Home > Banco de Questões > História > Brasil República

Brasil República

Lista de 20 exercícios de História com gabarito sobre o tema Brasil República com questões da Unesp.


Você pode conferir as videoaulas, conteúdo de teoria, e mais questões sobre o tema Brasil República.




01. (Unesp 2021) Para responder à questão, leia a letra da canção “Bom conselho”, de Chico Buarque, composta em 1972.

Ouça um bom conselho

Que eu lhe dou de graça

Inútil dormir que a dor não passa

Espere sentado

Ou você se cansa

Está provado:

Quem espera nunca alcança


Venha, meu amigo

Deixe esse regaço

Brinque com meu fogo

Venha se queimar

Faça como eu digo

Faça como eu faço

Aja duas vezes antes de pensar


Corro atrás do tempo

Vim de não sei onde

Devagar é que não se vai longe

Eu semeio vento na minha cidade

Vou pra rua e bebo a tempestade


(www.chicobuarque.com.br)

Considerando-se o contexto histórico-social em que a canção foi composta, o verso “Vou pra rua e bebo a tempestade” (3a estrofe) sugere a ideia de manifestações populares que ocorreram no Brasil por ocasião

(www.chicobuarque.com.br)

  1. do Regime Civil-Militar.
  2. do fim do Estado Novo.
  3. da deposição de João Goulart.
  4. do Movimento Diretas Já.
  5. do Movimento Grevista dos Metalúrgicos do ABC.

02. (Unesp 2021) A “política dos governadores” é considerada a última etapa da montagem do sistema oligárquico ou liberalismo oligárquico, que permitiu, de forma duradoura, o controle do poder central pela oligarquia cafeeira.

(Carlos Alberto Ungaretti Dias. “Política dos governadores”. https://cpdoc.fgv.br.)

A afirmação do texto pode ser justificada pelo fato de que essa política

  1. fortaleceu a política econômica de caráter liberal, eliminando subsídios e favorecimentos do Estado aos diversos setores da produção agrícola.
  2. implementou um sistema de compra, pelo Estado, do conjunto da produção cafeeira, garantindo a estabilidade do preço mundial do café.
  3. ampliou os mecanismos de representação política dos estados no poder legislativo, consolidando a isonomia entre os poderes.
  4. inaugurou um período de ampliação da influência dos setores rurais na política nacional, neutralizando a força política do poder central.
  5. assegurou o compromisso de isenção da intervenção do Estado em assuntos locais, estabelecendo um equilíbrio entre estes e o poder central.

03. (Unesp 2021) Para responder à questão, leia o trecho do romance Grande sertão: veredas, de Guimarães Rosa.

Sei que estou contando errado, pelos altos. Desemendo. Mas não é por disfarçar, não pense. De grave, na lei do comum, disse ao senhor quase tudo. Não crio receio. O senhor é homem de pensar o dos outros como sendo o seu, não é criatura de pôr denúncia. E meus feitos já revogaram, prescrição dita. Tenho meu respeito firmado. Agora, sou anta empoçada, ninguém me caça. Da vida pouco me resta — só o deo-gratias; e o troco. Bobeia. Na feira de São João Branco, um homem andava falando: — “A pátria não pode nada com a velhice...” Discordo. A pátria é dos velhos, mais. Era um homem maluco, os dedos cheios de anéis velhos sem valor, as pedras retiradas — ele dizia: aqueles todos anéis davam até choque elétrico... Não. Eu estou contando assim, porque é o meu jeito de contar. Guerras e batalhas? Isso é como jogo de baralho, verte, reverte. Os revoltosos depois passaram por aqui, soldados de Prestes, vinham de Goiás, reclamavam posse de todos os animais de sela. Sei que deram fogo, na barra do Urucuia, em São Romão, aonde aportou um vapor do Governo, cheio de tropas da Bahia. Muitos anos adiante, um roceiro vai lavrar um pau, encontra balas cravadas. O que vale, são outras coisas. A lembrança da vida da gente se guarda em trechos diversos, cada um com seu signo e sentimento, uns com os outros acho que nem não misturam. Contar seguido, alinhavado, só mesmo sendo as coisas de rasa importância. De cada vivimento que eu real tive, de alegria forte ou pesar, cada vez daquela hoje vejo que eu era como se fosse diferente pessoa. Sucedido desgovernado. Assim eu acho, assim é que eu conto. [...] Tem horas antigas que ficaram muito mais perto da gente do que outras, de recente data. O senhor mesmo sabe.

(Grande sertão: veredas, 2015.)

O evento histórico mencionado no texto está relacionado

  1. à Revolta da Chibata.
  2. à Revolta da Armada.
  3. ao Cangaço.
  4. ao Abolicionismo.
  5. ao Tenentismo.

04. (Unesp 2021) Até fins da década de 1980, a industrialização brasileira estava baseada em uma política de importações sustentada por tarifas aduaneiras elevadas, controles discricionários, entre outros. Essa política viabilizou um parque industrial relativamente amplo e diversificado, mas acomodado ao protecionismo exagerado. Em 1990, o governo anunciou medidas que alteravam profundamente a condução da política de comércio exterior do país. Simultaneamente a uma flexibilização do regime cambial, foi deslanchado um programa de liberalização das importações. A nova política de importação buscava promover uma reestruturação produtiva.

(Honorio Kume et al. “A política brasileira de importação no período 1987-1998”. In: Carlos Henrique Corseuil e Honorio Kume (coords.). A abertura comercial brasileira nos anos 1990, 2003. Adaptado.)

O programa de liberalização das importações adotado no Brasil a partir da década de 1990 teve como consequências

  1. a falência de indústrias nacionais e o aumento do desemprego estrutural.
  2. a queda da qualidade dos produtos importados e o aumento da geração de lixo eletrônico.
  3. o crescimento da variedade dos produtos disponíveis e o superávit da balança comercial.
  4. o aumento dos preços dos produtos nacionais e a ampliação da oferta de mercadorias falsificadas.
  5. o acirramento da concorrência entre empresas e a interrupção de acordos comerciais com blocos econômicos.

05. (Unesp 2020) A construção de Brasília pode ser considerada a principal meta do Plano de Metas [...]. Para alguns analistas, a nova capital seria o elemento propulsor de um projeto de identidade nacional comprometido com a modernidade, cuja face mais visível seria a arquitetura modernista de Oscar Niemeyer e Lúcio Costa. Ao mesmo tempo, no entanto, a interiorização da capital faria parte de um antigo projeto de organização espacial do território brasileiro, que visava ampliar as fronteiras econômicas rumo ao Oeste e alavancar a expansão capitalista nacional.

(Marly Motta. “Um presidente bossa-nova”. In: Luciano Figueiredo (org.). História do Brasil para ocupados, 2013.)

O texto expõe dois significados da construção de Brasília durante o governo de Juscelino Kubitschek.

Esses dois significados relacionam-se, pois

  1. denotam o esforço de construção de um espaço geográfico brasileiro com o intuito de assegurar o equilíbrio econômico e político entre as várias regiões do país.
  2. ddemonstram o nacionalismo xenófobo do governo Kubitschek e sua disposição de isolar o Brasil dos demais países do continente americano.
  3. revelam a importância da redefinição do espaço territorial para a implantação de um projeto de restrições à entrada de capitais e investimentos estrangeiros.
  4. explicitam a postura antiliberal do governo Kubitschek e sua intenção de implantar um regime de igualdade social no país.
  5. indicam o surgimento de uma expressão arquitetônica original e baseada no modelo de edificação predominante entre os primeiros habitantes do atual Brasil.

06. (Unesp 2019) A construção da Usina Hidrelétrica de Itaipu durante os anos 1970 e 1980

  1. contribuiu para a queda do regime cívico-militar brasileiro, depois que a imprensa denunciou grandes desvios de verbas da obra.
  2. assegurou a autonomia energética definitiva de Argentina e Paraguai, países que participaram do projeto e se beneficiaram com sua execução.
  3. permitiu o restabelecimento das relações diplomáticas entre Argentina, Brasil e Paraguai, rompidas desde a Guerra do Paraguai.
  4. proporcionou a consolidação das hegemonias argentina e brasileira no comércio e no controle político da região do Rio da Prata.
  5. foi uma iniciativa conjunta dos governos militares do Brasil e do Paraguai, que teve forte impacto geoestratégico na região do Rio da Prata.

07. (Unesp 2018) Esse produto percorreu ampla região, desde o Morro da Tijuca, no Rio de Janeiro, no primeiro quartel do século XIX, até o norte do Paraná, onde praticamente cessou sua marcha na década de 1970. Nesse período, seu percurso deixou marcas significativas na paisagem: vasta rede urbana e densa malha ferroviária, solos empobrecidos pela erosão, florestas dizimadas e extensivas pastagens, quase sempre de baixa produtividade.

(Jurandyr L. S. Ross. Ecogeografia do Brasil, 2009. Adaptado.)

O excerto refere-se à produção do espaço brasileiro relacionada ao ciclo econômico

  1. da borracha.
  2. da cana-de-açúcar
  3. do café.
  4. do ouro.
  5. do algodão.

08. (Unesp 2018) Entre as manifestações místicas presentes no Nordeste brasileiro no final do Império e nas primeiras décadas da República, identificam-se

  1. as pregações do Padre Ibiapina, relacionadas à defesa do protestantismo calvinista, e a literatura de cordel, que cantava os mitos e as lendas da região.
  2. o cangaço, que realizava saques a armazéns para roubar alimentos e distribuí-los aos famintos, e o coronelismo, com suas práticas assistencialistas.
  3. a liderança do Padre Cícero, vinculada à dinâmica política tradicional da região, e o movimento de Canudos, com características de contestação social.
  4. a peregrinação de multidões a Juazeiro do Norte, para pedir graças aos padres milagreiros, e a liderança messiânica do fazendeiro pernambucano Delmiro Gouveia.
  5. a ação catequizadora de padres e bispos ligados à Igreja católica e a atuação do líder José Maria, que comandou a resistência na região do Contestado.

09. (Unesp 2018) Em meados da década de 1970, as condições externas que haviam sustentado o sucesso econômico do regime militar sofreram alterações profundas.

(Tania Regina de Luca. Indústria e trabalho na história do Brasil, 2001.)

As condições externas que embasaram o sucesso econômico do regime militar e as alterações que sofreram em meados da década de 1970 podem ser exemplificadas, respectivamente,

  1. pelos investimentos oriundos dos países do Leste europeu e pelo aumento gradual dos preços em dólar das mercadorias importadas.
  2. pela ampla disponibilidade de capitais para empréstimos a juros baixos e pelo aumento súbito do custo de importação do petróleo
  3. pelos esforços norte-americanos de ampliar sua intervenção econômica na América Latina e pela redução acelerada da dívida externa brasileira.
  4. pela ampliação da capacidade industrial dos demais países latino-americanos e pelo crescimento das taxas internacionais de juros
  5. pela exportação de tecnologia brasileira de informática e pela recessão econômica enfrentada pelas principais potências do Ocidente.

10. (Unesp 2018) Leia o texto para responder à questão.

O Rio de Janeiro dos primeiros anos da República era a maior cidade do país, com mais de 500 mil habitantes. Capital política e administrativa, estava em condições de ser também, pelo menos em tese, o melhor terreno para o desenvolvimento da cidadania. Desde a independência e, particularmente, desde o início do Segundo Reinado, quando se deu a consolidação do governo central e da economia cafeeira na província adjacente, a cidade passou a ser o centro da vida política nacional. O comportamento político de sua população tinha reflexos imediatos no resto do país. A Proclamação da República é a melhor demonstração dessa afirmação.

(José Murilo de Carvalho. Os bestializados, 1987.)

A Proclamação da República, em 1889,

  1. expressou a interferência norte-americana e reduziu a influência britânica nos assuntos internos do país.
  2. teve forte participação dos sindicatos operários da capital e ampliou os direitos de cidadania no Brasil.
  3. representou o fim da hegemonia das elites cafeeiras e açucareiras na condução da política brasileira.
  4. foi rejeitada e combatida militarmente pelos principais clérigos católicos no Brasil e no exterior.
  5. resultou da ação de um setor das forças armadas e contou com o apoio de grupos políticos da capital.

11. (Unesp 2017) Na passagem dos anos 1920 para a década seguinte, a política de valorização do café no Brasil

  1. impediu o avanço da produção de cacau, algodão e borracha, devido à concentração de recursos econômicos no Nordeste.
  2. facilitou o deslocamento de capitais do setor industrial para o agrário, que aproveitava a estabilidade dos mercados externos para se desenvolver.
  3. agravou a crise econômica, devido ao alto volume de café estocado e à redução significativa dos mercados estrangeiros para a mercadoria.
  4. sustentou a hegemonia financeira da região Nordeste, que prolongou sua liderança e comando político por mais duas décadas.
  5. foi compensada pela estratégia governamental de supervalorização do câmbio, o que permitiu o aumento significativo das exportações de café.

12. (Unesp 2017) A industrialização contemporânea requer investimentos vultosos. No Brasil, esses investimentos não podiam ser feitos pelo setor privado, devido à escassez de capital que caracteriza as nações em desenvolvimento. Além disso, o crescimento econômico do Brasil, um recém-chegado ao processo de modernização, processou-se em condições socioeconômicas diferentes. Um efeito internacional de demonstração, na forma de imitação de padrões devida, entre países ricos e pobres, e entre classes ricas e pobres dentro das nações, resultou em pressões significativas sobre as taxas de crescimento para diminuir a diferença entre nações desenvolvidas e em desenvolvimento. Em vista das aspirações de melhores padrões de vida, o governo desempenhou um papel importante no crescimento econômico recente do Brasil.

(Carlos Manuel Peláez e Wilson Suzigan. História monetária do Brasil, 1981. Adaptado.)

Os impasses do desenvolvimento industrial brasileiro, apontados pelo texto, foram enfrentados no governo Juscelino Kubitschek (1956-1961) com o Plano de Metas, cujo objetivo era promover a industrialização por meio

  1. da associação de esforços econômicos entre o Estado, o capital estrangeiro e as empresas nacionais.
  2. da valorização da moeda nacional, da estatização de fábricas falidas e da contenção de salários.
  3. da criação de indústrias têxteis estatais e do aumento de impostos sobre o grande capital nacional.
  4. do emprego de empresas multinacionais submetidas à severa lei da remessa de lucros, juros e dividendos para o exterior.
  5. do combate à seca no Nordeste e do aumento do salário mínimo, com controle da inflação.

13. (Unesp 2017) Observe o cartaz, relativo ao plebiscito realizado em janeiro de 1963.

O cartaz alude à situação histórica brasileira marcada por

  1. estabilidade política, crescimento da economia agroindustrial e baixas taxas de inflação.
  2. renúncia presidencial, debates sobre sistema de governo e projetos de reforma social.
  3. ascensão de governos conservadores, despolitização da sociedade e abolição de leis trabalhistas.
  4. deposição do presidente da República, privatizações de empresas estatais e adoção do neoliberalismo.
  5. autoritarismos governamentais, restrições à liberdade de expressão e cassações de mandatos de parlamentares.

14. (Unesp 2017) No presidencialismo, a instabilidade da coalisão pode atingir diretamente a presidência. É menor o grau de liberdade de recomposição de forças, através da reforma do gabinete, sem que se ameacem as bases de sustentação da coalisão governante. No Congresso, a polarização tende a transformar “coalisões secundárias” e facções partidárias em “coalisões de veto”, elevando perigosamente a probabilidade de paralisia decisória e consequente ruptura da ordem política.

(Sérgio Henrique H. de Abranches. “Presidencialismo de coalisão o dilema institucional brasileiro”. Dados, 1988.)

Os impasses do chamado “presidencialismo de coalisão” podem ser identificados em pelo menos dois momentos da história brasileira:

  1. nas sucessivas constituintes realizadas entre 1934 e 1946 e na instabilidade política da chamada Primeira República.
  2. nas dificuldades políticas enfrentadas no período de 1946 a 1964 e nas crises governamentais da chamada Nova República.
  3. na reforma partidária do final do regime militar e na pulverização dos votos populares nas eleições presidenciais de 1989 e 1998.
  4. na crise final do Segundo Império e no fechamento político provocado pela implantação do Estado Novo de Getúlio Vargas.
  5. nas críticas à política dos governadores implementada por Campos Sales e no golpe militar que encerrou o governo de João Goulart.

15. (Unesp 2016) A chamada crise do Encilhamento, no final do século XIX, foi provocada

  1. pela moratória brasileira da dívida contraída junto a casas bancárias alemãs e italianas.
  2. pela crise da Bolsa de Valores, que não resistiu ao surto especulativo do pós-Primeira Guerra Mundial.
  3. pelo fim da política de proteção à produção e exportação de café, que enfrentava forte concorrência colombiana.
  4. pela emissão descontrolada de papel-moeda, que provocou especulação financeira e alta inflacionária.
  5. pelo encarecimento dos bens de primeira necessidade, que eram majoritariamente importados dos Estados Unidos.

16. (Unesp 2017)

Esses cartazes, divulgados durante o regime militar brasileiro, buscavam

  1. estimular o nacionalismo e o ufanismo, para ampliar o apoio político ao governo.
  2. repudiar o passado nacional de subdesenvolvimento e incentivar o empreendedorismo dos jovens empresários.
  3. contestar a oposição que, através da imprensa, afirmava que o país enfrentava uma crise financeira.
  4. valorizar as conquistas obtidas no setor esportivo, apesar de o país atravessar período de alta inflacionária.
  5. mostrar à população que o país se tornara a principal potência militar do planeta.

17. (Unesp 2016) Entre os mecanismos que sustentavam o regime político da Primeira República brasileira, pode-se citar

  1. a Constituição, que restringia aos chamados homens bons o acesso aos principais postos dos poderes executivo e legislativo.
  2. a política de compromissos, que vinculava os sindicatos de trabalhadores urbanos ao Ministério do Trabalho.
  3. a política do café com leite, que proibia as candidaturas eleitorais de representantes dos estados do Sul e Nordeste.
  4. a política dos governadores, que articulava a ação do governo federal aos interesses das oligarquias locais.
  5. a reforma política, que eliminou o voto censitário e instituiu o sufrágio universal nas eleições parlamentares.

18. (Unesp 2015) Brasília simbolizou na ideologia nacional-desenvolvimentista o “futuro do Brasil”, o arremate e a obra monumental da nação a ser construída pela industrialização coordenada pelo Estado planificador, pela ação das “forças do progresso” (aquelas voltadas para o desenvolvimento do “capitalismo nacional”), que paulatinamente iriam derrotar as “forças do atraso” (o imperialismo, o latifúndio e a política tradicional, demagógica e “populista”).

(José William Vesentini. A capital da geopolítica, 1986.)

Segundo o texto, a construção de Brasília deve ser entendida

  1. como uma tentativa de limitar a migração para o Centro do país e de reforçar o contingente de mão de obra rural.
  2. dentro de um conjunto de iniciativas de caráter liberal, que buscava eliminar a interferência do Estado nos assuntos econômico-financeiros.
  3. dentro do rearranjo político do pós-Segunda Guerra Mundial, que se caracterizava pelo clima de paz nas relações internacionais.
  4. dentro de um amplo projeto de redimensionamento da economia e da política brasileiras, que pretendia modernizar o país.
  5. como um esforço de internacionalização da economia brasileira, que provocaria aumento significativo da exportação agrícola.

19. (Unesp 2015) Examine a charge do cartunista Théo, publicada na revista Careta em 27.12.1952.

Getúlio: – Ser pai dos pobres dá mais trabalho do que ser Papai Noel! Você só se amofina no Natal: a mim eles chateiam o ano inteiro!

(Isabel Lustosa. Histórias de presidentes, 2008.)

O apelido de “pai dos pobres”, dado a Getúlio Vargas, pode ser associado

  1. ao autoritarismo do presidente diante dos movimentos sociais, manifesto na repressão às associações de operários e camponeses.
  2. aos esforços de negociação com a oposição, com a decorrente distribuição de cargos administrativos e funções políticas.
  3. ao caráter popular do regime, originário de uma revolução social e empenhado no combate à burguesia industrial brasileira.
  4. à política de concessões desenvolvida junto a sindicatos, como contrapartida do apoio político dos trabalhadores.
  5. à supressão de legislação trabalhista no país, que obrigava o governo a agir de forma assistencialista.

20. (Unesp 2014) Durante o período da presidência de Rodrigues Alves (1902-1906), o Rio de Janeiro passou por um amplo processo de reurbanização. Um dos objetivos desse processo foi

  1. a democratização no uso do espaço urbano, com a criação de áreas de lazer e de divertimento popular.
  2. o estímulo ao turismo e à organização de grandes eventos na cidade, aumentando a captação de recursos financeiros.
  3. a ocupação sistemática dos morros, ampliando a disponibilidade de áreas de residência e prestação de serviços.
  4. a melhoria da higiene e do saneamento urbanos, com a vacinação obrigatória e a erradicação de epidemias.
  5. o combate à violência e ao crime organizado, que proliferavam nos morros e nas áreas centrais da cidade.