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Negro, Cruz e Sousa

Lista de 04 exercícios de Literatura com gabarito sobre o tema Negro, Cruz e Sousa com questões de Vestibulares.

A lista abaixo é composta "apenas" pelas poesias contidas na obra.


Você pode conferir as videoaulas, conteúdo de teoria, e mais questões sobre o tema Negro, Cruz e Sousa.




01. (UFMS - PASSE) Leia o soneto a seguir

Cárcere das almas

Ah! Toda a alma num cárcere anda presa,

Soluçando nas trevas, entre as grades

Do calabouço olhando imensidades,

Mares, estrelas, tardes, natureza.

Ah! Toda a alma num cárcere anda presa,

Soluçando nas trevas, entre as grades

Do calabouço olhando imensidades,

Mares, estrelas, tardes, natureza.

Ó almas presas, mudas e fechadas

Nas prisões colossais e abandonadas,

Da Dor no calabouço, atroz, funéreo!

Nesses silêncios solitários, graves,

Que chaveiro do Céu possui as chaves

Para abrir-vos as portas do Mistério?

SOUSA, Cruz e. Poesias completas: broqueis, faróis, últimos sonetos. São Paulo: Publifolha, 1997. p. 94

No soneto de Cruz e Sousa, há a presença de palavras e expressões que remetem a uma atmosfera noturna, opressiva e macabra, comum à tradição simbolista.

São exemplos dessas palavras, EXCETO:

  1. Calabouço atroz.
  2. Grilhões.
  3. Funéreo.
  4. Trevas.
  5. Sonha.

Resposta: E

Resolução: A palavra "Sonha" não remete a uma atmosfera noturna, opressiva e macabra, comum à tradição simbolista.

02. (Enem 2009) Cárcere das almas

Ah! Toda a alma num cárcere anda presa,

Soluçando nas trevas, entre as grades

Do calabouço olhando imensidades,

Mares, estrelas, tardes, natureza.

Tudo se veste de uma igual grandeza

Quando a alma entre grilhões as liberdades

Sonha e, sonhando, as imortalidades

Rasga no etéreo o Espaço da Pureza.

Ó almas presas, mudas e fechadas

Nas prisões colossais e abandonadas,

Da Dor no calabouço, atroz, funéreo!

Nesses silêncios solitários, graves,

que chaveiro do Céu possui as chaves

para abrir-vos as portas do Mistério?!

CRUZ E SOUSA, J. Poesia completa. Florianópolis: Fundação Catarinense de Cultura / Fundação Banco do Brasil, 1993.

Os elementos formais e temáticos relacionados ao contexto cultural do Simbolismo encontrados no poema Cárcere das almas, de Cruz e Sousa, são

  1. a opção pela abordagem, em linguagem simples e direta, de temas filosóficos.
  2. a prevalência do lirismo amoroso e intimista em relação à temática nacionalista.
  3. o refinamento estético da forma poética e o tratamento metafísico de temas universais.
  4. a evidente preocupação do eu lírico com a realidade social expressa em imagens poéticas inovadoras.
  5. a liberdade formal da estrutura poética que dispensa a rima e a métrica tradicionais em favor de temas do cotidiano.

Resposta: C

Resolução: O Simbolismo é conhecido por sua ênfase no refinamento estético da forma poética, bem como por sua abordagem metafísica de temas universais, como a alma, a espiritualidade e o mistério da existência.

03. (UCS) O Simbolismo foi um movimento literário de grande repercussão na produção dos escritores brasileiros. Nesse período, eles buscaram evocar e sugerir imagens, explorando as experiências sensoriais.

Leia o fragmento do poema Cárcere das Almas, de Cruz e Souza, um dos representantes do Simbolismo.

Tudo se veste de uma igual grandeza

Quando a alma entre grilhões as liberdades

Sonha e sonhando, as imortalidades

Rasga no etéreo Espaço da Pureza.

(TUFANO, Douglas. Estudos de literatura brasileira. 4 ed. rev. e ampl. São Paulo: Moderna, 1988. p. 173.)

Analise a veracidade (V) ou a falsidade (F) das proposições abaixo, sobre o fragmento do poema.

( ) Nesse fragmento, é possível perceber o estado onírico, uma das características típicas do período literário em questão.

( ) O sujeito-lírico deseja a liberdade, buscando encontrá-la no mundo das aparências.

( ) Ao grafar as palavras Espaço e Pureza em maiúsculo, o poeta sugere uma personificação das ideias contidas nesses vocábulos.

Assinale a alternativa que preenche corretamente os parênteses de cima para baixo.

  1. V – F – F
  2. V – V – V
  3. F – V – F
  4. V – F – V
  5. F – V – V

Resposta: D

Resolução:

(V) Nesse fragmento, é possível perceber o estado onírico, uma das características típicas do período literário em questão.

(F) O sujeito-lírico deseja a liberdade, buscando encontrá-la no mundo das aparências.

(V) Ao grafar as palavras Espaço e Pureza em maiúsculo, o poeta sugere uma personificação das ideias contidas nesses vocábulos.

04. (UNEB) Texto A

O Cárcere das Almas

AH! Toda alma num cárcere anda presa,

Soluçando nas trevas, entre as grades

Do calabouço olhando imensidades.

Mares, estrelas, tardes, natureza.

Tudo se veste de uma igual grandeza

Quando a alma, entre grilhões as liberdades

Sonha e, sonhando, as imortalidades

Rasga no etéreo Espaço da Pureza.

Ó almas presas, mudas e funéreas

Nas prisões colossais e abandonadas

Da Dor no calabouço, atroz, funéreo

Nesses silêncios solitários, graves,

Que chaveiro do Céu possui as chaves

Para abrir-vos as portas do mistério?!

SOUSA, João Cruz e. Poesia por Tasso de Silva. 2. ed. Rio de Janeiro: Agir, 1960. p. 73.

Texto B

Corpo no cerco

os quatro pontos do globo

os quatro cantos do céu

as quatro esquinas do quarto

o corpo todo travado

no olhar cicatrizado

nas mãos as chaves

oxi(sol)dadas

onde as portas

(de sair aonde ?)

onde o norte

só desnorte

mais a leste, sem oeste

os meus membros quatro exatos

quatro minhas as paredes

cerco do corpo no quarto

meu corpo cortado em quatro

CUNHA, Helena Parente. Corpo no cerco. Rio de Janeiro: Tempo Brasileiro, 1978. p. 20-21.

Considerando-se os poemas em questão, a análise sem respaldo encontra-se em

  1. A referência ao corpo se dá como algo que aprisiona, entrelaça e dificulta a liberdade.
  2. O estilo de que se apropriam os poetas para a manifestação de sua criação faz uso de uma linguagem peculiar ao período literário de cada poeta, que os aproxima pela abordagem da temática.
  3. A metáfora de “chaves” representa, simultaneamente, libertação e aprisionamento: no texto A, a libertação da alma, presa no corpo; no B, a transposição de uma realidade frustrante, presa na fragmentação de um “eu” fragilizado.
  4. As personas poéticas dos poemas veem-se em uma situação de cárcere em que o padecimento é inevitável, quer pela condição física, como no poema de Cruz e Souza, ou pela psicológica, como no de Helena Cunha.
  5. A inspiração que conduz os poetas à concretização de suas ideias em poesia se faz por meio de um olhar sobre si mesmo.

Resposta: B

Resolução: Os poemas não se aproximam apenas pela abordagem da temática, mas também pela forma como a temática é abordada, ou seja, pela maneira como os poetas utilizam a linguagem poética para expressar seus sentimentos e ideias.

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