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O Dadaísmo, o Surrealismo e o Futurismo

Lista de 8 questões de História da Arte com gabarito sobre o tema O Dadaísmo, o Surrealismo (que tem Murilo Mendes como principal nome no Brasil) e o Futurismo com questões do Enem com gabarito.






O Dadaísmo, o Surrealismo e o Futurismo

1. (2019)

1. Nós queremos cantar o amor ao perigo, o hábito da energia e da temeridade.

2. A coragem, a audácia, a rebelião serão elementos essenciais de nossa poesia.

3. A literatura exaltou até hoje a imobilidade pensativa, o êxtase, o sono. Nós queremos exaltar o movimento agressivo, a insônia febril, o passo de corrida, o salto mortal, o bofetão e o soco.

4. Nós afirmamos que a magnificência do mundo enriqueceu-se de uma beleza nova: a beleza da velocidade. Um automóvel de corrida com seu cofre enfeitado com tubos grossos, semelhantes a serpentes de hálito explosivo… um automóvel rugidor, que parece correr sobre a metralha, é mais bonito que a Vitória de Samotrácia.

5. Nós queremos entoar hinos ao homem que segura o volante, cuja haste ideal atravessa a Terra, lançada também numa corrida sobre o circuito da sua órbita.

6. É preciso que o poeta prodigalize com ardor, fausto e munificiência, para aumentar o entusiástico fervor dos elementos primordiais.

MARINETTI, F. T. Manifesto futurista. In: TELES, G. M. Vanguardas europeias e Modernismo brasileiro. Petrópolis: Vozes, 1985.

O documento de Marinetti, de 1909, propõe os referenciais estéticos do Futurismo, que valorizam a

  1. composição estática.
  2. inovação tecnológica.
  3. suspensão do tempo.
  4. retomada do helenismo.
  5. manutenção das tradições.

O Dadaísmo, o Surrealismo e o Futurismo

2. (Enem PPL 2017)

Relacionando o texto e a imagem da obra, entende-se que o artista Marcel Duchamp, ao criar os ready-mades, inaugurou um modo de fazer arte que consiste em

TEXTO II

Ao ser questionado sobre seu processo de criação de ready-mades, Marcel Duchamp afirmou:

— Isto dependia do objeto; em geral, era preciso tomar cuidado com o seu look. E muito difícil escolher um objeto porque depois de quinze dias você começa a gostar dele ou a detestá-lo. E preciso chegar a qualquer coisa com uma indiferença tal que você não tenha nenhuma emoção estética. A escolha do ready-made é sempre baseada na indiferença visual e, ao mesmo tempo, numa ausência total de bom ou mau gosto.

CABANNE, P. Marcel Duchamp: engenheiro do tempo perdido. São Paulo: Perspectiva, 1987 (adaptado).

Relacionando o texto e a imagem da obra, entende-se que o artista Marcel Duchamp, ao criar os ready-mades, inaugurou um modo de fazer arte que consiste em

  1. designar ao artista de vanguarda a tarefa de ser o artífice da arte do século XX.
  2. considerar a forma dos objetos como elemento essencial da obra de arte.
  3. revitalizar de maneira radical o conceito clássico do belo na arte.
  4. criticar os princípios que determinam o que é uma obra de arte.
  5. atribuir aos objetos industriais o status de obra de arte.

O Dadaísmo, o Surrealismo e o Futurismo

3. (Enem 2017) E venham, então, os alegres incendiários de dedos carbonizados! Vamos! Ateiem fogo às estantes das bibliotecas! Desviem o curso dos canais, para inundar os museus! Empunhem as picaretas, os machados, os martelos e deitem abaixo sem piedade as cidades veneradas

MARINETT, F.T. Manifesto futurista. Disponível em www.sba.com.br Acesso em 2ago2012 (adaptado)

Que princípio marcante do Futurismo e comum a várias correntes artísticas e culturais das primeiras três décadas do Século XX está destacado no texto?

  1. tradição é uma força incontornável.
  2. A arte é expressão da memória Coletiva.
  3. A modernidade é a superação decisiva da história.
  4. A realidade Cultural é determinada economicamente.
  5. A memória é um elemento Crucial da identidade Cultural.

O Dadaísmo, o Surrealismo e o Futurismo

4. (Enem 2017) O farrista

Quando o almirante Cabral
Pôs as patas no Brasil
O anjo da guarda dos índios
Estava passeando em Paris.
Quando ele voltou de viagem
O holandês já está aqui.
O anjo respira alegre:
“Não faz mal, isto é boa gente,
Vou arejar outra vez.”
O anjo transpôs a barra,
Diz adeus a Pernambuco,
Faz barulho, vuco-vuco,
Tal e qual o zepelim
Mas deu um vento no anjo,
Ele perdeu a memória.
E não voltou nunca mais.

(MENDES, M. História do Brasil. Rio de Janeiro: Nova Fronteira, 1992)

A Obra de Murilo Mendes situa-se na fase inicial do Modernismo, cujas propostas estéticas transparecem, no poema, por um eu lírico que:

  1. configura um ideal de nacionalidade pela integração regional.
  2. remonta ao colonialismo assente sob um viés iconoclasta.
  3. repercute as manifestações do sincretismo religioso.
  4. descreve a gênese da formação do povo brasileiro.
  5. promove inovações no repertório linguístico

O Dadaísmo, o Surrealismo e o Futurismo

5. (Enem 2016, 3ª aplicação) Quinze de Novembro

Deodoro todo nos trinques
Bate na porta de Dão Pedro Segundo.
- Seu imperadô, dê o fora
que nós queremos tomar conta desta bugigança.
Mande vir os músicos.
O imperador bocejando responde: -
Pois não meus filhos não se vexem me deixem calçar as chinelas
podem entrar à vontade:
só peço que não me bulam nas obras completas de

[Victor Hugo.
(MENDES, M. Poesia completa e prosa. Rio de Janeiro: Nova Aguilar, 1994)

A poesia de Murilo Mendes dialoga com o ideário poético dos primeiros modernistas. No poema, essa atitude manifesta-se na:

  1. releitura irônica de um fato histórico.
  2. visão ufanista de um episódio nacional.
  3. denúncia implícita de atitudes autoritárias.
  4. denúncia ideológica do discurso do eu lírico.
  5. representação saudosista do regime monárquico

O Dadaísmo, o Surrealismo e o Futurismo

6. (Enem 2015)

O Surrealismo configurou-se como uma das vanguardas artísticas europeias do início do século XX. René Magritte, pintor belga, apresenta elementos dessa vanguarda em suas produções.

O Surrealismo configurou-se como uma das vanguardas artísticas europeias do início do século XX. René Magritte, pintor belga, apresenta elementos dessa vanguarda em suas produções.

Um traço do Surrealismo presente nessa pintura é o(a):

  1. justaposição de elementos díspares, observada na imagem do homem no espelho.
  2. crítica ao passadismo, exposta na dupla imagem do homem olhando sempre para frente.
  3. construção de perspectiva, apresentada na sobreposição de planos visuais.
  4. processo de automatismo, indicado na repetição da imagem do homem.
  5. procedimento de colagem, identificado no reflexo do livro no espelho.

O Dadaísmo, o Surrealismo e o Futurismo

7. (Enem 2014, 3ª aplicação)

A perplexidade causada pela catástrofe da Primeira Guerra Mundial fez surgir um movimento de vanguarda denominado Dadaísmo, que rejeitava os valores tradicionais e rompia com a estética clássica. A imagem da obra O gigante acéfalo:

  1. explora elementos sensoriais para explicar a racionalidade do pós-guerra.
  2. recria a realidade para combater os padrões estéticos da época.
  3. organiza as formas geométricas para inovar as artes visuais.
  4. representa as experiências individuais de exaltação.
  5. utiliza a sensibilidade para retratar o drama humano.

O Dadaísmo, o Surrealismo e o Futurismo

8. (Enem 2010) “Todas as manhãs quando acordo, experimento um prazer supremo: o de ser Salvador Dalí.”

(NÉRET, G. Salvador Dalí. Taschen, 1996)

Assim escreveu o pintor dos “relógios moles” e das “girafas em chamas” em 1931. Esse artista excêntrico deu apoio ao general Franco durante a Guerra Civil Espanhola e, por esse motivo, foi afastado do movimento surrealista por seu líder, André Breton. Dessa forma, Dalí criou seu próprio estilo, baseado na interpretação dos sonhos e nos estudos de Sigmund Freud, denominado “método de interpretação paranoico”. Esse método era constituído por textos visuais que demonstram imagens:

  1. do fantástico, impregnado de civismo pelo governo espanhol, em que a busca pela emoção e pela dramaticidade desenvolveram um estilo incomparável.
  2. do onírico, que misturava sonho com realidade e interagia refletindo a unidade entre o consciente e o inconsciente como um universo único ou pessoal.
  3. da linha inflexível da razão, dando vazão a uma forma de produção despojada no traço, na temática e nas formas vinculadas ao real.
  4. do reflexo que, apesar do termo "paranóico", possui sobriedade e elegância advindas de uma técnica de cores discretas e desenhos precisos.
  5. da expressão e intensidade entre o consciente e a liberdade, declarando o amor pela forma de conduzir o enredo histórico dos personagens retratados.

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