Domínio Espanhol e o Brasil Holandês
Lista de 10 exercícios de História com gabarito sobre o tema Domínio Espanhol e o Brasil Holandês com questões de Vestibulares.
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1. (Unesp) A mineração foi a atividade econômica mais importante da América Espanhola durante o período colonial. Múltiplos fatores condicionaram a formação e a decadência dos complexos numeradores do altiplano andino e do planalto mexicano. Assinale a modalidade de mão-de-obra que predominou nas minas de prata dos referidos complexos, durante os séculos XVI e XVII. a
- Indígena, submetida ao trabalho compulsório.
- Negra, submetida ao trabalho escravo.
- Européia, no regime de trabalho assalariado.
- Indígena, adaptada ao trabalho livre.
- Indígena, no regime de trabalho voluntário.
2. (Fuvest) Entre as mudanças ocorridas no Brasil Colônia durante a União Ibérica (1580-1640), destacam-se:
- a introdução do tráfico negreiro, a invasão dos holandeses no Nordeste e o início da produção de tabaco no Recôncavo Baiano.
- a expansão da economia açucareira no Nordeste, o estreitamento das relações com a Inglaterra e a expulsão dos jesuítas.
- a incorporação do Extremo-Sul, o início da exploração do ouro em Minas Gerais e a reordenação administrativa do território.
- a expulsão dos holandeses do Nordeste, a intensificação da escravização indígena e a introdução das companhias de comércio monopolistas.
- a expansão da ocupação interna pela pecuária, a expulsão dos franceses e o incremento do bandeirismo.
3. (Fatec) As antigas colônias espanholas na América Latina não conseguiram sobreviver dentro de uma unicidade política, acabando por fracionar-se em torno de pólos econômicos e políticos liderados:
- pelos espanhóis que, não respeitando a subida de José Bonaparte ao trono da Espanha, proclamaram a República.
- pelos índios, cansados da exploração colonial.
- pelos mestiços que viviam explorados e que, tomando consciência da sua miséria, lideraram a formação de Juntas Governativas regionais.
- pelos 'criollos' que almejavam o poder político, criando uma constelação de movimentos que não obedeciam a um comando geral, apesar dos esforços de alguns libertadores.
- pelo clero, uma vez que a Igreja no século XIX norteavase pelo princípio de 'dividir para governar'.
4. (UEL) (…) As conseqüências da ruptura do sistema cooperativo anterior serão, entretanto, muito mais duradouras que a ocupação militar. Durante sua permanência no Brasil, (…) eles adquiriram o conhecimento de todos os aspectos técnicos e organizacionais da indústria açucareira. Esses conhecimentos vão constituir a base para a implantação e o desenvolvimento de uma indústria concorrente, de grande escala, na região do Caribe. A partir desse momento, estaria perdido o monopólio, que nos três quartos de século anteriores assentara-se na identidade de interesse entre os produtores portugueses e os grupos financeiros (…) que controlavam o comércio europeu (…).
O texto descreve um fenômeno ligado, no Brasil:
- aos reflexos da Abertura dos Portos e às revoltas nativistas.
- aos resultados da invasão francesa e à expulsão dos jesuítas.
- ao domínio espanhol e à expulsão dos holandeses do Nordeste.
- aos tratados de comércio e aos privilégios da burguesia inglesa.
- ao Bloqueio Continental e à transferência da Corte portuguesa.
5. (Unesp) Não vejo nada de bárbaro ou selvagem no que dizem daqueles povos [da América]; e, na verdade, cada qual considera bárbaro o que não se pratica em sua terra.
(Michel de Montaigne, Ensaios, 1580-1588)
O trecho apresentado permite concluir que
- a opinião do autor expressa a interpretação elaborada pelo Concílio de Trento, responsável pela Contrarreforma.
- pensadores europeus deram-se conta da relatividade dos valores, hábitos e costumes vigentes em diferentes sociedades
- a expansão marítima propiciou fecundo contato entre povos e culturas, com benefícios iguais para todos os envolvidos;
- o conhecimento de outras regiões do globo colaborou para reafirmar a versão bíblica da criação;
- os primeiros europeus que chegaram à América, sob influência do Iluminismo, respeitaram a diversidade cultural.
6. (Unifor) No século XVII, os holandeses ocuparam boa parte do Nordeste brasileiro. A primeira invasão ocorreu na Bahia (1624-1625), mas foi a partir do domínio de Pernambuco que os holandeses conseguiram uma ocupação mais prolongada (1630-1654). Essas invasões estão ligadas:
- à posição assumida pelo grupo mercantil português que, receando perder mercado na Europa com a União Ibérica, manteve sua aliança com as Províncias Unidas.
- ao interesse holandês em manter o controle sobre a distribuição do açúcar na Europa, rompido desde a União Ibérica.
- ao interesse da Holanda que desejava controlar o aparelho fiscal do governo português no Brasil.
- à Companhia das Índias Ocidentais, criada no século XV, que tinha por objetivo interferir diretamente na produção e na aquisição das terras produtoras de cana-de-açúcar.
- à necessidade de Antuérpia e Amsterdã manterem-se como centros urbanos desinteressados em comercializar açúcar na Europa.
07. (Fuvest) Uma observação comparada dos regimes de trabalho adotados nas Américas de colonização ibérica permite afirmar corretamente que, entre os séculos XVI e XVIII,
- a servidão foi dominante em todo o mundo português, enquanto, no espanhol, a mão de obra principal foi assalariada.
- a liberdade foi conseguida plenamente pelas populações indígenas da América espanhola e da América portuguesa, enquanto a dos escravos africanos jamais o foi.
- a escravidão de origem africana, embora presente em várias regiões da América espanhola, esteve mais generalizada na América portuguesa.
- não houve escravidão africana nos territórios espanhóis, pois estes dispunham de farta oferta de mão de obra indígena.
- o Brasil forneceu escravos africanos aos territórios espanhóis, que, em contrapartida, traficavam escravos indígenas para o Brasil.
08. (Fuvest) Uma observação comparada dos regimes de trabalho adotados nas Américas de colonização ibérica permite afirmar corretamente que, entre os séculos XVI e XVIII,
- a servidão foi dominante em todo o mundo português, enquanto, no espanhol, a mão de obra principal foi assalariada.
- liberdade foi conseguida plenamente pelas populações indígenas da América espanhola e da América portuguesa, enquanto a dos escravos africanos jamais o foi.
- escravidão de origem africana, embora presente em várias regiões da América espanhola, esteve mais generalizada na América portuguesa.
- não houve escravidão africana nos territórios espanhóis, pois estes dispunham de farta oferta de mão de obra indígena.
- o Brasil forneceu escravos africanos aos territórios espanhóis, que, em contrapartida, traficavam escravos indígenas para o Brasil.
09. (PUC-RJ) Analise as afirmativas acerca do processo de colonização na América Ibérica entre os séculos XVI e XVIII:
I. Tanto na América de colonização espanhola quanto na de colonização portuguesa houve o predomínio da plantation: a grande propriedade, monocultora, voltada para a exportação, e a existência do monopólio ou exclusivo comercial.
II. Em várias cidades da América tanto de colonização espanhola quanto portuguesa, foram fundadas, desde o século XVI, universidades, assim como existia a imprensa, responsável por uma intensa circulação de ideias.
III. Enquanto na América de colonização espanhola houve o predomínio da servidão indígena, mais especificamente nas formas da mita e da encomenda; na América de colonização portuguesa houve o predomínio do trabalho escravo de negros africanos.
IV. Até 1520 as Antilhas foram o núcleo da colonização espanhola, mas nas décadas subsequentes passaram a ser as zonas continentais do México até o Alto Peru; na América de colonização portuguesa inicialmente ocorreu a extração do pau-brasil e, posteriormente, a lavoura açucareira, principalmente no litoral nordestino.
Assinale:
- Se somente as afirmativas II e III estiverem corretas.
- Se somente as afirmativas I e IV estiverem corretas.
- Se somente as afirmativas I, III e IV estiverem corretas.
- Se somente as afirmativas I, II e III estiverem corretas.
- Se todas as afirmativas estiverem corretas.
10. (IFBA) “A conquista do Brasil pressupunha também o domínio ideológico dos povos das regiões colonizadas pela Coroa lusitana. Havia que provar pelo convencimento e pela força – a superioridade do modo oficial português de ser. Era necessário convencer as populações nativas e os recém-chegados da inferioridade e do 'bestialismo' dos hábitos americanos. Aopção de europeus pela cultura material e social tupinambá causava tensões insustentáveis na férrea camisa-de-força vivencial em que as elites civis e religiosas ibéricas enquadravam as classes subalternas – metropolitanas e coloniais.”
MAESTRI, Mário. Os senhores do litoral. Conquista portuguesa e agonia tupinambá no litoral brasileiro. (século 16). POA: Editora da Universidade/UFRGS, 1994. p. 61.
O texto acima e seus conhecimentos sobre as relações de dominação entre europeus e as populações indígenas na América Portuguesa permitem afirmar que
- os missionários analisavam o sistema cultural indígena, seus costumes, seu cotidiano, etc., segundo a moralidade cristã.
- a adaptação dos europeus aos Trópicos e a assimilação de certos costumes indígenas foi estimulada pela Coroa e pela Igreja Católica.
- os colonizadores, os missionários e os agentes portugueses compreendiam os costumes indígenas de forma idealizada, tolerante e idílica.
- os primeiros anos de colonização do território brasileiro foram marcados pela miscigenação e tolerância acerca do sistema cultural tupinambá.
- embora na colônia os europeus tenham adotado práticas de intolerância, na metrópole possuíam postura com maior respeito à diversidade cultural e religiosa.