A última quimera (1995), Ana Miranda
Lista de 05 exercícios de Literatura com gabarito sobre o tema A última quimera (1995), Ana Miranda com questões de Vestibulares.
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01. (UFPR) O romance histórico A última quimera (1995), de Ana Miranda:
- é narrado pelo poeta e cronista Olavo Bilac, o qual usa notícias de jornais cariocas para buscar fidedignidade aos fatos históricos de que trata o enredo.
- fornece um retrato de uma geografia pouco explorada pela ficção brasileira, isto é, os subúrbios do Rio de Janeiro, estado natal de Augusto dos Anjos.
- narra de maneira linear a vida de Augusto dos Anjos até seu sepultamento, e essa linearidade permite que o romance seja classificado como histórico.
- cita e parafraseia textos poéticos de Augusto dos Anjos, fazendo com que sua poesia construa ideias e argumentos seus e de outros personagens.
- parodia, nas epígrafes, trechos de crônicas de Olavo Bilac e Augusto dos Anjos, retratando de forma bem-humorada a Belle Époque tropical.
Resposta: D
Resolução: A alternativa D - "cita e parafraseia textos poéticos de Augusto dos Anjos, fazendo com que sua poesia construa ideias e argumentos seus e de outros personagens" - é a resposta correta. "A Última Quimera" de Ana Miranda utiliza os textos poéticos de Augusto dos Anjos para construir ideias e argumentos em sua narrativa, incorporando a poesia do autor de forma criativa à história do romance.
02. (UFPR) O romance A última Quimera, de Ana Miranda, publicado em 1995, elege como personagem principal o poeta Augusto dos Anjos (1884-1914), inscrevendo-se na linha de ficcionalização da história literária, modalidade bastante frequentada na passagem do século XX para o XXI. A propósito dessa obra, assinale a alternativa correta.
- Os versos de Augusto dos Anjos que contêm a expressão do título do romance são registrados em epígrafe, de modo que o leitor estabeleça o diálogo entre os textos desde o início.
- A cena literária da capital brasileira à época constitui o pano de fundo em que transcorre a vida e acontece a morte do poeta que se celebrizou pela temática mórbida.
- Augusto dos Anjos e o narrador almejam compor poemas seguindo o modelo estético de Olavo Bilac, padrão da poética da época, figurando também como personagem do romance.
- O narrador, também poeta, é contemporâneo e conterrâneo de Augusto dos Anjos, situação que determina uma relação que, da parte do narrador, oscila entre a amizade terna e a disputa.
- O recurso narrativo empregado no romance é o simulacro do discurso biográfico, seguindo o percurso do poeta em linha cronológica, do nascimento à morte.
Resposta: D
Resolução: No romance "A Última Quimera" de Ana Miranda, o narrador é contemporâneo e conterrâneo de Augusto dos Anjos, e essa relação oscila entre a amizade terna e a disputa. O narrador é também um poeta, e a história é narrada a partir desse ponto de vista, estabelecendo uma conexão próxima entre os personagens.
03. (UFPR) O trecho a seguir integra o romance A última quimera, de Ana Miranda:
Meus sofrimentos sempre foram menores diante dos de Augusto, sempre competimos de certa maneira sobre quem sofria mais grandiosamente, como um jogo de xadrez em que as peças não fossem cavalos, bispos, torres, reis, rainhas mas a angústia, a dor física, a dor mental, o vazio existencial, a depressão, as forças subterrâneas, a morbidez, a neurose, o pesadelo, a convulsão de espírito, a negação, o não ser, a mágoa, a miséria humana, o uivo noturno, as carnações abstêmias, os lúbricos arroubos, a fome incoercível, a paixão pelas mulheres impossíveis, a morte; e nesse momento ele parece zombar de mim, como se dissesse: “Vê, como são tolos seus sofrimentos? Você perdeu um amigo e eu perdi a vida”. (p. 192)
Com base nesse trecho específico e na totalidade da obra, considere as seguintes afirmativas:
1. O romance cita documentos para confirmar os fatos históricos narrados, além de expor informações biográficas precisas sobre dois poetas brasileiros, que ficaram conhecidos pelo rigor científico e pelo estilo descritivo.
2. O estilo poético de Augusto dos Anjos, um dos personagens centrais da obra, está exemplificado em vários trechos do romance. São exemplos disso a enumeração de vocábulos de teor melancólico e pessimista e o uso de imagens que recriam uma atmosfera mórbida.
3. O narrador do romance adota uma perspectiva distanciada em relação à história e aos personagens reais que recria, contribuindo para reforçar o seu caráter documental e o efeito de veracidade que pretende.
4. A construção dos personagens Olavo Bilac e Augusto dos Anjos combina dados biográficos dos dois poetas com cenas domésticas e particulares, que conferem a eles uma inegável complexidade humana e psicológica.
5. A dimensão temporal-espacial do romance recria, ficcionalmente, a cidade do Rio de Janeiro, no final do século XIX, descrevendo o ambiente material da cidade, os fatos de sua história no período e também a atmosfera intelectual da Belle Époque.
Assinale a alternativa correta.
- Somente as afirmativas 1 e 4 são verdadeiras.
- Somente as afirmativas 2 e 3 são verdadeiras.
- Somente as afirmativas 3 e 5 são verdadeiras.
- Somente as afirmativas 1, 2 e 4 são verdadeiras.
- Somente as afirmativas 2, 4 e 5 são verdadeiras.
Resposta: E
Resolução:
1. O romance cita documentos para confirmar os fatos históricos narrados, além de expor informações biográficas precisas sobre dois poetas brasileiros, que ficaram conhecidos pelo rigor científico e pelo estilo descritivo. (Falsa)
2. O estilo poético de Augusto dos Anjos, um dos personagens centrais da obra, está exemplificado em vários trechos do romance. São exemplos disso a enumeração de vocábulos de teor melancólico e pessimista e o uso de imagens que recriam uma atmosfera mórbida. (Verdadeira)
3. O narrador do romance adota uma perspectiva distanciada em relação à história e aos personagens reais que recria, contribuindo para reforçar o seu caráter documental e o efeito de veracidade que pretende. (Falsa)
4. A construção dos personagens Olavo Bilac e Augusto dos Anjos combina dados biográficos dos dois poetas com cenas domésticas e particulares, que conferem a eles uma inegável complexidade humana e psicológica. (Verdadeira)
5. A dimensão temporal-espacial do romance recria, ficcionalmente, a cidade do Rio de Janeiro, no final do século XIX, descrevendo o ambiente material da cidade, os fatos de sua história no período e também a atmosfera intelectual da Belle Époque. (Verdadeira)
04. (Universidade Positivo) Em relação à obra A última quimera, de Ana Miranda, assinale a alternativa correta.
- Trata-se de um romance histórico, que é narrado pelo próprio poeta Augusto dos Anjos, mesclando fatos da vida do poeta com dados ficcionais.
- Trata-se de um romance histórico contemporâneo, narrado por um suposto amigo do poeta Augusto dos Anjos, que de forma não linear conta a vida do poeta.
- Nesse romance, Ana Miranda se debruça sobre as características do Romantismo brasileiro, escola literária à qual se filia Augusto dos Anjos.
- “A última quimera” que dá título ao romance diz respeito à paixão do poeta por uma mulher inacessível.
- O romance trata dos acontecimentos ligados à Proclamação da Independência, utilizando recursos literários típicos desse período.
Resposta: B
Resolução: "A última quimera", de Ana Miranda, é um romance histórico contemporâneo narrado por um suposto amigo do poeta Augusto dos Anjos, que conta a vida do poeta de forma não linear, mesclando fatos da vida real com elementos ficcionais.
05. (Unimontes) O livro A Última Quimera, de Ana Miranda, reconstrói ficcionalmente a vida do poeta Augusto dos Anjos. Leia atentamente a estrofe de "Versos íntimos", que serviu de inspiração ao título do romance.
Vês?! Ninguém assistiu ao formidável
Enterro de tua última quimera.
Somente a ingratidão - esta pantera -
Foi tua companheira inseparável!
(ANJOS, 2010, p. 102)
Assinale a alternativa INCORRETA.
- O desencanto com o mundo é um dos temas da poética de Augusto e está presente no livro de Ana Miranda.
- A solidão do poeta decorre principalmente de uma frustração amorosa vivida no passado.
- Ao comparar a vida de Augusto dos Anjos com a vida de Bilac, a escritora coloca em evidência os preconceitos sociais.
- A poética de Augusto dos Anjos e a sua biografia romanceada, escrita por Miranda, levam a marca da sua marginalidade social.
Resposta: B
Resolução: A solidão do poeta Augusto dos Anjos não decorre principalmente de uma frustração amorosa vivida no passado. Em sua poesia e na obra de Ana Miranda, a solidão e o desencanto com o mundo estão relacionados a uma visão existencialista, filosófica e melancólica, mas não especificamente a uma frustração amorosa.