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Contudo a Agatha Edu se mantém essencialmente com a renda gerada por anúncios, desativa aí rapidinho, parça. 😀

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Elementos Textuais e Função Social

Lista de 19 exercícios de Linguagens com gabarito sobre o tema Elementos Textuais e Função Social com questões do Enem.


Você pode conferir as videoaulas, conteúdo de teoria, e mais questões sobre o tema Elementos Textuais e Função Social.




01. (Enem 2024) Se você é feito de música, este texto é pra você

Às vezes, no silêncio da noite, eu fico imaginando: que graça teria a vida sem música? Sem ela não há paz, não há beleza. Nos dias de festa e nas madrugadas de pranto, nas trilhas dos filmes e nas corridas no parque, o que seria de nós sem as canções que enfeitam o cotidiano com ritmo e verso? Quem nunca curou uma dor de cotovelo dançando lambada ou terminou de se afundar ouvindo sertanejo sofrência? Quantos já criticaram funk e fecharam a noite descendo até o chão? Tudo bem... Raul nos ensinou que é preferível ser essa metamorfose ambulante do que ter aquela velha opinião formada sobre tudo.

Já somos castigados com o peso das tragédias, o barulho das buzinas, os ruídos dos conflitos. É pau, é pedra, é o fim do caminho. Há uma nuvem de lágrimas sobre os olhos, você está na lanterna dos afogados, o coração despedaçado. Mas, como um sopro, da janela do vizinho, entra o samba que reanima a mente. Floresce do fundo do nosso quintal a batida que ressuscita o ânimo, sintoniza a alegria e equaliza o fôlego. Levanta, sacode a poeira, dá a volta por cima.

BITTAR, L. Disponível em: www.revistabula.com. Acesso em: 21 nov. 2021 (adaptado).

Defendendo a importância da música para o bem-estar e o equilíbrio emocional das pessoas, a autora usa, como recurso persuasivo, a

  1. contradição, ao associar o coração despedaçado à alegria.
  2. metáfora, ao citar a imagem da metamorfose ambulante.
  3. intertextualidade, ao resgatar versos de letras de canções.
  4. enumeração, ao mencionar diferentes ritmos musicais.
  5. hipérbole, ao falar em “sofrência”, “tragédias” e “afogados”.

Resposta: C

Resolução: A resposta correta é "C" porque a autora utiliza intertextualidade ao resgatar versos de músicas conhecidas, o que fortalece a argumentação sobre a importância da música. Expressões como "É pau, é pedra" e "Levanta, sacode a poeira" fazem referência a músicas populares, tornando o texto mais envolvente e demonstrando o impacto emocional da música.

02. (Enem 2024) Nesse cartaz, a expressão “Vou deixar que você se vá”, em conjunto com os elementos não verbais utilizados tem a finalidade de

  1. incentivar o descarte de itens defeituosos.
  2. promover a reciclagem de produtos usados.
  3. garantir a conservação de roupas de inverno.
  4. relacionar o gesto de doação à ideia de desapego.
  5. comparar a peça de roupa ao sentimento de despedida

Resposta: D

Resolução: O cartaz usa a expressão “Vou deixar que você se vá” como uma metáfora para o ato de desapego, relacionando o gesto de doar itens a uma forma de se libertar deles emocionalmente. A ideia é promover a doação, incentivando as pessoas a se desapegarem de itens que não usam mais, sem o apego sentimental a esses objetos.

03. (Enem 2024) Memes e fake news: o impacto na educação das crianças

Há quem diga que o Brasil nunca mais foi o mesmo depois dos memes. Na economia da velocidade, alguns apostam no humor, outros no engajamento político, e tem gente investindo alto na mentira também. Diante desse cenário, uma pergunta se torna essencial: será que todo mundo está conseguindo traduzir as mensagens postadas, curtidas e compartilhadas?

Essa dúvida incentivou uma professora de língua portuguesa a desenvolver uma proposta de leitura e análise crítica de memes com estudantes do ensino fundamental, na rede pública do Distrito Federal, na cidade de Samambaia. “Percebi que muitos alunos e pais estavam divulgando conteúdos sem saber o que havia por trás das palavras”, relata a professora.

“O que antes era engraçado para os alunos passou a ser visto com outros olhos”, afirma a professora. Para ela, que utilizou a representação da criança em memes de WhatsApp como material gerador das discussões em sala de aula, aguçar o olhar sobre-essas mensagens impacta diretamente a atitude de postar, curtir e compartilhar conteúdos ao estimular o uso consciente da informação que circula nas plataformas de mídia social.

Letramento político e midiático é um desafio intergeracional. Em tempos de notícias falsas, de imagens manipuladas e de memes sendo usados como triunfo da verdade de cada um, checagem de informação e interpretação de texto acabam se tornando moedas valiosas.

Disponível em: https://lunetas.com.br. Acesso em: 15 jan. 2024 (adaptado).

Ao abordar a relação dos memes com a educação, a reportagem sustenta uma crítica à

  1. falta de fiscalização no uso de aplicativos de mensagens por crianças.
  2. divulgação de informação manipulada em postagens virtuais.
  3. utilização de ferramentas digitais no trabalho educacional.
  4. exploração de conteúdos humorísticos nas mídias sociais.
  5. propagação de mensagens com objetivos políticos.

Resposta: B

Resolução: A questão aborda a crítica à disseminação de informações manipuladas e fake news nas redes sociais. A reportagem destaca como os memes podem impactar a percepção e interpretação das mensagens compartilhadas, o que levou a professora a desenvolver uma proposta de letramento crítico para que os alunos compreendam melhor o conteúdo dos memes.

04. (Enem 2024) Telemedicina é para todos, mas nem todos estão preparados

A telemedicina, nos últimos anos, tem se destacado como uma ferramenta valiosa, proporcionando uma gama de benefícios que vão desde a ampliação do acesso à assistência médica até a otimização dos recursos de todo o ecossistema de saúde.

O governo federal propõe a Estratégia de Saúde Digital, um programa destinado à transformação digital da saúde no Brasil. Seu principal objetivo é facilitar a troca de informações entre os diversos pontos da Rede de Atenção à Saúde, promovendo a interoperabilidade e, assim, possibilitando a transição e a continuidade do cuidado nos setores público e privado. Também está em discussão um projeto de lei que dispõe sobre o prontuário eletrônico unificado do cidadão, o que indica o quanto o tema está em evidência tanto para os gestores públicos quanto para os privados.

Contudo, é importante reconhecer que nem todas as pessoas estão igualmente preparadas para aproveitar plenamente os cuidados ofertados pela telemedicina. Um dos principais benefícios do atendimento de saúde a distância é a capacidade de superar barreiras geográficas, proporcionando acesso a serviços médicos, especialmente para pacientes que residem em áreas remotas e/ou carentes de certas especialidades médicas, os chamados “vazios assistenciais”. A equidade no acesso é uma questão crítica, uma vez que nem todos têm ao seu alcance dispositivos tecnológicos ou uma conexão à internet que seja confiável, entre outros problemas de infraestrutura. É um desafio tanto para os pacientes quanto para os profissionais de saúde, que, em muitos casos, não contam com estrutura para o trabalho remoto nem com letramento digital para desenvolver as funções.

OLIVEIRA, D. Disponível em: www.correiobraziliense.com.br. Acesso em: 21 jan. 2024 (adaptado).

Ao tratar da telemedicina, esse texto ressalta que um dos benefícios dessa tecnologia para a sociedade é o fato de ela

  1. disponibilizar prontuário único do cidadão tanto na rede pública quanto na privada.
  2. oportunizar o acesso a atendimento médico a pacientes de áreas periféricas.
  3. fornecer dispositivos tecnológicos para a realização de exames.
  4. promover a interação entre diferentes especialidades médicas.
  5. garantir infraestrutura para o trabalho remoto de médicos.

Resposta: B

Resolução: O texto destaca a telemedicina como uma ferramenta capaz de superar barreiras geográficas, especialmente para pessoas em áreas com carência de serviços médicos. Dessa forma, o benefício mencionado na alternativa B se alinha com a ideia central de ampliar o acesso à saúde para quem vive em "vazios assistenciais", como áreas periféricas.

05. (Enem 2024) Sempre passo nervoso quando leio minha crônica neste jornal e percebo que escapuliu a palavra “coisa” em alguma frase. Acontece que “coisa” está entre as coisas mais deliciosas do mundo.

O primeiro banho da minha filha foi embalado pela minha voz dizendo, ao fundo, “cuidado, ela ainda é uma coisinha tão pequena”. “Viu só que amor? Nunca vi coisa assim”. O amor que não dá conta de explicação é “a coisa” em seu esplendor e excelência. “Alguma coisa acontece no meu coração” é a frase mais bonita que alguém já disse sobre São Paulo. E quando Caetano, citado aqui pela terceira vez pra defender a dimensão poética da coisa, diz “coisa linda”, nós sabemos que nenhuma palavra definiria de forma mais profunda e literária o quão bela e amada uma coisa pode ser.

“Coisar” é verbo de quem está com pressa ou tem lapsos de memória. É pra quando “mexe qualquer coisa dentro doida”. E que coisa magnífica poder se expressar tal qual Caetano Veloso. Agora chega, porque “esse papo já tá qualquer coisa” e eu já tô “pra lá de Marrakech”.

TATI BERNARDI. Disponível em: www1.folha.uol.com.br. Acesso em: 3 jan. 2024 (adaptado).

O recurso utilizado na progressão textual para garantir a unidade temática dessa crônica é a

  1. intertextualidade, marcada pela citação de versos de letras de canções.
  2. metalinguagem, marcada pela referência à escrita de crônicas pela autora.
  3. reiteração, marcada pela repetição de uma determinada palavra e de seus cognatos.
  4. conexão, marcada pela presença dos conectores lógico “quando” e “porque” entre orações.
  5. pronominalização, marcada pela retomada de “minha filha” e “um namorado ruim” pelos pronomes “ela” e “lo”.

Resposta: C

Resolução: A unidade temática da crônica de Tati Bernardi é garantida pela repetição da palavra “coisa” e de seus cognatos. Esse recurso linguístico é chamado de "reiteração", pois a palavra "coisa" é repetida com variações ao longo do texto para construir a ideia central. A alternativa correta é a C: "reiteração, marcada pela repetição de uma determinada palavra e de seus cognatos".

06. (Enem 2023) TEXTO I

Zapeei os canais, como há dezenas de anos faço, e pá: parei num que exibia um episódio daquela velha família do futuro, Os Jetsons.

Nesse episódio em particular, a Jane Jetson, esposa do George, tratava de dirigir aquele veículo voador deles. Meu queixo foi caindo à medida que as piadinhas machistas sobre mulheres dirigirem foram se acumulando.

Impressionante! Que futuro careta aqueles roteiristas imaginavam! Seriam incapazes de projetar algo melhor, e não apenas em termos de tecnologias, robôs e carros voadores? Será que nossa máxima visão de futuro só atinge as coisas, e jamais as pessoas? Como a Jane, uma mulher de 33 anos no desenho, poderia ser o que foram as minhas bisavós? O futuro, naquele desenho, se esqueceu de ser melhor nas relações entre as pessoas. Aliás… tão parecido com a vida.

Fiquei de cara, como dizemos aqui, ou como dizíamos na minha adolescência, pobre adolescência, aprendendo, sem querer e sem muita defesa, um futuro tão besta quanto o passado.

RIBEIRO, A. E. Disponível em: www.rascunho.com br.

Acesso em: 21 out. 2021 (adaptado)

TEXTO II

Masculino e feminino são campos escorregadios que só se definem por oposição, sempre incompleta, um do outro. São formações imaginárias que buscam produzir uma diferença radical e complementar onde só existem, de fato, mínimas diferenças.

O resto é questão de estilo. Até pelo menos a segunda metade do século 19, o divisor de águas era claro: os homens ocupavam o espaço público. As mulheres tratavam da vida privada. Privada de quê? De visibilidade, diria Hannah Arendt. De visibilidade pública.

Do que as mulheres estiveram privadas até o século 20 foi de presença pública manifesta não em imagem, mas em palavra. A palavra feminina, reservada ao espaço doméstico, não produzia diferença na vida social.

KHEL. M. R. Disponível em: https://alias.estadao.com.br.

Acesso em 19 out. 2021 (adaptado)

A representação da mulher apresentada no Texto I pode ser explicada pelo Texto II no que diz respeito à(às)

  1. censura a formas de expressão femininas.
  2. ausência da figura feminina na vida pública.
  3. construções imaginárias cristalizadas na sociedade.
  4. limitações inerentes às figuras femininas e masculinas.
  5. dificuldade na atribuição de papéis masculinos e femininos.

07. (Enem 2023) Esse anúncio publicitário, veiculado durante o contexto da pandemia de covid-19, tem por finalidade

  1. divulgar o canal telefônico de atendimento a casos de violência contra a mulher.
  2. informar sobre a atuação de uma entidade defensora da mulher vítima de violência.
  3. evidenciar o trabalho da Defensoria Pública em relação ao problema do abuso contra a mulher.
  4. alertar a sociedade sobre o aumento da violência contra a mulher em decorrência do coronavírus.
  5. incentivar o público feminino a denunciar crimes de violência contra a mulher durante o período de isolamento.

08. (Enem 2023) Mais iluminada que outras

Tenho dois seios, estas duas coxas, duas mãos que me são muito úteis, olhos escuros, estas duas sobrancelhas que preencho com maquiagem comprada por dezenove e noventa e orelhas que não aceitam bijuterias. Este corpo é um corpo faminto, dentado, cruel, capaz e violento. Movo os braços e multidões correm desesperadas.

Caminho no escuro com o rosto para baixo, pois cada parte isolada de mim tem sua própria vida e não quero domá-las. Animal da caatinga. Forte demais. Engolidora de espadas e espinhos.

Dizem e eu ouvi, mas depois também li, que o estado do Ceará aboliu a escravidão quatro anos antes do restante do país. Todos aqueles corpos que eram trazidos com seus dedos contados, seus calcanhares prontos e seus umbigos em fogo, todos eles foram interrompidos no porto. Um homem – dizem e eu ouvi e depois também li – liderou o levante. E todos esses corpos foram buscar outros incômodos. Foram ser incomodados.

ARRAES, J. Redemoinho em dia quente.

São Paulo: Alfaguara, 2019.

Nesse texto, os recursos expressivos usados pela narradora

  1. revelam as marcas da violência de raça e de gênero na construção da identidade.
  2. questionam o pioneirismo do estado do Ceará no enfrentamento à escravidão.
  3. reproduzem padrões estéticos em busca da valorização da autoestima feminina.
  4. sugerem uma atmosfera onírica alinhada ao desejo de resgate da espiritualidade.
  5. mimetizam, na paisagem, os corpos transformados pela violência da escravidão.

09. (Enem 2023) De quem é esta língua?

Uma pequena editora brasileira, a Urutau, acaba de lançar em Lisboa uma "antologia antirracista de poetas estrangeiros em Portugal", com o título Volta para a tua terra.

O livro denuncia as diversas formas de racismo a que os imigrantes estão sujeitos. Alguns dos poetas brasi leiros antologiados queixam-se do desdém com que um grande número de portugueses acolhe o português bra sileiro. É uma queixa frequente.

"Aqui em Portugal eles dizem /– eles dizem – / que nosso português é errado, que nós não falamos português", escreve a poetisa paulista Maria Giulia Pinheiro, para concluir: "Se a sua linguagem, a lusitana, / ainda conserva a palavra da opressão / ela não é a mais bonita do mundo./ Ela é uma das mais violentas".

AGUALUSA, J. E. Disponível em: https://oglobo.globo.com.

Acesso em: 22 nov. 2021 (adaptado).

O texto de Agualusa tematiza o preconceito em relação ao português brasileiro. Com base no trecho citado pelo autor, infere-se que esse preconceito se deve

  1. à dificuldade de consolidação da literatura brasileira em outros países.
  2. aos diferentes graus de instrução formal entre os falantes de língua portuguesa.
  3. à existência de uma língua ideal que alguns falantes lusitanos creem ser a falada em Portugal.
  4. ao intercâmbio cultural que ocorre entre os povos dos diferentes países de língua portuguesa.
  5. à distância territorial entre os falantes do português que vivem em Portugal e no Brasil.

10. (ENEM 2022)

Para convencer o público-alvo sobre a necessidade de um trânsito mais seguro, essa peça publicitária apela para o(a)

  1. sentimento de culpa provocado no condutor causador de acidentes.
  2. dano psicológico causado nas vítimas da violência nas estradas.
  3. importância do monitoramento do trânsito pelas autoridades competentes.
  4. necessidade de punição a motoristas alcoolizados envolvidos em acidentes.
  5. sofrimento decorrente da perda de entes queridos em acidentes automobilísticos.

11. (ENEM 2022) TEXTO I

A língua não é uma nomenclatura, que se opõe a uma realidade pré-categorizada, ela é que classifica realidade. No léxico, percebe-se, de maneira mais imediata, o fato de que a língua condensa as experiências de um dado povo.

FIORIN, J. L. Língua, modernidade e tradição.

Diversitas, n. 2, mar.-set. 2014.

TEXTO II

As expressões coloquiais ainda estão impregnadas de discriminação contra os negros. Basta recordar algumas delas, como passar um “dia negro”, ter um “lado negro”, ser a “ovelha negra” da família ou praticar “magia negra”.

Disponível em: https:/brasil.elpais.com. Acesso em: 22 maio 2018.

O Texto II exemplifica o que se afirma no Texto I, na medida em que defende a idea de que as escolhas lexicais são resultantes de um

  1. expediente próprio do sistema linguístico que nos apresenta diferentes possibilidades para traduzir estados de coisas.
  2. ato inventivo de nomear novas realidades que surgem diante de uma comunidade de falantes de uma língua.
  3. mecanismo de apropriação de formas linguísticas que estão no acervo da formação do idioma nacional.
  4. processo de incorporação de preconceitos que são recorrentes na história de uma sociedade.
  5. recurso de expressão marcado pela objetividade que se requer na comunicação diária.

12. (ENEM 2022) Ciente de que, no campo da criação, as inovações tecnológicas abrem amplo leque de possibilidades – ao permitir, e mesmo estimular, que o artista explore a fundo, em seu processo criativo, questões como a aleatoriedade, o acaso, a não linearidade e a hipermídia –, Leo Cunha comenta que, no que tange ao campo da divulgação, as alternativas são ainda mais evidentes:

“Afinal, é imensa a capacidade de reprodução, multiplicação e compartilhamento das obras artísticas/culturais. Ao mesmo tempo, ganham dimensão os dilemas envolvidos com a questão da autoria, dos direitos autorais, da reprodução e intervenção não autorizadas, entre outras questões”.

Já segundo a professora Yacy-Ara Froner, o uso de ferramentas tecnológicas não pode ser visto como um fim em si mesmo. Isso porque computadores, samplers, programas de imersão, internet e intranet, vídeo, televisão, rádio, GPD etc. são apenas suportes com os quais os artistas exercem sua imaginação.

SILVA JR., M. G. Movidas pela dúvida. Minas faz Ciências, n. 52, dez-fev. 2013 (adaptado).

Segundo os autores citados no texto, a expansão de possibilidades no campo das manifestações artísticas promovida pela internet pode pôr em risco o(a)

  1. sucesso dos artistas.
  2. valorização dos suportes.
  3. proteção da produção estética.
  4. modo de distribuição de obras.
  5. compartilhamento das obras artísticas.

13. (ENEM 2022) Morte lenta ao luso infame que inventou a calçada portuguesa. Maldito D. Manuel I e sua corja de Tenentes Eusébios. Quadrados de pedregulho irregular socados à mão. À mão! É claro que ia soltar, ninguém reparou que ia soltar? Branco, preto, branco, preto, as ondas do mar de Copacabana. De que me servem as ondas do mar de Copacabana? Me deem chão liso, sem protuberâncias calcárias. Mosaico estúpido. Mania de mosaico. Joga concreto em cima e aplaina. Buraco, cratera, pedra solta, bueiro-bomba.

Depois dos setenta, a vida se transforma numa interminável corrida de obstáculos. A queda é a maior ameaça para o idoso. “Idoso”, palavra odienta. Pior, só “terceira idade”. A queda separa a velhice da senilidade extrema. O tombo destrói a cadeia que liga a cabeça aos pés. Adeus, corpo. Em casa, vou de corrimão em corrimão, tateio móveis e paredes, e tomo banho sentado.

Da poltrona para a janela, da janela para a cama, da cama para a poltrona, da poltrona para a janela. Olha aí, outra vez, a pedrinha traiçoeira atrás de me pegar. Um dia eu caio, hoje não.

TORRES, F. Fim. São Paulo: Cia. das Letras, 2013.

O recurso que caracteriza a organização estrutural desse texto é o(a)

  1. justaposição de sequências verbais e nominais.
  2. mudança de eventos resultante do jogo temporal.
  3. uso de adjetivos qualificativos na descrição do cenário.
  4. encadeamento semântico pelo uso de substantivos sinônimos.
  5. inter-relação entre orações por elementos linguísticos lógicos.

14. (ENEM 2022) Ela era linda. Gostava de dançar, fazia teatro em São Paulo e sonhava ser atriz em Hollywood. Tinha 13 anos quando ganhou uma câmera de vídeo – e uma irmã. As duas se tornaram suas companheiras de experimentações.

Adolescente, Elena vivia a criar filminhos e se empenhava em dirigir a pequena Petra nas cenas que inventava. Era exigente com a irmã. E acreditava no potencial da menina para satisfazer seus arroubos de diretora precoce. Por cinco anos, integrou algumas das melhores companhias paulistanas de teatro e participou de preleções para filmes e trabalhos na TV.

Nunca foi chamada. No início de 1990, Elena tinha 20 anos quando se mudou para Nova York para cursar artes cênicas e batalhar uma chance no mercado americano. Deslocada, ansiosa, frustrada após alguns testes de elenco malsucedidos, decepcionada com a ausência de reconheci mento e vitimada por uma depressão que se agravava com a falta de perspectivas, Elena pôs fim à vida no segundo semestre. Petra tinha 7 anos. Vinte anos depois, é ela, a irmã caçula, que volta a Nova York para percorrer os últimos passos da irmã, vasculhar seus arquivos e transformar suas memórias em imagem e poesia.

Elena é um filme sobre a irmã que parte e sobre a irmã que fica. É um filme sobre a busca, a perda, a saudade, mas também sobre o encontro, o legado, a memória. Um filme sobre a Elena de Petra e sobre a Petra de Elena, sobre o que ficou de uma na outra e, essencialmente, um filme sobre a delicadeza.

VANUCHI, C. Época, 19 out. 2012 (adaptado).

O texto é exemplar de um gênero discursivo que cumpre a função social de

  1. narrar, por meio de imagem e poesia, cenas da vida das irmãs Petra e Elena.
  2. descrever, por meio das memórias de Petra, a separação de duas irmãs.
  3. sintetizar, por meio das principais cenas do filme, a história de Elena.
  4. lançar, por meio da história de vida do autor, um filme autobiográfico.
  5. avaliar, por meio de análise crítica, o filme em referência.

15. (ENEM 2022) Pisoteamento, arrastão, empurra-empurra, agressões, vandalismo e até furto a um torcedor que estava caído no asfalto após ter sido atropelado nas imediações do estádio do Maracanã. As cenas de selvageria tiveram como estopim a invasão de milhares de torcedores sem ingresso, que furaram o bloqueio policial e transformaram o estádio em terra de ninguém. Um reflexo não só do quadro de insegurança que assola o Rio de Janeiro, mas também de como a violência social se embrenha pelo esporte mais popular do país.

Em 2017, foram registrados 104 episódios de violência no futebol brasileiro, que resultaram em 11 mortes de torcedores. Desde 1995, quando 101 torcedores ficaram feridos e um morreu durante uma batalha campal no estádio do Pacaembu, autoridades brasileiras têm focado as ações de enfrentamento à violência no futebol em grupos uniformizados, alguns proibidos de frequentar estádios. Porém, a postura meramente repressiva contra torcidas organizadas é ineficaz em uma sociedade que registra mais de 61000 homicídios por ano. “É impossível dissociar a escalada de violência no futebol do panorama de desordem pública, social, econômica e política vivida pelo país”, de acordo com um doutor em sociologia do esporte.

Disponível em: https://brasil.elpais.com.

Acesso em: 22 jun. 2019 (adaptado).

Nesse texto, a violência no futebol está caracterizada como um(a)

  1. problema social localizado numa região do país.
  2. desafio para as torcidas organizadas dos clubes. reflexo da precariedade da organização social no país.
  3. inadequação de espaço nos estádios para receber o público.
  4. consequência da insatisfação dos clubes com a organização dos jogos.

16. (ENEM 2022 PPL)

Ao abordar a temática da violência contra a mulher, o cartaz conjuga as linguagens verbal e não verbal para

  1. apresentar políticas públicas de combate à discriminação de gênero.
  2. mobilizar a vítima para denunciar as agressões sofridas.
  3. expressar a reação da sociedade em relação ao crime.
  4. analisar as consequências resultantes do sofrimento.
  5. discutir o comportamento psicológico do agressor.

17. (ENEM 2022 PPL) A busca do “texto oculto” na leitura de notícias

Os meus colegas jornalistas que me perdoem, mas não dá mais para ler uma notícia de jornal apenas pelo que está publicado. O nosso universo informativo ficou muito mais complexo depois do surgimento da avalanche informativa na internet.

Esse fenômeno, inédito na história do jornalismo, está nos obrigando a tomar uma notícia de jornal apenas como um ponto de partida para uma análise que, necessariamente, envolve a preocupação em descobrir o contexto do que foi publicado. A notícia de jornal não é mais a verdade definitiva, mas a porta de entrada numa realidade desconhecida e inevitavelmente complexa, contraditória e diversa.

A principal mudança que todos nós teremos que incorporar às nossas rotinas informativas é a necessidade de sermos críticos em relação às notícias que leremos, ouviremos ou assistiremos.

A busca de um novo modelo de formatação de notícias baseado numa cultura da diversificação informativa está apenas começando. O público passou a ter uma importância estratégica na atividade profissional porque os jornalistas necessitam, cada vez mais, dos blogs pessoais, das páginas da web e das postagens em redes sociais como fonte de notícias. A histórica dependência de fontes governamentais e corporativas está rapidamente sendo substituída pela notícia oriunda de comunidades, grupos sociais organizados e influenciadores digitais. A agenda de notícias das elites perde espaço para a agenda do público.

É essa nova forma de ver a realidade que está na base da necessidade do chamado “texto oculto”, um jargão acadêmico para uma diversificação na nossa nova forma de ler, ouvir e ver notícias.

CASTILHO, C. Disponível em: www.observatoriodaimprensa.com.br. Acesso em: 30 out. 2021 (adaptado).

Ao problematizar os modos de ler notícias e a necessidade de se buscar o chamado “texto oculto”, o texto defende que esse processo implicará

  1. adaptação na forma como a imprensa e o jornalismo abordam a informação.
  2. alteração na prática interacional entre os usuários de redes sociais.
  3. ampliação da quantidade de informação disponível na internet.
  4. demanda por informações fidedignas em fontes oficiais.
  5. percepção da notícia como um produto acabado.

18. (ENEM 2022 PPL)

Esse cartaz tem como função social conquistar clientes para um evento turístico, e, por isso, seria recomendável que fosse escrito na norma-padrão da língua portuguesa.

O comentário acrescentado por um interlocutor sugere que a grafia incorreta da palavra “excursão”

  1. interfere na pronúncia do vocábulo.
  2. reflete uma interferência da fala na escrita.
  3. caracteriza uma violação proposital para chamar a atenção dos clientes.
  4. diminui a confiabilidade nos serviços oferecidos pela prestadora.
  5. compromete o entendimento do conteúdo da mensagem.

19. (ENEM 2022 PPL) O boato insiste em ser um gênero da comunicação. Um rumor pode nascer da má-fé, do mal-entendido ou de uma trapalhada qualquer. O primeiro impulso é acreditar, porque: 1 - confiamos em quem o transmite;2 - é fisicamente impossível verificar a veracidade de tudo; 3 - os meios de comunicação estão sistematicamente relapsos com a verificação de seus conteúdos e, se eles fazem isso, o que nos impede?

O boato não informa, mas ensina: mostra como uma sociedade se prepara para tomar posição. A nossa tem se aplicado na tarefa de desmantelar equipes de jornalistas que dão nome de “informação” a todo tipo de “copia e cola” difundido pela internet como se fosse um fato verídico. A comunicação atual depende, cada vez mais, do modo como vamos lidar com os rumores.

PEREIRA JR., L. C. Língua Portuguesa, n. 93, jul. 2013 (adaptado).

Em relação aos boatos que circulam ininterruptamente na internet, esse texto reconhece a importância da posição tomada pelo internauta leitor ao

  1. confiar nos contatos pessoais que transmitiram a informação.
  2. acompanhar e reproduzir o comportamento dos meios de comunicação.
  3. seguir as contas dos jornalistas nas diversas redes sociais existentes.
  4. excluir de seus contatos usuários que não confirmam a veracidade das notícias.
  5. pesquisar em diferentes mídias a veracidade das notícias que circulam na rede.

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