UFU - História 2025.2
33. (UFU 2025.2) Coronéis e oligarcas marcaram o sistema político predominante na República até 1930. Embora denominado pelos autores, ora como sistema político oligárquico, ora como sistema político coronelístico, configurações que revelam uma certa discrepância interpretativa, o mais importante é constatar que o sistema político prevalecente na República oligárquica inviabiliza avanços significativos no processo de construção da cidadania no período compreendido entre 1889 e 1930.
RESENDE, M. E. L. de. O Processo político na Primeira República e o liberalismo oligárquico. In: FERREIRA, J.; DELGADO, L. de A. N. O tempo do liberalismo oligárquico: da Proclamação da República à Revolução de 1930 – Primeira República (1889-1930). Rio de Janeiro: Civilização Brasileira, 2021. p. 109.
Sobre a Primeira República brasileira, é correto afirmar que
- os coronéis possuíam influência política, mas não eram essenciais na garantia dos resultados eleitorais.
- a articulação política entre coronéis, governadores e presidente mantinha-se dentro da legalidade.
- a política dos governadores fortaleceu as oligarquias estaduais e o poder dos coronéis nos municípios.
- a política dos governadores era uma estratégia política que não se relacionava com o governo federal.
34. (UFU 2025.2) Ao longo de seu extenso canal, o Nilo funciona como um corredor através do qual os diferentes povos que habitaram as suas margens se relacionaram. Das florestas e savanas situadas em sua nascente, ele se projeta para o norte, recortado por várias cataratas, e atravessa todo o território onde habitam os povos negros da Núbia, que em contato com o Egito dariam origem à mais antiga civilização negra da África, Meroé.
MACEDO, J.R. História da África. São Paulo: Ed. Contexto, 2018. p. 25.
A partir da leitura do fragmento de texto e dos seus conhecimentos, assinale a alternativa que melhor representa a organização política na África antes da expansão europeia.
- A distância geográfica impedia que os núbios mantivessem contato com o Império Egípcio.
- O rio Nilo tinha importante papel na organização social, política e comercial das civilizações na África.
- A Núbia não mantinha contato comercial com os egípcios, pois sua produção mineral não interessava aos faraós.
- Os egípcios não se interessavam por dominar a região na qual os Núbios habitavam.
35. (UFU 2025.2) Em seu significado mais amplo, a história inclui todos os traços e vestígios de tudo o que o homem fez ou pensou desde seu aparecimento na face da terra. Ela pode aspirar ao destino das nações ou descrever os hábitos e emoções do mais obscuro indivíduo.
ROBINSON, J. H. A Nova História. In: NOVAIS, F.; SILVA, R.. F. da. Nova História em Perspectiva. São Paulo: Cosac Naif, 2011. p. 519.
Sobre as possibilidades de produção do conhecimento histórico, é correto afirmar que
- a História se interessa por uma variedade de temas e utiliza fontes diversas.
- a preocupação histórica se concentra nas grandes análises sociais.
- elementos cotidianos e individuais não são do interesse da História.
- devoções, crenças e religiosidades não são objetos do saber histórico.
36. (UFU 2025.2) O novo instrumento autoritário armou o Estado de poderes extraordinários, tal como o primeiro AI, editado em 1964. No entanto, diferente do primeiro Ato, o AI-5 não tinha prazo de expiração e poderia abrir caminho para ditadura eterna dos militares.
MOTTA, R. P. S. Sobre as origens e motivações do Ato Institucional 5. Revista Brasileira de História. São Paulo, v. 38, nº 79, 2018.
Sobre o Ato Institucional número 5 (AI-5), assinale a alternativa que melhor o caracteriza:
- o AI-5 sintetizava os atos anteriores e, por isso, não proporcionou mudanças na maneira de agir do Estado.
- o AI-5 não significou o endurecimento da Ditadura, pois ele tinha prazo de validade de curto período.
- o AI-5 significou um aprofundamento da ditadura, possibilitando mais poderes ao poder executivo.
- o AI-5 fortalecia o presidente e os parlamentares, colocando o Executivo e Legislativo em condições iguais de autoritarismo
37. (UFU 2025.2) O historiador Marc Bloch escreveu que “o feudalismo originou uma sociedade em que o indivíduo não pertencia a si próprio e os laços de fidelidade eram maiores que o de sangue.
CALAINHO, D. B.. História Medieval do Ocidente. Petrópolis: Editora Vozes, 2014. p. 57.)
Sobre a sociedade feudal, é correto afirmar que
- o vassalo recebia o feudo como uma graça e não tinha mais obrigações para com o suserano.
- a relação suserano e vassalo era política e não envolvia apoio em conflitos armados.
- o feudo poderia ser uma porção de terra, um pedágio ou uma pensão fixa em dinheiro concedida pelo suserano ao vassalo.
- na nobreza feudal ocidental, não existiam hierarquias entre suseranos; todos possuíam o mesmo prestígio e riquezas.
38. (UFU 2025.2) Se a economia do mundo do século XIX foi formada principalmente sob a influência da revolução industrial britânica, sua política e ideologia foram formadas fundamentalmente pela Revolução Francesa.
HOBSBAWM E. J. A. Era das Revoluções. (1789-1848). Rio de Janeiro: Paz e Terra, 2004. p.97.
Sobre a Revolução Francesa, é correto afirmar que
- foi um movimento político que evitou atritos com a Santa Sé.
- gerou mudanças sociais, mas não o suficiente para abalar o Antigo Regime.
- foi um movimento social de massa, com impactos que extrapolaram o continente europeu.
- possui um impacto ideológico significativo, mas que não alterou o regime político.
39. (UFU 2025.2) O decreto 119-A consagrou a plena liberdade de cultos e extinguiu definitivamente o regime do padroado. [...]. Os dias de santos de guarda foram extintos do calendário oficial por meio de um decreto presidencial datado de 14 de janeiro de 1890. No entanto, a medida foi revista quando da reunião dos membros da junta ocorrida em 29 de março de 1890.
RANQUETAT JR. C. A. Laicidade à brasileira. Estudos sobre a controvérsia em torno da presença de símbolos religiosos em espaços públicos. Jundiaí: Paco Editorial, 2016. p. 62.
O processo de separação entre Estado e Igreja no
- se configurou como um laicismo.
- não garantiu ampla liberdade de culto para as religiões.
- conseguiu impedir símbolos religiosos em espaços públicos.
- impediu o estabelecimento de novas dioceses católicas.
40. (UFU 2025.2) A imagem associada à classe operária na Primeira República é de que foi “branca, fabril e masculina”. Cada um desses atributos falseia a realidade a seu modo.
BATALHA, C. H. M. Formação da classe operária e projetos de identidade coletiva. In: FERREIRA, J.; DELGADO, L. República (1889-1930). Rio de Janeiro: Civilização Brasileira, 2021. p.154.
A partir da leitura do trecho acima e baseando-se em seus conhecimentos sobre o tema, assinale a alternativa CORRETA.
- O caráter fabril da classe operária na Primeira República é exagerado, pois desconsidera as pequenas oficinas e manufaturas.
- No trabalho manufatureiro e fabril, as mulheres estavam presentes em maior número que os homens.
- Não havia operários brancos estrangeiros nas fábricas brasileiras durante a Primeira República.
- Operários pardos, negros e caboclos não constituíam número relevante na Primeira República.