Vida e morte de M. J. Gonzaga de Sá, de Lima Barreto
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01. (UNICAMP 2025) A citação a seguir, de Vida e morte de M. J. Gonzaga de Sá, de Lima Barreto, apresenta como o narrador conheceu o protagonista.
Num país em que, com tanta facilidade, se fabricam manipansos milagrosos, ídolos aterradores e deuses onipotentes, causa pasmo que a Secretaria dos Cultos não seja tão conhecida como a da Viação. Há, entretanto, nela, no seu Museu e nos seus registros, muita cousa interessante e digna de exame. Foi, por ocasião de desempenhar-me da incumbência do meu diretor, que vim a conhecer Gonzaga de Sá, afogado num mar de papeis, na seção de “alfaias, paramentos e imagens”, informando muito seriamente a consulta do vigário de Sumaré, versando sobre o número de setas que devia ter a imagem de S. Sebastião.
(BARRETO, Lima. Vida e morte de M. J. Gonzaga de Sá. São Paulo: Edição da Revista do Brasil, p. 17, 1919.)
A partir dessa citação e da leitura do romance, é correto afirmar que Lima Barreto usa a personagem Gonzaga de Sá para
- criticar um funcionário que prejudica o andamento da burocracia estatal.
- representar um sujeito que usa o serviço público para impor sua fé ao Estado.
- mostrar o valor do indivíduo em meio à sátira da burocracia estatal.
- figurar um sujeito que usa a religião para sua ascensão no serviço público.