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Artigo de Opinião

Lista de 05 exercícios de Português com gabarito sobre o tema Artigo de Opinião com questões de Vestibulares.


Você pode conferir as videoaulas, conteúdo de teoria, e mais questões sobre o tema aqui.




01. (PUC-PR) O fragmento a seguir foi extraído do artigo de opinião Guerra em torno da língua, escrito pelo linguista Carlos A. Faraco. Leia-o e, em seguida, identifique a alternativa CORRETA em relação ao conteúdo apresentado pelo autor.

(...) “Sem muita exceção, as colunas de vários jornais brasileiros, nas quais se condenam raivosamente vários fenômenos perfeitamente normais no nosso português, deixam transparecer sua espantosa ignorância da realidade linguística nacional; operam em confusão ao não distinguirem adequadamente a língua falada da língua escrita e a língua falada formal da informal. Pior: tentam impingir, sem o menor fundamento, um absurdo modelo único e anacrônico de língua. Sustentam-se no danoso equívoco de que a língua padrão é uma camisa-de-força que não admite variação nem se altera no tempo.

Essas colunas semanais, embora inócuas para o que se propõem, têm um efeito lastimável sobre nossa auto-estima linguística (fica sempre a imagem de que não sabemos falar e isso tem resultados negativos de grande monta para o cidadão em geral e para a educação linguística em particular). Elas têm também um efeito desastroso sobre nossa compreensão cultural do que deve ser o cultivo de um desejável padrão de língua.”(...)

Folha de S. Paulo, 25 de março de 2011.

I. Os colunistas que escrevem sobre a língua portuguesa conseguem impedir que a língua sofra alterações e se transforme no tempo.

II. Língua falada e escrita apresentam aspectos que as distinguem.

III. As colunas jornalísticas sobre língua portuguesa, além de não conseguirem alcançar os objetivos a que se propõem, ainda propagam uma falsa ideia sobre o que seja língua padrão.

IV. A língua padrão também apresenta diversidade e sofre alterações ao longo do tempo.

  1. Apenas as afirmativas I, II e III são verdadeiras.
  2. Apenas as afirmativas II, III e IV são verdadeiras.
  3. Apenas as afirmativas II e III são verdadeiras.
  4. Apenas as afirmativas I, III e IV são verdadeiras.
  5. Todas as afirmativas são verdadeiras.

02. (UECE) Texto 2

O texto que você lerá é um excerto retirado do primeiro parágrafo do artigo de opinião “Com um braço só”, escrito por J. R. Guzzo, que trata da corrupção na política.

Um dos aspectos menos atraentes da

[50] personalidade humana é a tendência de

muitas pessoas de só condenar os vícios que

não praticam, ou pelos quais não se sentem

atraídas. Um caloteiro que não fuma, não

bebe e não joga, por exemplo, é

[55] frequentemente a voz que mais grita contra

o cigarro, a bebida e os cassinos, mas fecha

a boca, os ouvidos e os olhos, como os três

prudentes macaquinhos orientais, quando o

assunto é honestidade no pagamento de

[60] dívidas pessoais. É a velha história: o mal

está sempre na alma dos outros. Pode até

ser verdade, infelizmente, quando se trata

da política brasileira, em que continua

valendo, mais do que nunca, a máxima

[65] popular do “pega um, pega geral”.

Extraído do artigo ”Com um braço só”, de J.R. Guzzo. VEJA. 21/08/2013.

O articulista inicia o texto com a expressão: “Um dos aspectos menos atraentes da personalidade humana”. Assinale a opção que expressa uma afirmação correta sobre esse começo de texto.

  1. A linguagem é figurada, portanto direta e sem subterfúgios, de modo a preparar o leitor para o tom contundente do texto.
  2. A linguagem é simples, sem elementos apelativos ou argumentativos. Predomina nela a função fática da linguagem.
  3. A linguagem é eufemística, demonstrando uma intenção do enunciador: preparar o leitor para o teor pesado do texto.
  4. O início do texto manteria a mesma força argumentativa se fosse reescrito da seguinte maneira: Um dos aspectos mais repulsivos da personalidade humana [...].

Texto 2

O texto que você lerá é um excerto retirado do primeiro parágrafo do artigo de opinião “Com um braço só”, escrito por J. R. Guzzo, que trata da corrupção na política.

Um dos aspectos menos atraentes da

[50] personalidade humana é a tendência de

muitas pessoas de só condenar os vícios que

não praticam, ou pelos quais não se sentem

atraídas. Um caloteiro que não fuma, não

bebe e não joga, por exemplo, é

[55] frequentemente a voz que mais grita contra

o cigarro, a bebida e os cassinos, mas fecha

a boca, os ouvidos e os olhos, como os três

prudentes macaquinhos orientais, quando o

assunto é honestidade no pagamento de

[60] dívidas pessoais. É a velha história: o mal

está sempre na alma dos outros. Pode até

ser verdade, infelizmente, quando se trata

da política brasileira, em que continua

valendo, mais do que nunca, a máxima

[65] popular do “pega um, pega geral”.

Extraído do artigo ”Com um braço só”, de J.R. Guzzo. VEJA. 21/08/2013.

03. (UECE) “O mal está sempre na alma dos outros” (linhas 60-61). Há alguns ditos populares que têm alguma relação com essa frase axiomática. Assinale a opção cujo enunciado está em DESACORDO com a frase em destaque.

  1. Macaco, olha pro teu rabo.
  2. Quem tem telhado de vidro não atira pedra no telhado do vizinho.
  3. Quem tem rabo de palha não se senta junto ao fogo.
  4. Quem cospe para cima na cara lhe cai.

04. (UECE) Atente para as seguintes afirmações sobre alguns dos elementos do texto.

I. Os gramáticos modernos distinguem os advérbios frásicos (aqueles advérbios que modificam um elemento da frase, como em Ele correu muito.) dos advérbios extrafrásicos (aqueles que são exteriores à frase, estão no âmbito da enunciação, como em Ele, naturalmente, passou de primeira, não foi?). Esse segundo grupo congrega os advérbios avaliativos, isto é, que indicam uma avaliação do enunciador acerca do conteúdo enunciado. No texto em estudo, temos um advérbio frásico na linha 61: “sempre”; e um advérbio extrafrásico na linha 62: “infelizmente”.

II. Na expressão “os três prudentes macaquinhos orientais” (linhas 57-58), o artigo definido “os” confere a “três macaquinhos orientais” o status de informação conhecida.

III. O texto 2 da prova, embora constitua apenas um excerto do parágrafo original, apresenta a estrutura paragráfica canônica: tópico frasal ou introdução, desenvolvimento e conclusão.

Está correto o que se diz em

  1. I e II apenas.
  2. II e III apenas.
  3. I, II e III.
  4. II apenas.

Texto para as duas próximas questões

Uma revolução em cinco minutos

Usar a tecnologia para construir um mundo melhor tem seu lado frívolo. Mas, felizmente, também tem um lado bem sério. Principalmente na política. A tecnologia pode ajudar governos a adotar medidas que beneficiam a população.

Avanços tecnológicos facilitaram a criação de ferramentas que ajudam não só a promover a cidadania, mas também a vigiar, a reportar e a agir contra a restrição dos direitos civis. Por isso, pode-se argumentar que está cada vez mais difícil manter um governo injusto e cada vez mais fácil se rebelar contra regimes antidemocráticos.

Se você quiser monitorar os países onde há desrespeito à democracia, uma das melhores ferramentas é o projeto ChokePoint.

Inspirado nos acontecimentos no Egito e na Líbia, o ChokePoint (chokepointproject.net) é uma plataforma que expõe o intercâmbio de informação entre países. Se houver uma parada súbita no tráfego de dados, o sistema alerta sobre um provável corte da liberdade de expressão naquele país. [...]

E se você quiser organizar um protesto?

Aqui entra a tecnologia também. Em agosto, manifestantes contra o governo usaram em Londres o API do GoogleMaps para mostrar, em tempo real, por quais ruas a polícia estava se aproximando. [...]

Mas se você não mora em áreas de conflito e protesto não é seu estilo, há várias maneiras de usar a tecnologia para facilitar o engajamento. Em sites como o Change.org (change.org) é possível reunir milhares de pessoas para assinar uma petição. Em sites locais, como o FixMyStreet (fixmystreet.com) ou eDemocracy (forums.e-democracy. org/about), é possível discutir problemas da comunidade e acionar as autoridades.

É claro que a tecnologia também pode ser usada para terrorismo, mas a maioria da população é contra esse tipo de atividade. É gratificante saber que podemos contar com a tecnologia para engajar grupos que vão provocar mudanças, sejam para a denúncia de buracos na sua rua ou a derrubada de regimes ditatoriais. O mundo conectado é capaz de construir uma sociedade mais justa.

Fonte: LARIU, Alessandra. Uma revolução em cinco minutos. INFO, Nov. 2011, p.52. (adaptado)

05. (UFSM)

O texto é um artigo de opinião que apresenta recursos linguísticos típicos de estruturas dissertativo- argumentativas. Assinale a alternativa em que o elemento linguístico está corretamente analisado no contexto em que ocorre.

  1. “Mas” (ℓ.2) associado a “também” (ℓ.3) ressalta o lado "sério" da tecnologia e elimina o lado "frívolo".
  2. Os elementos “beneficiam” (ℓ.5-6), “melhores” (ℓ.17) e “justa” (ℓ.49) sinalizam avaliações positivas à sociedade.
  3. O elemento “se”, no início do 3º, 4º e 5º parágrafos, introduz possibilidades de ações que prescindem do uso de recursos tecnológicos.
  4. O emprego de “podemos” (ℓ.44), em 1ª pessoa, marca inclusão da autora e dos leitores na possibilidade de uso da tecnologia para engajamento de grupos sociais.
  5. O emprego de “pode” (ℓ.41), em 3ª pessoa, marca convicção da autora sobre o uso da tecnologia para a prática de terrorismo.

06. (UFG) Texto 2

Alienação política de jovens é tendência mundial

Embora o número de eleitores aptos ao voto facultativo, com 16 e 17 anos de idade, tenha aumentado em relação à última eleição, em 2010, a percepção é que há um desinteresse dos jovens nessa faixa etária em relação à eleição deste ano.

A avaliação é do cientista político Eurico de Lima Figueiredo, da Universidade Federal Fluminense (UFF). Para ele, essa percepção não é só restrita ao Brasil. "A desmotivação é mundial", disse. "rece que nós vivemos uma época em que os jovens encontram soluções que já estão dadas", completou.

Figueiredo acredita, no entanto, que principalmente agora, na Europa, haverá um recrudescimento da participação juvenil na tentativa de encontrar soluções para os novos problemas colocados pela crise econômica. "A tradição mostra que são os jovens que mais reagem a situações de crise, inclusive porque eles trazem dentro de si o futuro e reconhecem nas situações críticas do presente o que não deve ser feito e o que precisa ser mudado".

No caso do Brasil, analisou que a última participação forte da juventude na política ocorreu com a geração dos "caras pintadas", que foram às ruas pelo impeachment de Fernando Collor, da Presidência da República (1992). Por isso, reiterou que a desmotivação é uma tendência geral do mundo, que vive uma situação que, "para o jovem, é relativamente confortável".

Segundo o professor de pós-graduação em ciência política da UFF, há uma ideologia espalhada no ar, que se denomina pós-modernismo, onde se cultiva muito o individualismo, em vez das preocupações coletivas e sociais. E isso tudo influencia o comportamento juvenil. "Por isso, não é de se estranhar que haja essa desmotivação", declarou.

Vinicius de Sá Machado foge a essa regra. Morador de São Gonçalo, na região metropolitana do Rio de Janeiro, o estudante de 17 anos lamentou ter perdido o prazo para tirar o título de eleitor para poder votar no próximo domingo (7). Ele se definiu motivado. "Os candidatos todos despertam o interesse. Mas muitos prometem e não fazem nada", disse à Agência Brasil. "Eu queria votar para ajudar a minha cidade", acrescentou.

O presidente da União Nacional dos Estudantes (UNE), Daniel Iliescu, chamou a atenção para o fato de que, apesar de o número percentual de jovens entre 16 e 18 anos incompletos com inscrição eleitoral não ser tão expressivo, "ano a ano, nas eleições, nunca tantos jovens estiveram aptos a votar". "

Por essa razão, definiu como relativo o dado que aponta uma desmotivação dos eleitores de 16 e 17 anos para o pleito deste ano. Destacou que o voto para menores de 18 anos foi um direito conquistado na Constituição de 1988. "É um direito caro para o país e uma forma importante de os jovens entrarem em contato com a cidadania e com seus deveres enquanto cidadãos para opinarem sobre a política em seu país".

GANDRA, A. Disponível em: <http: //www.jb.com.br>. Acesso em: 3 out. 2012. (Adaptado).

O artigo de opinião suscita o debate a respeito da alienação política dos jovens brasileiros na faixa etária entre 16 e 17 anos. Que trecho do texto traz o argumento que explica a percepção do desinteresse desses eleitores em relação à votação do dia 7 de outubro de 2012?

  1. “A tradição mostra que são os jovens que mais reagem a situações de crise”.
  2. “eles trazem dentro de si o futuro e reconhecem nas situações críticas do presente o que não deve ser feito e o que precisa ser mudado”.
  3. “há uma ideologia espalhada no ar, que se denomina pós-modernismo, onde se cultiva muito o individualismo”.
  4. “Os candidatos todos despertam o interesse. Mas muitos prometem e não fazem nada”.
  5. “É um direito caro para o país e uma forma importante de os jovens entrarem em contato com a cidadania e com seus deveres”.

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