Questões sobre , : Modernismo - Fase 2 - Para o Enem e Vestibular

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Lista de 15 exercícios de Literatura com gabarito sobre o tema , com questões de Vestibulares.


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B

01. (ITA) Acerca do romance Gabriela, cravo e canela, de Jorge Amado, assinale a opção CORRETA.

  1. A história central, que retrata o amor entre Gabriela e Nacib, segue estritamente o modelo realista-naturalista de paixão sexual.
  2. O final revela que a união amorosa de Gabriela e Nacib não condiz com as regras e valores sociais ligados ao matrimônio oficial.
  3. O adultério de Gabriela com Mundinho Falcão determina o final realista do romance.
  4. As mulheres, exceto Gabriela, têm destinos semelhantes ao de Sinhazinha, morta pelo marido ao surpreendê-la com Osmundo.
  5. O adultério de Gabriela é secundário na obra, mais preocupada em denunciar o coronelismo no Nordeste.

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07. (Universidade de Fortaleza)

D

08. (Universidade de Fortaleza) Este é o ano do centenário de Jorge Amado. Assim sendo, assinale a única alternativa FALSA com relação à sua trajetória literária.

  1. As personagens femininas principais de suas obras são: Gabriela, Dona Flor, Tereza Batista e Tieta.
  2. A culinária baiana tem espaço privilegiado em suas obras.
  3. A cidade de Salvador é cenário de muitos de seus livros.
  4. “O ABC de Castro Alves” é uma de suas obras de ficção.
  5. “Capitães da Areia” tem meninos de rua que são personagens.
E

09. (UESB) Seria tempo ainda? De romper a solidão, de terminar a longa espera? Fizera sessenta anos, tinha branco o cabelo, não era mais senhor daquela força antiga a levantar fardos de charque e bacalhau, barricas de manteiga, a sustentar a roda do leme em meio às tempestades, timoneiro sem rival, mas conservara um vigor surpreendente em sua idade e o coração era o daquele adolescente sem adolescência, íntegro e apto para o grande e definitivo amor de sua vida. Sim, ainda era tempo, havia uma casa à beira da praia, de verdes janelas abertas sobre o mar, onde faltava a dona da casa, havia um solitário, com toda uma vida a viver, um passado a distribuir sem ter quem nessa tarefa o ajudasse, sem um braço onde se apoiar quando mais adiante o caminho se fizesse estreito. AMADO, Jorge. Os velhos marinheiros. 55a ed. Rio de Janeiro: Record, 1986. p. 183. O texto do escritor Jorge Amado revela uma temática pouco comum na maioria das suas obras e que tem relação com

  1. a ausência de reflexão acerca do viver.
  2. a madureza encarada como preparação para a morte.
  3. a solidão como escape de uma vida de frustrações amorosas.
  4. a consciência da inviabilidade de se realizar, na velhice, o sonho desejado.
  5. o contraste entre a aparência, fruto da ação do tempo, e as projeções que nutrem o mundo interior.
A

10. (Santa Casa) Viera do Ceará há muito tempo. Osvaldo fizera um negócio com o coronel Henrique Silva. Findo o prazo, tratou de receber o seu dinheiro. O coronel não pagou. Ele foi a Ilhéus umas três vezes reclamar à autoridade. O delegado, na última, respondeu: – Isso até parece briga de mulheres. Resolva isso como homem. Osvaldo voltou, e, à noite, matou o coronel a facão. O conselho de sentença, composto de fazendeiros, condenou o réu a dezoito anos, para dar exemplo. (Jorge Amado. Cacau, 2010. Adaptado.) A trama do romance, publicado originalmente em 1933, transcorre na região da economia cacaueira no sul da Bahia. O conteúdo do excerto refere-se, sobretudo, à

  1. estrutura da política oligárquica da Primeira República brasileira.
  2. resistência popular de massa à vigência da democracia republicana.
  3. ausência de instituições governamentais nos territórios do sertão baiano.
  4. violência social provocada pelas disputas políticas entre poderosos locais.
  5. reivindicação popular de extensão do direito de voto aos analfabetos.
D

11. (UENP) Leia o trecho a seguir da obra A Morte e a Morte de Quincas Berro D’Água, de Jorge Amado. Até hoje permanece certa confusão em torno da morte de Quincas Berro D’Água. Dúvidas por explicar, detalhes absurdos, contradições no depoimento das testemunhas, lacunas diversas. Não há clareza sobre hora, local e frase derradeira. A família, apoiada por vizinhos e conhecidos, mantém-se intransigente na versão da tranquila morte matinal, sem testemunhas, sem aparato, sem frase, acontecida quase vinte horas antes daquela outra propalada e comentada morte na agonia da noite, quando a lua se desfez sobre o mar e aconteceram mistérios na orla do cais da Bahia. Presenciada, no entanto, por testemunhas idôneas, largamente falada nas ladeiras e becos escusos, a frase final repetida de boca em boca, representou, na opinião daquela gente, mais que uma simples despedida do mundo, um testemunho profético, mensagem de profundo conteúdo (como escreveria um jovem autor de nosso tempo). (AMADO, J. A Morte e a Morte de Quincas Berro D’Água. Rio de Janeiro: Record, 2000. p.13-14.) O fragmento apresenta a discussão que se estabeleceu sobre as reais circunstâncias da morte de Quincas Berro D’Água. Considerando as características da Segunda Fase do Modernismo, bem como a possibilidade de “duas mortes” do personagem, assinale a alternativa que apresenta motivações que justifiquem relacionar a obra com o momento literário em questão.

  1. A confusão sobre a morte de Quincas Berro D’Água estabelece-se pelo fato de a primeira morte, aquela atestada pela família, configurar-se como uma morte simbólica, por conta da mudança de vida do respeitado funcionário público Joaquim para o boêmio Quincas; ao passo que a segunda morte se caracteriza como uma morte física e real, passamento não confirmado pela família, que há tempos já considerava o protagonista como morto, por sua conduta mundana. A postura dos entes de Quincas assevera o momento de valorização da moral e dos costumes daquela sociedade.
  2. O fragmento do texto de Jorge Amado revela questionamentos sobre a morte de Quincas Berro D’Água, pois o personagem faleceu vítima da violência crescente na capital baiana, circunstância a ser escondida pela família e que aponta críticas a um quadro econômico e social decadentes.
  3. O trecho apresenta uma confusão sobre a morte de Quincas Berro D’Água, pois, como se vê na última parte do fragmento, o personagem ainda havia proferido uma frase – espécie de despedida, vinte horas depois do que fora divulgado pela família, antes de findar sua própria vida no mar, como sempre desejou. Este fato fora ocultado pelos parentes de Quincas Berro D’Água por estes se preocuparem com a possível danação religiosa do morto, já que ele atentara contra a própria vida, em um flagrante apego e cuidado com as convenções morais, o que era típico na época.
  4. O trecho apresenta uma confusão sobre a real situação da morte de Quincas Berro D’Água, uma vez que a família assume uma versão, limpa e decente, e os amigos atestam outra, perpassada pela boemia e finalizada no mar. Isto se dá pela tentativa de empreender uma crítica à realidade da sociedade da época, pautada em um moralismo coercitivo que mascara a verdade, tratando com humor ainda os costumes por meio da revelação de traços do ambiente baiano, plural em seus personagens e aspectos socioculturais.
  5. O trecho refere-se à dúvida sobre a morte de Quincas Berro D’Água, uma confusão justificada pelas noções de real e sobrenatural, apoiadas pela ideia de um morto que, mesmo atestado como tal, é capaz de sair com os amigos para uma última despedida da vida boêmia.
D

12. (UNEB) “Foi assim que o temporal, o vento uivando, as águas encrespadas, os alcançou em viagem. (...) Ninguém sabe como Quincas se pôs de pé, encostado à vela menor. (...) Mulheres e homens se seguravam às cordas, agarravam às bordas do saveiro... e a figura de Quincas, de pé, cercado pela tempestade, impassível e majestoso, o velho marinheiro. (...) Foi quando cinco raios sucederam-se no céu, a trovoada reboou num barulho de fim de mundo, uma onda sem tamanho levantou o saveiro. (...) ...à luz dos raios, viram Quincas atirar-se e ouviram sua frase derradeira.” (p.101- 102) AMADO, Jorge. A morte e a morte de Quincas Berro d’Água. Rio de Janeiro: Record, 42 ed., 1980. A Morte e a Morte de Quincas Berro d’Água, de Jorge Amado, enquadra-se num estilo bastante desenvolvido na América Latina chamado Realismo Mágico. O trecho destacado ilustra bem esse estilo porque apresenta

  1. linguagem coloquial, próxima do falar do povo, articulada em orações coordenadas e semanticamente fluida.
  2. sensorialismo e figuras de linguagem, o que remete à predominância de um estilo cheio de conotação.
  3. sentimentalismo e racionalismo em estado de equilíbrio, rompido pela ação impensada de Quincas.
  4. detalhes sobre a atitude das personagens, inclusive de Quincas, tornando verossímil a ideia de valorização de sua morte memorável sobre as outras duas: a física e a moral.
  5. determinismo como explicação para o comportamento das personagens que se encontravam em eminente situação de perigo.
A

13. (UNEB) Fragmento 1 Quem foi esse tal de Archanjo? Alguma figura exponencial, um professor, um doutor, um luminar, um prócer político, ao menos um comerciante rico? Nada disso: um reles bedel da Faculdade de Medicina, pouco mais que um mendigo, praticamente um operário. Espumava o insigne cidadão e eu não lhe nego motivos para tamanha cólera. Dedicara sua existência a clamar contra o porneia, a dissolução dos costumes, os maiôs, Marx e Lênin, o abastardamento da língua portuguesa, “última flor do Lácio”, e que resultados obtivera? Nenhum: impera a pornografia nos livros, no teatro, no cinema e na vida; a dissolução dos costumes fez-se normalidade quotidiana, as moças conduzem a pílula junto ao terço, os maiôs viraram biquínis e olhe lá; como se não bastassem Marx e Lênin, aí estão Mao- Tse-Tung e Fidel Castro, sem falar nos padres, todos eles possuídos do demônio; quanto a livros e língua portuguesaos tomos do ilustre acadêmico, vazados no terso e castiço idioma de Camões e publicados por conta do autor, jazem nas prateleiras das livrarias, em eterna consignação, enquanto vendem-se aos milhares os livros daqueles escribas que desprezam as regras da gramática e reduzem a língua dos clássicos a um subdialeto africano. AMADO, Jorge. Tenda dos Milagres. 5. ed. São Paulo: Martins, 1970. p. 66. Fragmento 2 “Não há no mundo gente melhor do que vocês, povo mais civilizado do que o povo mulato da Bahia”, dissera a sueca ao despedir-se na Tenda dos Milagres, em conversa com Lídio, Budião e Aussá. Chegara de longe, vivera com eles, dizia por saber, um saber sem restrições ou dúvidas, de real conhecimento. Por que então o doutor Nilo Argolo – catedrático de Medicina Legal na Faculdade e mentor científico da congregação, com renome de sábio e descomunal biblioteca — escrevera sobre os mestiços da Bahia ... ? AMADO, Jorge. Tenda dos Milagres. 5. ed. São Paulo: Martins, 1970. p. 119. Comparando-se os fragmentos destacados do romance Tenda dos Milagres e considerando-se a totalidade da obra, fica evidente

  1. um contraste na ideologia subjacente a cada discurso, que se percebe nas duas formações discursivas opostas em seus personagens.
  2. uma afinidade ideológica entre os dois discursos, já que abordam temas semelhantes com formações análogas.
  3. um distanciamento ideológico entre os pontos de vista, uma vez que esses apresentam argumentos inverossímeis para justificar seus posicionamentos.
  4. um discurso ideológico que converge para a mesma conclusão, embora apresentem argumentos divergentes.
  5. dois métodos de argumentação divergentes que se encaminham para um ponto em comum, embora sigam linhas ideológicas distintas.
C

14. (UEMA) Jorge Amado de Faria, autor de vasta obra literária, adotou como temas principais a miséria, as relações sociais e humanas do povo da Bahia. Dentre suas obras cita-se Mar morto, incluído nas crônicas de costumes. Mar morto, de Jorge Amado, difere do Mar morto, localizado no Oriente Médio, caracterizado por sua alta salinidade, o que impede quase toda a forma de vida naquele lago. Em contrapartida, no romance, os impedimentos existentes são de ordem social e enigmática. Nessa obra, o autor enfoca

  1. as crianças, sem apoio da sociedade, que vivem à deriva no cais do porto.
  2. os pescadores, vistos como ambiciosos, que exploram o mar pela ganância.
  3. os marinheiros, protagonistas de águas míticas, que são invisíveis na terra.
  4. o mar da Bahia, descaso dos marinheiros, que é vitimado pela destruição.
  5. o cais, lugar iluminado pelas noites de luar, que testemunha a poluição de seu espaço.
A

15. (UNEB) “Archanjo passou a vista pelas páginas, seus olhos se fizeram pequenos e vermelhos. Para o dr. Nilo Argolo a desgraça do Brasil era aquela negralhada, a infame mestiçagem. – O professor descasca você, não deixa vasa – comentou a divertir-se, o quartista. – De ladrão e assassino para baixo, não faz por menos. Você está na fronteira entre o irracional e o racional. E os mulatos são piores que os negros, veja lá. O monstro acaba com você e sua raça, mestre Pedro. Pedro Archanjo veio vindo de muito longe, recompunha-se: – Só comigo, meu bom? – Fitou o cabelo do rapaz, a boca, os lábios, o nariz. – Acaba com todos nós, com todos os mestiços, meu bom. Comigo, com você… – e passando o olhar pelos demais – …nesse grupo ninguém escapa, nem um para remédio. Risos breves, desenxabidos, dois ou três às gargalhadas. O quartanista confessou com bom humor: – Com você ninguém leva vantagem: já reduziu a nada as árvores genealógicas da gente. Do grupo destacou-se um rapazola, o ar distante e impertinente: – A minha, não – o estulto cavalgava quatro sobrenomes e duas partículas de nobreza. – Na minha família o sangue é puro, não se sujou com negros, graças a Deus. Archanjo dissolvera o ódio e agora se diverte; sentese forte, de um conhecimento absoluto, e sabe que a tese do dr. Nilo – um babaquara, um porrão de merda – é só erro e calúnia, presunção e ignorância. Olhou o rapazinho: – Tem certeza, meu bom? Quando você nasceu sua bisa já era morta. Sabe como ela se chamava? Maria Iabaci, seu nome de nação. Seu bisavô, homem direito, casou com ela. – Negro insolente, vou lhe partir a cara. – Pois, meu bom, não se acanhe, corra dentro. – Cuidado, Armando, ele é capoeirista – avisou um companheiro. Mas os outros desfrutaram o enfatuado colega: – Vamos ver, Armando, essa coragem, o sangue azul!” AMADO, Jorge. Tenda dos milagres. São Paulo: Companhia das Letras, 2008. Sobre a obra Tenda dos milagres, romance publicado por Jorge Amado em 1969, e seu autor, considere as seguintes afirmações: I. Remanescente da geração de 1930, Jorge Amado apresenta uma obra especialmente regionalista, com forte influência marxista, e obras de caráter de denúncia social ao mesmo tempo em que versa sobre a sociabilidade do brasileiro. II. Em Tenda dos milagres, Nilo Argolo antagoniza com Pedro Archanjo, os quais, respectivamente, representam as teorias raciais antimiscigenação, defensoras do embranquecimento da sociedade brasileira, e a defesa da mestiçagem. III. O universo literário criado por Jorge Amado é povoado por uma comunidade diversa na qual convivem membros das camadas populares, como pescadores, professores, prostitutas, boêmios, mulatas e malandros, junto à elite, representada por figuras como políticos e coronéis. IV. Influenciado pelas ideias eugenistas, Jorge Amado deixa transparecer, em Tenda dos milagres, uma visão pessimista acerca da miscigenação, a qual responsabiliza a mistura das raças pelos conflitos sociais recorrentes na história do Brasil. V. A narrativa de Tenda dos milagres concentrase na crítica social contra o racismo estrutural e critica o misticismo recorrente na cultura brasileira, sobretudo aquele relacionado ao sincretismo religioso que apaga as origens africanas das tradições locais. Estão corretas:

  1. Apenas I, II e III.
  2. Apenas I, II e IV.
  3. Apenas II, III e IV.
  4. Apenas I, III, IV e V.
  5. Apenas II, III, IV e

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