Reinos Africanos
Os reinos africanos são um conjunto de estados independentes que existiram na África antes da colonização europeia. Alguns exemplos incluem o reino de Ghana, o reino de Mali, o reino de Songhai, o reino de Kanem-Bornu e o reino de Oyo.
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Reinos Africanos
Os reinos africanos são um conjunto de estados independentes que existiram na África antes da colonização europeia. Alguns exemplos incluem o reino de Ghana, o reino de Mali, o reino de Songhai, o reino de Kanem-Bornu e o reino de Oyo. Muitos desses reinos desenvolveram-se ao longo das rotas comerciais do Saara e do Sahel, e se beneficiaram do comércio de metais preciosos, escravos e outras mercadorias. Muitos também tinham um sistema político centralizado e uma estrutura social hierarquizada. Embora esses reinos tenham sido colonizados pelos europeus, muitos deixaram um legado duradouro na cultura e na história da África.
Hoje vamos falar sobre os três impérios africanos mais cobrados nos vestibulares, Gana Mali e Songai.
Regiões dominadas pelos Impérios Africanos Fonte: Global Security
Império do Gana – 700 até 1250
O Reino de Gana foi fundado no século IV pelo povo Soninquês, se localizava no oeste do continente africano, na região onde hoje estão presentes o Mali e o sul da Mauritânia.
Também conhecido como o Império do Ouro, o Reino de Gana ascendeu politicamente e economicamente entre os séculos VII e XI, apesar da região estar no deserto do Saara, sendo que toneladas de ouro eram exportadas anualmente. Além do ouro existiam outras atividades econômicas como a metalurgia que permitiu a criação de armas, produção agrícola, tecelagem e ferraria.
Sendo que o poder do rei vinha do ouro, o que permitiu o desenvolvimento de infraestrutura para construir muros e enormes cidades, uma vez que também era uma forma de se defender. Estima-se que na sua capital, Kumbi Saleh, viviam 20 mil pessoas.
Declínio
Os berberes, da dinastia dos almorávidas, atacaram a enfraquecida Kumbi Saleh, criando uma divisão do reino, entre uma parte muçulmana ao norte e outra não-muçulmana liderada pelos soninquês ao sul.
Devido a recusa em se converter ao Islã, houve diversas guerras tribais, no entanto no século XII esses territórios foram absorvidos pelo Reino de Mali.
Ruínas de Kumbi Saleh
Império do Mali – 1230 até 1670
Localizado perto do Rio Níger, na região Noroeste do continente africano, o território do Império de Mali teve a maior extensão territorial em relação aos demais reinos citados aqui.
O Império do Mali chegou ao seu apogeu sob o governo de Mansa Mussa, onde a capital era um enorme centro comercial, tendo o controle das rotas comerciais da região, onde eram comercializados diversos produtos como cobre, peixe, sal, couro, noz de cola e cavalos. Conta-se que Mussa após se converter ao islamismo, perigrinou até Meca com quase 15 mil homens, 100 camelos, e muito ouro.
Em troca do ouro, a Mansa Mussa trouxe diversos mercadores e pessoas com alto grau de conhecimento. Além disso, ele determinou a criação de escolas, incluindo a Universidade de Sankoré, que é uma das mais antigas do mundo, cabendo 25 mil estudantes, e com o maior acervo de livros e manuscritos da época, levando estudiosos de todos os lugares para lá.
Mussa também trouxe Abu Issak, também conhecido como Esseheli, o arquiteto que planejou a mesquita de Djenné o maior edifício em adobe (fabricado com argila misturada com palha picada, excremento bovino, e, por vezes, manteiga de karité) do mundo, e declarada como patrimônio mundial pela Unesco em 1988. A sua construção se iniciou em 1325, porém a estrutura atual é de 1907.
Desenho gráfico da Universidade de Sankoré
Declínio
O declínio do Império do Mali se deu no século XV, devido a revoltas internas contra os governos somados a ataques externos.
Império Songai – 1460 até 1591
O Império Songai tem relação direta com a cidade Gao, onde o povo songai se estabeleceu em 800 d.C. A cidade era dominada pelo Império do Mali, porém os Songais conseguiram obter a sua independência.
Após isso o guerreiro songai chamado Sonni ʿAli tomou o poder em 1464, obtendo conquistas importantes como a cidade de Tombuctu.
A maior parte do povo songai criava rebanhos, porém as grandes cidades eram habitadas, a capital Gao, por exemplo, tinha 100 mil habitantes, já Tombuctu 80 mil.
Na economia podemos destacar o comércio muito organizado, com os centros comerciais beirando o rio Níger, além da exploração do sal e ouro, sendo um ponto importante a uniformização de pesos e medidas, o que ajudava na cobrança de impostos.
A população do campo era em sua maioria seguidores de crenças tradicionais, já os moradores da cidade tendiam a seguir a religião muçulmana.
O fim do império se deu após as disputas internas que facilitaram a invasão do território pelo Sultanato Saadiano do Marrocos, e devido a sua força militar com armas muito mais avançadas, incluindo o mosquete, arma um tanto rústica, porém que usava pólvora.
John Spooner, CC-BY-2.0, via Flickr
Segundo a wikipédia, A Grande Mesquita de Djenné (em francês: Grande mosquée de Djenné, em árabe: الجامع الكبير في جينيه) é o maior edificio em adobe do mundo, e é considerada por muitos arquitetos como a maior realização do estilo Sudano-Saheliano, embora tenha muitas influências islâmicas. Localiza-se na cidade de Djenné, no Mali, a qual foi declarada como patrimônio mundial pela Unesco em 1988.