A Queda do Céu: Palavras de uma Xamã Yanomami, de Davi Kopenawa e Bruce Albert
Lista de 03 exercícios de Literatura com gabarito sobre o tema A Queda do Céu: Palavras de uma Xamã Yanomami, de Davi Kopenawa e Bruce Albert com questões de Vestibulares.
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Para responder às questões de 01 a 03, leia um trecho do livro A queda do céu: palavras de uma xamã yanomami, de Davi Kopenawa e Bruce Albert.
Hoje, os brancos acham que deveríamos imitá-los em tudo. Mas não é o que queremos. Eu aprendi a conhecer seus costumes desde a minha infância e falo um pouco a sua língua. Mas não quero de modo algum ser um deles. A meu ver, só poderemos nos tornar brancos no dia em que eles mesmos se transformarem em Yanomami. Sei também que se formos viver em suas cidades, seremos infelizes. Então, eles acabarão com a floresta e nunca mais deixarão nenhum lugar onde possamos viver longe deles. Não poderemos mais caçar, nem plantar nada. Nossos filhos vão passar fome. Quando penso em tudo isso, fico tomado de tristeza e de raiva.
Os brancos se dizem inteligentes. Não o somos menos. Nossos pensamentos se expandem em todas as direções e nossas palavras são antigas e muitas. Elas vêm de nossos antepassados. Porém, não precisamos, como os brancos, de peles de imagens para impedi-las de fugir da nossa mente. Não temos de desenhá-las, como eles fazem com as suas. Nem por isso elas irão desaparecer, pois ficam gravadas dentro de nós. Por isso nossa memória é longa e forte. O mesmo ocorre com as palavras dos espíritos xapiri, que também são muito antigas. Mas voltam a ser novas sempre que eles vêm de novo dançar para um jovem xamã, e assim tem sido há muito tempo, sem fim. (Davi Kopenawa e Bruce Albert. A queda do céu, 2015.)
01. (Albert Einstein 2024) No primeiro parágrafo, em contraposição às tentativas de imposição cultural dos brancos, Davi Kopenawa defende uma ideia de reciprocidade. Tal ideia está explicitada no seguinte trecho:
- “A meu ver, só poderemos nos tornar brancos no dia em que eles mesmos se transformarem em Yanomami.”
- “Hoje, os brancos acham que deveríamos imitá-los em tudo. Mas não é o que queremos.”
- “Eu aprendi a conhecer seus costumes desde a minha infância e falo um pouco a sua língua. Mas não quero de modo algum ser um deles.”
- “Então, eles acabarão com a floresta e nunca mais deixarão nenhum lugar onde possamos viver longe deles.”
- “Não poderemos mais caçar, nem plantar nada. Nossos filhos vão passar fome.”
02. (Albert Einstein 2024) No segundo parágrafo, Davi Kopenawa contrapõe
- a escrita yanomami à oralidade dos brancos.
- a oralidade yanomami à oralidade dos brancos.
- a escrita yanomami à escrita dos brancos.
- a escrita yanomami à oralidade yanomami.
- a oralidade yanomami à escrita dos brancos.
03. (Albert Einstein 2024) Verifica-se o emprego de palavra formada com prefixo que exprime ideia de negação em:
- “não precisamos, como os brancos, de peles de imagens” (2º parágrafo).
- “eles mesmos se transformarem em Yanomami” (1º parágrafo).
- “Nem por isso elas irão desaparecer” (2º parágrafo).
- “Elas vêm de nossos antepassados” (2º parágrafo).
- “Mas não quero de modo algum ser um deles” (1º parágrafo).