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Contudo a Agatha Edu se mantém essencialmente com a renda gerada por anúncios, desativa aí rapidinho, parça. 😀

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Estratégias Argumentativas

Lista de 25 exercícios de Linguagens com gabarito sobre o tema Estratégias Argumentativas com questões do Enem.


Você pode conferir as videoaulas, conteúdo de teoria, e mais questões sobre o tema Estratégias Argumentativas.




01. (Enem 2024) Se você é feito de música, este texto é pra você

Às vezes, no silêncio da noite, eu fico imaginando: que graça teria a vida sem música? Sem ela não há paz, não há beleza. Nos dias de festa e nas madrugadas de pranto, nas trilhas dos filmes e nas corridas no parque, o que seria de nós sem as canções que enfeitam o cotidiano com ritmo e verso? Quem nunca curou uma dor de cotovelo dançando lambada ou terminou de se afundar ouvindo sertanejo sofrência? Quantos já criticaram funk e fecharam a noite descendo até o chão? Tudo bem... Raul nos ensinou que é preferível ser essa metamorfose ambulante do que ter aquela velha opinião formada sobre tudo.

Já somos castigados com o peso das tragédias, o barulho das buzinas, os ruídos dos conflitos. É pau, é pedra, é o fim do caminho. Há uma nuvem de lágrimas sobre os olhos, você está na lanterna dos afogados, o coração despedaçado. Mas, como um sopro, da janela do vizinho, entra o samba que reanima a mente. Floresce do fundo do nosso quintal a batida que ressuscita o ânimo, sintoniza a alegria e equaliza o fôlego. Levanta, sacode a poeira, dá a volta por cima.

BITTAR, L. Disponível em: www.revistabula.com. Acesso em: 21 nov. 2021 (adaptado).

Defendendo a importância da música para o bem-estar e o equilíbrio emocional das pessoas, a autora usa, como recurso persuasivo, a

  1. contradição, ao associar o coração despedaçado à alegria.
  2. metáfora, ao citar a imagem da metamorfose ambulante.
  3. intertextualidade, ao resgatar versos de letras de canções.
  4. enumeração, ao mencionar diferentes ritmos musicais.
  5. hipérbole, ao falar em “sofrência”, “tragédias” e “afogados”.

02. (Enem 2024) Por trás do universo “masculino” das lutas, é cada vez mais notório o aumento da participação de mulheres nessa prática corporal. Algumas situações reforçam esse fenômeno de ocupação em ambientes de lutas: a inclusão de mulheres em combates de artes marciais mistas, ou MMA, a transmissão televisiva de lutas de mulheres e a criação de horários específicos para elas em academias que ensinam lutas. Uma pesquisa científica mostrou menor participação e mobilização das meninas em comparação com os meninos nas aulas de Educação Física. Entre as justificativas discentes para essa situação está o fato de que eles relacionam a luta como uma expressão corporal masculina e, por consequência, não adequada aos interesses femininos. Dessa forma, o ensino de lutas nas aulas de Educação Física é atravessado por tensões relacionadas às questões de gênero e sexualidade, o que, por sua vez, pode favorecer a sua exclusão do conteúdo próprio da disciplina.

SO, M. R.; MARTINS, M. Z.; BETTI, M. As relações das meninas com os saberes das lutas nas aulas de Educação Física. Motrivivência, n. 56, dez. 2018 (adaptado).

Segundo o texto, apesar do aumento da participação de mulheres em lutas, a realidade na escola ainda é diferente em razão do(a)

  1. esportivização desse conteúdo.
  2. masculinização dessa modalidade.
  3. enfoque desses eventos pela mídia.
  4. trato pedagógico dessa manifestação.
  5. marginalização desse tema pela Educação Física.

03. (Enem 2024) As reações à sétima temporada foram o ápice do último estágio em Game of Thrones. De forma alguma, este que vos fala seria capaz de argumentar que a série é perfeita, mas os defeitos que existem aqui sempre existiram, de uma forma ou de outra, durante os sete anos em que ela esteve no ar. Os dois roteiristas foram brilhantes em traduzir os personagens intrincados e conflituosos da obra de George R. R. Martin, mas nunca souberam exatamente como fazer jus a eles (e especialmente a elas, as mulheres da trama).

A verdade é que, com tudo isso e mais Ramin Djawadi evocando sentimentos e ambientes improváveis com sua trilha sonora magistral, a série não conseguiria ser ruim nem se tentasse, mas continua sendo uma pena que, ao buscar o seu final com tanta sede e tanta celeridade, Benioff e Weiss tenham tirado sua qualidade mais preciosa: o fôlego, a paciência e o detalhismo que faziam suas palavras se levantarem do papel e ganharem vida.

Disponível em: https://observatoriodocinema.uol.com.br. Acesso em: 29 nov. 2017 (adaptado).

Ainda que faça uma avaliação positiva da série, nessa resenha, o autor aponta aspectos negativos da obra ao utilizar

  1. marcas de impessoalidade que disfarçam a opinião do especialista.
  2. expressões adversativas para fazer ressalvas às afirmações elogiosas.
  3. interlocução com o leitor para corroborar opiniões contrárias à adaptação.
  4. eufemismos que minimizam as críticas feitas à construção das personagens.
  5. antíteses que opõem a fragilidade do roteiro à beleza da trilha sonora da série.

Resposta: B

Resolução: O autor utiliza expressões adversativas, como "mas" e "ainda que", para fazer ressalvas a pontos específicos da série Game of Thrones, elogiando alguns aspectos, mas também destacando suas falhas. Essa estrutura adversativa permite que o autor elogie a série enquanto critica o apressamento da última temporada e outros detalhes que afetaram negativamente a qualidade da narrativa.

04. (Enem 2024) Pressão, depressão, estresse e crise de ansiedade. Os males da sociedade contemporânea também estão no esporte. A tenista Naomi Osaka, do Japão, jogadora mais bem paga do mundo e que já ocupou o número 2 do ranking, retirou-se do torneio de Roland Garros de 2021 porque não estava conseguindo administrar as crises de ansiedade provocadas pelos grandes eventos, por ser uma estrela aos 23 anos, e pelo peso de parte da imprensa.

O tenista australiano Nick Kyrgios, de 25 anos, revelou sua “situação triste e solitária” enquanto lutava contra a depressão causada pelo ritmo avassalador do Circuito Mundial de Tênis. O jogador de basquete americano Kevin Love também tornou público seu quadro de ansiedade e depressão. O mundo do atleta é solitário e distante da família. O que vemos numa partida não reflete a rotina desgastante. A imprensa denomina atletas como heróis, como se aquele corpo fosse indestrutível, mas a mente é o ponto fraco da história.

Disponível em:www.uol.com.br. Acesso em: 31 out. 2021 (adaptado).

As causas do desequilíbrio na saúde mental apontadas no texto estão relacionadas às

  1. nacionalidades diversificadas dos praticantes.
  2. modalidades esportivas distintas.
  3. faixas etárias aproximadas.
  4. representações heroicas dos atletas.
  5. pressões constantes dos eventos e da mídia.

Resposta: E

Resolução: O texto descreve a pressão da mídia e dos grandes eventos esportivos como fatores que contribuem para o desgaste mental dos atletas. A representação da vida dos atletas como "heróica" e o impacto dessa expectativa social levam ao desequilíbrio emocional.

05. (Enem 2024) Já ouvi gente falando que o podcast é o renascimento do rádio. O rádio é genial, uma midia imorredoura, mas podcast não tem nada a ver com ele. O formato está mais próximo do ensaio literário do que de um programa de ondas curtas, médias ou longas.

Podcasts são antípodas das redes sociais. Enquanto elas são dispersivas, levam à evasão e à desinformação, os podcasts são uma possibilidade de imersão, concentração, aprendizado. Depois que eles surgiram, lavar a louça e me locomover pela cidade viraram um programaço. Um pós-almoço de domingo e aprendo tudo sobre bonobos e gorilas. Um táxi pro aeroporto e chego ao embarque PhD em reforma tributária.

PRATA, A. Disponível em: www1.folha.uol.com.br. Acesso em: 7 jan. 2024 (adaptado).

Segundo a argumentação construída nesse texto, o podcast

  1. provoca dispersão da atenção em seu público.
  2. funciona por meio de uma frequência de ondas curtas.
  3. propicia divulgação de conhecimento para seus usuários.
  4. tem um formato de interação semelhante ao das redes sociais.
  5. constitui uma evolução na transmissão de informações via rádio.

Resposta: C

Resolução: A argumentação do texto de Antonio Prata defende que os podcasts promovem uma experiência de concentração e aprendizado, ao contrário das redes sociais, que são descritas como dispersivas. A alternativa correta é a C: "propicia divulgação de conhecimento para seus usuários", pois o texto aponta que os podcasts permitem uma imersão que favorece o aprendizado e o acesso a informações variadas.

06. (Enem 2024) Um estudo norte-americano analisou os efeitos da pandemia da covid-19 sobre a saúde mental e a manutenção da atividade física, revelando que um fator está diretamente ligado ao outro. De acordo com os dados, famílias de baixa renda foram mais impactadas pelo ciclo vicioso de falta de motivação e pelo sedentarismo. Diante da necessidade de distanciamento social e do início da quarentena, as opções de espaços seguros para exercícios físicos diminuíram, o que dificultou que as pessoas mantivessem seus níveis de atividade. Os dados evidenciaram que as pessoas mais ativas tinham melhor estado de saúde mental. As pessoas com menor renda tiveram mais dificuldade para manter os níveis de atividade física durante a pandemia, sendo aproximadamente duas vezes menos propensas a continuarem no mesmo ritmo de exercícios de antes da pandemia. Habitantes de áreas urbanas mostraram maior probabilidade de não conseguirem manter os níveis de atividade física semelhantes aos de pessoas que vivem em zonas rurais, onde há mais oportunidades de sair para espaços abertos.

Disponível em: https://revistagalileu.globo.com. Acesso em: 6 dez. 2021 (adaptado).

O texto evidencia a perspectiva ampliada de saúde ao abordar criticamente a pandemia da covid-1 9 a partir do(a)

  1. busca por espaços para a prática de exercícios físicos.
  2. necessidade de se manter ativo para ter equilíbrio emocional.
  3. distanciamento social e sua vinculação com a prática de atividades físicas.
  4. relação entre os determinantes socioeconômicos e a prática de exercícios.
  5. benefício de morar em áreas rurais para preservar a estabilidade psicológica.

Resposta: D

Resolução: O texto evidencia que fatores socioeconômicos influenciaram a prática de atividades físicas e, consequentemente, a saúde mental, especialmente durante a pandemia. A alternativa correta é a D: "relação entre os determinantes socioeconômicos e a prática de exercícios". O autor destaca que a situação econômica impactou a capacidade das pessoas de se manterem ativas, influenciando também a saúde mental.

07. (Enem 2024) O Brasil somou cerca de 60 mil novos casos de câncer de mama até o final de 2019, número que corresponde a 25% de todos os diagnósticos da condição registrados no país, segundo dados do Instituto Nacional do Câncer (Inca). Apesar de o Outubro Rosa ser o mês de conscientização sobre a questão voltada para as mulheres, é muito importante lembrar que um dos grandes mitos da medicina é o de que o câncer de mama não afeta o sexo masculino.

Fatores importantes para detectar o câncer de mama masculino:

1. Genética: se houver casos na família, as chances são um pouco mais elevadas.

2. Hormônios: homens podem desenvolver tecido real das glândulas mamárias por tomarem certos medicamentos ou apresentarem níveis hormonais anormais.

3. Caroços: é necessário que os médicos se atentem a alguns sintomas suspeitos, como um caroço na área do tórax.

4. Retração na pele: em situações mais graves do câncer de mama masculino, é possível também ocorrer uma retração do mamilo.

Disponível em: https://pebmed.com.br. Acesso em: 24 nov. 2021 (adaptado).

As informações dessa reportagem auxiliam no combate ao câncer de mama masculino por apresentarem um alerta sobre o(s)

  1. sinais indicadores da doença.
  2. índice de crescimento de casos.
  3. exames para diagnóstico do tumor.
  4. mitos a respeito da herança genética.
  5. período de campanhas de conscientização.

Resposta: A

Resolução: O texto fornece informações sobre fatores que ajudam a identificar sintomas do câncer de mama masculino, como genética, hormônios, caroços e retração da pele. Estes são sinais indicadores da doença, auxiliando a conscientização sobre o tema.

08. (Enem 2024) Nesse cartaz, a expressão “Vou deixar que você se vá”, em conjunto com os elementos não verbais utilizados tem a finalidade de

  1. incentivar o descarte de itens defeituosos.
  2. promover a reciclagem de produtos usados.
  3. garantir a conservação de roupas de inverno.
  4. relacionar o gesto de doação à ideia de desapego.
  5. comparar a peça de roupa ao sentimento de despedida

Resposta: D

Resolução: O cartaz usa a expressão “Vou deixar que você se vá” como uma metáfora para o ato de desapego, relacionando o gesto de doar itens a uma forma de se libertar deles emocionalmente. A ideia é promover a doação, incentivando as pessoas a se desapegarem de itens que não usam mais, sem o apego sentimental a esses objetos.

09. (Enem 2024) Memes e fake news: o impacto na educação das crianças

Há quem diga que o Brasil nunca mais foi o mesmo depois dos memes. Na economia da velocidade, alguns apostam no humor, outros no engajamento político, e tem gente investindo alto na mentira também. Diante desse cenário, uma pergunta se torna essencial: será que todo mundo está conseguindo traduzir as mensagens postadas, curtidas e compartilhadas?

Essa dúvida incentivou uma professora de língua portuguesa a desenvolver uma proposta de leitura e análise crítica de memes com estudantes do ensino fundamental, na rede pública do Distrito Federal, na cidade de Samambaia. “Percebi que muitos alunos e pais estavam divulgando conteúdos sem saber o que havia por trás das palavras”, relata a professora.

“O que antes era engraçado para os alunos passou a ser visto com outros olhos”, afirma a professora. Para ela, que utilizou a representação da criança em memes de WhatsApp como material gerador das discussões em sala de aula, aguçar o olhar sobre-essas mensagens impacta diretamente a atitude de postar, curtir e compartilhar conteúdos ao estimular o uso consciente da informação que circula nas plataformas de mídia social.

Letramento político e midiático é um desafio intergeracional. Em tempos de notícias falsas, de imagens manipuladas e de memes sendo usados como triunfo da verdade de cada um, checagem de informação e interpretação de texto acabam se tornando moedas valiosas.

Disponível em: https://lunetas.com.br. Acesso em: 15 jan. 2024 (adaptado).

Ao abordar a relação dos memes com a educação, a reportagem sustenta uma crítica à

  1. falta de fiscalização no uso de aplicativos de mensagens por crianças.
  2. divulgação de informação manipulada em postagens virtuais.
  3. utilização de ferramentas digitais no trabalho educacional.
  4. exploração de conteúdos humorísticos nas mídias sociais.
  5. propagação de mensagens com objetivos políticos.

Resposta: B

Resolução: A questão aborda a crítica à disseminação de informações manipuladas e fake news nas redes sociais. A reportagem destaca como os memes podem impactar a percepção e interpretação das mensagens compartilhadas, o que levou a professora a desenvolver uma proposta de letramento crítico para que os alunos compreendam melhor o conteúdo dos memes.

10. (Enem 2024) TEXTO 1

A 13 de fevereiro de 1946, Graciliano Ramos escreve uma carta a Cândido Portinari relembrando uma visita que lhe fizera quando tivera a ocasião de apreciar algumas telas da série Retirantes. Diz o escritor alagoano:

Caríssimo Portinari:

A sua carta chegou muito atrasada, e receio que esta resposta já não o ache fixando na tela a nossa pobre gente da roça. Não há trabalho mais digno, penso eu. Dizem que somos pessimistas e exibimos deformações; contudo, as deformações e essa miséria existem fora da arte e são cultivadas pelos que nos censuram. [...]

Dos quadros que você me mostrou quando almocei no Cosme Velho pela última vez, o que mais me comoveu foi aquela mãe com a criança morta. Saí de sua casa com um pensamento horrível: numa sociedade sem classes e sem miséria, seria possível fazer-se aquilo? Numa vida tranquila e feliz, que espécie de arte surgiria? Chego a pensar que teríamos cromos, anjinhos cor-de-rosa, e isto me horroriza.

Graciliano

Disponível em: https://graciliano.com.br. Acesso em: 6 fev. 2024 (adaptado).

TEXTO II

Histórias de ninar (adultos)

Houve um tempo – tão perto, e, ó, tão longe – em que a arte era um holofote na unha encravada, não um campeonato de melhores esmaltes.

Raskolnikov matava velhinhas, a família de Gregor Samsa o assassinava a “maçãzadas”, Memórias póstumas de Brás Cubas (Machado de Assis) é o retrato mais perfeito de tudo o que tem de pior na sociedade brasileira, uma sequência tristemente hilária de ações moralmente condenáveis, atitudes pusilânimes, cálculos mesquinhos e maus passos cretinos.

A literatura, o cinema e o teatro vêm se transformando num exercício de lacração: o mal está sempre no outro, os protagonistas são ironmen/women da virtude. A pessoa sai da leitura ou da sessão não com a guarda abaixada, as certezas abaladas, mais próxima da verdade (ou, à falta de uma palavra melhor, da sinceridade): sai com suas certezas reforçadas.

A realidade é confusa. Contraditória. Muitas vezes incompreensível. A arte é onde tentamos nos mostrar nus, com todos os nossos defeitos.

PRATA, A. Disponível em: www1.folha.uol.com.br. Acesso em: 12 jan. 2024 (adaptado).

No que diz respeito à arte, o posicionamento de Antônio Prata, no Texto II, aproxima-se da tese de Graciliano Ramos, no Texto I, uma vez que ambos

  1. defendem a dignidade do ofício dos artistas.
  2. concluem que a arte reforça crenças pessoais.
  3. apresentam a pobreza como inspiração para a arte.
  4. afirmam o necessário caráter desestabilizador da arte.
  5. atestam que há mudanças significativas na produção artística

Resposta: D

Resolução: Tanto Graciliano Ramos quanto Antônio Prata defendem que a arte deve ter um papel questionador e mostrar os problemas da sociedade, em vez de suavizá-los ou esconder suas imperfeições. Eles compartilham a visão de que a arte tem um caráter desestabilizador e deve confrontar o público com a realidade, por mais desconfortável que seja.

11. (Enem 2024) Telemedicina é para todos, mas nem todos estão preparados

A telemedicina, nos últimos anos, tem se destacado como uma ferramenta valiosa, proporcionando uma gama de benefícios que vão desde a ampliação do acesso à assistência médica até a otimização dos recursos de todo o ecossistema de saúde.

O governo federal propõe a Estratégia de Saúde Digital, um programa destinado à transformação digital da saúde no Brasil. Seu principal objetivo é facilitar a troca de informações entre os diversos pontos da Rede de Atenção à Saúde, promovendo a interoperabilidade e, assim, possibilitando a transição e a continuidade do cuidado nos setores público e privado. Também está em discussão um projeto de lei que dispõe sobre o prontuário eletrônico unificado do cidadão, o que indica o quanto o tema está em evidência tanto para os gestores públicos quanto para os privados.

Contudo, é importante reconhecer que nem todas as pessoas estão igualmente preparadas para aproveitar plenamente os cuidados ofertados pela telemedicina. Um dos principais benefícios do atendimento de saúde a distância é a capacidade de superar barreiras geográficas, proporcionando acesso a serviços médicos, especialmente para pacientes que residem em áreas remotas e/ou carentes de certas especialidades médicas, os chamados “vazios assistenciais”. A equidade no acesso é uma questão crítica, uma vez que nem todos têm ao seu alcance dispositivos tecnológicos ou uma conexão à internet que seja confiável, entre outros problemas de infraestrutura. É um desafio tanto para os pacientes quanto para os profissionais de saúde, que, em muitos casos, não contam com estrutura para o trabalho remoto nem com letramento digital para desenvolver as funções.

OLIVEIRA, D. Disponível em: www.correiobraziliense.com.br. Acesso em: 21 jan. 2024 (adaptado).

Ao tratar da telemedicina, esse texto ressalta que um dos benefícios dessa tecnologia para a sociedade é o fato de ela

  1. disponibilizar prontuário único do cidadão tanto na rede pública quanto na privada.
  2. oportunizar o acesso a atendimento médico a pacientes de áreas periféricas.
  3. fornecer dispositivos tecnológicos para a realização de exames.
  4. promover a interação entre diferentes especialidades médicas.
  5. garantir infraestrutura para o trabalho remoto de médicos.

Resposta: B

Resolução: O texto destaca a telemedicina como uma ferramenta capaz de superar barreiras geográficas, especialmente para pessoas em áreas com carência de serviços médicos. Dessa forma, o benefício mencionado na alternativa B se alinha com a ideia central de ampliar o acesso à saúde para quem vive em "vazios assistenciais", como áreas periféricas.

12. (Enem 2024) Influenciadores negros têm recorrentemente chamado a atenção para o fato de terem muito menos repercussão em suas postagens e nas entregas do seu conteúdo quando comparados com os influenciadores brancos, mesmo se fotos, contextos e anúncios forem extremamente semelhantes. Segundo o site Negrê, a digital influencer e youtuber criadora do projeto digital Preta Pariu iniciou um experimento em uma plataforma. Após perceber a crescente queda nos índices de alcance digital, a paulista publicou fotografias de modelos brancas em seu perfil e analisou as métricas de engajamento. Surpreendentemente, a ferramenta de estatísticas aferiu um aumento de 6 000% em seu alcance.

Disponível em: https://diplomatique.org.br. Acesso em: 21 jan. 2024 (adaptado).

A apresentação do dado estatístico ao final desse texto revela a intenção de

  1. demonstrar a repercussão de projetos como o Preta Pariu.
  2. informar o quantitativo de postagens da comunidade negra.
  3. potencializar o alcance de textos e imagens em sites como o Negrê.
  4. exaltar a qualidade das publicações sobre negritude em redes sociais.
  5. comprovar a relação entre o alcance de conteúdos digitais e o viés racial.

Resposta: E

Resolução: O experimento mencionado no texto, que aponta um aumento significativo no alcance de postagens quando estas envolvem modelos brancas, sugere uma evidência de viés racial nas plataformas digitais. A alternativa E é correta, pois identifica essa intenção de mostrar como o engajamento varia de acordo com questões raciais.

13. (Enem 2023) Por que é tão importante amamentar?

Essa campanha publicitária do Ministério da Saúde visa

  1. divulgar um conjunto de benefícios proporcionados pela amamentação.
  2. apresentar tratamentos para infecções respiratórias em bebês.
  3. defender o direito das mulheres de amamentar em público.
  4. orientar sobre os exercícios para uma boa amamentação.
  5. informar sobre o aumento de anticorpos nas mães.

14. (Enem 2023) Carta aberta à população brasileira

Prezados Cidadãos e Cidadãs,

O envelhecimento populacional é um fenômeno mundial. Infelizmente, nosso país ainda não está preparado para atender às demandas dessa população.

Este é o retrato da saúde pública no Brasil, que, apesar dos indiscutíveis avanços, apresenta um cenário de deficiências e falta de integração em todos os níveis de atenção à saúde: primária (atendimento deficiente nas unidades de saúde da atenção básica), secundária (carência de centros de referência com atendimento por especialistas) e terciária (atendimento hospitalar com abordagem ao idoso centrada na doença), ou seja, não há, na prática, uma rede de atenção à saúde do idoso.

Diante desse cenário, a Sociedade Brasileira de Geriatria e Gerontologia (SBGG) vem a público manifestar suas preocupações com o presente e o futuro dos idosos no Brasil. É preciso garantir a saúde como direito universal.

Esperamos que tanto nossos atuais quanto os futuros governantes e legisladores reflitam sobre a necessidade de investir na saúde e na qualidade de vida associada ao envelhecimento.

Dignidade à saúde do idoso!

Rio de Janeiro, 15 de setembro de 2014. Disponível em: www.sbgg.org.br. Acesso em: 20 out. 2021 (adaptado)

O objetivo desse texto é

  1. sensibilizar o idoso a respeito dos cuidados com a saúde.
  2. alertar os governantes sobre os cuidados requeridos pelo idoso.
  3. divulgar o trabalho da Sociedade Brasileira de Geriatria e Gerontologia.
  4. informar o setor público sobre o retrocesso da legislação destinada à população idosa.
  5. chamar a atenção da população sobre a qualidade dos serviços de saúde pública para o idoso.

15. (Enem 2023) Maio foi colorido de amarelo, e o foi porque mundialmente amarelo é a cor convencionada para as advertências. No trânsito, essas advertências têm sido fatais. A estimativa, caso nada seja feito, é a de que se atinjam assustadoras 2,4 milhões de mortes no trânsito em 2030 em todo o mundo.

A pressa constante, o sentimento de invencibilidade, a certeza de invulnerabilidade, a necessidade de poder, a falta de civilidade, a certeza de impunidade, a ausência de solidariedade, a inexistência de compaixão e o desrespeito por si próprio são circunstâncias reais que, não raro, concorrem para o comportamento violento no trânsito.

O Maio Amarelo, que preconiza a atenção pela vida, é uma das iniciativas nesse sentido. E é precisamente a atenção pela vida que está esquecida. Essa atenção, por certo, requer menos pressa, mais civilidade, limites assegurados, consciência de vulnerabilidade, solida riedade, compaixão e respeito por si e pelo outro. Reafirmar e praticar esses princípios e valores talvez seja um caminho mais seguro e menos violento, que garanta a vida e não celebre a morte.

Disponível em: http://portaldotransito.com.br.

Acesso em: 11 dez. 2018 (adaptado).

Considerando os procedimentos argumentativos utilizados, infere-se que o objetivo desse texto é

  1. enumerar as causas determinantes da violência no trânsito.
  2. contextualizar a campanha de advertência no cenário mundial.
  3. divulgar dados numéricos a alarmantes sobre acidentes de trânsito.
  4. sensibilizar o público para a importância de uma direção responsável.
  5. restringir os problemas da violência no trânsito a aspectos emocionais.

16. (ENEM 2022 PPL) Saúde aprova implantação de 82 academias em praças públicas na PB

Setenta e oito municípios paraibanos deverão receber 82 unidades das Academias da Saúde, que são espaços apropriados para a prática de atividades físicas.

Os equipamentos são montados ao ar livre, e a população tem orientação gratuita sobre o uso dos aparelhos para se exercitar. A implantação das academias faz parte de um plano de ações estratégicas para o enfrentamento das doenças crônicas não transmissíveis, cuja meta é reduzir as mortes prematuras em 2% ao ano. O objetivo é alcançar melhorias em indicadores relacionados ao tabagismo, ao álcool, ao sedentarismo, à alimentação inadequada e à obesidade.

Disponível em: http://g1.globo.com. Acesso em: 11 nov. 2011 (adaptado).

No texto, a atividade física é associada à prevenção de doenças crônicas, à redução da mortalidade e à promoção da saúde. A partir de uma perspectiva ampliada e crítica sobre o conceito de saúde, interpretada como resultado de múltiplos fatores, o texto

  1. reforça a necessidade de a atividade física ser orientada por um professor de educação física.
  2. considera a saúde de forma multifatorial, ou seja, resultante da interferência de diversos fatores.
  3. estabelece relação de causa-efeito entre atividade física e saúde, desconsiderando os condicionantes sociais.
  4. destaca a importância da atividade física como lazer para a sociedade brasileira.
  5. estabelece relações entre a prática de atividade física e a prevenção de doenças como a aids e a hepatite.

17. (ENEM 2022 PPL) Reciclagem de hábitos ajuda a enfrentar a crise

Todo início de ano as pessoas fazem uma lista de propósitos para serem perseguidos ao longo dos próximos 12 meses. Ao que tudo indica, o próximo ano será um período de extrema dificuldade. Reciclar pode ser uma alternativa.

Esse conceito — por ser muito abrangente — nos propicia uma reflexão. No dia a dia pessoal, dentro de casa, podemos reciclar roupas, sapatos, objetos de uso pessoal etc. Ou seja, ao adotarmos tal atitude, não gastamos o escasso e suado dinheiro disponível. Vale também minimizar desperdícios. A vantagem dessa “consciência ecológica” acaba por beneficiar o meio ambiente e também o bolso.

Reciclar hábitos é muito difícil. Quantos se lembram de apagar a luz quando deixam um ambiente? E de desligar o chuveiro quando estão se ensaboando?

Se estou desempregado ou com pouco dinheiro, não preciso ir à academia (e me endividar ainda mais) para cuidar da saúde. Caminhar pelos parques ou jardins pode ser uma alternativa. Quantas vezes nos deparamos com pessoas andando — ou correndo — nas ruas? Isso pode ser imitado. Não tem custo algum!

E nas finanças pessoais? Disciplina, disciplina. Reduzir o consumo desenfreado, os gastos desnecessários e pesquisar muito antes de comprar o que é realmente essencial: supermercado, farmácia etc. Na verdade, as compras passam por gestão. Se compro roupa nova (necessária), deixo para comprar sapato ou bolsa no mês que vem. Além de evitar o endividamento numa hora de emprego difícil e renda baixa, o planejamento de gastos torna-se essencial.

Quem consegue poupar R$ 10,00 por semana terá R$ 40,00 no final do mês. Ao longo do ano, terá acumulado quase R$ 500. Sem sofrimento. Não foi uma reciclagem de hábito?

CALIL, M. Disponível em: http://noticias.uol.com.br. Acesso em: 24 ago. 2017 (adaptado).

Para convencer o leitor de que a reciclagem de hábitos ajuda a enfrentar a crise, o autor desse texto

  1. sugere o planejamento dos gastos familiares com o acompanhamento de um gestor.
  2. revela o sofrimento ocasionado pela reciclagem de hábitos já arraigados na sociedade.
  3. utiliza perguntas retóricas direcionadas a um público leitor engajado em causas ambientais.
  4. apresenta sua preocupação em relação à dificuldade enfrentada pela indústria da reciclagem.
  5. faz um paralelo entre os ganhos da reciclagem para o meio ambiente e para as finanças pessoais.

18. (ENEM 2022 PPL) Domésticas, de Fernando Meirelles e Nando Olival (2001)

Drama de trabalhadoras domésticas na cidade de São Paulo, mostradas a partir do cotidiano de Cida, Roxane, Quitéria, Raimunda e Créo. Uma quer se casar; a outra é casada, mas sonha com um marido melhor; uma sonha em ser artista de novela e a outra acredita que tem por missão na Terra servir a Deus e à sua patroa.

Todas têm sonhos distintos, mas vivem a mesma realidade: trabalhar como empregada doméstica. Conduzido com humor (e uma trilha musical dos hits populares do Brasil brega dos anos 1970), o filme de Meirelles e Olival retrata o universo particular dessa categoria de trabalhadoras domésticas. É curioso que, em nenhum momento, aparecem patrões ou patroas. A narrativa de Domésticas se desenvolve segundo a ótica contingente das classes subalternas, dos de baixo, com seus anseios e sonhos, expectativas e frustrações.

Não aparecem situações de luta social por direitos, o que sugere que o filme se detém na epiderme da consciência de classe contingente, expressando, desse modo, a fragmentação das perspectivas de vida e trajetórias das domésticas (quase como um destino, como observa na palavra final a doméstica Roxane). Do mesmo modo, ao retratar Zé Pequeno (em Cidade de Deus), Meirelles tratou sua sina de bandido quase como destino. É baseado na peça de teatro de Renata Melo (2005).

Disponível em: www.telacritica.org. Acesso em: 25 ago. 2017 (adaptado).

A sinopse, para convencer o leitor a assistir ao filme Domésticas, lança mão da seguinte estratégia de linguagem:

  1. Reflexão sobre a língua utilizada pelas personagens do filme.
  2. Avaliação positiva do filme disfarçada de comparação.
  3. Referência à mídia cinematográfica.
  4. Descrição de cenas do filme.
  5. Apelação ao leitor.

19. (ENEM 2022 PPL) O lobo que não é mau

A primeira coisa a saber é que o guará não é, na verdade, um lobo. Embora seja o maior canídeo silvestre da América do Sul, sua espécie (Chrysocyon brachyurus) é de difícil classificação. Alguns cientistas dizem que é parente das raposas, outros, que é parente do cachorro-vinagresul-americano. Mas, de lobo mesmo, ele não tem nada. Além disso, é um animal onívoro. Porém, em algumas regiões, a sua dieta chega a quase 70% de frutas, especialmente da lobeira, uma árvore típica das savanas brasileiras, que contribui para a saúde do animal, prevenindo um tipo de verminose que ataca os rins do guará.

O lobo-guará não é um animal perigoso ao homem. Não existe nenhum registro, em toda a história, de um guará que tenha atacado uma pessoa, mas, ainda assim, são vistos como “maléficos”. Por quê? Porque, em ambientes degradados, o lobo, para sobreviver, acaba atacando galinheiros ou comendo aves que são criadas soltas. Com a desculpa de “proteger sua criação”, pessoas com baixo nível de consciência ecológica acabam matando os animais.

Se não bastassem a matança e a destruição de ambientes naturais, o lobo-guará ainda apresenta grande índice de morte por atropelamento em estradas.

O fato é que o lobo-guará precisa de nós mais do que nunca na história.

FERRAREZI JR., C. Revista QShow, n. 20, nov. 2015 (adaptado).

Esse texto de divulgação científica utiliza como principal estratégia argumentativa a

  1. sedução, mostrando o lado delicado e afetuoso do animal por meio da negação de seu nome popular.
  2. comoção, relatando a perseguição que o animal sofre constantemente pelos fazendeiros com baixo grau de instrução.
  3. intertextualidade, buscando contraponto numa famosa história infantil, confrontada com dados concretos e fatos históricos.
  4. chantagem, modificando a verdadeira índole do lobo-guará para proteger as criações de animais domésticos em áreas degradadas.
  5. intimidação, explorando os efeitos de sentido desencadeados pelo uso de palavras como “matança”, “perigoso”, “degradados” e “atacando”.

20. (ENEM 2022 PPL) TEXTO I

De casa para a escola

Saber respeitar limites, esperar, suportar, ter seus desejos frustrados, fazer trocas e planejar é ter educação financeira. E o exemplo vem de casa. Mas as atitudes dos pais somente serão referências para a educação financeira se eles mesmos usarem o dinheiro de forma consciente, fizerem pesquisa de preço, comprarem à vista, pedirem descontos, tiverem controle de suas finanças, souberem o quanto têm e o quanto podem gastar, investir e poupar. Portanto, boa parte das razões que levam um adulto a se tornar consumista e a se endividar está na educação que recebe quando criança ou na adolescência.

MACEDO, C. Revista Carta Fundamental, n. 37, abr. 2012 (adaptado).

TEXTO II

Educação financeira para crianças

Ensinar para os filhos o valor das coisas é responsabilidade dos pais, mas, se lidar com dinheiro é complicado para adultos, passar esse conhecimento para crianças é uma tarefa bem mais delicada.

De acordo com a especialista em educação financeira infantil Cássia D’Aquino, o momento certo de começar a ensinar a criança a lidar com as finanças é anunciado pela própria, na primeira vez em que pede aos pais para lhe comprarem alguma coisa. Isso costuma acontecer por volta dos dois anos e meio, e, nessa hora, o pequeno mostra que já percebeu o que é dinheiro e que o dinheiro “compra” as coisas que ele pode vir a querer.

À medida que os pequenos vão crescendo, os filhos vão convivendo com a forma com que seus pais trabalham com o dinheiro. Para Cássia, a melhor base para uma educação financeira eficiente é aquela transmitida por meio de atitudes simples na rotina do relacionamento entre pais e filhos. Assim que a criança manifestar uma noção básica em relação a dinheiro, os pais já podem, de maneira gradual, adotar uma postura educativa.

Disponível em: http://brasil.gov.br. Acesso em: 27 fev. 2013.

Sob diferentes perspectivas, os textos I e II abordam o tema educação financeira. No entanto, em ambos os textos, os autores sustentam a opinião de que

  1. os modelos familiares impostos na infância e na juventude são espelhos para os filhos.
  2. o sucesso da educação financeira está ligado à forma como a escola trabalha o tema.
  3. uma das tarefas mais difíceis do processo de educação é estabelecer limites.
  4. a educação imposta pela sociedade substitui aquela recebida em casa.
  5. os filhos devem poupar na infância para investirem quando adultos.

21. (ENEM 2022 PPL) A criança e a lógica

Uma menina vê a foto da mãe grávida e ouve a seguinte explicação: “Você estava na minha barriga, filha”. Imediatamente, a criança chega à incrível conclusão:

“Mamãe, então você é o lobo mau?”. A partir dos 2 anos, a criança começa a dominar as palavras, mas sua lógica, que difere da do adulto, surpreende os pais pelas associações. Para uma psicóloga infantil, esse raciocínio se explica pelo fato de que a lógica, nos primeiros anos de vida, é primitiva e rígida, não admite que para a mesma questão existam várias possibilidades.

Quando a mãe diz que vai chegar em casa à noite, a criança não compreende por que, afinal, a promessa ainda não foi cumprida se já está escuro. Ou se ela já ouviu que as pessoas morrem quando estão velhinhas e de repente acontece de alguém próximo perder a vida ainda jovem, ela pode custar a se conformar. “O importante é falar a verdade e ter paciência. Com o tempo, as crianças percebem que um fato pode ter mais de uma explicação, e vários fatos influenciam uma mesma situação. A lógica vai, assim, aprimorando-se e ficando mais próxima da do adulto entre os 5 e 6 anos”, afirma a especialista.

Disponível em: http://revistacrescer.globo.com. Acesso em: 15 nov. 2014 (adaptado).

O texto cita a opinião de uma psicóloga como estratégia argumentativa para

  1. explicar as associações inesperadas das crianças de 2 a 5 anos.
  2. apresentar dados científicos sobre a falta de lógica na infância.
  3. gerar efeitos de credibilidade às informações apresentadas.
  4. justificar a natureza rudimentar do raciocínio infantil.
  5. ajudar os adultos na interlocução com as crianças.

22. (ENEM 2022 PPL) Tiranos de nós mesmos: a servidão voluntária na era da sociedade do desempenho

Byung-Chul Han, no opúsculo Sociedade do cansaço, discute a ascensão de um novo paradigma social, em que a sociedade disciplinar de Foucault é substituída pela sociedade do desempenho. Esse novo modelo social é movido por um imperativo de maximizar a produção. Nós, sujeitos de desempenho, somos constante e sistematicamente pressionados a aperfeiçoar nossa performance e a aumentar nossa produção.

A crença subjacente, segundo Han, é a de que nada é impossível. Nós podemos fazer tudo. Estamos constantemente pressionados por um poder fazer ilimitado. É um excesso de positividade, que se constitui em verdadeira violência neuronal.

E por isso produzimos. Produzimos até a exaustão. E, mesmo cansados, continuamos produzindo. Uma meta é sempre substituída por outra. A tarefa nunca acaba. É frustrante e esgotante. O resultado é uma sociedade que gera fracassados e depressivos, a quem só resta recorrer a medicamentos para continuar produzindo mais eficientemente.

Disponível em: http://justificando.cartacapital.com.br. Acesso em: 24 ago. 2017 (adaptado).

Com base nessa reflexão acerca do livro Sociedade do cansaço, que discute o novo modelo da sociedade do desempenho, o resenhista a

  1. conceitua, apresenta seus fundamentos e conclui com suas consequências.
  2. fundamenta com argumentos, apresenta sua conclusão e oferece exemplos.
  3. descreve, apresenta suas consequências e conclui com sua conceituação.
  4. exemplifica, apresenta sua fundamentação e avalia seus resultados.
  5. discute, apresenta seu conceito e promove uma discussão.

23. (ENEM 2022 PPL)

Pelo modo como seleciona e organiza as informações, esse infográfico cumpre a função de

  1. questionar o processo de enfraquecimento da identidade indígena.
  2. apresentar dados sobre a atual configuração da realidade indígena no país.
  3. defender políticas de preservação da cultura indígena.
  4. divulgar as etnias indígenas mais representativas do Brasil.
  5. criticar a distribuição geográfica desigual das comunidades indígenas

24. (ENEM 2022 PPL)

As informações contidas no texto dessa campanha têm o objetivo de

  1. avaliar as políticas públicas para melhorar a qualidade dos serviços prestados ao povo brasileiro.
  2. apresentar os canais de participação social, como os Conselhos previstos na Constituição Federal de 1988.
  3. descrever o ciclo e as etapas de organização de uma política pública como incentivo à participação social.
  4. fazer a distinção entre as políticas de governo e as políticas de Estado a fim de incentivar a busca por direitos.
  5. estimular a participação da sociedade civil em políticas públicas para fortalecer a cidadania e o bem comum.

25. (ENEM 2022 PPL) Em nenhum outro tipo de literatura a fantasia desempenha papel tão importante. Sapos se transformam em príncipes, animais conversam com humanos, mesas se põem sozinhas e contratempos insolúveis se resolvem de um parágrafo para outro.

Essa falta de verossimilhança não afasta o leitor. Pelo contrário, juntamente com o anonimato dos príncipes e princesas, que não têm personalidade definida e vivem em terras distantes sem localização exata, ela facilita a identificação com os personagens.

O mundo da fantasia abre espaço para que coisas desagradáveis, que não seriam toleradas em outros tipos de história, passem incólumes, como bruxas comedoras de criancinha e anões cruéis que roubam bebês. Boa parte do fascínio dos contos tem origem justamente nesse mundo sombrio.

Contos de fadas não constituem sempre histórias agradáveis polvilhadas com açúcar, como a casa de pão de ló de João e Maria. Pelo contrário, as tramas são recheadas de malvadezas que sobrevivem às dezenas de adaptações. Podem passar despercebidas, mas estão lá. Ou é inofensiva a história de uma menina e sua avó que são devoradas vivas por um lobo? Ou é inocente o conto da menina que é sequestrada e obrigada a passar a juventude trancada no alto de uma torre? E o que dizer do bebê condenado à morte no dia do seu batizado?

Disponível em: https://super.abril.com.br. Acesso em: 20 jun. 2019 (adaptado).

As perguntas ao final do texto estão relacionadas ao argumento segundo o qual contos de fadas

  1. manifestam aspectos obscuros da condição humana.
  2. estimulam a fantasia e a imaginação dos leitores.
  3. favorecem a identificação com os personagens.
  4. são inadequados para a maioria das crianças.
  5. são adaptados aos valores de cada época.

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