Estado do Maranhão e Grão-Pará
Lista de 05 exercícios de História com gabarito sobre o tema Estado do Maranhão e Grão-Pará com questões de Vestibulares.
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01. (UEA - SIS) O Estado do Maranhão e Grão-Pará foi criado pelos portugueses por carta régia de 13 de junho de 1621. Era independente do Estado do Brasil e estava diretamente subordinado à Lisboa. Entre 1626 e 1774, compreendia os atuais estados do Ceará, Piauí, Maranhão, Pará e Amazonas. Em 1637 era governado pelo comandante-mor Jácomo Raimundo de Noronha que, na época, decidiu enviar uma expedição ao Rio Amazonas com cerca de 2 mil pessoas, a maioria indígenas.
(Tatiana C. Veríssimo e Jakeline Pereira. A floresta habitada, 2014. Adaptado.)
A expedição citada no excerto objetivava
- lotear feitorias para aquecer o mercado de terras.
- catalogar a fauna e a flora amazônica.
- estabelecer postos para a venda de manufaturas.
- assentar indígenas em novas aldeias.
- estender o limite do território português.
02. (UEA - SIS) No período da União das Coroas Ibéricas (1580-1640), foi estabelecida uma administração à parte do Norte do Brasil, criando-se o Estado do Maranhão e Grão-Pará.
Levando-se em conta o contexto em que foi criada, essa administração tinha como objetivo
- implementar uma nova política econômica, a fim de fortalecer as finanças reais e de incentivar o comércio por meio de algumas companhias privilegiadas.
- incentivar a produção de manufaturas no Norte da colônia por meio de empréstimos e isenções fiscais concedidos aos fabricantes têxteis.
- modernizar a economia do império luso-espanhol por meio da criação de escolas de comércio e de leis restritivas à escravidão.
- fortalecer o controle governamental sobre o Norte da colônia, a fim de combater as investidas estrangeiras e os povos indígenas hostis à colonização.
- expulsar os missionários jesuítas do Norte da colônia em razão da sua ativa participação no comércio das drogas do sertão.
03. (UFAM PSC) No século XVII, um missionário jesuíta afirmou em carta ao rei de Portugal que: “Cativar índios e tirar de suas veias o ouro vermelho foi sempre a mina daquele Estado [do Maranhão e Grão-Pará]”. No século seguinte, outro jesuíta afirmou algo semelhante: “Sabem todos os europeu moradores do Amazonas, e o dizem publicamente, que os nervos daquele Estado [do Grão-Pará e Maranhão] são as missões dos índios”.
Assinale a alternativa CORRETA quanto aos respectivos padres jesuítas:
- Luís Figueira e Cristóvão de Lisboa.
- Antônio Vieira e João Daniel.
- Samuel Fritz e Serafim Leite.
- Cristóbal de Acuña e Gaspar de Carvajal.
- Gabriel Malagrida e Miguel de Bulhões.
04. (UEA) O Pará e o Maranhão receberam, entre 1757 e 1777, por tráfico da Companhia, 25 965 escravos africanos, uma vez que o braço indígena não era facilmente recrutado, devido à proteção dos religiosos e da legislação vigente. A Companhia teve um papel preponderante no incentivo à lavoura de algodão, cacau, cravo e arroz, numa região caracterizada economicamente pela colheita de espécies florestais de rendimentos financeiros elevados e de mais fácil obtenção.
(Arthur Cézar Ferreira Reis. “O comércio colonial e as companhias privilegiadas”. A época colonial, vol 2, 1960. Adaptado.)
O Ministro português, Marquês de Pombal, organizou a Companhia Geral de Comércio do Grão-Pará e Maranhão em 1755. A partir da leitura do excerto, é correto concluir que a Companhia foi criada com a finalidade de
- diminuir a presença da Metrópole na região e incentivar os empreendimentos da burguesia amazônica.
- estabelecer condições políticas para a independência da região e explorar suas riquezas minerais.
- abrir o comércio da região aos navios estrangeiros e garantir a liberdade dos indígenas.
- circunscrever, por meio de fronteiras, as possessões portuguesas na região e evitar a ocupação espanhola.
- resolver o problema da mão de obra na região e diversificar suas atividades econômicas.
05. (Universidade de Gurupi) Em 1658, o padre Antonio Vieira negociava simultaneamente com os colonos, com o rei e com os índios para que novos povos aceitassem o trabalho missionário e passassem a conviver pacificamente com os brancos. No relato de uma entrada que os jesuítas fizeram no Rio Tocantins, ele demonstra a difícil estratégia que tentava construir: “Ao presente tratamos não de descer aos que ainda ficarem no Rio Tocantins, mas de descobrir o Rio Iguaçu, em que está toda esta nação que é muito poderosa e será de grande utilidade para todo o estado; e se os descobridores, que estão para partir, levarem as novas de terem se quebrados as leis com que foram descidos os primeiros, julguem vossas mercês os efeitos que esta mudança obrará nos ânimos dos que estão no mato e ainda dos que vivem entre nós...”
(VIEIRA, Pe. Antonio. Escritos Instrumentais sobre os Índios. São Paulo: Edusc, 1992, p.54).
Considerando tais articulações, assinale a alternativa que indica corretamente porque as missões enfrentaram tantas dificuldades na região do Maranhão e Grão-Pará:
- Devido às mudanças na política indigenista da Coroa, que chegou a proibir a escravidão dos povos indígenas. As leis que favoreciam os índios foram, muitas vezes, atenuadas e, geralmente, descumpridas pelos colonizadores.
- Devido ao clima quente e húmido do sertão brasileiro, pois os padres estavam desacostumados com o calor. A maioria dos sacerdotes europeus logo adoecia e morria com doenças tropicais.
- Devido à grande resistência étnica dos povos indígenas, que não aceitavam a presença de padres em seu meio e, apoiados pela Confederação dos Tamoios, fizeram várias rebeliões contra os jesuítas.
- Devido ao elevado número de aldeias e quilombos na região, que eram redutos independentes da política colonial, além de desrespeitar os acordos feitos com os colonizadores, mesmo quando estes lhes favoreciam.