Home > Banco de Questões > História > Idade Moderna

Idade Moderna

Lista de 09 exercícios de História com gabarito sobre o tema Idade Moderna com questões da UEG.


Você pode conferir as videoaulas, conteúdo de teoria, e mais questões sobre o tema Idade Moderna.




01. (UEG 2020) Leia o texto a seguir.

Ao longo de 15 anos (1498 a 1513), Leonardo desenhou órgãos e elementos dos sistemas anatomofuncionais do corpo humano em um estudo que começou pela leitura das obras de autores da medicina pré-renascentista [...]. Ele também participou de dissecações do corpo humano e de diversos animais. Porém, jamais terminou e publicou a obra que, segundo pesquisadores, poderia ter revolucionado a medicina.

Disponível em: www.unicamp.br/unicamp/jr/568/leonardo-da-vinci-o-desbravador-do-corpo-humano. Acesso em: 6 maio 2019.

Em 2019 completam 500 anos da morte do pintor e inventor italiano Leonardo Da Vinci. A não publicação de suas pesquisas sobre corpos humanos e de animais impediu que ele somasse à sua fama de gênio universal também o título de “pai da anatomia” moderna.

Esse reconhecimento ficou com

  1. Michelangelo, rival de Leonardo, que fez uma série de estudos anatômicos durante a composição dos afrescos da Capela Sistina.
  2. Mondino dei Luzzi, autor do livro Anothumia, marcado por ilustrações simples e caricaturais do corpo humano.
  3. Francesco Melzi, discípulo de Leonardo, que herdou os desenhos e os guardou até 1570.
  4. Andreas Vesalius, belga que publicou o livro De Humani Corporis Fabrica, em 1543.
  5. Rafael, artista conhecido pela perfeição com que representava o corpo humano.

02. (UEG 2018) Leia o texto a seguir:

Por ter tido educação protestante, nunca achei que 31 de outubro é o dia das bruxas. Sempre foi o dia em que Lutero, em 1517, começou uma revolução.

LEITÃO, Míriam. Disponível em: . Acesso em: 18 ago. 2017.

No ano de 2017, completam-se 500 anos da eclosão da Reforma Protestante. Do ponto de vista histórico, a Reforma pode ser considerada uma revolução

  1. estética, pois foi a matriz ideológica da concepção barroca de mundo que se manifestou nos países ibéricos.
  2. política, pois permitiu a centralização monárquica absolutista, ao legitimar a tese do direito divino dos reis europeus.
  3. econômica, pois, com os puritanos, difundiu-se uma nova mentalidade econômica que gerou o capitalismo.
  4. social, pois legitimou as aspirações revolucionárias dos camponeses europeus na luta contra a aristocracia.
  5. intelectual, pois foi difusora do pensamento científico iluminista por meio de intelectuais protestantes, como é o caso de Voltaire.

03. (UEG 2017) Observe a charge a seguir.

A charge apresentada ironiza as mudanças estéticas advindas durante o chamado Renascimento Cultural. Do ponto de vista histórico, a leitura promovida pela charge é

  1. incoerente, uma vez que a beleza feminina foi demonizada e perseguida durante o Renascimento Cultural.
  2. coerente, uma vez que nos principais quadros renascentistas predominam mulheres com formas volumosas.
  3. incoerente, uma vez que, por causa da influência católica, era proibida a representação estética da nudez feminina
  4. coerente, uma vez que, influenciados pelo barroco, os artistas passaram a priorizar a beleza comum das mulheres camponesas.
  5. incoerente, uma vez que os artistas renascentistas priorizaram os corpos musculosos tanto para os homens como para as mulheres.

04. (UEG 2016) Leia o texto a seguir.

Socialmente, os sans-culottes representam os citadinos que vivem de seu trabalho, seja como artesãos, seja como profissionais de ofício; alguns, depois de uma vida laboriosa, se tornam pequenos proprietários na cidade, e usufruem as rendas de um imóvel.

PÉRONNET, Michel. Revolução Francesa em 50 Palavras-chaves. São Paulo: Brasiliense, 1988. p. 248.

A análise do texto demonstra que os interesses sociais dos sans-culottes, importantes personagens da Revolução Francesa, se confundiam com os

  1. da pequena burguesia que, apesar das conquistas econômicas, via-se pressionada pelo aumento no custo de vida.
  2. dos camponeses, já que ambos lutavam pela abolição dos privilégios feudais no campo e posse de terras coletivas.
  3. dos membros do baixo clero, uma vez que lutavam por reformas sociais, mas não eram contra a liberdade religiosa.
  4. da classe dos girondinos, pois apesar das diferenças de classe, ambos os grupos eram politicamente moderados.

05. (UEG 2015) Leia o texto a seguir.

Após a decapitação do rei, o Parlamento sofreu nova depuração. Um Conselho de Estado, com 41 membros, passou a exercer o Poder Executivo. Mas o controle do Estado estava de fato nas mãos de Cromwell [...] Ofereceram-lhe a coroa, mas ele a recusou: na prática já era um soberano e podia até fazer seu sucessor

PILETTI, Nelson; ARRUDA, José Jobson de A. Toda a História. São Paulo: Ática, 2000, p. 228.

Após a morte de seu líder, em 1658, o destino da chamada “República de Cromwell” foi marcado pela

  1. deposição, já no ano seguinte, de seu filho e sucessor, Richard Cromwell, permitindo o início da fase de Restauração.
  2. reformulação e fortalecimento do Parlamento inglês, num golpe militar conhecido como Revolução Gloriosa.
  3. proibição das práticas puritanas, fazendo com que muitos membros do movimento migrassem para a América.
  4. invasão de Guilherme de Orange, que implantou a Lei do Teste, obrigando a todos os funcionários públicos a se declararem católicos.

06. (UEG 2015) E enquanto o fero ecoar na mente

Da estirpe que em perigos sublimados

Plantou a cruz em cada continente.

BANDEIRA, Manuel. A Camões. In: Estrela da vida inteira. Rio de Janeiro: Nova Fronteira, 2007. p. 44.

Tem-se, no fragmento, uma referência

  1. à expansão do cristianismo, quando o imperador romano Constantino, vendo uma cruz no céu antes de uma batalha que venceu, converteu-se à nova fé.
  2. à Reforma Protestante, quando Martinho Lutero rompeu com a Igreja Católica pregando suas teses na porta da Catedral de Notre-Dame, em Paris.
  3. às Cruzadas, quando os cristãos invadiram e tomaram Jerusalém, empunhando cruzes e espadas para combater os muçulmanos.
  4. às grandes navegações, quando os portugueses marcavam a posse de novos territórios rezando uma missa e erguendo um cruzeiro.

07. (UEG 2014) Para chegar a conclusões decisivas sobre o sentimento religioso dos homens do Renascimento temos de seguir outro caminho. É pela sua cultura intelectual que temos de explicá-la. Estes homens modernos, que representam a civilização italiana do tempo, nasceram religiosos como os ocidentais da Idade Média, mas seu poderoso individualismo tornou-os totalmente subjetivos.

BURCKHARDT, Jacob. A civilização da renascença italiana. Lisboa: Presença, s.d. p. 392.

Por meio da reflexão citada acima é possível inferir de que forma os homens do Renascimento puderam produzir

  1. obras arquitetônicas como a Basílica de São Pedro, em estilo românico, caracterizada pela mistura de técnicas medievais e renascentistas trazidas do Oriente.
  2. livros como O bestiário, nos quais os animais eram representados como símbolos da presença de Deus na natureza e na vida dos homens que se convertiam à fé cristã.
  3. obras de arte, como os afrescos da Capela Sistina, de Michelangelo, onde figuras da tradição religiosa eram representadas nuas, em poses que exaltavam o corpo humano.
  4. livros como O manual do inquisidor, escrito por Bernardo Gui, nos quais se ensinava a torturar e matar inocentes de modo cruel e gratuito em nome de Deus e da Igreja.

08. (UEG 2013) O movimento cartista (1838-1848) foi uma das primeiras manifestações coletivas do movimento operário inglês. Entre suas reivindicações, estavam o voto universal e secreto, o pagamento aos deputados e as eleições anuais para o Parlamento. Em fevereiro de 1848, houve a revolução que derrubou a monarquia liberal francesa e foi realizada essencialmente pela burguesia e pelo proletariado. Ao relacionar estes acontecimentos históricos com a teoria da luta de classes de Karl Marx, pode-se afirmar:

  1. a Revolução de 1848 foi uma revolução burguesa que instaurou uma nova organização estatal que, posteriormente, reprimiu o movimento operário, manifestando o que Marx denominou de “contrarrevolução”.
  2. a Revolução de 1848 foi uma revolução policlassista que gerou um regime socialista democrático, o que Marx considerou como modelo e primeira experiência de via pacífica para o comunismo pluralista.
  3. a Revolução de 1848 foi uma revolução proletária que constituiu a primeira forma daquilo que Marx denominou “ditadura do proletariado” e que seria repetida na Comuna de Paris de 1871 e na Revolução Russa de 1917.
  4. o movimento cartista foi a primeira expressão política do movimento comunista internacional e teve em Karl Marx o seu principal ideólogo e ativista, sendo a base da criação da Associação Internacional dos Trabalhadores.

09. (UEG 2013) As suposições imediatas apontavam para um castigo divino. O Deus vingador que destruíra Sodoma e Gomorra demonstrava mais uma vez a sua cólera perante os pecados dos homens. A Europa recordava a orgulhosa Lisboa que dominara o comércio mundial e via-se castigada pelo mau uso que fizera de sua riqueza.

DEL PRIORE, Mary. O mal sobre a Terra. Rio de Janeiro: Topbooks, 2003. p. 150.

A citação refere-se ao terremoto de Lisboa, que arrasou a capital portuguesa em 1º de novembro de 1755. Essa visão de que o terremoto foi um castigo divino expressa uma concepção de

  1. conhecimento geológico incompatível com o secularismo iluminista.
  2. divindade incompatível com o Deus misericordioso do catolicismo romano.
  3. moralidade portuguesa marcada pela tolerância à diversidade religiosa e sexual.
  4. natureza interligada ao sagrado, típica de uma concepção mecanicista do Universo.

Você acredita que o gabarito esteja incorreto? Avisa aí 😰| Email ou WhatsApp