Questões sobre Cecília Meireles: Modernismo - Fase 2 - Para o Enem e Vestibular

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Cecília Meireles

Lista de 15 exercícios de Literatura com gabarito sobre o tema Cecília Meireles com questões de Vestibulares.


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01. (UECE) Considerando a segunda geração do Modernismo brasileiro, período literário ao qual Cecília Meireles pertence, assinale a opção que apresenta corretamente características da obra da autora

  1. Pertence a um período de afirmação nacional com a disseminação de um nacionalismo ufanista.
  2. Considerada neoparnasianista por fazer referência às principais características da poesia parnasiana.
  3. Prioriza temas antirreligiosos e populistas.
  4. A poesia é marcada pelo conflito existencial e pela reflexão sobre problemas humanos.

Resposta: D

Resolução:

02. (FCM-MG) A questão refere-se às obras literárias indicadas para este concurso: Olhai os lírios do campo, de Erico Verissimo, e Romanceiro da Inconfidência, de Cecília Meireles.

Em seu depoimento “Como escrevi o Romanceiro da Inconfidência”, Cecília Meireles assim se manifestou em relação a Joaquim José da Silva Xavier:

“(...) o Alferes Tiradentes, que calcorreou todas estas serras, estas matas, estes caminhos, a serviço de um partido, à mercê de um sonho, às ordens de seus amigos -, a imperícia ou pusilanimidade desses mesmos amigos, a perfídia dos inimigos, a intriga dos calculistas, dos oportunistas (...)”

(MEIRELES, C. Romanceiro da Inconfidência. S.P.: Gaudi, 2014, p.240.)

Assinale a passagem do Romanceiro da Inconfidência em que os versos NÃO fazem referência a esse protagonista.

  1. “Não há Conde, não há forca,
    não há coroa real
    mais seguros que estas casas,
    que estas pedras do arraial,
    deste Arraial do Ouro Podre
    que foi de Mestre Pascoal.”
  2. “(Nossa Senhora da Ajuda,
    entre os meninos estão
    rezando aqui na capela,
    um vai ser levado à forca,
    com baraço e com pregão!)”
  3. “(E tudo é tão diferente
    do que em saudade imaginas!
    Onde estão os teus amigos?
    Quem te ampara, quem te salva?
    mesmo em Minas, mesmo em Minas?)”
  4. “Eles eram muitos cavalos:
    e alguns foram postos à venda,
    outros ficaram em seus pastos,
    e houve uns que, depois da sentença,
    levaram o Alferes cortado
    em braços, pernas e cabeça.
    E partiram com sua carga
    na mais dolorosa inocência.”

Resposta: A

Resolução:

03. (EsPCEx) Encomenda

Desejo uma fotografia

como esta — o senhor vê? — como esta:

em que para sempre me ria

como um vestido de eterna festa.

Como tenho a testa sombria,

derrame luz na minha testa.

Deixe esta ruga, que me empresta

um certo ar de sabedoria.

Não meta fundos de floresta

nem de arbitrária fantasia...

Não... Neste espaço que ainda resta,

ponha uma cadeira vazia.

Fonte: Cecília Meireles (In: Vaga Música, 1942).

Quanto aos aspectos da linguagem poética presentes no poema “Encomenda”, de Cecília Meireles:

I - A composição do poema é feita em forma de soneto.

II - Na segunda estrofe, o eu poético lança mão da antítese na percepção que tem de si mesmo.

III - Na construção dos versos, optou-se pela composição em redondilhas maiores.

IV - Como recurso para conferir musicalidade aos versos, há o emprego de rima alternada e de rima interpolada.

V - Tendo em vista se tratar de um poema do Modernismo brasileiro, optou-se pela construção em versos brancos.

Estão corretas apenas as afirmativas

  1. II e IV.
  2. I e II.
  3. III e IV.
  4. II, III e V.
  5. IV e V.

Resposta: A

Resolução:

04. (URCA) Sobre a obra Romanceiro da Inconfidência, de Cecília Meireles, é correto afirmar:

  1. Inconfidência é um poema líriconarrativo de viés histórico que evoca em versos os personagens e o contexto da Inconfidência Mineira;
  2. É o ápice da poética de Cecília Meireles enquanto poetisa neosimbolista;
  3. É um extenso poema em que o eu poético reflete sobre uma temática sem que haja elementos narrativos;
  4. Tiradentes, o alferes que a história transformou em herói, é apresentado na obra como indivíduo ambíguo e de moral discutível, numa clara contraposição literária à imagem apresentada pelos historiadores mais conservadores;
  5. Representa grande inovação na construção dos versos, marcando-se sua obra por experimentalismo radical da linguagem e referência a fontes vivas da língua popular.

Resposta: A

Resolução:

05. (UFAM) Leia o poema Retrato, de Cecília Meireles e assinale a alternativa INCORRETA:

Eu não tinha este rosto de hoje,

assim calmo, assim triste, assim magro,

nem estes olhos tão vazios,

nem o lábio amargo.

Eu não tinha estas mãos sem força,

tão paradas e frias e mortas;

eu não tinha este coração

que nem se mostra.

Eu não dei por esta mudança,

tão simples, tão certa, tão fácil:

- Em que espelho ficou perdida

a minha face?

  1. a autora usa temas comuns, do dia-a-dia, em sua obra.
  2. o eu-lírico encara as mudanças em sua vida de um modo resignado.
  3. o texto expõe a transitoriedade da vida, o envelhecimento.
  4. o poema apresenta temática idílica, com traços de catolicismo.
  5. a palavra rosto tem sentido denotativo; enquanto face representa o estado emocional do eu-lírico.

Resposta: D

Resolução:

06. (Unioeste) Com base no poema abaixo, assinale a alternativa INCORRETA

4º MOTIVO DA ROSA – Cecília Meireles

Não te aflijas com a pétala que voa:

também é ser, deixar de ser assim.

Rosas verás, só de cinza franzida,

mortas, intactas pelo teu jardim

Eu deixo aroma até nos meus espinhos,

ao longe, o vento vai falando em mim.

E por perder-me é que me vão lembrando,

por desfolhar-me é que não tenho fim.

  1. As palavras do poema, na maioria, têm sentido metafórico e, conotativamente, “rosa” simboliza a mulher.
  2. O poema enaltece a beleza da juventude – rosa/mulher – que, por não perder suas pétalas – atrativos –, sempre será lembrada.
  3. As antíteses dos versos 2, 7 e 8 acentuam o dualismo da relação morte e vida, fim e renascimento.
  4. Formado por quatro dísticos, o poema se organiza em forma de apóstrofe a um interlocutor não definido
  5. Em termos de ritmo, a segunda estrofe diferencia-se das demais.

Resposta: B

Resolução:

07. (UESB) O aparecimento de Cecília Meireles na literatura brasileira coincide com a eclosão do movimento modernista. Cecília participa do grupo cujo pensamento é veiculado na Revista Festa, defendendo uma renovação de nossa arte através do pensamento filosófico, do uso de elementos tradicionais e universais.

Retrato em luar

Meus olhos ficam neste parque,

minhas mãos no musgo dos muros,

para o que um dia vier buscar-me,

entre pensamentos futuros.

Não quero pronunciar teu nome,

que a voz é o apelido do vento

e os graus da esfera me consomem

toda, no mais simples momento.

São mais duráveis a hera, as malvas,

que a minha face deste instante.

Mas posso deixá-la em palavras,

gravada num tempo constante.

(Cecília Meirelles)

Nos versos em foco,

  1. o sujeito poético reconhece a poesia como um meio de eternizar-se.
  2. a natureza contemplada mostra-se impermeável ao contemplador.
  3. o eu lírico revela-se descrente em relação ao amor.
  4. a atitude reflexiva da voz poética é fruto da sua incursão ao mundo do sonho.
  5. a relação do eu poético com a realidade circundante é de conflito e frustração.

Resposta: A

Resolução:

08. (PUC-PR) Aponte o que for correto sobre o Romanceiro da Inconfidência, de Cecília Meireles.

  1. A menção, no título da obra, a “romanceiro” tem a ver com a intriga principal do enredo, o relacionamento amoroso entre os personagens Marília e Dirceu no contexto da luta dos inconfidentes em Ouro Preto, no século XVIII.
  2. Chama a atenção a regularidade métrica dos versos do texto ao longo dos dez cantos em que o Romanceiro é dividido. No livro, todas as estrofes (sempre com oito versos) têm versos decassíla bos, o que identifica a obra com a estética neoclássica à qual a autora retorna em plena modernidade.
  3. Não há, nos temas do Romanceiro, nenhum envolvimento com causas políticas e sociais. Esse é o ponto de distinção desse livro em relação a outros de Cecília Meireles, notória militante comunista, adepta de uma arte engajada.
  4. “Ai que o traiçoeiro invejoso/ Junta as ambições à astúcia/ Vede a pena como enrola/ Arabescos de volúpia, / Entre as palavras sinistras/ Desta carta de denúncia (...)”. Essa sequência narra o ato de traição de Joaquim José da Silva Xavier, o delator do movimento inconfidente às autoridades portuguesas.
  5. A obra se fixa na descrição poética (baseada em referencial histórico, mas elaborada ficcionalmente) do contexto da Inconfidência Mineira. Há, no que tange ao debate da causa da liberdade, uma sutil remissão a problemas políticos da época da escrita do texto (1953).

Resposta: E

Resolução:

09. (PUC-Campinas) Não deixa de ser surpreendente que o lirismo delicado de Cecília Meireles tenha se mostrado, entre nós, um dos mais permeáveis aos acontecimentos da Segunda Guerra Mundial. De algum modo, aquele “costume de sofrer pelo mundo inteiro” reflete-se em diversas passagens entre 1939-1945, tal como nestes versos do poema “Pistoia, cemitério militar brasileiro”:

São como um grupo de meninos

num dormitório sossegado,

com lençóis de nuvens imensas,

e um longo sono sem suspiros,

de profundíssimo cansaço.

(MOURA, Murilo Marcondes de. O mundo sitiado. São Paulo, Editora 34, 2016, p. 254-255)

Apontam-se no texto duas vertentes da poesia de Cecília Meireles,

  1. a épica majestosa, predominante, e a poesia intimista, esporádica.
  2. a lírica pura, predominante, e a expressão da história trágica.
  3. a dos versos engajados na política e a daqueles voltados para o cotidiano.
  4. o testemunho cronista da realidade e o caminho da imaginação.
  5. o interesse pela exploração do fato e a denúncia dos preconceitos sociais.

Resposta: B

Resolução:

10. (ITA) Leia o poema de autoria de Cecília Meireles. O texto

“Epigrama n. 04”

O choro vem perto dos olhos

para que a dor transborde e caia.

O choro vem quase chorando

como a onda que toca a praia.

Descem dos céus ordens augustas

e o mar chama a onda para o centro.

O choro foge sem vestígios,

mas levando náufragos dentro.

(MEIRELES, Cecília, Viagem/Vaga música. Rio de Janeiro: Nova Fronteira, 1982.p.43)

I. aproxima metaforicamente um fenômeno humano e um fenômeno natural a partir da identificação de, pelo menos, um traço comum a ambos: água em movimento.

II. sugere que, enquanto o movimento do choro é ligado à variação das emoções, o movimento da onda deve-se a forças naturais, responsáveis pela circularidade marítima.

III. ameniza o dramatismo do choro humano, pois, quando acomete o sujeito, ele passa naturalmente, como a onda que volta ao mar.

IV. leva-nos a perceber que o choro contido tem um impacto emocional que o torna desolador.

Estão corretas:

  1. I e II apenas;
  2. I, II e IV apenas;
  3. I, III e IV apenas;
  4. II e III apenas;
  5. todas.

Resposta: B

Resolução:

11. (UFN) Epigrama nº 8

Encostei-me a ti, sabendo bem que eras somente onda.

Sabendo bem que eras nuvem, depus a minha vida em ti.

Como sabia bem tudo isso, e dei-me ao teu destino frágil,

fiquei sem poder chorar, quando caí.

(MEIRELES, Cecília. Viagem & Vaga música. Rio de Janeiro: Nova Fronteira, 2006. p.58)

Sobre esse poema de Cecília Meireles, marque a alternativa correta.

  1. A fragilidade das relações humanas se revela pela primeira vez ao eu lírico.
  2. As imagens da onda e da nuvem são metáforas para as inconstâncias da vida e do amor.
  3. A forma do epigrama exige o tom fúnebre e doloroso.
  4. A metáfora da água ingressa como purificação das dores do eu lírico.
  5. O eu lírico revela um tom de desespero diante da impossibilidade amorosa.

Resposta: B

Resolução:

12. (EBMSP) Motivo

Eu canto porque o instante existe

e a minha vida está completa.

Não sou alegre nem sou triste:

sou poeta.

Irmão das coisas fugidias,

não sinto gozo nem tormento.

Atravesso noites e dias

no vento.

Se desmorono ou se edifico,

se permaneço ou me desfaço,

– não sei, não sei. Não sei se fico

ou passo.

Sei que canto. E a canção é tudo.

Tem sangue eterno a asa ritmada.

E um dia sei que estarei mudo:

– mais nada.

MEIRELES, Cecília. Motivo. Disponível em: http://www.napontadoslapis.com.br/ motivo-poema-de-cecilia-meireles.html. Acesso em: mai. 2019.

Cecília Meireles, nesses versos,

  1. revela determinação nas decisões que norteiam sua existência terrena.
  2. mostra-se melancólica em virtude do seu apego ao passado e às “coisas fugidias”.
  3. questiona o mundo em que vive, demonstrando, contudo, que tem um “Motivo” para viver.
  4. evidencia indiferença diante dos sentimentos que experimenta e até mesmo da eternidade do seu canto.
  5. tematiza a passagem do tempo que traz consigo, além da fugacidade das coisas, a transitoriedade da vida.

Resposta: E

Resolução:

Retrato

Eu não tinha este rosto de hoje,

assim calmo, assim triste, assim magro,

nem estes olhos tão vazios,

nem o lábio tão amargo.

[5] Eu não tinha estas mãos tão sem força,

Tão paradas e frias e mortas;

Eu não tinha este coração

Que nem se mostra.

Eu não dei por esta mudança,

[10] Tão simples, tão certa, tão fácil:

– Em que espelho ficou retida

a minha face?

MEIRELES, Cecília. Retrato. In: Viagem [1939]. Rio de Janeiro, Ed. Global, 2012, p. 29

13. (UECE) O poema traça uma espécie de autorretrato, enfocando principalmente a questão da

  1. transitoriedade da vida.
  2. alegria de viver.
  3. partilha de pequenos momentos.
  4. felicidade de envelhecer.

Resposta: A

Resolução:

14. (UECE) Essa imagem está atrelada a questões existencialistas que, neste poema, são

  1. o bem e o mal.
  2. a fraqueza e a força.
  3. a vida e a morte.
  4. a juventude e a velhice.

Resposta: D

Resolução:

15. (UECE) Sobre Cecília Meireles, é correto afirmar que

  1. sua obra é caracterizada por uma reflexão filosófica e existencial.
  2. a temática de suas obras versa sobre valores do mundo material.
  3. sua obra apresenta um lirismo carregado de perspectivas bem-humoradas da vida.
  4. seus poemas apresentam temáticas de problemas sociais genuinamente brasileiros.

Resposta: D

Resolução:

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