Idade Média

Simulado de 20 questões sobre Idade Média com gabarito para a Fatec, Fuvest, Unesp, Unicamp, Unifesp e Univesp com questões de Vestibulares.



01. ()

02. ()

03. (FUVEST) Os comentadores do texto sagrado (…) reconhecem asubmissão da mulher ao homem como um dos momentos da divisão hierárquica que regula as relações entre Deus, Cristo e a humanidade, encontrando ainda a origem e o fundamento divino daquela submissão na cena primária da criação de Adão e Eva e no seu destino antes e depois da queda.

CASAGRANDE, C., A mulher sob custódia, in: História das Mulheres, Lisboa: Afrontamento, 1993, v. 2, p. 122‐123.

O excerto refere‐se à apreensão de determinadas passagens bíblicas pela cristandade medieval, especificamente em relação à condição das mulheres na sociedade feudal. A esse respeito, é correto afirmar:

  1. As mulheres originárias da nobreza podiam ingressar nos conventos e ministrar os sacramentos como os homens de mesma condição social.
  2. A culpabilização das mulheres pela expulsão do Paraíso Terrestre servia de justificativa para sua subordinação social aos homens.
  3. As mulheres medievais eram impedidas do exercício das atividades políticas, ao contrário do que acontecera no mundo greco‐romano.
  4. As mulheres medievais eram iletradas e tinham o acesso à cultura e às artes proibido, devido à sua condição social e natural.
  5. A submissão das mulheres medievais aos homens esteve desvinculada de normatizações acerca da sexualidade.

04. (FATEC) Observe o gráfico.

A leitura do gráfico permite concluir, corretamente, que o período de queda demográfica mais acentuada na Europa ocorreu

  1. na primeira metade do século XI, devido ao período de secas que comprometeu as colheitas e provocou fome generalizada em toda a porção ocidental do Continente.
  2. na primeira metade do século XII, quando a introdução de técnicas agrícolas não-sustentáveis provocou o esgotamento dos pastos e a diminuição pronunciada dos rebanhos bovinos.
  3. na segunda metade do século XIII, devido à perseguição promovida pela Igreja Católica contra judeus, muçulmanos e praticantes de religiões pagãs, acusados de bruxaria.
  4. na primeira metade do século XIV, quando o número de infectados pela peste negra atingiu seu ápice, provocando a morte de pouco menos de um terço da população europeia.
  5. na segunda metade do século XV, devido à migração de milhões de europeus em direção aos continentes recém-descobertos no processo das Grandes Navegações.

05. (UNICAMP) “Uma categoria inferior de servidores que coexiste nas grandes casas com os domésticos livres são os escravos. Um recenseamento enumera em Gênova, em 1458, mais de 2 mil. As mulheres estão em uma proporção esmagadora (97,5%) e 40% não têm ainda 23 anos. São totalmente desamparadas; todos na casa a repreendem, todos batem nela (patrão, mãe, filhos crescidos) e os testemunhos de processos em que elas comparecem mostram-nas vivendo, frequentemente no temor de pancadas. Em Gênova e Veneza, a escrava-criada é essencial no prestígio das nobres e ricas matronas.

(Adaptado de Charles De la Roncière, “A vida privada dos notáveis toscanos no limiar da Renascença”, em Georges Duby (org.), História da vida privada - da Europa feudal à Renascença, vol 2. São Paulo: Companhia das Letras, 1990, p. 235-236.)

Sobre o trabalho nas cidades italianas do período em questão, podemos afirmar corretamente que:

  1. O declínio da escravidão está ligado ao novo conceito antropocêntrico do ser humano e a uma nova dignidade da condição feminina no final da Idade Média.
  2. O trabalho servil era predominantemente feminino e concorria com o trabalho escravo. A escravidão diminuiu com essa concorrência, desdobrando-se no trabalho livre.
  3. Conviviam inúmeras formas de trabalho livre, semilivre e escravo no universo europeu e a sobreposição não era, em si, contraditória.
  4. O uso do castigo corporal igualava as escravas a outros trabalhadores e foi o motivo das rebeliões camponesas do período (jacqueries) e agitações urbanas.

06. (UNESP) A Igreja foi responsável direta por mais uma transformação, formidável e silenciosa, nos últimos séculos do Império: a vulgarização da cultura clássica. Essa façanha fundamental da Igreja nascente indica seu verdadeiro lugar e função na passagem para o Feudalismo. A condição de existência da civilização da Antiguidade em meio aos séculos caóticos da Idade Média foi o caráter de resistência da Igreja. Ela foi a ponte entre duas épocas.

(Perry Anderson. Passagens da Antiguidade ao Feudalismo, 2016. Adaptado.)

O excerto permite afirmar corretamente que a Igreja cristã

  1. tornou-se uma instituição do Império Romano e sobreviveu à sua derrocada quando da invasão dos bárbaros germânicos.
  2. limitou suas atividades à esfera cultural e evitou participar das lutas políticas durante o Feudalismo.
  3. manteve-se fiel aos ensinamentos bíblicos e proibiu representações de imagens religiosas na Idade Média.
  4. reconheceu a importância da liberdade religiosa na Europa Ocidental e combateu a teocracia imperial.
  5. combateu o universo religioso do Feudalismo e propagou, em meio aos povos sem escrita, o paganismo greco-romano.

07. (UNESP) Os mosteiros eram em primeiro lugar casas, cada uma abrigando sua “família”, e as mais perfeitas, com efeito, as mais bem ordenadas: de um lado, desde o século IX, os mais abundantes recursos convergiam para a instituição monástica, levando-a aos postos avançados do progresso cultural; do outro, tudo ali se encontrava organizado em função de um projeto de perfeição, nítido, bem estabelecido, rigorosamente medido.

(Georges Duby. “A vida privada nas casas aristocráticas da França feudal”. História da vida privada, vol. 2, 1992. Adaptado.)

A caracterização do mosteiro medieval como uma “casa”, um “posto avançado do progresso cultural” e um “projeto de perfeição” pode ser explicada pela disposição monástica de

  1. valorizar a vida privada, participar ativamente da vida política e combater o mal.
  2. recuperar a experiência histórica e pessoal do Salvador durante sua estada no mundo dos vivos.
  3. recolher-se a uma comunidade fechada para orar, estudar e combater a desordem do mundo.
  4. identificar-se com as condições de privação por que passavam as famílias pobres, celebrar a tradição escolástica e agir de forma ética.
  5. reconhecer a humanidade como solidária e unida num esforço de salvação da alma dos fiéis e dos infiéis.

08. (UNESP) Em Aire-sur-la-Lys, em 15 de agosto de 1335, Jean de Picquigny, governador do condado de Artois, permite ao “maior, aos almotacés1 e à comunidade da cidade construir uma torre com um sino especial, por causa do mister da tecelagem e de outros misteres em que vários operários deslocam- se habitualmente em certas horas do dia”.

(Jacques Le Goff. Por uma outra Idade Média, 2013. Adaptado.)

O texto revela

  1. a persistência da concepção antiga de emprego do tempo, associada aos ciclos da natureza.
  2. a persistência da concepção artesanal de emprego do tempo, associada à busca de maior qualidade.
  3. o surgimento de uma nova concepção de emprego do tempo, associada ao exercício do trabalho.
  4. o surgimento de uma nova concepção de emprego do tempo, associada à valorização do ócio.
  5. a persistência da concepção eclesiástica de emprego do tempo, associada à ditadura do relógio.

09. (FATEC) Leia o trecho de uma das versões da lenda O País da Cocanha, muito difundida entre os camponeses medievais.

Bem-vindo à Cocanha, que nenhuma outra terra é capaz de igualar. Aqui abundam as coisas boas, sem que ninguém precise semear para colher. Nunca tem inverno nem geada, nunca tem seca nem fome. E nenhum senhor vem roubar nossos celeiros nem devastar nossas plantações. Venha, você será meu convidado!

(MASSARDIER, G. Contos e lendas da Europa medieval. São Paulo: Companhia das Letras, 2002. pp.27-35.)

Ao sonhar com um lugar em que havia abundância de alimentos, esses trabalhadores expressavam uma preocupação constante em suas vidas: a fome.

Sobre as condições de produção e distribuição de alimentos na Alta Idade Média, é correto afirmar que

  1. os camponeses europeus tinham pouca disposição para o trabalho braçal, preferindo a coleta de frutos silvestres rasteiros, o que resultava na baixa produtividade agrícola e no consequente medo da fome.
  2. o medo da fome era constante, porque os solos europeus eram inadequados para o cultivo de produtos agrícolas, o que obrigou o homem medieval a adotar uma dieta baseada no consumo de carne de caça que, por sua vez, era rara.
  3. a fome, na Alta Idade Média, era provocada pelo fervor religioso dos camponeses, que, incentivados pelas autoridades da Igreja Católica, adotavam o jejum e o autoflagelo como uma forma de sacrifício em troca da salvação de suas almas.
  4. o desenvolvimento da monocultura extensiva de cana-de-açúcar na Europa medieval ocupou todas as terras produtivas, e os camponeses não dispunham de terrenos onde pudessem trabalhar em culturas de subsistência, o que provocava longos períodos de fome.
  5. os camponeses medievais estavam sujeitos à fome porque o clima frio e úmido, as inundações e os equipamentos precários dificultavam o cultivo de grãos e, além disso, precisavam entregar parte da produção aos senhores de terras, como pagamento de tributos.

10. (UNIVESP) Leia o texto para responder à questão.

“A todos os que partirem e morrerem no caminho, em terra ou mar, ou que perderem a vida combatendo os pagãos, será concedida a remissão dos pecados. Que combatam os infiéis [...]. A terra que habitam é pequena e miserável para tão grande população, mas no território sagrado do Oriente há extensões de onde jorram leite e mel. Tomai o caminho do Santo Sepulcro, arrebatai aquela terra da raça perversa e submetei-a a vós mesmos.”

Papa Urbano II, Concílio de Clermont, 1095. In: DOMINGES, J.E. História em Documento. Imagem e Texto. 2ªed. São Paulo: FTD, 2013. p.107.

A aclamação de Urbano II é considerada o marco inicial das Cruzadas, expedições militares que

  1. travaram guerras contra os muçulmanos para retirar deles o controle de Jerusalém, a “Terra Santa” onde se localiza o túmulo de Cristo.
  2. mobilizaram os hunos, os francos e os alanos, católicos nômades que viviam no norte da Europa, contra o domínio do Império Romano.
  3. rumaram para as Américas com o objetivo de combater o politeísmo e dominar as regiões auríferas ocupadas pelos povos maia e asteca.
  4. partiram de Portugal em direção à África para conquistar territórios, dominar rotas comerciais e catequisar os povos politeístas.
  5. conquistaram as terras do Extremo Oriente, retomando o controle das regiões ocupadas por populações budistas e hindus.

11. (UNESP) Os homens da Idade Média estavam persuadidos de que a terra era o centro do Universo e que Deus tinha criado apenas um homem e uma mulher, Adão e Eva, e seus descendentes. Não imaginavam que existissem outros espaços habitados. O que viam no céu, o movimento regular da maioria dos astros, era a imagem do que havia de mais próximo no plano divino de organização.

(Georges Duby. Ano 1000, ano 2000: na pista de nossos medos, 1998. Adaptado.)

O texto revela, em relação à Idade Média ocidental,

  1. o prevalecimento de uma mentalidade fortemente religiosa, indicativa da força e da influência do cristianismo.
  2. a consciência da própria gênese e origem, resultante das pesquisas históricas e científicas realizadas na Grécia Antiga.
  3. o esforço de compreensão racionalista dos fenômenos naturais, base do pensamento humanista.
  4. a construção de um pensamento mítico, provavelmente originário dos contatos com povos nativos da Ásia e do Norte da África.
  5. a presença de esforços constantes de predição do futuro, provavelmente oriundos das crenças dos primeiros habitantes do continente.

12. (FUVEST) Assim como o camponês, o mercador está a princípio submetido, na sua atividade profissional, ao tempo meteorológico, ao ciclo das estações, à imprevisibilidade das intempéries e dos cataclismos naturais. Como, durante muito tempo, não houve nesse domínio senão necessidade de submissão à ordem da natureza e de Deus, o mercador só teve como meio de ação as preces e as práticas supersticiosas. Mas, quando se organiza uma rede comercial, o tempo se torna objeto de medida. A duração de uma viagem por mar ou por terra, ou de um lugar para outro, o problema dos preços que, no curso de uma mesma operação comercial, mais ainda quando o circuito se complica, sobem ou descem, tudo isso se impõe cada vez mais à sua atenção. Mudança também importante: o mercador descobre o preço do tempo no mesmo momento em que ele explora o espaço, pois para ele a duração essencial é aquela de um trajeto.

Jacques Le Goff. Para uma outra Idade Média. Petrópolis: Vozes, 2013. Adaptado.

  1. respeito estrito aos princípios do livre comércio, que determinavam a obediência às regras internacionais de circulação de mercadorias.
  2. crescimento das relações mercantis, que passaram a envolver territórios mais amplos e distâncias mais longas.
  3. aumento da navegação oceânica, que permitiu o estabelecimento de relações comerciais regulares com a América.
  4. avanço das superstições na Europa ocidental, que se difundiram a partir de contatos com povos do leste desse continente e da Ásia.
  5. aparecimento dos relógios, que foram inventados para calcular a duração das viagens ultramarinas.

13. (FUVEST) A cidade é [desde o ano 1000] o principal lugar das trocas econômicas que recorrem sempre mais a um meio de troca essencial: a moeda. [...] Centro econômico, a cidade é também um centro de poder. Ao lado do e, às vezes, contra o poder tradicional do bispo e do senhor, frequentemente confundidos numa única pessoa, um grupo de homens novos, os cidadãos ou burgueses, conquista “liberdades”, privilégios cada vez mais amplos.

Jacques Le Goff. São Francisco de Assis. Rio de Janeiro: Record, 2010. Adaptado.

O texto trata de um período em que

  1. os fundamentos do sistema feudal coexistiam com novas formas de organização política e econômica, que produziam alterações na hierarquia social e nas relações de poder.
  2. o excesso de metais nobres na Europa provocava abundância de moedas, que circulavam apenas pelas mãos dos grandes banqueiros e dos comerciantes internacionais.
  3. o anseio popular por liberdade e igualdade social mobilizava e unificava os trabalhadores urbanos e rurais e envolvia ativa participação de membros do baixo clero.
  4. a Igreja romana, que se opunha ao acúmulo de bens materiais, enfrentava forte oposição da burguesia ascendente e dos grandes proprietários de terras.
  5. as principais características do feudalismo, sobretudo a valorização da terra, haviam sido completamente superadas e substituídas pela busca incessante do lucro e pela valorização do livre comércio.

14. (UNICAMP) O surgimento das primeiras universidades, nos séculos XII e XIII, marca um momento capital da história do Ocidente medieval. Em relação à época anterior, esse momento comportou elementos de continuidade e de ruptura. Os primeiros devem ser buscados na localização urbana das universidades, no conteúdo dos ensinamentos, no papel social dos homens de saber. Já os elementos de ruptura foram inicialmente de ordem institucional. No âmbito das instituições educativas, este sistema era novo e original. As comunidades autônomas dos mestres e dos estudantes eram protegidas pelas mais altas autoridades leigas e religiosas daquele tempo, permitindo tanto progressos no domínio dos métodos intelectuais e em sua difusão como uma inserção mais eficiente das pessoas de saber na sociedade da época.

(Adaptado de J. Verger, Cultura, ensino e sociedade no ocidente nos séculos XII e XIII. Bauru: EDUSC, 2001, p.189-190.)

Considerando o texto e seus conhecimentos sobre o período medieval, assinale a alternativa correta.

  1. A Igreja Católica apoiava a estruturação das universidades medievais, que representavam o avanço das ciências e a superação de dogmas e das teorias teocêntricas.
  2. A organização institucional diferencia as universidades medievais das corporações de ofícios, visto que seu método de estudo estava calcado na escolástica, caracterizando o atraso do mundo medieval.
  3. Uma ruptura trazida pelas universidades medievais foi o início da atuação dos copistas nas bibliotecas, que copiavam sistematicamente a produção de autores latinos críticos aos dogmas religiosos.
  4. A institucionalização das universidades medievais era um dado novo no período; essas instituições se caracterizavam pelo apoio das autoridades de dentro e de fora da Igreja, e pela maior autonomia e inserção social de seus membros.

15. (UNICAMP) Os estudiosos muçulmanos adaptaram a herança recebida dos povos arabizados. Entre os domínios conquistados pelos muçulmanos estavam a Mesopotâmia e o antigo Egito, civilizações que desde cedo observaram os fenômenos astronômicos. O estudo dos fenômenos naturais no Crescente Fértil possibilitou a agricultura e perdurou por milênios. Nas costas do Mar Egeu, na região da Jônia, surgiram no século VI a.C. as primeiras explicações dos fenômenos naturais desvinculadas dos desígnios divinos. E as conquistas de Alexandre permitiram o início do intercâmbio entre o conhecimento grego, de um lado, e o dos antigos impérios egípcio, babilônico e persa, de outro. Além disso, houve trocas científicas e culturais com os indianos. O império árabe-islâmico foi, a partir do século VII, o herdeiro desse legado científico multicultural, ao qual os estudiosos muçulmanos deram seus aportes ao longo da Idade Média.

(Adaptado de Beatriz Bissio, O mundo falava árabe. Rio de Janeiro: Civilização Brasileira, 2012, p. 200-201.)

Considerando o texto acima sobre o Islã Medieval e seus conhecimentos, assinale a alternativa correta.

  1. A extensão do território sob domínio islâmico e a liberdade religiosa e cultural implementada nessas áreas aceleraram a construção de novos conhecimentos pautados na cosmologia ocidental.
  2. A partir do século VII, o avanço dos exércitos islâmicos garantiu a expansão do império de forma ditatorial sobre antigos núcleos culturais da Índia até as terras gregas do Império Bizantino, chegando à Espanha.
  3. Os conhecimentos sobre os fenômenos naturais construídos pelos mesopotâmicos, egípcios, macedônicos, babilônicos, persas, entre outros povos, foram ignorados pelo Islã Medieval, marcado pelo fundamentalismo religioso.
  4. A difusão de saberes multiculturais foi uma das marcas do Império árabe-islâmico, sendo ele a via de transmissão do sistema numérico indiano para o Ocidente e de obras da filosofia greco-romana para o Oriente.

16. (UNIVESP) No mundo islâmico medieval, se mantinham numerosos elementos não muçulmanos na população e, dentre eles, judeus e cristãos se beneficiavam de um estatuto particular: “povos da Bíblia”. Eram considerados como sendo crentes do mesmo deus, ainda que lhes faltasse a revelação suprema e derradeira, a de Maomé.

(George Tate. O Oriente das Cruzadas. Rio de Janeiro: Objetiva, 2008. Adaptado)

O trecho apresenta uma característica fundamental do mundo árabe islâmico no contexto da expansão muçulmana, corretamente identificada como

  1. obscurantismo dogmático.
  2. preconceito racial.
  3. comportamento xenofóbico.
  4. intolerância religiosa.
  5. coexistência com a diferença.

17. (UNESP) Observemos apenas que o sistema dos feudos, a feudalidade, não é, como se tem dito frequentemente, um fermento de destruição do poder. A feudalidade surge, ao contrário, para responder aos poderes vacantes. Forma a unidade de base de uma profunda reorganização dos sistemas de autoridade […].

(Jacques Le Goff. Em busca da Idade Média, 2008.)

Segundo o texto, o sistema de feudos

  1. representa a unificação nacional e assegura a imediata centralização do poder político.
  2. deriva da falência dos grandes impérios da Antiguidade e oferece uma alternativa viável para a destruição dos poderes políticos.
  3. impede a manifestação do poder real e elimina os resquícios autoritários herdados das monarquias antigas.
  4. constitui um novo quadro de alianças e jogos políticos e assegura a formação de Estados unificados.
  5. ocupa o espaço aberto pela ausência de poderes centralizados e permite a construção de uma nova ordem política.

18. (UNESP) A era feudal tinha legado às sociedades que a seguiram a cavalaria, cristalizada em nobreza. [...] Até nas nossas sociedades, em que morrer pela sua terra deixou de ser monopólio de uma classe ou profissão, o sentimento persistente de uma espécie de supremacia moral ligada à função do guerreiro profissional — atitude tão estranha a outras civilizações, tal como a chinesa — permanece uma lembrança da divisão operada, no começo dos tempos feudais, entre o camponês e o cavaleiro.

(Marc Bloch. A sociedade feudal, 1987. Adaptado.)

Segundo o texto, a valorização da ação militar

  1. representa a continuidade da estrutura social originária da Idade Média.
  2. ultrapassa as barreiras de classe social, igualando os homens medievais.
  3. deriva da associação, surgida na Idade Média, entre nobres e cavaleiros.
  4. surgiu na Idade Média e é desconhecida nas sociedades modernas.
  5. revela a identificação medieval de quem trabalhava com quem lutava.

19. (FUVEST) Durante muito tempo, sustentou-se equivocadamente que a utilização de especiarias na Europa da Idade Média era determinada pela necessidade de se alterar o sabor de alimentos apodrecidos, ou pela opinião de que tal uso garantiria a conservação das carnes.

A utilização de especiarias no período medieval.

  1. permite identificar a existência de circuitos mercantis entre a Europa, a Ásia e o continente africano.
  2. demonstra o rigor religioso, caracterizado pela condenação da gastronomia e do requinte à mesa.
  3. revela a matriz judaica da gastronomia medieval europeia.
  4. oferece a comprovação da crise econômica vivida na Europa a partir do ano mil.
  5. explicita o importante papel dos camponeses dedicados a sua produção e comercialização.

20. (UNESP) O cavaleiro é um dos principais personagens nas narrativas difundidas durante a Idade Média. Esse cavaleiro é principalmente um

  1. camponês, que usa sua montaria no trabalho cotidiano e participa de combates e guerras.
  2. nobre, que conta com equipamentos adequados à montaria e participa de treinamentos militares, torneios e jogos.
  3. camponês, que consegue obter ascensão social por meio da demonstração de coragem e valentia nas guerras.
  4. nobre, que ocupa todo seu tempo com a preparação militar para as Cruzadas contra os mouros.
  5. nobre, que conquista novas terras por meio de sua ação em torneios e jogos contra outros nobres.

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