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Marília de Dirceu, de Tomás Antônio Gonzaga

Lista de 01 exercícios de Literatura com gabarito sobre o tema Marília de Dirceu, de Tomás Antônio Gonzaga com questões de Vestibulares.


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D

01. (UFPR 2025) A respeito de Liras de Marília de Dirceu, de Tomás Antônio Gonzaga, analise as afirmativas a seguir:

1. A publicação das liras em Minas Gerais inspirou o anseio de liberdade política, tendo colaborado para a deflagração da Inconfidência Mineira.

2. A voz poética de todas as liras é a do pastor Dirceu, que foge do amor por Marília até ser vencido pelo deus do amor, Cupido.

3. Os versos metrificados, especialmente os de 5 e 7 sílabas, dão às liras um ritmo frequente na tradição da poesia de língua portuguesa.

4. As características árcades das liras se apresentam sobretudo no referencial bucólico presente nos poemas, reconhecível no mundo pastoril ali retratado.

Assinale a alternativa correta.

  1. Somente a afirmativa 4 é verdadeira.
  2. Somente as afirmativas 1 e 2 são verdadeiras.
  3. Somente as afirmativas 1 e 3 são verdadeiras.
  4. Somente as afirmativas 2, 3 e 4 são verdadeiras.
  5. As afirmativas 1, 2, 3 e 4 são verdadeiras.

Resposta: D

Resolução: As afirmativas 2, 3 e 4 são verdadeiras. O pastor Dirceu é a voz poética que inicialmente tenta fugir do amor por Marília, mas é vencido por Cupido (2). Os versos seguem a métrica clássica de 5 e 7 sílabas, muito comum na tradição poética (3). O referencial bucólico e pastoril é característico da estética árcade presente nas liras (4). Já a afirmativa 1, que conecta as liras à Inconfidência Mineira, não é verdadeira.

02. (UFRRJ) Lira XI

“Não toques, minha musa, não, não toques

Na sonorosa lira,

Que às almas, como a minha, namoradas

Doces canções inspira:

Assopra no clarim que apenas soa,

Enche de assombro a terra!

Naquele, a cujo som cantou Homero,

Cantou Virgílio a guerra.”

Tomás Antônio Gonzaga. Marília de Dirceu.

Rio de Janeiro: Anuário do Brasil, s/d. p. 30.

Marília de Dirceu apresenta um dos principais traços do Arcadismo. A opção que aponta essa característica temática, presente no texto, é

  1. O bucolismo.
  2. O pessimismo e negatividade.
  3. A descrição sensual da mulher amada.
  4. A presença de valores ou elementos clássicos.
  5. A fixação do momento presente.

Resposta: D

Resolução:

03. (UFPR) “Eu, Marília, não sou algum vaqueiro,

Que vive de guardar alheio gado;

De tosco trato, de expressões grosseiro,

Dos frios gelado e dos sóis queimado.

Tenho próprio casal e nele assisto

Dá-me vinho, legume, fruta, azeite;

Das brancas ovelhinhas tiro o leite,

E mais as finas lãs, de que me visto.

Graças, Marília bela,

Graças à minha Estrela!”

O texto tem traços que caracterizam o período literário ao qual pertence. Uma qualidade patente nesta estrofe é:

  1. o bucolismo;
  2. o misticismo;
  3. o nacionalismo;
  4. o regionalismo;
  5. o indianismo

Resposta: A

Resolução:

04. (UFV) Leia o texto a seguir e faça o que se pede:

Ornemos nossas testas com as flores

E façamos de feno um brando leito;

Prendamo-nos, Marília, em laço estreito,

Gozemos do prazer de sãos amores.

Sobre as nossas cabeças,

Sem que o possam deter, o tempo corre,

E para nós o tempo, que se passa,

Também, Marília, morre. (TAG, MD, Lira XIV)

Todas as alternativas a seguir apresentam características do Arcadismo, presentes na estrofe anterior, EXCETO:

  1. Ideal de ÁUREA MEDIOCITAS, que leva o poeta a exaltar o cotidiano prosaico da classe média.
  2. Tema do CARPE DIEM – uma proposta para se aproveitar a vida, desfrutando o ócio com dignidade.
  3. Ideal de uma existência tranquila, sem extremos, espelhada na pureza e amenidade da natureza.
  4. Fugacidade do tempo, fatalidade do destino, necessidade de envelhecer com sabedoria.
  5. Concepção da natureza como permanente reflexo dos sentimentos e paixões do “eu” lírico.

Resposta: A

Resolução:

05. (UFPA) Tomás Antônio Gonzaga escreveu Marília de Dirceu, um dos mais conhecidos poemas de nosso Arcadismo. Leia duas estrofes da Lira I, da primeira parte do poema.

“Eu, Marília, não sou algum vaqueiro

Que viva de guardar alheio gado,

De tosco trato, d`expressões grosseiro,

Dos frios gelos e dos sóis queimado.

Tenho próprio casal e nele assisto;

Dá-me vinho, legume, fruta, azeite;

Das brancas ovelhinhas tiro o leite

E mais as finas lãs, de que me visto.

Graças, Marília bela,

Graças à minha estrela!

Irás a divertir-te na floresta,

Sustentada, Marília, no meu braço;

Aqui descansarei a quente sesta,

Dormindo um leve sono em teu regaço;

Enquanto a luta jogam os pastores,

E emparelhados correm nas campinas,

Toucarei teus cabelos de boninas,

Nos troncos gravarei os teus louvores.

Graças, Marília bela,

Graças à minha estrela!”GONZAGA, Tomás Antônio. “Marília de Dirceu”.

In: Literatura comentada. São Paulo: Abril Cultural, 1980.

É correto afirmar sobre as estrofes:

  1. Ilustram não só preferências temáticas do Arcadismo, como o ideal de vida simples, o herói que se faz pela honradez e pelo trabalho, mas também o sentimento de transitoriedade da vida, que arrasta o poeta ao carpe diem (aproveitar a vida) horaciano.
  2. Representam os temas do bucolismo, do fugere urbem (fuga da cidade), da áurea mediocritas (existência dentro da mediania), mas fogem do convencionalismo arcádico da linguagem simples, o que torna o poema artificial.
  3. Apresentam a fina ironia de Gonzaga, o que liga o poema às Cartas Chilenas, escritas pelo autor, depois que estava preso, para ridicularizar o Visconde de Barbacena, feroz inimigo dos Inconfidentes.
  4. Reiteram o nome de Marília nos estribilhos, mas, ao contrário do que pode parecer, esse recurso não imprime musicalidade ao texto, serve para enaltecer a mulher, vista, naquele momento, como elemento angélico e divinal, o que faz a poética de Gonzaga preceder o Romantismo.
  5. Ilustram tópicos preferenciais do Arcadismo, como o locus amenus (lugar ameno), o ideal de vida simples, a pintura de cenas pastoris, e revelam os valores da classe burguesa, de então, presentes na preocupação econômica que o pastor enuncia.

Resposta: E

Resolução:

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