprovido de exército.
  2. Muitas sociedades do norte da África, antes do contato com as religiões cristã e islâmica, organizavam-se de forma matrilinear, conferindo às mulheres um papel destacado nas relações de poder.
  3. A civilização egípcia, favorecida pelo sistema hidráulico do Nilo, encontrou no rio uma barreira de proteção natural que impedia o avanço e o contato com os demais povos da África.
  4. Os povos da Núbia, situados no nordeste do continente africano, formaram a civilização meroítica, caracterizada pela ausência de práticas religiosas, pela simplicidade dos seus modelos arquitetônicos e pelo isolamento social.
  5. Os hebreus organizaram-se a partir de clãs patriarcais, localizados às margens do rio Jordão, e constituíram-se como povos predominantemente agrícolas, proibindo as atividades pastoris, consideradas impuras pela Torá.
Reino de Gana Império do Mali Império de Kush Império do Congo Njinga: Ndongo e de Matamba Reino de Axum Religião na África

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