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Economia Colonial: Mineração

Lista de 11 exercícios de História com gabarito sobre o tema Economia Colonial: Mineração com questões de Vestibulares.


Você pode conferir as videoaulas, conteúdo de teoria, e mais questões sobre o tema aqui.




1. (Enem) Os tropeiros foram figuras decisivas na formação de vilarejos e cidades do Brasil colonial. A palavra tropeiro vem de "tropa" que, no passado, se referia ao conjunto de homens que transportava gado e mercadoria. Por volta do século XVIII, muita coisa era levada de um lugar a outro no lombo de mulas. O tropeirismo acabou associado à atividade mineradora, cujo auge foi a exploração de ouro em Minas Gerais e, mais tarde, em Goiás. A extração de pedras preciosas também atraiu grandes contingentes populacionais para as novas áreas e, por isso, era cada vez mais necessário dispor de alimentos e produtos básicos. A alimentação dos tropeiros era constituída por toucinho, feijão preto, farinha, pimenta-do-reino, café, fubá e coité (um molho de vinagre com fruto cáustico espremido). Nos pousos, os tropeiros comiam feijão quase sem molho com pedaços de carne de sol e toucinho, que era servido com farofa e couve picada. O feijão tropeiro é um dos pratos típicos da cozinha mineira e recebe esse nome porque era preparado pelos cozinheiros das tropas que conduziam o gado.

Disponível em http://www.tribunadoplanalto.com.br. Acesso em: 27 nov. 2008.

A criação do feijão tropeiro na culinária brasileira está relacionada à

  1. atividade comercial exercida pelos homens que trabalhavam nas minas.
  2. atividade culinária exercida pelos moradores cozinheiros que viviam nas regiões das minas.
  3. atividade mercantil exercida pelos homens que transportavam gado e mercadoria.
  4. atividade agropecuária exercida pelos tropeiros que necessitavam dispor de alimentos.
  5. atividade mineradora exercida pelos tropeiros no auge da exploração do ouro.

2. (UNESP) Se bem que a base da economia mineira também seja o trabalho escravo, por sua organização geral ela se diferencia amplamente da economia açucareira. (Celso Furtado, Formação econômica do Brasil) A referida diferenciação se expressa:

  1. na relação com a terra que, por ser abundante no Nordeste, não se constituía fator de diferenciação social;
  2. na imposição de controle rígido das exportações de açúcar, medida não tomada em relação ao ouro;
  3. na pequena lucratividade da economia açucareira e na rapidez com que os senhores de engenho se desinteressaram pela mesma;
  4. no isolamento da região mineradora, que não mantinha relações comerciais com o resto da Colônia, tal como ocorria no Nordeste;
  5. na existência de possibilidades de ascensão social na região das minas, uma vez que o investimento inicial não era, necessariamente, elevado.

3. (Fatec) "Cada ano, vêm nas frotas quantidade de portugueses e de estrangeiros, para passarem às minas. Das cidades, vilas, recôncavos e sertões do Brasil, vão brancos, pardos e pretos, e muitos índios, de que os paulistas se servem. A mistura é de toda a condição de pessoas: homens e mulheres, moços e velhos, pobres e ricos, nobres e plebeus, seculares e clérigos, e religiosos de diversos institutos, muitos dos quais não têm no Brasil convento nem casa."

(André João Antonil, "Cultura e opulência no Brasil por suas drogas e minas".)

Nesse retrato descrito pelo jesuíta Antonil, no início do século XVIII, o Brasil colônia vivia o momento

  1. do avanço do café na região do Vale do Ribeira e em Minas Gerais. Portugal, no início do século XVIII, percebeu a importância do café como a grande riqueza da colônia, passou então a enviar mais escravos para essa região e a controlá-la com maior rigor.
  2. da decadência do cultivo da cana-de-açúcar no nordeste. Em substituição a esse ciclo, a metrópole passou a investir no algodão; para tanto, estimulou a migração de colonos para a região do Amazonas e do Pará. Os bandeirantes tiveram importante papel nesse período por escravizar indígenas, a mão-de-obra usada nesse cultivo.
  3. da descoberta de ouro e pedras preciosas no interior da Colônia. A Metrópole, desde o início do século XVIII, buscou regularizar a distribuição das áreas a serem exploradas; como forma de impedir o contrabando e recolher os impostos, criou um aparelho administrativo e fiscal, deslocando soldados para a região das minas.
  4. da chegada dos bandeirantes à região das minas gerais. Os bandeirantes descobriram o tão desejado ouro, e a Metrópole se viu obrigada a impedir a corrida do ouro; para tanto, criou leis impedindo o trânsito indiscriminado de pessoas na região, deixando os bandeirantes como os guardiões das minas.
  5. do esgotamento do ouro na região das minas. Sua difícil extração levou pessoas de diferentes condições sociais para as minas, em busca de trabalho, e seu esgotamento dividiu a região em dois grupos - de um lado, os paulistas, e, de outro, os forasteiros, culminando no conflito chamado de Guerra dos Emboabas.

4. (Unesp) Se bem que a base da economia mineira também seja o trabalho escravo, por sua organização geral ela se diferencia amplamente da economia açucareira.

(Celso Furtado, "Formação econômica do Brasil")

A referida diferenciação se expressa

  1. na relação com a terra que, por ser abundante no nordeste, não se constituía fator de diferenciação social.
  2. na imposição de controle rígido das exportações de açúcar, medida não tomada em relação ao ouro.
  3. na pequena lucratividade da economia açucareira e na rapidez com que os senhores de engenho se desinteressaram pela mesma.
  4. no isolamento da região mineradora, que não mantinha relações comerciais com o resto da colônia, tal como ocorria no nordeste.
  5. na existência de possibilidades de ascensão social na região das minas, uma vez que o investimento inicial não era, necessariamente, elevado.

5. (UEG) A sede insaciável do ouro estimulou tantos a deixarem suas terras, a meterem-se por caminhos tão ásperos, como são os das minas, que di. cilmente se poderá saber do número de pessoas que, atualmente, lá estão. Mais de 30 mil homens se ocupam, uns em catar, outros em mandar catar o ouro nos ribeiros

ANTONIL, André João. Cultura e opulência do Brasil, 1711. Belo Horizonte; São Paulo: Itatiaia; Edusp, 1982. p. 167.

O padre André João Antonil foi um dos mais argutos observadores do mundo colonial. Seu olhar percebia, em detalhes, o processo de produção de riquezas tanto no engenho quanto na atividade mineradora. O ouro transformou em profundidade a vida na colônia, pois:

  1. rompeu com a mediação da metrópole portuguesa no comércio com o continente europeu. A acumulação de metais permitiu aos colonos entabularem negociações diretas com os ingleses para a compra de escravos africanos;
  2. deslocou para as minas um enorme contingente de homens livres pobres e indígenas, os quais substituíram os negros na busca do metal precioso, constituindo uma sociedade marcada por intensa mobilidade social;
  3. causou intenso movimento populacional, cujo impacto fez-se sentir tanto no interior da colônia quanto na metrópole, obrigando o rei português a adotar medidas para conter o fluxo migratório para o Brasil;
  4. definiu uma clara política, adotada pela Coroa portuguesa, de incentivos a novas descobertas, permitindo aos colonos a livre posse das terras (datas) destinadas à mineração, minimizando assim os conflitos decor-rentes da cobrança de impostos;
  5. desestimulou o desenvolvimento da atividade agropastoril nas regiões interioranas, na medida em que a mão-de-obra e os capitais estavam voltados, fundamentalmente, para a extração do minério.

6. (FGV) "(...) a terra que dá ouro esterilíssima de tudo o que se há mister para a vida humana (...). Porém, tanto que se viu a abundância de ouro que se tirava e a largueza com que se pagava tudo o que lá ia, (...) e logo começaram os mercadores a mandar às minas o melhor que chega nos navios do Reino e de outras partes, assim de mantimentos, como de regalo e de pomposo para se vestirem, além de mil bugiarias de França (...) E, a este respeito, de todas as partes do Brasil se começou a enviar tudo o que a terra dá, com lucro não somente grande, mas excessivo. (...) E estes preços, tão altos e tão correntes nas minas, foram causa de subirem tanto os preços de todas as coisas, como se experimenta nos portos das cidades e vilas do Brasil, e de ficarem desfornecidos muitos engenhos de açúcar das peças necessárias e de padecerem os moradores grande carestia de mantimentos, por se levarem quase todos aonde hão de dar maior lucro."

(Antonil, "Cultura e opulência do Brasil", 1711)

No texto, o autor refere-se a uma das conseqüências da descoberta e exploração de ouro no Brasil colonial. Trata-se

  1. do desenvolvimento de manufaturas para abastecer o mercado interno.
  2. da inflação devido à grande quantidade de metais e procura por mercadorias.
  3. do incremento da produção de alimentos e tecidos finos na área das minas.
  4. da redução da oferta de produtos locais e importados na região mineradora.
  5. do desabastecimento das minas devido à maior importância das vilas litorâneas.

7. (Mackenzie) Duas atividades econômicas destacaram-se durante o período colonial brasileiro: a açucareira e a mineração. Com relação a essas atividades econômicas, é correto afirmar que:

  1. na atividade açucareira, prevaleciam o latifúndio e a ruralização, a mineração favorecia a urbanização e a expansão do mercado interno.
  2. o trabalho escravo era predominante na atividade açucareira e o assalariado na mineradora.
  3. o ouro do Brasil foi para a Holanda e os lucros do açúcar serviram para a acumulação de capitais ingleses.
  4. geraram movimentos nativistas como a Guerra dos Emboabas e a Revolução Farroupilha.
  5. favoreceram o abastecimento de gêneros de primeira necessidade para os colonos e o desenvolvimento de uma economia independente da metrópole.

08. (FMJ) A natureza do trabalho minerador propiciou a concentração de atividades comerciais, artesanais e administrativas nas principais vilas da capitania. Os escravos não realizavam apenas as tarefas diretamente relacionadas com a mineração; transporte, construção e comércio ambulante eram trabalhos executados tanto por escravos como por homens livres.

Foi na capitania de Minas Gerais que se registrou o maior número de alforrias na época colonial.

Se para os mineradores e homens livres em geral a exploração se fazia através de tributos, para os escravos ela se manifestava em longas e penosas jornadas de trabalho, falta de alimentos e condição de vida degradante. Minas Gerais foi a capitania com maior número de quilombos na história do Brasil colonial.

(Andréa Gonçalves e Iris Kantor. O trabalho em Minas colonial, 1996. Adaptado.)

As informações do texto permitem afirmar, corretamente, que a sociedade de Minas Gerais, no século XVIII,

  1. foi democrática, ao propiciar a ascensão de libertos, o fácil enriquecimento e a participação política das pessoas.
  2. teve um caráter urbano, devido ao emprego reduzido de mão de obra escrava e à ampla autonomia das mulheres.
  3. baseou-se na escravidão negra, marcada pela exploração e pela resistência, por meio de fugas e formação de quilombos.
  4. reproduziu a estrutura social dos engenhos açucareiros, pois valorizou o trabalho livre e a pequena propriedade rural.
  5. vivenciou uma diversidade de trabalhos e uma política colonial mais branda, com a redução dos impostos.

09. (IMEPAC) Leia o texto.

“Alguns dos grãos de ouro são tão pequenos que flutuam na superfície, podendo, por conseguinte, ser arrastados nas repetidas mudanças da água que se fazem. Para prevenir esse inconveniente, os negros esmagam algumas ervas em uma pedra e misturam um pouco de seu suco à água de suas gamelas. Não afirmarei que este líquido contribuísse realmente para precipitar o ouro, mas é certo que os negros o empregavam com grande confiança.” (ANASTASIA e PAIVA, 2002. p. 191)

A leitura do texto nos permite afirmar com relação ao processo de mineração que

  1. a tecnologia de mineração utilizada nas minas era oriunda dos processos de mineração aplicados em toda a Europa.
  2. as técnicas aplicadas pelos africanos na mineração, de acordo com John Mawe, não produziam efeitos práticos.
  3. o processo de trabalho realizado dentro de água acarretava a perda de grande quantidade de ouro no momento da lavagem.
  4. os trabalhadores escravos aplicavam técnicas de trabalho que não faziam parte dos conhecimentos europeus.

10. (FDF) Da riqueza extraída das Minas, quase tudo ia para a Metrópole, onde se consumia em gastos suntuários, em construções monumentais — como o Convento de Mafra —, no pagamento das importações de que Portugal necessitava. Poucos foram os privilegiados que enriqueceram na capitania do ouro, e insignificantes os efeitos produtivos gerados pela mineração, de um e outro lado do Atlântico.

Laura Vergueiro. Opulência e miséria das Minas Gerais. São Paulo: Brasiliense, 1983, p. 76.

A partir do texto e de seus conhecimentos, é correto afirmar que a mineração brasileira, no século XVIII,

  1. gerou grandes recursos que foram consumidos principalmente em Portugal ou que acabaram nos cofres britânicos.
  2. promoveu maior equilíbrio social no Brasil colonial e facilitou a muitos escravos a alforria e a riqueza.
  3. estimulou a economia colonial, ampliando a produção de manufaturados e de alimentos em todo o território do Brasil.
  4. permitiu a construção de obras faraônicas em Portugal e determinou a eliminação da miséria social no Brasil.

11. (CESUPA) Observe a imagem abaixo e responda à questão proposta.

A imagem recupera a forma tradicional de mineração no Brasil colonial, mais especificamente em Minas Gerais durante os séculos XVIII e XIX.

Nela, há elementos essenciais presentes nessa produção, tais como:

  1. presença de trabalhadores negros libertos e de indígenas aldeados, o uso de maquinaria e técnicas mecanizadas de produção e a supervisão inglesa do trabalho, com a presença dos capatazes brancos e estrangeiros, contratados pelos donos das datas (ou minas) para organizar a produção.
  2. uso de mão de obra escrava (africana, crioula e indígena), com a supervisão de trabalhadores libertos e livres mestiços em um trabalho manual feito por coleta individual (ou em grupo), com o uso de mercúrio e a retirada de significativas quantidades de ouro em uma atividade altamente poluidora (ouro de aluvião).
  3. trabalho de escravos e libertos misturados em uma produção artesanal composta pela extração organizada em datas e feita em pequenos grupos que se reuniam ao redor de rios retirando o ouro em “bateias”, redes de ouro com mercúrio e quase sem supervisão externa.
  4. utilização de mão de obra, em geral de origem africana e escrava, com a presença constante de feitores, que disciplinavam e organizavam a produção do ouro de “aluvião”, colhido em bateias no correr de riachos e ao pé de montanhas como a de Itacolomy, em Minas.

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