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Império Bizantino

Império Bizantino

Como surgiu o Império Bizantino?

O Império Bizantino surgiu em 330 d.C. da divisão do Império Romano, se tornando o Império Romano do Oriente quando o imperador romano Constantino fundou no local a cidade de Constantinopla (atual Istambul). Já o nome é um pouco anterior, e faz referência a Bizâncio, colônia grega estabelecida em 658 a.C.

Já o nome Bizâncio é devido ao rei local chamado de Bizas ou Bizante.

Governo de Justiniano

O governo mais importante do Império Bizantino foi do filho de camponeses, Flávio Pedro Sabácio Justiniano (527-565) que nasceu em Tauresium, atual Macedônia, uma vez que foi em sua governança que o Império Bizantino atingiu o seu ápice.

Justiniano foi adotado pelo tio Justino, sendo que quando jovem foi para Constantinopla, mais precisamente para uma base do comando militar onde estava o seu tio Justino, e assim pode receber educação mais aprimorada.

Já no poder, Justiniano criou uma comissão de juristas para criar o "Digesto", que era um manual de Direito que buscou organizar as leis, sendo publicado em 533, designado aos estudantes. Também foi publicado as "Institutas", que eram os fundamentos do Direito Romano, além de finalizar o Código de Justiniano.

As obras foram posteriormente reunidas em um livro chamado "Codex Justinianus", sendo chamadas depois de Corpus Juris Civilis. Cabe ressaltar que a base das leis que utilizamos nos dias de hoje, advieram das obras de Justiniano.

O Governo do autoritário Justiniano, também ficou marcado pela reconquista de territórios perdidos e a unificação do Império Romano. Com intuito de recuperar o antigo Império Romano, ele busca incentivar o comércio, a indústria e as artes.

Mosaico do Imperador Justiniano e Imperatriz Teodora

Religião no Império Bizantino

Devido a visões distintas entre os católicos, houve uma separação entre as igrejas em 1054, o que culminou na criação da Igreja Católica Ortodoxa. Onde o Imperador se tornou o chefe da Igreja.

Dentro da igreja haviam alguns movimentos:

Monofisismo: Acreditavam que Jesus era um espírito (ser divino), e nunca veio à terra.

Arianismo: Acreditavam que Jesus era apenas um humano, ou seja, não era um ser divino.

Igreja Bizantina Medieval do Século XI

Questão Iconoclasta

A Igreja Católica (romana e ortodoxa), aceitava a veneração de imagens, uma vez que elas representavam Jesus, Maria etc, porém a idolatria ou iconolatria não era aceita. Então, devido a um surto de adoração de imagens, a igreja tentou contornar a situação, buscando explicar o que as imagens representavam.

Em sua obra A Igreja dos Tempos Bárbaros, o historiador Daniel-Rops narra:

"A devoção às imagens tomou tal incremento que nos deixa surpreendidos. Fazia-se um juramento? Era sobre um ícone. Comungava-se? As santas espécies deviam tocar primeiro um ícone. Batizava-se uma criança? A cerimônia realizava-se diante de um ícone, suntuosamente vestido e adornado de jóias, e que às vezes chegava a fazer-se de padrinho. Produziam-se verdadeiras aberrações: haviam doentes que, para se curarem, ingeriam raspas de tintas de um ícone. De maneira geral, a plebe distinguia cada vez menos entre o ícone diante do qual queimava incenso e acendia velas, e o santo que essa imagem representava. “Muitos pareciam acreditar que, para honrar o batismo, era suficiente entrar na igreja e beijar repetidas vezes a cruz e as imagens”".

Já entre os séculos VIII e IX, o imperador Leão III proibiu o uso de imagens religiosas, muito em função da influência que o mesmo sofreu do monofisismo.

Economia no Império Bizantino

A economia do Império Bizantino se destacou como uma das mais poderosas da época, muito em função do comércio, sendo esta totalmente controlada pelo estado. Um exemplo da sua grandeza é que a sua capital chegou a ter 1 milhão de habitantes.

Moeda cunhada durante o primeiro governo do imperador Justiniano II (685-695).

Queda do Império Bizantino

Após a morte Justiniano, o Império Bizantino começou a enfraquecer, e devido aos constantes ataques, muito em função da sua localização extremamente desejada. No mesmo período o Império Otomano ganhava força, e então o sultão Mohammed II, após 53 dias de cerco, tomou Constantinopla, além de matar o último imperador bizantino, Constantino XI.

Em sua obra Declínio e Queda do Império Otomano, Alan Palmer descreve que "Quando o Sultão Mehmed II entrou em Constantinopla em seu tordilho naquela tarde de terça-feira, foi primeiro a Santa Sofia, a igreja da Santa Sabedoria, e pôs a basílica sob sua proteção antes de ordenar que fosse transformada em Mesquita. Cerca de sessenta e cinco horas mais tarde, retornou à basílica para as preces rituais do meio-dia da sexta. A transformação era simbólica para os planos do Conquistador. O mesmo aconteceu quando insistiu em investir com toda solenidade um erudito monge ortodoxo no trono patriarcal, então vago".

Referências:

PALMER, Alan. Declínio e Queda do Império Otomano. Trad. Cleuber Vieira. São Paulo: Globo, 2013. pp. 1-2.

DANIEL-ROPS. A Igreja dos Tempos Bárbaros. Trad. Emérico da Gama. Quadrante: São Paulo. 1991. p. 360

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