(Enem 2007) Considerando-se a linguagem desses dois textos, verifica-se que
16. (Enem 2007) O canto do guerreiro
Aqui na floresta
Dos ventos batida, Façanhas de bravos
Não geram escravos,
Que estimem a vida
Sem guerra e lidar.
— Ouvi-me, Guerreiros,
— Ouvi meu cantar.
Valente na guerra,
Quem há, como eu sou?
Quem vibra o tacape
Com mais valentia?
Quem golpes daria
Fatais, como eu dou?
— Guerreiros, ouvi-me;
— Quem há, como eu sou?
(Gonçalves Dias.)
Macunaíma (Epílogo)
Acabou-se a história e morreu a vitória.
Não havia mais ninguém lá. Dera tangolomângolo na tribo Tapanhumas e os filhos dela se acabaram de um em um. Não havia mais ninguém lá. Aqueles lugares, aqueles campos, furos puxadouros arrastadouros meios-barrancos, aqueles matos misteriosos, tudo era solidão do deserto... Um silêncio imenso dormia à beira do rio Uraricoera. Nenhum conhecido sobre a terra não sabia nem falar da tribo nem contar aqueles casos tão pançudos. Quem podia saber do Herói?
(Mário de Andrade.)
Considerando-se a linguagem desses dois textos, verifica-se que
- a função da linguagem centrada no receptor está ausente tanto no primeiro quanto no segundo texto.
- a linguagem utilizada no primeiro texto é coloquial, enquanto, no segundo, predomina a linguagem formal.
- há, em cada um dos textos, a utilização de pelo menos uma palavra de origem indígena.
- a função da linguagem, no primeiro texto, centra-se na forma de organização da linguagem e, no segundo, no relato de informações reais.
- a função da linguagem centrada na primeira pessoa, predominante no segundo texto, está ausente no primeiro.
Resposta: C
Resolução: A resposta correta é a opção C, pois o primeiro texto utiliza a palavra "valentia", de origem indígena, e o segundo texto utiliza a palavra "Uraricoera", também de origem indígena. As outras opções não correspondem às características dos textos mencionados. A função da linguagem no primeiro texto é poética, pois se trata de um poema, e no segundo texto, é referencial, pois relata informações reais. A linguagem utilizada em ambos os textos não é coloquial, e não há ausência da função da linguagem centrada no receptor ou na primeira pessoa.