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Formação de Novas Espécies

Lista de 10 exercícios de Biologia com gabarito sobre o tema Formação de Novas Espécies com questões de Vestibulares.


Você pode conferir as videoaulas, conteúdo de teoria, e mais questões sobre o tema Formação de Novas Espécies.




1. (UFES) Os pesquisadores Robert Simmons e Lue Scheepers questionaram a visão tradicional de como a girafa desenvolveu o pescoço comprido. Observações feitas na África demonstraram que as girafas que atingem alturas de 4 a 5 metros, geralmente se alimentam de folhas a 3 metros do solo. O pescoço comprido é usado como uma arma nos combates corpo a corpo pelos machos na disputa por fêmeas. As fêmeas também preferem acasalar com machos de pescoço grande. Esses pesquisadores argumentam que o pescoço da girafa ficou grande devido à seleção sexual; machos com pescoços mais compridos deixavam mais descendentes do que machos com pescoços mais curtos.

(Simmons and Scheepers, 1996. American Naturalist Vol. 148: pp. 771-786. Adaptado).

Sobre a visão tradicional de como a girafa desenvolve um pescoço comprido, é CORRETO afirmar que:

  1. na visão tradicional baseada em Darwin, a girafa adquire o pescoço comprido pela lei de uso e desuso. As girafas que esticam seus pescoços geram uma prole que já nasce com pescoço mais comprido e, cumulativamente, através das gerações, o pescoço, em média, aumenta de tamanho.
  2. na visão tradicional baseada em Lamarck, a girafa adquire o pescoço comprido com a sobrevivência diferencial de girafas. Aquelas com pescoço comprido conseguem se alimentar de folhas inacessíveis às outras e deixam, portanto, mais descendentes.
  3. na visão tradicional baseada em Lamarck, a girafa adquire o pescoço comprido pela lei do uso e desuso. Aquelas com pescoço comprido conseguem se alimentar de folhas inacessíveis às outras, e deixam, portanto, mais descendentes.
  4. na visão tradicional baseada em Darwin, a girafa adquire o pescoço comprido com a sobrevivência diferencial de girafas. Aquelas com pescoço comprido conseguem se alimentar de folhas inacessíveis às outras, e deixam, portanto, mais descendentes.
  5. na visão tradicional baseada em Darwin, a girafa adquire o pescoço comprido com a sobrevivência diferencial de girafas. As girafas que esticam seus pescoços geram uma prole que já nasce com pescoço mais comprido e, cumulativamente, através das gerações, o pescoço, em média, aumenta de tamanho.

Resposta: D

Resolução: A visão tradicional de como a girafa desenvolveu o pescoço comprido é a da seleção natural proposta por Darwin. A teoria de Darwin sugere que características que conferem vantagem na sobrevivência e reprodução são favorecidas ao longo do tempo. No caso das girafas, um pescoço comprido pode ajudar a alcançar folhas mais altas e também pode ser vantajoso em competições entre machos. A opção D reflete a seleção natural, onde as girafas com pescoços mais longos têm mais sucesso reprodutivo.

2. (UFSCar) O programa “Fantástico”, exibido pela Rede Globo em 01.08.2004, apresentou em um de seus quadros um provável animal do futuro, uma possível espécie de ave que poderá existir daqui a alguns milhões de anos. Por essa época, o encontro entre massas continentais provocará o aparecimento de imensas cordilheiras, muito mais altas que as atualmente existentes. Segundo o programa, nesse ambiente possivelmente existirão aves portadoras de 2 pares de asas, o que lhes garantiria maior sustentação em condições de ar rarefeito. Essas aves seriam as descendentes modificadas de espécies atuais nas quais há apenas um par de asas. Se isso realmente ocorrer, e considerando que o par de asas das aves atuais é homólogo aos membros anteriores de mamíferos e répteis, é mais provável que esse novo par de asas

  1. seja homólogo ao par de pernas das aves atuais.
  2. seja análogo ao par de pernas das aves atuais.
  3. seja homólogo ao par de asas das aves atuais.
  4. apresente os mesmos ossos das asas atuais: úmero, rádio e cúbito (ulna).
  5. apresente novos ossos criados por mutação, sem similares dentre os das aves atuais.

Resposta: A

Resolução: O novo par de asas seria homólogo ao par de pernas das aves atuais, já que a homologia se refere a estruturas com origem evolutiva comum. As asas atuais das aves são homólogas aos membros anteriores dos répteis, e um novo par de asas, se evoluído a partir de um ancestral comum, seria homólogo aos membros anteriores.

3. (UFC) “O ambiente afeta a forma e a organização dos animais, isto é, quando o ambiente se torna muito diferente, produz ao longo do tempo modificações correspondentes na forma e organização dos animais... As cobras adotaram o hábito de se arrastar no solo e se esconder na grama; de tal maneira que seus corpos, como resultados de esforços repetidos de se alongar, adquiriram comprimento considerável...”.

O trecho citado foi transcrito da obra Filosofia Zoológica de um famoso cientista evolucionista.

Assinale a alternativa que contém, respectivamente, a ideia transmitida pelo texto e o nome do seu autor.

  1. Seleção natural – Charles Darwin.
  2. Herança dos caracteres adquiridos – Jean Lamarck.
  3. Lei do transformismo – Jean Lamarck.
  4. Seleção artificial – Charles Darwin.
  5. Herança das características dominantes – Alfred Wallace.

Resposta: C

Resolução: A ideia transmitida é a de "Herança dos caracteres adquiridos" proposta por Jean Lamarck. Lamarck acreditava que características adquiridas durante a vida de um organismo podiam ser passadas para os descendentes, o que é contradito pela teoria da seleção natural de Darwin, que enfatiza a variação genética e a seleção natural.

04. (UFPI) Ao observarmos o voo de uma ave e o voo de um inseto, podemos deduzir que as asas de cada um funcionam e são utilizadas para um mesmo objetivo. Entretanto, a origem embriológica das asas de aves e insetos é diferente. Essas características constituem exemplo de:

  1. seleção natural.
  2. seleção artificial.
  3. convergência evolutiva.
  4. seleção sexual.
  5. mimetismo.

Resposta: C

Resolução: A semelhança na função das asas de aves e insetos, apesar de suas origens embriológicas diferentes, é um exemplo de convergência evolutiva. Convergência evolutiva ocorre quando organismos não relacionados desenvolvem características semelhantes devido a pressões ambientais semelhantes.

05. (UDESC) Um tubarão e um golfinho possuem muitas semelhanças morfológicas, embora pertençam a grupos distintos. O tubarão é um peixe que respira por brânquias, e suas nadadeiras são suportadas por cartilagens. O golfinho é um mamífero, respira ar atmosférico por pulmões, e suas nadadeiras escondem ossos semelhantes aos dos nossos membros superiores. Portanto, a semelhança morfológica existente entre os dois não revela parentesco evolutivo. Eles adquiriram essa grande semelhança externa pela ação do ambiente aquático que selecionou nas duas espécies a forma corporal ideal ajustada à água.

Esse processo é conhecido como

  1. isolamento reprodutivo.
  2. irradiação adaptativa.
  3. homologia.
  4. alopatria.
  5. convergência adaptativa.

Resposta: E

Resolução: A semelhança morfológica entre tubarões e golfinhos é um exemplo de convergência adaptativa. Ambas as espécies desenvolveram formas corporais semelhantes devido à adaptação ao ambiente aquático, apesar de sua origem evolutiva distinta.

06. (UFTM) Um estudante do ensino médio, ao ler sobre o tegumento humano, fez a seguinte afirmação ao seu professor: “o homem moderno não apresenta tantos pelos como os seus ancestrais, pois deixou de usar esses anexos como isolante térmico. Isso só foi possível porque o homem adquiriu uma inteligência que permitiu a confecção de roupas, protegendo-o do frio.” Diante dessa informação dada pelo aluno, o professor explicou que isso:

  1. não ocorreu e a informação está de acordo com a teoria evolutiva de Lamarck, que pressupõe que estruturas do corpo que não são solicitadas desaparecem e essas características adquiridas são transmitidas aos descendentes.
  2. não ocorreu e a informação está de acordo com a teoria evolutiva de Lamarck, que pressupõe que existe variação genotípica entre indivíduos, sendo que aqueles portadores de características adaptativas conseguem sobreviver e deixar descendentes.
  3. não ocorreu e a informação está de acordo com a teoria evolutiva de Stephen Jay Gould, que pressupõe que os seres vivos não se modificam por interferência ambiental, mas sim por alterações genéticas intrínsecas.
  4. ocorreu de fato e a informação está de acordo com a teoria evolutiva de Darwin, que pressupõe que os seres vivos com características adaptativas favoráveis têm maiores chances de viver.
  5. ocorreu de fato e a informação está de acordo com a teoria evolutiva de Darwin, que pressupõe que os seres vivos por necessidade vão se modificando ao longo do tempo.

Resposta: A

Resolução: A informação fornecida é de acordo com a teoria de Lamarck, que defende que características adquiridas durante a vida de um organismo são transmitidas para os descendentes. Lamarck acreditava que estruturas não utilizadas desapareceriam, o que está em desacordo com a teoria evolutiva moderna de Darwin, que não considera a transmissão de características adquiridas.

07. (UNESP) Apesar do acúmulo dos estudos sobre evolução dos seres vivos e de uma série de evidências coletadas desde a época de Darwin, observa-se uma onda de posicionamentos contrários às teorias evolucionistas.

Em vários estados dos EUA e em um estado do Brasil, por exemplo, foi incluído o ensino do criacionismo, por decisão governamental. Um dos professores que ensinará o criacionismo em uma destas escolas brasileiras afirmou: Tenho certeza de que minha avó não era macaca (“Ciência Hoje”, outubro de 2004). No entanto, a partir dos estudos de evolução dos primatas, em particular, podemos afirmar que:

  1. macacos originaram-se tanto na América quanto na África, assim como os humanos, o que reforça a hipótese da existência de um ancestral comum.
  2. humanos e macacos têm um mesmo ancestral, uma vez que o tamanho do cérebro dos macacos é muito próximo do tamanho do cérebro dos humanos.
  3. geneticamente, alguns macacos são muito próximos dos humanos, o que se considera como uma evidência em termos de ancestralidade comum.
  4. humanos e macacos têm um ancestral comum, pois em suas regiões de origem apresentam hábitos alimentares muito semelhantes.
  5. o fato de apenas macacos e humanos apresentarem as mãos com cinco dedos é a maior evidência de ancestralidade comum.

Resposta: C

Resolução: A similaridade genética entre alguns macacos e humanos é evidência de um ancestral comum. A genética fornece suporte à ideia de que humanos e macacos compartilham um ancestral comum devido às semelhanças genéticas.

08. (UFPA) Na borda norte e na borda sul do Grand Canyon habitam duas populações de esquilos com diferenças morfológicas marcantes que, em condições naturais, sem as barreiras geográficas, não são capazes de se intercruzarem. As duas populações constituem ____________ diferentes, devido principalmente a (ao) ____________.

  1. raças – isolamento reprodutivo.
  2. espécies – isolamento reprodutivo.
  3. raças – isolamento geográfico.
  4. espécies – isolamento geográfico.
  5. raças – diferenças morfológicas.

Resposta: B

Resolução: As duas populações de esquilos, que não se cruzam devido ao isolamento geográfico, são consideradas espécies diferentes. O isolamento geográfico impede a reprodução entre as populações, levando à divergência evolutiva.

09. (UFES) A figura a seguir representa a possível relação evolucionária de diferentes organismos, deduzida a partir de análises bioquímicas usadas para a comparação das sequências nucleotídicas dos genes do RNA ribossômico (subunidade menor) desses organismos.

A partir da análise da figura foram feitas as seguintes afirmativas:

I – Durante o processo evolutivo desses organismos, os genes responsáveis pelo RNA ribossômico apresentam sequências altamente conservadas, o que torna possível o estabelecimento das relações filogenéticas.

II – Quanto maior a distância entre esses organismos, maior o número de mutações ocorridas na seqüência nucleotídica estudada.

III – Os vertebrados e os procariontes apresentam um ancestral comum, apesar das diferenças marcantes quanto à sua organização celular.

IV – As plantas, animais e linhagens de fungos divergem a partir de um ancestral comum, relativamente tarde na evolução das células eucariontes.

V – O homem e o sapo apresentam entre si um menor grau de homologia da seqüência nucleotídica em questão, em comparação àquele existente entre o milho e a levedura.

Considerando as proposições, conclui-se que estão CORRETAS

  1. I, II, III, IV e V.
  2. apenas I, II, III e IV.
  3. apenas I, II e IV.
  4. apenas I e II.
  5. apenas III e V.

Resposta: B

Resolução: As proposições I, II, III e IV são corretas. As análises de sequências nucleotídicas podem mostrar a conservação de genes ao longo da evolução, indicar a relação entre organismos e evidenciar a divergência a partir de ancestrais comuns.

10. (PUC-SP) Uma barreira geográfica separou a população A em dois grupos designados por A1 e A2. Com o decorrer do tempo A1 e A2 foram se diferenciando e deram origem, respectivamente, a duas populações designadas por B1 e B2. Indivíduos de B1 e B2 foram levados para laboratório e, cruzados, produziram todos os descendentes estéreis e com sérios problemas genéticos.

Com relação à descrição acima, foram aventadas as seguintes hipóteses:

I. A1 e A2 podem ter passado por estágios em que deram origem a sub-espécies;

II. B1 e B2 podem ser duas espécies distintas;

III. As proteínas produzidas por indivíduos das populações A1 e A2 devem apresentar maior semelhança entre si do que as produzidas por B1 e B2.

Pode-se considerar

  1. apenas I e II viáveis.
  2. apenas I e III viáveis.
  3. apenas II e III viáveis.
  4. I, II e III viáveis.
  5. apenas uma delas viável.

Resposta: D

Resolução: As hipóteses I, II e III são viáveis. A separação de A em A1 e A2, seguida pela formação de B1 e B2 e a esterilidade dos descendentes indicam que B1 e B2 são espécies distintas. Também sugere que A1 e A2 podem ter passado por estágios de sub-espécies e que as proteínas entre A1 e A2 são mais semelhantes entre si do que entre B1 e B2.

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