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Educação Física

Lista de 37 exercícios de Linguagens com gabarito sobre o tema Educação Física com questões do Enem.


Você pode conferir as videoaulas, conteúdo de teoria, e mais questões sobre o tema Educação Física.




01. (Enem 2024) Por trás do universo “masculino” das lutas, é cada vez mais notório o aumento da participação de mulheres nessa prática corporal. Algumas situações reforçam esse fenômeno de ocupação em ambientes de lutas: a inclusão de mulheres em combates de artes marciais mistas, ou MMA, a transmissão televisiva de lutas de mulheres e a criação de horários específicos para elas em academias que ensinam lutas. Uma pesquisa científica mostrou menor participação e mobilização das meninas em comparação com os meninos nas aulas de Educação Física. Entre as justificativas discentes para essa situação está o fato de que eles relacionam a luta como uma expressão corporal masculina e, por consequência, não adequada aos interesses femininos. Dessa forma, o ensino de lutas nas aulas de Educação Física é atravessado por tensões relacionadas às questões de gênero e sexualidade, o que, por sua vez, pode favorecer a sua exclusão do conteúdo próprio da disciplina.

SO, M. R.; MARTINS, M. Z.; BETTI, M. As relações das meninas com os saberes das lutas nas aulas de Educação Física. Motrivivência, n. 56, dez. 2018 (adaptado).

Segundo o texto, apesar do aumento da participação de mulheres em lutas, a realidade na escola ainda é diferente em razão do(a)

  1. esportivização desse conteúdo.
  2. masculinização dessa modalidade.
  3. enfoque desses eventos pela mídia.
  4. trato pedagógico dessa manifestação.
  5. marginalização desse tema pela Educação Física.

02. (Enem 2024) Os Jogos Olímpicos já não são mais os mesmos. E isso não é nem uma crítica, nem um elogio. É uma constatação. Esse movimento começou com o vôlei de praia tornando-se esporte olímpico em 1996, passou pela chegada do BMX Racing como primeiro “radical” a entrar no programa em 2008, e agora atinge seu momento mais insólito com a inclusão do break dance como modalidade dos Jogos de Paris, em 2024. Para os mais tradicionalistas, o cruzamento da linha que delimitava o que é esporte e o que é cultura e arte é uma afronta ao espírito dos Jogos Olímpicos. Skate e surfe, que há anos têm competições na televisão, pareciam estar na divisa entre esses dois mundos, o limite do aceitável pelos puristas. O break dance estaria do lado de “lá” dessa fronteira. Para o Comitê Olímpico Internacional, a decisão faz parte de uma estratégia de se comunicar com jovens urbanos que se exercitam e se entretêm de uma maneira muito diferente da dos seus avós.

Disponível em: www.uol.com.br. Acesso em: 19 nov. 2021 (adaptado)

A mudança no programa olímpico mencionada no texto mostra que o esporte está se

  1. aproximando da aventura.
  2. mantendo em sua forma padrão.
  3. tornando uma forma de dança.
  4. afastando de elementos culturais.
  5. adaptando às demandas do seu tempo

03. (Enem 2023) A indústria do esporte eletrônico é um mercado que está crescendo em um ritmo mais rápido do que a economia mundial. Sua popularidade cresceu muito e no Brasil não é diferente. De acordo com os dados de uma pesquisa, mais de 64% dos brasileiros que jogam videogame já ouviram falar de esporte eletrônico. No entanto, o que chama a atenção é o crescimento superior a 10% do público praticante comparado ao ano anterior, que subiu de 44,7% para 55,4%.

Trata-se de um percentual expressivo, já que o Brasil está no top 3 dentre os países que têm maior número de espectadores de esporte eletrônico do mundo. Comparado ao ano anterior, em 2020, o Brasil teve um marco de crescimento de 20% na audiência.

Mundo afora, a árdua dedicação de grandes gamers contribuiu para o reconhecimento do Comitê Olímpico Internacional, aliado a outras cinco federações esportivas e suas desenvolvedoras de jogos, que direcionaram um olhar mais atento ao assunto, permitindo dar o primeiro passo para concretizar, pela primeira vez na história dos jogos eletrônicos, um evento olímpico oficial.

Disponível em: https://chicoterra.com.

Acesso em: 19 nov. 2021 (adaptado).

O contexto em que o esporte eletrônico é apresentado no texto demonstra o(a)

  1. condição favorável à expansão dessa modalidade.
  2. promoção dessa prática por jogadores profissionais.
  3. impulsionamento de um processo de marketing.
  4. favorecimento de fabricantes dos jogos.
  5. modificação da audiência televisiva.

04. (Enem 2023) A sessão do Comitê Olímpico Internacional (COI) aprovou uma mudança histórica e inédita no lema olímpico, criado em 1894 pelo Barão Pierre de Coubertin para expressar os valores e a excelência do esporte. Mais de 120 anos depois, o lema tem sua primeira alteração para ressaltar a solidariedade e incluir a palavra "juntos": mais rápido, mais alto, mais forte – juntos. A mudança foi aprovada por unanimidade pelos membros do COI e celebrada pelo presidente da entidade.

Disponível em: https://ge.globo.com.

Acesso em: 10 nov. 2021 (adaptado).

De acordo com o texto, a alteração do lema olímpico teve como objetivo a

  1. unificação do lema anterior ao atual.
  2. aproximação entre o lema olímpico e o COl.
  3. junção do lema olímpico com os princípios esportivos.
  4. associação entre o lema olímpico e a cooperatividade.
  5. vinculação entre o lema olímpico e os eventos atléticos.

05. (Enem 2023) A neozelandesa Laurel Hubbard fez história nos Jogos Olímpicos. Apesar de ter ficado de fora da disputa por medalhas, a levantadora de peso deixou sua marca na edição de Tóquio por ser a primeira mulher abertamente transgênero a participar de uma competição olímpica.

No início da carreira, na década de 1990, a neozelandesa participava de disputas na categoria masculina. Em 2001, aos 23 anos, ela se afastou da atividade.

“A pressão de tentar me encaixar em um mundo que talvez não tenha sido feito para pessoas como eu se tornou um fardo muito grande para suportar”. Em 2012, Laurel começou sua transição de gênero por meio de terapias hormonais e, em 2013, declarou abertamente ser uma mulher trans.

Para o Comitê Olímpico Internacional, a participação de mulheres trans nos Jogos é permitida caso o nível de testosterona, hormônio que aumenta a massa muscular, esteja abaixo de 10 nanomols por litro por pelo menos 12 meses.

Disponível em: https://revistagalileu.globo.com.

Acesso em: 18 nov. 2021 (adaptado).

No texto, os limites do potencial inclusivo do esporte são dados pela

  1. dificuldade de conseguir bons resultados esportivos.
  2. dependência de características biológicas padronizadas.
  3. inexistência de uma categoria para pessoas transgênero.
  4. necessidade de afastamento temporário das competições.
  5. impossibilidade de uso controlado de substâncias exógenas.

06. (Enem 2023) “Ganhei 25 medalhas em mundiais, sete em Jogos Olímpicos, e sou uma sobrevivente de abuso sexual.” Foi assim que Simone Biles se apresentou ao comitê do Senado norte-americano que investiga as supostas falhas do FBI no caso Larry Nassar.

Biles e outras três atletas, vítimas dos abusos do ex-médico da equipe de ginástica feminina dos EUA, exigiram que os agentes da investigação sejam processados por falta de ação prévia contra Nassar agora preso.

Biles esclareceu que culpa Larry Nassar e “todo o sistema que o permitiu e o perpetrou”, acusando a Federação de Ginástica e o Comitê Olímpico dos Estados Unidos de saberem “muito antes” que ela havia sofrido abusos. A melhor ginasta do mundo é um ícone. Nos Jogos Olímpicos de Tóquio, uma lesão psicológica a impediu de competir como previa.

No entanto, ela chegou ao topo como uma líder no trabalho de acabar com o preconceito com os problemas de saúde mental. “Não quero que nenhum outro atleta olímpico sofra o horror que eu e outras centenas suportamos e continuamos suportando até hoje”, afirmou.

Disponível em: https//brasil.elpais.com.

Acesso em: 31 out. 2021 (adaptado).

O fato relatado na notícia chama a atenção acerca da necessidade de reflexão sobre a relação entre o esporte e

  1. o desempenho atlético internacional.
  2. a dimensão emocional dos atletas.
  3. os comitês olímpicos nacionais.
  4. as instituições de inteligência.
  5. as federações esportivas.

07. (ENEM 2022) A conquista da medalha de prata por Rayssa Leal, no skate street nos Jogos Olímpicos, é exemplo da representatividade feminina no esporte, avalia a âncora do jornal da rede de televisão da CNN. A apresentadora, que também anda de skate, celebrou a vitória da brasileira, que entrou para a história como a atleta mais nova a subir num pódio defendendo o Brasil.

“Essa representatividade do esporte nos Jogos faz pensarmos que não temos que ficar nos encaixando em nenhum lugar. Posso gostar de passar notícia e, mesmo assim, gostar de skate, subir montanha, mergulhar, andar de bike, fazer yoga”.

Temos que parar de ficar enquadrando as pessoas dentro das regras. A gente vive num padrão no qual a menina ganha boneca, mas por que também não fazer um esporte de aventura? Por que o homem pode se machucar, cair de joelhos, e a menina tem que estar sempre lindinha dentro de um padrão? Acabamos limitando os talentos das pessoas”, afirmou a jornalista, sobre a prática do skate por mulheres.

Disponível em: www.cnnbrasil.com.br.

Acesso em: 31 out. 2021 (adaptado).

O discurso da jornalista traz questionamentos sobre a relação da conquista da skatista com a

  1. conciliação do jornalismo com a prática do skate.
  2. inserção das mulheres na modalidade skate street.
  3. desconstrução da noção do skate como modalidade masculina.
  4. vanguarda de ser a atleta mais jovem a subir no pódio olímpico.
  5. conquista de medalha nos Jogos Olímpicos de Tóquio.

08. (ENEM 2022) Criado há cerca de 20 anos na Califórnia, o mountainboard é um esporte de aventura que utiliza uma espécie de skate off-road para realizar manobras similares às das modalidades de snowboard, surf e do próprio skate.

A atividade chegou ao Brasil em 1997 e hoje possui centenas de praticantes, um circuito nacional respeitável e mais de uma dezena de pistas espalhadas pelo país. Segundo consta na história oficial, o mountainboard foi criado por praticantes de snowboard que sentiam falta de praticar o esporte nos períodos sem neve.

Para isso, eles desenvolveram um equipamento bem simples: uma prancha semelhante ao modelo utilizado na neve (menor e um pouco menos flexível), com dois eixos bem resistentes, alças para encaixar os pés e quatro pneus com câmaras de ar para regular a velocidade que pode ser alcançada em diferentes condições.

Com essa configuração, o esporte se mostrou possível em diversos tipos de terreno: grama, terra, pedras, asfalto e areia. Além desses pisos, também é possível procurar pelas próprias trilhas para treinar as manobras.

Disponível em: www.webventure.com.br. Acesso em: 19 jun. 2019.

A história da prática do mountainboard representa uma das principais marcas das atividades de aventura, caracterizada pela

  1. competitividade entre seus praticantes.
  2. atividade com padrões técnicos definidos.
  3. modalidade com regras predeterminadas.
  4. criatividade para adaptações a novos espaços.
  5. necessidade de espaços definidos para a sua realização.

09. (ENEM 2022) É ruivo? Tem olhos azuis? É homem ou mulher? Usa chapéu? Quem jogou Cara a Cara na infância sabe de cor o roteiro de perguntas para adivinhar quem é o personagem misterioso do seu oponente.

Agora, o jogo está prestes a ganhar uma nova versão.

A designer polonesa Zuzia Kozerska-Girard está desenvolvendo uma variação do Guess Who? (nome do Cara a Cara em inglês), em que as personalidades do tabuleiro são, na verdade, mulheres notáveis da história e da atualidade, como a artista Frida Kahlo, a ativista Malala Yousafzai, a astronauta Valentina Tereshkova e a aviadora Amelia Earhart. O Who’s She? (“Quem é ela?”, em português) traz, no total, 28 mulheres que representam diversas profissões, nacionalidades e idades.

A ideia é que, em vez de perguntar sobre a aparência das personagens, as questões sejam direcionadas aos feitos delas: ganhou algum Nobel, fez alguma descoberta? Para cada personagem há um cartão com fatos divertidos e interessantes sobre sua vida. Uma campanha entrou no ar com o objetivo de arrecadar dinheiro para desenvolver o Who’s She?. A meta inicial era reunir 17 mil dólares. Oito dias antes de a campanha acabar, o projeto já angariou quase 350 mil dólares.

A chegada do jogo à casa do comprador varia de acordo com a quantia doada — quanto mais você doou, mais rápido vai poder jogar.

Disponível em: www.super.abril.com.br.

Acesso em: 4 dez. 2018 (adaptado).

Ao divulgar a adaptação do jogo para questões relativas a ações e habilidades de mulheres notáveis, o texto busca

  1. contribuir para a formação cidadã dos jogadores.
  2. refutar modelos estereotipados de beleza e elegância.
  3. estimular a competitividade entre potenciais compradores.
  4. exemplificar estratégias de arrecadação financeira pela internet.
  5. desenvolver conhecimentos lúdicos específicos dos tempos atuais.

10. (ENEM 2022) Pisoteamento, arrastão, empurra-empurra, agressões, vandalismo e até furto a um torcedor que estava caído no asfalto após ter sido atropelado nas imediações do estádio do Maracanã. As cenas de selvageria tiveram como estopim a invasão de milhares de torcedores sem ingresso, que furaram o bloqueio policial e transformaram o estádio em terra de ninguém. Um reflexo não só do quadro de insegurança que assola o Rio de Janeiro, mas também de como a violência social se embrenha pelo esporte mais popular do país.

Em 2017, foram registrados 104 episódios de violência no futebol brasileiro, que resultaram em 11 mortes de torcedores. Desde 1995, quando 101 torcedores ficaram feridos e um morreu durante uma batalha campal no estádio do Pacaembu, autoridades brasileiras têm focado as ações de enfrentamento à violência no futebol em grupos uniformizados, alguns proibidos de frequentar estádios. Porém, a postura meramente repressiva contra torcidas organizadas é ineficaz em uma sociedade que registra mais de 61000 homicídios por ano. “É impossível dissociar a escalada de violência no futebol do panorama de desordem pública, social, econômica e política vivida pelo país”, de acordo com um doutor em sociologia do esporte.

Disponível em: https://brasil.elpais.com.

Acesso em: 22 jun. 2019 (adaptado).

Nesse texto, a violência no futebol está caracterizada como um(a)

  1. problema social localizado numa região do país.
  2. desafio para as torcidas organizadas dos clubes. reflexo da precariedade da organização social no país.
  3. inadequação de espaço nos estádios para receber o público.
  4. consequência da insatisfação dos clubes com a organização dos jogos.

11. (ENEM 2022) Seis em cada dez pessoas com 15 anos ou mais não praticam esporte ou atividade física. São mais de 100 milhões de sedentários. Esses são dados do estudo Práticas de esporte e atividade física, da Pnad 2015, realizado pelo IBGE. A falta de tempo e de interesse são os principais motivos apontados para o sedentarismo.

Paralelamente, 73,3% das pessoas de 15 anos ou mais afirmaram que o poder público deveria investir em esporte ou atividades físicas. Observou-se uma relação direta entre escolaridade e renda na realização de esportes ou atividades físicas. Enquanto 17,3% das pessoas que não tinham instrução realizavam diversas práticas corporais, esse percentual chegava a 56,7% das pessoas com superior completo. Entre as pessoas que têm práticas de esporte e atividade física regulares, o percentual de praticantes ia de 31,1%, na classe sem rendimento, a 65,2%, na classe de cinco salários mínimos ou mais.

A falta de tempo foi mais declarada pela população adulta, com destaque entre as pessoas de 25 a 39 anos. Entre os adolescentes de 15 a 17 anos, o principal motivo foi não gostarem ou não quererem. Já o principal motivo para praticar esporte, declarado por 11,2 milhões pessoas, foi relaxar ou se divertir, seguido de melhorar a qualidade de vida ou o bem-estar. A falta de instalação esportiva acessível ou nas proximidades foi um motivo pouco citado, demonstrando que a não prática estaria menosassociada à infraestrutura disponível.

Disponível em: www.esporte.gov.br.

Acesso em: 9 ago. 2017 (adaptado).

Com base na pesquisa e em uma visão ampliada de saúde, para a prática regular de exercícios ter influência significativa na saúde dos brasileiros, é necessário o desenvolvimento de estratégias que

  1. promovam a melhoria da aptidão da população, dedicando-se mais tempo aos esportes.
  2. combatam o sedentarismo presente em parcela significativa da população no território nacional.
  3. facilitem a adoção da prática de exercícios, com ações relacionadas à educação e à distribuição de renda.
  4. auxiliem na construção de mais instalações esportivas e espaços adequados para a prática de atividades físicas e esportes.
  5. estimulem o incentivo fiscal para a iniciativa privada destinar verbas aos programas nacionais de promoção da saúde pelo esporte.

12. (Enem 2019) No Brasil, a disseminação de uma expectativa de corpo com base na estética da magreza é bastante grande e apresenta uma enorme repercussão, especialmente, se considerada do ponto de vista da realização pessoal. Em pesquisa feita na cidade de São Paulo, aparecem os percentuais de 90% entre as mulheres pesquisadas que se dizem preocupadas com seu peso corporal, sendo que 95% se sentem insatisfeitas com “seu próprio corpo”.

SILVA, A. M. Corpo, ciência e mercado: reflexões acerca da gestação de um novo arquétipo da felicidade. Campinas: Autores Associados; Florianópolis: UFSC, 2001.

A preocupação excessiva com o “peso” corporal pode provocar o desenvolvimento de distúrbios associados diretamente à imagem do corpo, tais como

  1. anorexia e bulimia.
  2. ortorexia e vigorexia.
  3. ansiedade e depressão.
  4. sobrepeso e fobia social.
  5. sedentarismo e obesidade.

13. (Enem PPL 2019) Slow Food

A favor da alimentação com prazer e da responsabilidade socioambiental, o slow food é um movimento que vai contra o ritmo acelerado de vida da maioria das pessoas hoje: o ritmo fast-food, que valoriza a rapidez e não a qualidade. Traduzido na alimentação, o fast-food está nos produtos artificiais, que, apesar de práticos, são péssimos à saúde: muito processados e muito distantes da sua natureza — como os lanches cheios de gorduras, os salgadinhos e biscoitos convencionais etc. etc.

Agora, vamos deixar de lado o fast e entender melhor o slow food. Segundo esse movimento, o alimento deve ser:

• bom: tão gostoso que merece ser saboreado com calma, fazendo de cada refeição uma pausa especial do dia;

• limpo: bom à saúde do consumidor e dos produtores, sem prejudicar o meio ambiente nem os animais;

• justo: produzido com transparência e honestidade social e, de preferência, de produtores locais. Deu pra ver que o slow food traz muita coisa interessante para o nosso dia a dia. Ele resgata valores tão importantes, mas que muitas vezes passam despercebidos. Não é à toa que ele já está contagiando o mundo todo, inclusive o nosso país.

Disponível em: www.maeterra.com.br. Acesso em: 5 ago. 2017.

Algumas palavras funcionam como marcadores textuais, atuando na organização dos textos e fazendoos progredir. No segundo parágrafo desse texto, o marcador “agora”

  1. define o momento em que se realiza o fato descrito na frase.
  2. sinaliza a mudança de foco no tema que se vinha discutindo.
  3. promove uma comparação que se dá entre dois elementos do texto.
  4. indica uma oposição que se verifica entre o trecho anterior e o seguinte.
  5. delimita o resultado de uma ação que foi apresentada no trecho anterior.

14. (Enem PPL 2019) A mídia divulga à exaustão um padrão corporal determinado, padrão único, branco, jovem, musculoso e, especialmente no caso do corpo feminino, magro. Pesquisas apontam para o fato de que esse padrão de beleza divulgado se aplica apenas de 5 a 8% da população mundial. Especialmente no Brasil, onde a diversidade é uma característica marcante, a mídia no geral acaba por mostrar seu desprezo pela riqueza de tipos, de raças, pela própria mestiçagem, insistindo num padrão único de beleza tanto para mulheres quanto para homens.

MALDONADO, G. A educação física e o adolescente: a imagem corporal e a estética da transformação na mídia impressa. Revista Mackenzie de Educação Física e Esportes, n. 1, 2006 (adaptado).

Em relação aos aspectos do padrão corporal dos brasileiros, compreende-se que esta população

  1. é caracterizada pela sua rica diversidade.
  2. possui, em sua maioria, mulheres obesas.
  3. está devidamente representada na grande mídia.
  4. tem padrão de beleza idêntico aos demais países.
  5. é composta, na maioria, por pessoas brancas e magras.

15 15. (ENEM 2022 PPL) Uma polêmica relacionada à covid-19 com clara relação com a Educação Física foi a discussão sobre a reabertura ou não das academias de ginástica em plena pandemia. Entre os argumentos apresentados pelos que defendiam a abertura estava o de que o exercício teria um efeito protetor contra a covid-19, pelo fortalecimento do sistema imunológico.

A realização dessas práticas pode ser importante para a saúde, inclusive com foco na melhoria/manutenção da saúde mental, mas em muitas recomendações há mais um sentido de “ter que fazer”, com caráter “obrigatório”. Outro ponto ignorado diz respeito ao aconselhamento para a realização de exercícios físicos em casa durante a pandemia, considerando aspectos como a habilidade das pessoas para realizarem essas atividades, suas preferências, as condições das residências etc. Entendemos que essas recomendações, algumas vezes de caráter persecutório e descontextualizadas da realidade de muitas pessoas, não favorecem um olhar mais ampliado sobre a saúde.

LOCH, M. R. et al. A urgência da saúde coletiva na formação em Educação Física: lições com a covid-19. Ciência & Saúde Coletiva, n. 25, 2020 (adaptado).

Segundo o texto, no contexto da pandemia, a relação entre exercício físico e saúde deveria considerar a

  1. necessidade de que as academias se mantivessem abertas para orientação das práticas corporais.
  2. recomendação de que as atividades físicas atendessem às preferências individuais.
  3. relevância de adaptar as atividades físicas à realidade social dos sujeitos.
  4. obrigatoriedade de adotar o hábito de praticar atividades físicas em casa.
  5. importância de melhorar as defesas orgânicas contra a doença.

16 16. (ENEM 2022 PPL) A anorexia é um transtorno alimentar caracterizado por grande perda de peso, ausência de menstruação e distúrbio na vivência do peso ou da forma corporal. Fatores familiares, psicológicos, socioculturais e fisiológicos interagem entre si, predispondo, precipitando e/ou mantendo o transtorno.

Anoréxicos têm medo doentio de engordar e experienciam uma grande necessidade de controle sobre o peso e a forma do corpo. Dietas exíguas, uso de laxantes, diuréticos e indução de vômito são estratégias para manter o peso e a forma corporal.

O exercício também é uma estratégia para perder e controlar o peso, sendo praticado de maneira ritualizada e excessiva. O objetivo é alcançar um corpo ideal condizente com os padrões de beleza, eliminando as poucas calorias que o sujeito se permite ingerir.

CUMMING, G. et al. Experiências e expectativas em práticas de atividades físicas de

pessoas com anorexia nervosa. Movimento, n. 2, 2009 (adaptado).

Uma causa determinante que contribui para a anorexia, vinculada ao exercício físico, é o(a)

  1. busca por um modelo de corpo e beleza estereotipado socialmente.
  2. conjunto de fatores familiares, psicológicos e socioculturais.
  3. utilização de medicamentos e dietas restritivas.
  4. recorrência da provocação do vômito.
  5. medo exagerado de ganhar peso.

17. (Enem 2021) A história do futebol brasileiro contém, ao longo de um século, registros de episódios racistas. Eis o paradoxo: se, de um lado, a atividade futebolística era depreciada aos olhos da “boa sociedade” como profissão destinada aos pobres, negros e marginais, de outro, achava-se investida do poder de representar e projetar a nação em escala mundial. A Copa do Mundo no Brasil, em 1950, viria a se constituir, nesse sentido, em uma rara oportunidade. Contudo, na decisão contra o Uruguai sobreveio o inesperado revés. As crônicas esportivas elegiam o goleiro Barbosa e o defensor Bigode como bodes expiatórios, “descarregando nas costas” dos jogadores os “prejuízos” da derrota. Uma chibata moral, eis a a sentença proferida no tribunal do brancos. Nos anos 1970, por não atender às expectativas normativas suscitadas pelo estereótipo do “bom negro”, Paulo César Lima foi classificado como “jogador – problema”. Ele esboçava a revolta da chibata no futebol brasileiro. Enquanto Barbosa e Bigode, sem alternativa suportaram o linchamento moral na derrota 1950, Paulo César contra-atacava os que pretendiam condená-lo pelo insucesso de 1974. O jogador assumia as cores e as causas defendidas pela esquadra dos pretos em todas as esferas da vida social. “Sinto na pele esse racismo subjacente” revelou a imprensa francesa: “Isto é, ninguém ousa pronunciar a palavra ‘racismo’. Mas posso garantir que ele existe, mesmo na seleção Brasileira”. Sua ousadia constituiu em pronunciar a palavra interdita no espaço simbólico do discurso oficial para reafirmar o mito da democracia racial.

Disponível em: https://observatorioracialfutebol.com.br. Acesso em: 22 jun. 2019 (adaptado)

O texto atribui o enfraquecimento do mito da democracia racial no futebol à

  1. responsabilização dos jogadores negros pela derrota na final da Copa de 1950.
  2. projeção mundial da nação por um esporte antes destinados aos pobres.
  3. depreciação de um esporte associado a marginalidade.
  4. interdição da palavra "racismo" no contexto esportivo.
  5. atitude contestadora de um "jogador-problema".

18. (Enem 2021) O skate apareceu como forma de vivência no lazer em períodos de baixa nas ondas e ficou conhecido como “surfinho”. No início foram utilizados eixos e rodinhas de patins pregados numa madeira qualquer, para sua composição, sendo as rodas de borracha ou ferro. O grande marco na história do skate ocorreu em 1974, quando o engenheiro químico chamado Frank Nasworthy descobriu o uretano, material mais flexível, que oferecia mais aderência às rodas. A dependência dos skatistas em relação a esse novo material igualmente alavancou o surgimento de novas manobras e possibilitou a um maior número de pessoas inexperientes começar a prática dessa modalidade. O resultado foi a criação de campeonatos, marcas, fábricas e lojas especializadas.

ARMBRUST, I; LAURD, G, A, A. O skate e suas possibilidades educacionais. Motriz, jul-set, 2010 (adaptado).

De acordo com o texto, diversos fatores ao longo do tempo

  1. contribuíram para a democratização do skate.
  2. evidenciaram as demandas comerciais dos skatistas.
  3. definiram a carreira de skatista profissional.
  4. permitiram que a prática social do skate substituísse o surfe.
  5. indicaram a autonomia dos praticantes de skate.

19. (Enem Digital 2020)A Em Forma é uma revista destinada às mulheres, às expectativas de consumo que podem ser produzidas ou que se encontram no horizonte de uma feminilidade urbana contemporânea impelida à disputa no mercado afetivo masculino (as mulheres da Em Forma são jovens e heterossexuais). A Em Forma tem como conteúdo central de suas reportagens dietas e séries de exercícios, fármacos para a pele e o cabelo, com fins de embelezamento do corpo e cuidados com a saúde, e reportagens com temas de autoajuda. Ela organiza-se em seções específicas: 1. Fitness; 2. Beleza; 3. Dieta e nutrição; 4. Bem-estar; e 5. Especial. Além dessas seções, apresenta sempre uma reportagem com a “Garota da capa” e outras minisseções que veiculam conteúdos similares aos das seções fixas.

ALBINO, B. S.; VAZ, A. F. O corpo e as técnicas para o embelezamento feminino. Movimento, n. 1, 2008 (adaptado).

Considerando-se as expectativas sobre as feminilidades produzidas pela mídia, na revista mencionada a prática de exercícios tem corroborado para a construção de uma feminilidade

  1. plural, que prioriza a saúde, o bem-estar e a beleza.
  2. hegemônica, que normatiza a heterossexualidade e a jovialidade.
  3. heterogênea, prevendo a existência de corpos com diferentes formas.
  4. padronizada, que privilegia a autonomia das mulheres sobre seu estilo de vida.
  5. cristalizada, desconsiderando as expectativas de consumo na contemporaneidade

20. (Enem Digital 2020) Os cuidados com o corpo vão se tornando uma exigência na modernidade e implicam a convergência de uma série de elementos: as tecnologias, para tanto, vão se desenvolvendo de maneira acelerada; o mercado dos produtos e serviços voltados para o corpo vai se expandindo; a higiene que fundamentava esses cuidados vai sendo substituída pelos prazeres do “corpo”, implicação lógica do processo de secularização, no qual há a identificação da personalidade dos indivíduos com sua aparência. Por todas essas circunstâncias, o cuidado com o corpo transforma-se numa ditadura do corpo, um corpo que corresponda à expectativa desse tempo, um corpo que seja trabalhado arduamente e do qual os vestígios de naturalidade sejam eliminados.

SILVA, A. M. Corpo, ciência e mercado: reflexões acerca da gestação de um novo arquétipo da felicidade. Campinas:

Autores Associados; Florianópolis: UFSC, 2001.

O fenômeno social identificado, em relação à presença do corpo na sociedade, indica que

  1. as tecnologias, o mercado dos produtos e serviços e a higiene criaram uma ditadura do corpo.
  2. os cuidados com o corpo na modernidade reforçam a naturalidade da personalidade do indivíduo.
  3. a expansão das tecnologias de cuidado reduz o impacto desempenhado pelos padrões estéticos na construção da imagem corporal.
  4. o enfraquecimento atual dos padrões de beleza favorece o crescimento do mercado de produtos e serviços voltados aos cuidados estéticos.
  5. os padrões estéticos desempenham uma importante função social à medida que induzem à melhoria dos indicadores de saúde na população.

21. (Enem Digital 2020) O que dizer de um corpo flácido, gordo, considerado deselegante nos dias de hoje, mas que era, há não muito tempo, considerado sensual e inspirador por pintores clássicos? Como entender o conceito de saúde, associado antigamente a um corpo robusto, até mesmo gordo, e atualmente relacionado a um corpo magro? E o corpo já não tão jovem, sobre o qual é imposta uma série de “consertos” e “reparos” para parecer mais jovem? O que se pode dizer é que o corpo é uma síntese da cultura, pois, através do seu corpo, o ser humano vai assimilando e se apropriando dos valores, normas e costumes sociais, em um processo de incorporação.

DAOLIO, J. Os significados do corpo na cultura e as implicações para a educação física. Movimento, n. 2, 1995 (adaptado).

As mudanças das representações sobre o corpo ao longo da história são provenientes da

  1. busca permanente pela saúde relacionada a um padrão corporal específico.
  2. interferência da História da Arte sobre padrões corporais valorizados no cotidiano.
  3. pesquisa por novos procedimentos estéticos voltados aos cuidados com a aparência corporal.
  4. diferença aparente entre a capacidade motora de um corpo jovem e aquele marcado pelo tempo.
  5. influência da sociedade na construção dos sentidos e significados sociais relacionados ao corpo.

22. (Enem Digital 2020) Nos dias atuais, para as crianças e os adolescentes, a alimentação adequada e balanceada está associada, na maioria das vezes, à busca da forma ideal, segundo padrões ditados pela mídia. Se antes essa preocupação era predominantemente feminina, hoje existem adolescentes tentando emagrecer a qualquer custo: entram e saem de dietas e regimes feitos por conta própria, automedicam-se ou praticam exercícios físicos sem orientação.

MATTOS, L. O. N. Educação física e educação para a saúde. MultiRio, 2016 (adaptado).

Adolescentes associam que a conquista da “forma ideal” do corpo está relacionada à

  1. adoção de hábitos inadequados à saúde no cotidiano
  2. busca de auxílio médico para o tratamento com fármacos.
  3. adesão a programas oferecidos por academias de ginástica.
  4. atuação da mídia na estética presente no imaginário feminino.
  5. procura de um nutricionista para a realização de dieta e regime.

23. (Enem Digital 2020) O universo infantil encanta por ser rico na diversidade de manifestações corporais. Crianças brincam de pega-pega, esconde-esconde, mãe de rua e experienciam diversas possibilidades de movimento na busca de novas descobertas, que podem ocorrer por meio de elementos gímnicos, como a estrelinha, a cambalhota, a bananeira (nomes populares dados à roda, ao rolamento e à parada de mãos).

PIZANI, J.; BARBOSA-RINALDI, I. P. Cotidiano escolar: a presença de elementos gímnicos nas brincadeiras infantis. Revista de Educação Física da UEM, n. 1, 2010.

Os fundamentos gímnicos da roda e da parada de mãos requerem, respectivamente, a aplicação dos elementos de

  1. pose e força.
  2. giro e corrida.
  3. apoio e equilíbrio.
  4. saltito e suspensão.
  5. reversão e resistência.

24. (Enem PPL 2020) Estória de um gibi da Turma da Mônica, intitulada Brincadeira de menino

Mônica, conhecida personagem de Maurício de Sousa, passa na casa da sua melhor amiga, Magali, para convidá-la para brincar. A mãe da Magali diz que a menina está com gripe e precisa de repouso, e por isso não vai poder sair de casa. Mônica sai triste e pensativa, quando cruza com o Cebolinha e convida-o para brincar com ela de “casinha”. Ele se recusa e diz: “— Homem não blinca de casinha”, e Mônica retruca: “— Ah, Cebolinha! Que preconceito!”. Cebolinha responde: “— Pleconceito uma ova! Casinha é coisa de menina! Vou te mostlar o que é blincadeila de menino!”. Enquanto ele sai de cena, Mônica fica debaixo de uma árvore brincando sozinha e Cebolinha faz várias aparições com brinquedos e brincadeiras supostamente só de meninos: aparece “voando” num skate, mas cai na frente dela. Depois aparece numa bicicleta, mas bate numa pedra e cai. Aparece de patins, tropeça e cai. Reaparece chutando uma bola, mas a bola bate na árvore e volta acertando sua cabeça. Desanimado e desistindo das “suas” brincadeiras, Cebolinha aparece no último quadro, ao lado da Mônica, brincando de “casinha”.

OLIVEIRA, A. B.; PERIM, G. L. (Org.). Fundamentos pedagógicos para o programa Segundo Tempo. Brasília: Ministério do Esporte, 2008 (adaptado).

Refletindo sobre as relações de gênero nas brincadeiras infantis, a estória mostra que

  1. meninos podem se envolver com os mesmos brinquedos e brincadeiras que meninas.
  2. meninas são mais frágeis e por isso devem se envolver em brincadeiras mais passivas.
  3. meninos são mais habilidosos do que meninas e por isso se envolvem em atividades diferentes.
  4. meninas tendem a reproduzir mais os estereótipos de gênero em suas práticas corporais do que os meninos.
  5. meninos e meninas devem se envolver em atividades distintas, como, respectivamente, o futebol e a “casinha”.

25. (Enem PPL 2020) Ronda Jean Rousey definitivamente é uma daquelas mulheres que ficará marcada na história. Ela foi capaz de fazer o que pouquíssimos conseguem: atrair o público normal, que não está acostumado a acompanhar o MMA regularmente.

RESENDE, I. Disponível em: http://espn.uol.com.br. Acesso em: 31 ago. 2017.

Ronda Rousey é uma atleta de MMA (Mixed Martial Arts – Artes Marciais Mistas), campeã nessa modalidade. Por seu desempenho na área das lutas, ela se contrapõe ao modelo de feminilidade normativo. No contexto da sociedade contemporânea, no qual mulheres têm conquistado diferentes espaços, Ronda

  1. masculiniza-se em função das características necessárias a essa prática esportiva.
  2. aproveita-se do padrão estético para conquistar patrocínios e manter-se no esporte.
  3. submete-se aos elementos da identidade masculina para se manter no esporte.
  4. cruza uma fronteira de gênero ao se inserir numa área de reserva masculina.
  5. mantém sua feminilidade em detrimento de um alto desempenho esportivo.

26. (Enem PPL 2020) A expansão urbana altera a configuração de muitos espaços, a ponto de prejudicar atividades neles desenvolvidas, seja pela especulação imobiliária, ou pelo projeto urbanístico da administração pública. Essa pressão é sentida em algumas escolas, principalmente para a prática de esportes, que demanda uma área ampla e diferenciada. O problema leva gestores e docentes a procurarem alternativas para se adaptar a essa realidade urbana. Para o urbanista Fernando Pinho, “se a cidade é de todos e para todos, por que não se apropriar dela? A escola deve ser mais porosa à cidade, à vida do lado de fora [...]. Temos que trazer a cidade para a sala de aula e tornar a cidade uma sala de aula”.

PERET, E. A cidade como sala de aula. Retratos: a revista do IBGE, n. 4, 2017 (adaptado).

As mudanças urbanísticas têm impactado o espaço escolar.

Nesse contexto, a prática de esporte

  1. pressupõe projetos urbanísticos que sejam adequados.
  2. exige quadras e ginásios que se localizem fora da escola.
  3. demanda locais específicos que viabilizem sua realização.
  4. pede criação de regras que atendam à reconfiguração urbana.
  5. requer modalidades não convencionais que explorem o espaço urbano.

27. (Enem PPL 2020) A Associação Internacional das Federações de Atletismo (IAAF) aprovou o aumento da suspensão de dois para quatro anos em casos de atletas flagrados por doping. Em sincronia com o próximo Código Mundial Antidoping, da Agência Mundial de Doping (WADA), a nova punição entrará em vigor no dia 1º de janeiro de 2015. Até lá, a penalidade continua sendo de dois anos.

Disponível em: http://globoesporte.com. Acesso em: 15 ago. 2013.

Com base na decisão da Associação Internacional das Federações de Atletismo, considera-se que as penalidades previstas para esse esporte indicam um(a)

  1. incentivo a novas formas de doping por parte dos atletas.
  2. descaso com a performance esportiva das várias modalidades do atletismo.
  3. uso favorável dos produtos da indústria farmacêutica nos torneios oficiais de atletismo.
  4. procedimento prejudicial para a credibilidade da modalidade e do fair play nos esportes.
  5. aumento na utilização do doping para a melhora na performance dos atletas.

28. (Enem PPL 2020) TEXTO I

TEXTO II

TEXTO III

Analisemos o conceito de saúde formulado na histórica VIII Conferência Nacional de Saúde, no ano de 1986. Também conhecido como “conceito ampliado” de saúde, foi fruto de intensa mobilização, que se estabeleceu em diversos países da América Latina, como resposta à crise dos sistemas públicos de saúde. Recordemos seu enunciado: em sentido amplo, a saúde é resultante das condições de alimentação, habitação, educação, renda, meio ambiente, trabalho, transporte, emprego, lazer, liberdade, acesso e posse da terra e acesso aos serviços de saúde. Sendo assim, é principalmente resultado das formas de organização social, de produção, as quais podem gerar grandes desigualdades nos níveis de vida.

BATISTELLA, C. Abordagens contemporâneas do conceito de saúde. Disponível em: www.epsjv.fiocruz.br. Acesso em: 5 jun. 2018 (adaptado).

Com base no conceito ampliado de saúde, podemos interpretar que as imagens dos textos I e II

  1. convidam a pensar sobre o conceito ampliado de saúde.
  2. criticam a relação entre a prática de exercícios e a saúde.
  3. coadunam-se com o conceito de saúde construído na Conferência.
  4. exemplificam a conquista do estado de saúde em um sentido amplo.
  5. reproduzem a relação de causalidade entre fazer exercício e ter saúde.

29. (Enem 2020) Uma das mais contundentes críticas ao discurso da aptidão física relacionada à saúde está no caráter eminentemente individual de suas propostas, o que serve para obscurecer outros determinantes da saúde. Ou seja, costuma-se apresentar o indivíduo como o problema e a mudança do estilo de vida como a solução. Argumenta-se ainda que o movimento da aptidão física relacionada à saúde considera a existência de uma cultura homogênea na qual todos seriam livres para escolher seus estilos de vida, o que não condiz com a realidade. O fato é que vivemos numa sociedade dividida em classes sociais, na qual nem todas as pessoas têm condições econômicas para adotar um estilo de vida ativo e saudável. Há desigualdades estruturais com raízes políticas, econômicas e sociais que dificultam a adoção desses estilos de vida.

FERREIRA. M. S. Aptidão física e saúde na educação física escolar; ampliando o enfoque. RBCE, n. 2. jan. 2001 (adaptado).

Com base no texto, a relação entre saúde e estilos de vida

  1. constrói a ideia de que a mudança individual de hábitos promove a saúde.
  2. considera a homogeneidade da escolha de hábitos saudáveis pelos indivíduos.
  3. reforça a necessidade de solucionar os problemas de saúde da sociedade com a prática de exercícios.
  4. problematiza a organização social e seu impacto na mudança de hábitos dos indivíduos.
  5. reproduz a noção de que a melhoria da aptidão física pela prática de exercícios promove a saúde.

30. (Enem 2020) LUTA: prática corporal imprevisível, caracterizada por determinado estado de contato proposital, que possibilita a duas ou mais pessoas se enfrentarem numa constante troca de ações ofensivas e/ou defensivas, regidas por regras, com o objetivo mútuo sobre um alvo móvel personificado no oponente.

GOMES, M. S. P. et al. Ensino das lutas: dos princípios condicionais aos grupos situacionais.

De acordo com o texto, podemos identificar uma abordagem das lutas nas aulas de educação física quando o professor realiza uma proposta envolvendo

  1. contato corporal intenso entre o aluno e seu oponente.
  2. contenda entre os alunos que se agridem fisicamente.
  3. confronto corporal em que os vencedores são previamente identificados.
  4. combate corporal intencional com ações regulamentadas entre os oponentes.
  5. conflito resolvido pelos alunos por meio de regras previamente estabelecidas.

31. (Enem 2019) Mídias: aliadas ou inimigas da educação física escolar?

No caso do esporte, a mediação efetuada pela câmera de TV construiu uma nova modalidade de consumo: o esporte telespetáculo, realidade textual relativamente autônoma face à prática “real” do esporte, construída pela codificação e mediação dos eventos esportivos efetuados pelo enquadramento, edição das imagens e comentários, interpretando para o espectador o que ele está vendo. Esse fenômeno tende a valorizar a forma em relação ao conteúdo, e para tal faz uso privilegiado da linguagem audiovisual com ênfase na imagem cujas possibilidades são levadas cada vez mais adiante, em decorrência dos avanços tecnológicos. Por outro lado, a narração esportiva propõe uma concepção hegemônica de esporte: esporte é esforço máximo, busca da vitória, dinheiro... O preço que se paga por sua espetacularização é a fragmentação do fenômeno esportivo. A experiência global do ser-atleta é modificada: a sociabilização no confronto e a ludicidade não são vivências privilegiadas no enfoque das mídias, mas as eventuais manifestações de violência, em partidas de futebol, por exemplo, são exibidas e reexibidas em todo o mundo.

BETTI, M. Motriz, n. 2, jul.-dez. 2001 (adaptado).

A reflexão trazida pelo texto, que aborda o esporte telespetáculo, está fundamentada na

  1. distorção da experiência do ser-atleta para os espectadores.
  2. interpretação dos espectadores sobre o conteúdo transmitido.
  3. utilização de equipamentos audiovisuais de última geração.
  4. valorização de uma visão ampliada do esporte.
  5. equiparação entre a forma e o conteúdo.

32. (Enem 2019) Esporte e cultura: análise acerca da esportivização de práticas corporais nos jogos indígenas

Nos Jogos dos Povos Indígenas, observa-se que as práticas corporais realizadas envolvem elementos tradicionais (como as pinturas e adornos corporais) e modernos (como a regulamentação, a fiscalização e a padronização). O arco e flecha e a lança, por exemplo, são instrumentos tradicionalmente utilizados para a caça e a defesa da comunidade na aldeia. Na ocasião do evento, esses artefatos foram produzidos pela própria etnia, porém sua estruturação como “modalidade esportiva” promoveu uma semelhança entre as técnicas apresentadas, com o sentido único da competição.

ALMEIDA, A. J. M.; SUASSUNA, D. M. F. A. Pensar a prática, n. 1, jan.-abr. 2010 (adaptado).

A relação entre os elementos tradicionais e modernos nos Jogos dos Povos Indígenas desencadeou a

  1. padronização de pinturas e adornos corporais.
  2. sobreposição de elementos tradicionais sobre os modernos.
  3. individuação das técnicas apresentadas em diferentes modalidades.
  4. legitimação das práticas corporais indígenas como modalidade esportiva.
  5. preservação dos significados próprios das práticas corporais em cada cultura

33. (Enem 2019) Educação para a saúde mediante programas de educação física escolar

A educação para a saúde deverá ser alcançada mediante interação de ações que possam envolver o próprio homem mediante suas atitudes frente às exigências ambientais representadas pelos hábitos alimentares, estado de estresse, opções de lazer, atividade física, agressões climáticas etc. Dessa forma, parece evidente que o estado de ser saudável não é algo estático. Pelo contrário, torna-se necessário adquiri-lo e construí-lo de forma individualizada constantemente ao longo de toda a vida, apontando para o fato de que saúde é educável e, portanto, deve ser tratada não apenas com base em referenciais de natureza biológica e higienista, mas sobretudo em um contexto didático-pedagógico.

GUEDES, D. P. Motriz, n. 1, 1999.

A educação para a saúde pressupõe a adoção de comportamentos com base na interação de fatores relacionados à

  1. adesão a programas de lazer.
  2. opção por dietas balanceadas.
  3. constituição de hábitos saudáveis.
  4. evasão de ambientes estressores.
  5. realização de atividades físicas regulares

34. (Enem 2019) Emagrecer sem exercício?

Hormônio aumenta a esperança de perder gordura sem sair do sofá. A solução viria em cápsulas. O sonho dos sedentários ganhou novo aliado.

Um estudo publicado na revista científica Nature, em janeiro, sugere que é possível modificar a gordura corporal sem fazer exercício. Pesquisadores do Dana-Farber Cancer Institute e da Escola de Medicina de Harvard, nos EUA, isolaram em laboratório a irisina, hormônio naturalmente produzido pelas células musculares durante os exercícios aeróbicos, como caminhada, corrida ou pedalada. A substância foi aplicada em ratos e agiu como se eles tivessem se exercitado, inclusive com efeito protetor contra o diabetes.

O segredo foi a conversão de gordura branca — aquela que estoca energia inerte e estraga nossa silhueta — em marrom. Mais comum em bebês, e praticamente inexistente em adultos, esse tipo de gordura serve para nos aquecer. E, nesse processo, gasta uma energia tremenda. Como efeito colateral, afinaria nossa silhueta.

A expectativa é que, se o hormônio funcionar da mesma forma em humanos, surja em breve um novo medicamento para emagrecer. Mas ele estaria longe de substituir por completo os benefícios da atividade física. “Possivelmente existem muitos outros hormônios musculares liberados durante o exercício e ainda não descobertos”, diz o fisiologista Paul Coen, professor assistente da Universidade de Pittsburgh, nos EUA.

A irisina não fortalece os músculos, por exemplo. E para ficar com aquele tríceps de fazer inveja só o levantamento de controle remoto não daria conta.

LIMA, F. Galileu. São Paulo, n. 248, mar. 2012.

Para convencer o leitor de que o exercício físico é importante, o autor usa a estratégia de divulgar que

  1. a falta de exercício físico não emagrece e desenvolve doenças.
  2. se trata de uma forma de transformar a gordura branca em marrom e de emagrecer.
  3. a irisina é um hormônio que apenas é produzido com o exercício físico.
  4. o exercício é uma forma de afinar a silhueta por eliminar a gordura branca.
  5. se produzem outros hormônios e há outros benefícios com o exercício.

35. (Enem 2019) No Brasil, a disseminação de uma expectativa de corpo com base na estética da magreza é bastante grande e apresenta uma enorme repercussão, especialmente, se considerada do ponto de vista da realização pessoal. Em pesquisa feita na cidade de São Paulo, aparecem os percentuais de 90% entre as mulheres pesquisadas que se dizem preocupadas com seu peso corporal, sendo que 95% se sentem insatisfeitas com “seu próprio corpo”.

SILVA, A. M. Corpo, ciência e mercado: reflexões acerca da gestação de um novo arquétipo da felicidade. Campinas: Autores Associados; Florianópolis: UFSC, 2001.

A preocupação excessiva com o “peso” corporal pode provocar o desenvolvimento de distúrbios associados diretamente à imagem do corpo, tais como

  1. anorexia e bulimia.
  2. ortorexia e vigorexia.
  3. ansiedade e depressão.
  4. sobrepeso e fobia social.
  5. sedentarismo e obesidade.

36. (Enem PPL 2019) Slow Food

A favor da alimentação com prazer e da responsabilidade socioambiental, o slow food é um movimento que vai contra o ritmo acelerado de vida da maioria das pessoas hoje: o ritmo fast-food, que valoriza a rapidez e não a qualidade. Traduzido na alimentação, o fast-food está nos produtos artificiais, que, apesar de práticos, são péssimos à saúde: muito processados e muito distantes da sua natureza — como os lanches cheios de gorduras, os salgadinhos e biscoitos convencionais etc. etc.

Agora, vamos deixar de lado o fast e entender melhor o slow food. Segundo esse movimento, o alimento deve ser:

• bom: tão gostoso que merece ser saboreado com calma, fazendo de cada refeição uma pausa especial do dia;

• limpo: bom à saúde do consumidor e dos produtores, sem prejudicar o meio ambiente nem os animais;

• justo: produzido com transparência e honestidade social e, de preferência, de produtores locais. Deu pra ver que o slow food traz muita coisa interessante para o nosso dia a dia. Ele resgata valores tão importantes, mas que muitas vezes passam despercebidos. Não é à toa que ele já está contagiando o mundo todo, inclusive o nosso país.

Disponível em: www.maeterra.com.br. Acesso em: 5 ago. 2017.

Algumas palavras funcionam como marcadores textuais, atuando na organização dos textos e fazendoos progredir. No segundo parágrafo desse texto, o marcador “agora”

  1. define o momento em que se realiza o fato descrito na frase.
  2. sinaliza a mudança de foco no tema que se vinha discutindo.
  3. promove uma comparação que se dá entre dois elementos do texto.
  4. indica uma oposição que se verifica entre o trecho anterior e o seguinte.
  5. delimita o resultado de uma ação que foi apresentada no trecho anterior.

37. (Enem PPL 2019) A mídia divulga à exaustão um padrão corporal determinado, padrão único, branco, jovem, musculoso e, especialmente no caso do corpo feminino, magro. Pesquisas apontam para o fato de que esse padrão de beleza divulgado se aplica apenas de 5 a 8% da população mundial. Especialmente no Brasil, onde a diversidade é uma característica marcante, a mídia no geral acaba por mostrar seu desprezo pela riqueza de tipos, de raças, pela própria mestiçagem, insistindo num padrão único de beleza tanto para mulheres quanto para homens.

MALDONADO, G. A educação física e o adolescente: a imagem corporal e a estética da transformação na mídia impressa. Revista Mackenzie de Educação Física e Esportes, n. 1, 2006 (adaptado).

Em relação aos aspectos do padrão corporal dos brasileiros, compreende-se que esta população

  1. é caracterizada pela sua rica diversidade.
  2. possui, em sua maioria, mulheres obesas.
  3. está devidamente representada na grande mídia.
  4. tem padrão de beleza idêntico aos demais países.
  5. é composta, na maioria, por pessoas brancas e magras.

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