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Estratégias Argumentativas II

Lista de 22 exercícios de Linguagens com gabarito sobre o tema Estratégias Argumentativas II com questões do Enem.


Você pode conferir as videoaulas, conteúdo de teoria, e mais questões sobre o tema Estratégias Argumentativas II.




01. (Enem 2019) Um amor desse

Era 24 horas lado a lado

Um radar na pele, aquele sentimento alucinado

Coração batia acelerado

Bastava um olhar pra eu entender

Que era hora de me entregar pra você

Palavras não faziam falta mais

Ah, só de lembrar do seu perfume

Que arrepio, que calafrio

Que o meu corpo sente

Nem que eu queira, eu te apago da minha mente

Ah, esse amor

Deixou marcas no meu corpo

Ah, esse amor

Só de pensar, eu grito, eu quase morro

AZEVEDO, N.; LEÃO, W.; QUADROS, R. Coração pede socorro. Rio de Janeiro: Som Livre, 2018 (fragmento).

Essa letra de canção foi composta especialmente para uma campanha de combate à violência contra as mulheres, buscando conscientizá-las acerca do limite entre relacionamento amoroso e relacionamento abusivo. Para tanto, a estratégia empregada na letra é a

  1. revelação da submissão da mulher à situação de violência, que muitas vezes a leva à morte.
  2. ênfase na necessidade de se ouvirem os apelos da mulher agredida, que continuamente pede socorro.
  3. exploração de situação de duplo sentido, que mostra que atos de dominação e violência não configuram amor.
  4. divulgação da importância de denunciar a violência doméstica, que atinge um grande número de mulheres no país.
  5. naturalização de situações opressivas, que fazem parte da vida de mulheres que vivem em uma sociedade patriarcal.

02. (Enem 2019) Essa campanha se destaca pela maneira como utiliza a linguagem para conscientizar a sociedade da necessidade de se acabar com o bullying. Tal estratégia está centrada no(a)

Disponível em: www.essl.pt. Acesso em: 9 maio 2019 (adaptado).

Essa campanha se destaca pela maneira como utiliza a linguagem para conscientizar a sociedade da necessidade de se acabar com o bullying. Tal estratégia está centrada no(a)

  1. chamamento de diferentes atores sociais pelo uso recorrente de estruturas injuntivas.
  2. variedade linguística caracterizadora do português europeu.
  3. restrição a um grupo específico de vítimas ao apresentar marcas gráficas de identificação de gênero como “o(a)”.
  4. combinação do significado de palavras escritas em línguas inglesa e portuguesa.
  5. enunciado de cunho esperançoso “passe à história” no título do cartaz.

03. (Enem 2018) Na sociologia e na literatura, o brasileiro foi por vezes tratado como cordial e hospitaleiro, mas não é isso o que acontece nas redes sociais: a democracia racial apregoada por Gilberto Freyre passa ao largo do que acontece diariamente nas comunidades virtuais do país. Levantamento inédito realizado pelo projeto Comunica que Muda [...] mostra em números a intolerância do internauta tupiniquim. Entre abril e junho, um algoritmo vasculhou plataformas [...] atrás de mensagens e textos sobre temas sensíveis, como racismo, posicionamento político e homofobia. Foram identificadas 393 284 menções, sendo 84% delas com abordagem negativa, de exposição do preconceito e da discriminação.

Disponível em: https://oglobo.globo.com. Acesso em: 6 dez. 2017 (adaptado).

Ao abordar a postura do internauta brasileiro mapeada por meio de uma pesquisa em plataformas virtuais, o texto

  1. minimiza o alcance da comunicação digital.
  2. refuta ideias preconcebidas sobre o brasileiro.
  3. relativiza responsabilidades sobre a noção de respeito.
  4. exemplifica conceitos contidos na literatura e na sociologia.
  5. expõe a ineficácia dos estudos para alterar tal comportamento.

04. (Enem 2018) Nesse texto, busca-se convencer o leitor a mudar seu comportamento por meio da associação de verbos no modo imperativo à Nesse texto, busca-se convencer o leitor a mudar seu comportamento por meio da associação de verbos no modo imperativo à

Disponível em: www.sul21.com.br. Acesso em: 1 dez. 2017 (adaptado).

  1. indicação de diversos canais de atendimento.
  2. divulgação do Centro de Defesa da Mulher.
  3. informação sobre a duração da campanha.
  4. apresentação dos diversos apoiadores.
  5. utilização da imagem das três mulheres.

05. (Enem 2018) “A Declaração Universal dos Direitos Humanos está completando 70 anos em tempos de desafios crescentes, quando o ódio, a discriminação e a violência permanecem vivos”, disse a diretora-geral da Organização das Nações Unidas para a Educação, a Ciência e a Cultura (Unesco), Audrey Azoulay.

“Ao final da Segunda Guerra Mundial, a humanidade inteira resolveu promover a dignidade humana em todos os lugares e para sempre. Nesse espírito, as Nações Unidas adotaram a Declaração Universal dos Direitos Humanos como um padrão comum de conquistas para todos os povos e todas as nações”, disse Audrey.

“Centenas de milhões de mulheres e homens são destituídos e privados de condições básicas de subsistência e de oportunidades. Movimentos populacionais forçados geram violações aos direitos em uma escala sem precedentes. A Agenda 2030 para o Desenvolvimento Sustentável promete não deixar ninguém para trás – e os direitos humanos devem ser o alicerce para todo o progresso.”

Segundo ela, esse processo precisa começar o quanto antes nas carteiras das escolas. Diante disso, a Unesco lidera a educação em direitos humanos para assegurar que todas as meninas e meninos saibam seus direitos e os direitos dos outros.

Disponível em: https://nacoesunidas.org. Acesso em: 3 abr. 2018 (adaptado).

Defendendo a ideia de que “os direitos humanos devem ser o alicerce para todo o progresso”, a diretora-geral da Unesco aponta, como estratégia para atingir esse fim, a

  1. inclusão de todos na Agenda 2030.
  2. extinção da intolerância entre os indivíduos.
  3. discussão desse tema desde a educação básica.
  4. conquista de direitos para todos os povos e nações.
  5. promoção da dignidade humana em todos os lugares.

06. (Enem 2018) Enquanto isso, nos bastidores do universo

Você planeja passar um longo tempo em outro país, trabalhando e estudando, mas o universo está preparando a chegada de um amor daqueles de tirar o chão, um amor que fará você jogar fora seu atlas e criar raízes no quintal como se fosse uma figueira.

Você treina para a maratona mais desafiadora de todas, mas não chegará com as duas pernas intactas na hora da largada, e a primeira perplexidade será esta: a experiência da frustração.

O universo nunca entrega o que promete. Aliás, ele nunca prometeu nada, você é que escuta vozes.

No dia em que você pensa que não tem nada a dizer para o analista, faz a revelação mais bombástica dos seus dois anos de terapia. O resultado de um exame de rotina coloca sua rotina de cabeça para baixo. Você não imaginava que iriam tantos amigos à sua festa, e tampouco imaginou que justo sua grande paixão não iria. Quando achou que estava bela, não arrasou corações. Quando saiu sem maquiagem e com uma camiseta puída, chamou a atenção. E assim seguem os dias à prova de planejamento e contrariando nossas vontades, pois, por mais que tenhamos ensaiado nossa fala e estejamos preparados para a melhor cena, nos bastidores do universo alguém troca nosso papel de última hora, tornando surpreendente a nossa vida.

MEDEIROS, M. O Globo, 21 jun. 2015.

Entre as estratégias argumentativas utilizadas para sustentar a tese apresentada nesse fragmento, destaca-se a recorrência de

  1. estruturas sintáticas semelhantes, para reforçar a velocidade das mudanças da vida.
  2. marcas de interlocução, para aproximar o leitor das experiências vividas pela autora.
  3. formas verbais no presente, para exprimir reais possibilidades de concretização das ações.
  4. construções de oposição, para enfatizar que as expectativas são afetadas pelo inesperado.
  5. sequências descritivas, para promover a identificação do leitor com as situações apresentadas.

07. (Enem 2017) PROPAGANDA — O exame dos textos e mensagens de Propaganda revela que ela apresenta posições parciais, que refletem o pensamento de uma minoria, como se exprimissem, em vez disso, a convicção de uma população; trata-se, no fundo, de convencer o ouvinte ou o leitor de que, em termos de opinião, está fora do caminho certo, e de induzi-lo a aderir às teses que lhes são apresentadas, por um mecanismo bem conhecido da psicologia social, o do conformismo induzido por pressões do grupo sobre o indivíduo isolado.

BOBBIO , N.; MATTEUCCI, N.; PASQUINO, G. Dicionário de política. Brasília: UnB, 1998 (adaptado).

De acordo com o texto, as estratégias argumentativas e o uso da linguagem na produção da propaganda favorecem a

  1. reflexão da sociedade sobre os produtos anunciados.
  2. difusão do pensamento e das preferências das grandes massas.
  3. imposição das ideias e posições de grupos específicos.
  4. decisão consciente do consumidor a respeito de sua compra.
  5. identificação dos interesses do responsável pelo produto divulgado.

08. (Enem 2017) Aí pelas três da tarde

Nesta sala atulhada de mesas, máquinas e papéis, onde invejáveis escreventes dividiram entre si o bom-senso do mundo, aplicando-se em ideias claras apesar do ruído e do mormaço, seguros ao se pronunciarem sobre problemas que afligem o homem moderno (espécie da qual você, milenarmente cansado, talvez se sinta um tanto excluído), largue tudo de repente sob os olhares a sua volta, componha uma cara de louco quieto e perigoso, faça os gestos mais calmos quanto os tais escribas mais severos, dê um largo “ciao” ao trabalho do dia, assim como quem se despede da vida, e surpreenda pouco mais tarde, com sua presença em hora tão insólita, os que estiveram em casa ocupados na limpeza dos armários, que você não sabia antes como era conduzida. Convém não responder aos olhares interrogativos, deixando crescer, por instantes, a intensa expectativa que se instala. Mas não exagere na medida e suba sem demora ao quarto, libertando aí os pés das meias e dos sapatos, tirando a roupa do corpo como se retirasse a importância das coisas, pondo-se enfim em vestes mínimas, quem sabe até em pelo, mas sem ferir o decoro (o seu decoro, está claro), e aceitando ao mesmo tempo, como boa verdade provisória, toda mudança de comportamento.

NASSAR, R. Menina a caminho. São Paulo: Cia. das Letras, 1997.

Em textos de diferentes gêneros, algumas estratégias argumentativas referem-se a recursos linguístico discursivos mobilizados para envolver o leitor. No texto, caracteriza-se como estratégia de envolvimento a

  1. prescrição de comportamentos, como em: “[...] largue tudo de repente sob os olhares a sua volta [...]”.
  2. apresentação de contraposição, como em: “Mas não exagere na medida e suba sem demora ao quarto [...]”.
  3. explicitação do interlocutor, como em: “[...] (espécie da qual você, milenarmente cansado, talvez se sinta um tanto excluído) [...]”.
  4. descrição do espaço, como em: “Nesta sala atulhada de mesas, máquinas e papéis, onde invejáveis escreventes dividiram entre si o bom-senso do mundo [...]”.
  5. construção de comparações, como em: “[...] libertando aí os pés das meias e dos sapatos, tirando a roupa do corpo como se retirasse a importância das coisas [...]”.

09. (Enem 2016) Você pode não acreditar

Você pode não acreditar: mas houve um tempo em que os leiteiros deixavam as garrafinhas de leite do lado de fora das casas, seja ao pé da porta, seja na janela.

A gente ia de uniforme azul e branco para o grupo, de manhãzinha, passava pelas casas e não ocorria que alguém pudesse roubar aquilo.

Você pode não acreditar: mas houve um tempo em que os padeiros deixavam o pão na soleira da porta ou na janela que dava para a rua. A gente passava e via aquilo como uma coisa normal.

Você pode não acreditar: mas houve um tempo em que você saía à noite para namorar e voltava andando pelas ruas da cidade, caminhando displicentemente, sentindo cheiro de jasmim e de alecrim, sem olhar para trás, sem temer as sombras.

Você pode não acreditar: houve um tempo em que as pessoas se visitavam airosamente. Chegavam no meio da tarde ou à noite, contavam casos, tomavam café, falavam da saúde, tricotavam sobre a vida alheia e voltavam de bonde às suas casas.

Você pode não acreditar: mas houve um tempo em que o namorado primeiro ficava andando com a moça numa rua perto da casa dela, depois passava a namorar no portão, depois tinha ingresso na sala da família. Era sinal de que já estava praticamente noivo e seguro.

Houve um tempo em que havia tempo.

Houve um tempo.

SANT’ANNA, A. R. Estado de Minas, 5 maio 2013 (fragmento).

Nessa crônica, a repetição do trecho “Você pode não acreditar: mas houve um tempo em que..." configura-se como uma estratégia argumentativa que visa

  1. surpreender o leitor com a descrição do que as pessoas faziam durante o seu tempo livre antigamente.
  2. sensibilizar o leitor sobre o modo como as pessoas se relacionavam entre si num tempo mais aprazível.
  3. advertir o leitor mais jovem sobre o mau uso que se faz do tempo nos dias atuais.
  4. incentivar o leitor a organizar melhor o seu tempo sem deixar de ser nostálgico
  5. convencer o leitor sobre a veracidade de fatos relativos à vida no passado.

10. (Enem 2016) A obra de Túlio Piva poderia ser objeto de estudo nos bancos escolares, ao lado de Noel, Ataulfo e Lupicínio. Se o criador optou por permanecer em sua querência Santiago, e depois Porto Alegre, a obra alçou voos mais altos, com passagens na Rússia, Estados Unidos e Venezuela. Tem que ter mulata, seu samba maior, é coisa de craque. Um retrato feito de ritmo e poesia, uma ode ao gênero que amou desde sempre. E o paradoxo: misto de gaúcho e italiano, nascido na fronteira com a Argentina, falando de samba, morro e mulata, com categoria. E que categoria! Uma batida de violão que fez história. O tango transmudado em samba.

RAMIREZ, H.; PIVA, R. (Org.). Túlio Piva: pra ser samba brasileiro. Porto Alegre: Programa Petrobras Cultural, 2005 (adaptado).

O texto é um trecho da crítica musical sobre a obra de Túlio Piva. Para enfatizar a qualidade do artista, usou-se como recurso argumentativo o(a)

  1. contraste entre o local de nascimento e a escolha pelo gênero samba.
  2. exemplo de temáticas gaúchas abordadas nas letras de sambas.
  3. alusão a gêneros musicais brasileiros e argentinos.
  4. comparação entre sambistas de diferentes regiões.
  5. aproximação entre a cultura brasileira e a argentina.

11. (Enem PPL 2016) O último longa de Carlão acompanha a operária Silmara, que vive com o pai, um ex-presidiário, numa casa da periferia paulistana. Ciente de sua beleza, o que lhe dá certa soberba, a jovem acredita que terá um destino diferente do de suas colegas. Cruza o caminho de dois cantores por quem é apaixonada. E constata, na prática, que o romantismo dos contos de fada tem perna curta.

VOMERO, M. F. Romantismo de araque. Vida Simples, n. 121, ago. 2012.

Reconhece-se, nesse trecho, uma posição crítica aos ideais de amor e felicidade encontrados nos contos de fada. Essa crítica é traduzida

  1. pela descrição da dura realidade da vida das operárias.
  2. pelas decepções semelhantes às encontradas nos contos de fada.
  3. pela ilusão de que a beleza garantiria melhor sorte na vida e no amor.
  4. pelas fantasias existentes apenas na imaginação de pessoas apaixonadas.
  5. pelos sentimentos intensos dos apaixonados enquanto vivem o romantismo.

12. (Enem PPL 2016) Descubra e aproveite um momento todo seu. Quando você quebra o delicado chocolate, o irresistível recheio cremoso começa a derreter na sua boca, acariciando todos os seus sentidos. Criado por nossa empresa. Paixão e amor por chocolate desde 1845.

Veja, n. 2 320, 8 maio 2013 (adaptado).

O texto publicitário tem a intenção de persuadir o público-alvo a consumir determinado produto ou serviço. No anúncio, essa intenção assume a forma de um convite, estratégia argumentativa linguisticamente marcada pelo uso de

  1. conjunção (quando).
  2. adjetivo (irresistível).
  3. verbo no imperativo (descubra).
  4. palavra do campo afetivo (paixão).
  5. expressão sensorial (acariciando).

13. (Enem PPL 2016) Na campanha publicitária, há uma tentativa de sensibilizar o público-alvo, visando levá-lo à doação de sangue. Analisando a estratégia argumentativa utilizada, percebe-se que

Disponível em: http://portal.saude.gov.br. Acesso em: 8 nov. 2013 (adaptado).

Na campanha publicitária, há uma tentativa de sensibilizar o público-alvo, visando levá-lo à doação de sangue. Analisando a estratégia argumentativa utilizada, percebe-se que

  1. a exposição de alguns dados sobre a jovem procura provocar compaixão, visto que, em razão da doença, ela vive de maneira diferente dos demais jovens de sua idade.
  2. a campanha defende a ideia de que, para doar, é preciso conhecer o doente, considerando que foi preciso apresentar a jovem para gerar identificação.
  3. o questionamento seguido da resposta propõe reflexão por parte do público-alvo, visto que o texto critica a prática de escolher para quem doar.
  4. as escolhas verbais associadas à imagem parecem contraditórias, pois constroem uma aparência incompatível com a de uma jovem doente.
  5. a campanha explora a expressão da jovem a fim de gerar comoção no leitor, levando-o a doar sangue para as pessoas com leucemia.

14. (Enem 2015) A rapidez é destacada como uma das qualidades do serviço anunciado, funcionando como estratégia de persuasão em relação ao consumidor do mercado gráfico

Disponível em: www.behance.net. Acesso em: 21 fev. 2013 (adaptado).

A rapidez é destacada como uma das qualidades do serviço anunciado, funcionando como estratégia de persuasão em relação ao consumidor do mercado gráfico.

O recurso da linguagem verbal que contribui para esse destaque é o emprego

  1. do termo “fácil” no início do anuncio, com foco no processo.
  2. de adjetivos que valorizam a nitidez da impressão.
  3. das formas verbais no futuro e no pretérito, em sequência.
  4. da expressão intensificadora “menos do que” associada à qualidade.
  5. da locução “do mundo” associada a “melhor”, que quantifica a ação.

15. (Enem PPL 2015) Ao interagirmos socialmente, é comum deixarmos claro nosso posicionamento a respeito do assunto discutido. Para isso, muitas vezes, recorremos a determinadas estratégias argumentativas, dentre as quais se encontra o argumento de autoridade

Ao interagirmos socialmente, é comum deixarmos claro nosso posicionamento a respeito do assunto discutido. Para isso, muitas vezes, recorremos a determinadas estratégias argumentativas, dentre as quais se encontra o argumento de autoridade.

Considerando o texto em suas cinco partes, constata-se que há o emprego de argumento de autoridade no trecho:

  1. “Seja curioso, saboreie os momentos da vida e tome consciência de como se sente. Refletir sobre suas experiências ajuda a descobrir o que realmente importa”.
  2. “As pesquisas mostram que quem tem menos de três pessoas em sua rede de contatos próxima [...] tem mais chances de desenvolver uma doença mental.”
  3. “Caminhe ou corra, ande de bicicleta, pratique um esporte, dance. Os exercícios fazem as pessoas se sentirem bem”.
  4. “Tente algo novo, matricule-se em um curso [...] Escolha um desafio que você vai gostar de perseguir.”
  5. “Fazer parte de uma comunidade traz benefícios — entre eles relações sociais mais significativas.”

16. (Enem PPL 2015) Não adianta isolar o fumante

Se quiser mesmo combater o fumo, o governo precisa ir além das restrições. É preciso apoiar quem quer largar o cigarro.

Ao apoiar uma medida provisória para combater o fumo em locais públicos nos 27 estados brasileiros, o Senado reafirmou um valor fundamental: a defesa da saúde e da vida.

Em pelo menos um aspecto a MP 540/2011 é ainda mais rigorosa que as medidas em vigor em São Paulo, no Rio de Janeiro e no Paraná, estados que até agora adotaram as legislações mais duras contra o tabagismo. Ela proíbe os fumódromos em 100% dos locais fechados, incluindo até tabacarias, onde o fumo era autorizado sob determinadas condições.

Uma das principais medidas atinge o fumante no bolso. O governo fica autorizado a fixar um novo preço para o maço de cigarros. O Imposto sobre Produtos Industrializados (IPI) será elevado em 300%. Somando uma coisa e outra, o sabor de fumar se tornará muito mais ácido. Deverá subir 20% em 2012 e 55% em 2013.

A visão fundamental da MP está correta. Sabe-se, há muito, que o tabaco faz mal à saúde. É razoável, portanto, que o Estado aja em nome da saúde pública.

Época, 28 nov. 2011 (adaptado).

O autor do texto analisa a aprovação da MP 540/2011 pelo Senado, deixando clara a sua opinião sobre o tema.

O trecho que apresenta uma avaliação pessoal do autor como uma estratégia de persuasão do leitor é:

  1. “Ela proíbe os fumódromos em 100% dos locais fechados”.
  2. “O governo fica autorizado a fixar um novo preço para o maço de cigarros.’’
  3. “O Imposto sobre Produtos Industrializados (IPI) será elevado em 300%.”
  4. “Somando uma coisa e outra, o sabor de fumar se tornará muito mais ácido.”
  5. “Deverá subir 20% em 2012 e 55% em 2013.”

17. (Enem 2014) O Brasil é sertanejo

Que tipo de música simboliza o Brasil? Eis uma questão discutida há muito tempo, que desperta opiniões extremadas. Há fundamentalistas que desejam impor ao público um tipo de som nascido das raízes socioculturais do país. O samba. Outros, igualmente nacionalistas, desprezam tudo aquilo que não tem estilo. Sonham com o império da MPB de Chico Buarque e Caetano Veloso. Um terceiro grupo, formado por gente mais jovem, escuta e cultiva apenas a música internacional, em todas as vertentes. E mais ou menos ignora o resto.

A realidade dos hábitos musicais do brasileiro agora está claro, nada tem a ver com esses estereótipos. O gênero que encanta mais da metade do país é o sertanejo, seguido de longe pela MPB e pelo pagode. Outros gêneros em ascensão, sobretudo entre as classes C, D e E, são o funk e o religioso, em especial o gospel. Rock e música eletrônica são músicas de minoria.

É o que demonstra uma pesquisa pioneira feita entre agosto de 2012 e agosto de 2013 pelo Instituto Brasileiro de Opinião Pública e Estatística (Ibope). A pesquisa Tribos Musicais – o comportamento dos ouvintes de rádio sob uma nova ótica faz um retrato do ouvinte brasileiro e traz algumas novidades. Para quem pensava que a MPB e o samba ainda resistiam como baluartes da nacionalidade, uma má notícia: os dois gêneros foram superados em popularidade. O Brasil moderno não tem mais o perfil sonoro dos anos 1970, que muitos gostariam que se eternizasse. A cara musical do país agora é outra.

GIRON, L. A. Época, n. 805, out. 2013 (fragmento).

O texto objetiva convencer o leitor de que a configuração da preferência musical dos brasileiros não é mais a mesma da dos anos 1970. A estratégia de argumentação para comprovar essa posição baseia-se no(a)

  1. apresentação dos resultados de uma pesquisa que retrata o quadro atual da preferência popular relativa à música brasileira.
  2. caracterização das opiniões relativas a determinados gêneros, considerados os mais representativos da brasilidade, como meros estereótipos.
  3. uso de estrangeirismos, como rock, funk e gospel, para compor um estilo próximo ao leitor, em sintonia com o ataque aos nacionalistas.
  4. ironia com relação ao apego a opiniões superadas, tomadas como expressão de conservadorismo e anacronismo, com o uso das designações “império” e “baluarte”.
  5. contraposição a impressões fundadas em elitismo e preconceito, com a alusão a artistas de renome para melhor demonstrar a consolidação da mudança do gosto musical popular.

18. (Enem 2014) Censura moralista

Há tempos que a leitura está em pauta. E, diz-se, em crise. Comenta-se esta crise, por exemplo, apontando a precariedade das práticas de leitura, lamentando a falta de familiaridade dos jovens com livros, reclamando da falta de bibliotecas em tantos municípios, do preço dos livros em livrarias, num nunca acabar de problemas e de carências. Mas, de um tempo para cá, pesquisas acadêmicas vêm dizendo que talvez não seja exatamente assim, que brasileiros leem, sim, só que leem livros que as pesquisas tradicionais não levam em conta. E, também de um tempo para cá, políticas educacionais têm tomado a peito investir em livros e em leitura.

LAJOLO, M. Disponível em: www.estadao.com.br. Acesso em: 2 dez. 2013 (fragmento).

Os falantes, nos textos que produzem, sejam orais ou escritos, posicionam-se frente a assuntos que geram consenso ou despertam polêmica. No texto, a autora

  1. ressalta a importância de os professores incentivarem os jovens às práticas de leitura.
  2. critica pesquisas tradicionais que atribuem a falta de leitura à precariedade de bibliotecas.
  3. rebate a ideia de que as políticas educacionais são eficazes no combate à crise de leitura.
  4. questiona a existência de uma crise de leitura com base nos dados de pesquisas acadêmicas.
  5. atribui a crise da leitura à falta de incentivos e ao desinteresse dos jovens por livros de qualidade.

19. (Enem 2013) A tirinha denota a postura assumida por seu produtor frente ao uso social da tecnologia para fins de interação e de informação. Tal posicionamento é expresso, de forma argumentativa, por meio de uma atitude

A tirinha denota a postura assumida por seu produtor frente ao uso social da tecnologia para fins de interação e de informação. Tal posicionamento é expresso, de forma argumentativa, por meio de uma atitude

  1. crítica, expressa pelas ironias.
  2. resignada, expressa pelas enumerações.
  3. indignada, expressa pelos discursos diretos.
  4. agressiva, expressa pela contra-argumentação.
  5. alienada, expressa pela negação da realidade.

20. (Enem 2012) Que estratégia argumentativa leva o personagem do terceiro quadrinho a persuadir sua interlocutora?

Que estratégia argumentativa leva o personagem do terceiro quadrinho a persuadir sua interlocutora?

  1. Prova concreta, ao expor o produto ao consumidor.
  2. Consenso, ao sugerir que todo vendedor tem técnica.
  3. Raciocínio lógico, ao relacionar uma fruta com um produto eletrônico.
  4. Comparação, ao enfatizar que os produtos apresentados anteriormente são inferiores.
  5. Indução, ao elaborar o discurso de acordo com os anseios do consumidor.

21. (Enem 2012) Todas as características tidas como exclusivas dos humanos são compartilhadas por outros animais, ainda que em menor grau

Extra, extra. Este macaco é humano.

Não somos tão especiais

Todas as características tidas como exclusivas dos humanos são compartilhadas por outros animais, ainda que em menor grau.

INTELIGÊNCIA

A ideia de que somos os únicos animais racionais tem sido destruída desde os anos 40. A maioria das aves e mamíferos tem algum tipo de raciocínio.

AMOR

O amor, tido como o mais elevado dos sentimentos, é parecido em várias espécies, como os corvos, que também criam laços duradouros, se preocupam com o ente querido e ficam de luto depois de sua morte.

CONSCIÊNCIA

Chimpanzés se reconhecem no espelho. Orangotangos observam e enganam humanos distraídos. Sinais de que sabem quem são e se distinguem dos outros. Ou seja, são conscientes.

CULTURA

O primatologista Frans de Waal juntou vários exemplos de cetáceos e primatas que são capazes de aprender novos hábitos e de transmiti-los para as gerações seguintes. O que é cultura se não isso?

BURGIERMAN, D. Superinteressante, n. 190, jul. 2003.

O título do texto traz o ponto de vista do autor sobre a suposta supremacia dos humanos em relação aos outros animais. As estratégias argumentativas utilizadas para sustentar esse ponto de vista são

  1. definição e hierarquia.
  2. exemplificação e comparação.
  3. causa e consequência.
  4. finalidade e meios.
  5. autoridade e modelos.

22. (Enem 2012) Nós, brasileiros, estamos acostumados a ver juras de amor, feitas diante de Deus, serem quebradas por traição, interesses financeiros e sexuais. Casais se separam como inimigos, quando poderiam ser bons amigos, sem traumas. Bastante interessante a reportagem sobre separação. Mas acho que os advogados consultados, por sua competência, estão acostumados a tratar de grandes separações. Será que a maioria dos leitores da revista tem obras de arte que precisam ser fotografadas antes da separação? Não seria mais útil dar conselhos mais básicos? Não seria interessante mostrar que a separação amigável não interfere no modo de partilha dos bens? Que, seja qual for o tipo de separação, ela não vai prejudicar o direito à pensão dos filhos? Que acordo amigável deve ser assinado com atenção, pois é bastante complicado mudar suas cláusulas? Acho que essas são dicas que podem interessar ao leitor médio.

Disponível em: http://revistaepoca.globo.com. Acesso em: 26 fev. 2012 (adaptado).

O texto foi publicado em uma revista de grande circulação na seção de carta do leitor. Nele, um dos leitores manifesta-se acerca de uma reportagem publicada na edição anterior. Ao fazer sua argumentação, o autor do texto

  1. faz uma síntese do que foi abordado na reportagem.
  2. discute problemas conjugais que conduzem à separação.
  3. aborda a importância dos advogados em processos de separação.
  4. oferece dicas para orientar as pessoas em processos de separação.
  5. rebate o enfoque dado ao tema pela reportagem, lançando novas ideias

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