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História da América

Lista de 07 exercícios de História com gabarito sobre o tema História da América com questões da UFPR.


Você pode conferir as videoaulas, conteúdo de teoria, e mais questões sobre o tema História da América.




01. (UFPR 2020) Considere o texto abaixo:

A emancipação fora conseguida num contexto de violência generalizada, que causara a morte de centenas de milhares de pessoas, em especial na Colômbia, na Venezuela, no México e no Haiti. Os países que sofreram menos baixas foram Brasil, Equador, Paraguai e os da América Central. Os sofrimentos da população foram agravados pelos deslocamentos, como o “êxodo oriental” no Uruguai em 1811 e a fuga em massa dos partidários da independência do Chile, que tiveram de emigrar de Concepción para Santiago em 1817.

(DEL POZO, José. História da América Latina e do Caribe: dos processos de independência aos dias atuais. Trad. Ricardo Rosenbusch. Petrópolis/RJ: Editora Vozes, 2009, p. 41.)

Considerando as informações do trecho acima, os conhecimentos sobre o contexto histórico e os aspectos sociais e políticos da independência dos países latino-americanos e do Caribe, é correto afirmar:

  1. As políticas liberais que surgiram na década de 1850, no processo de consolidação das independências, favoreceram a aquisição de terras pelas comunidades indígenas.
  2. Líderes políticos como Bolívar e Bernardo O’Higgins, entre outros, passaram a apoiar a independência do Brasil em 1822, e, sobretudo, incentivaram a instauração do regime monárquico.
  3. A participação das mulheres nos processos de independência assumiu somente o papel atribuído a elas nesse tipo de conflito, como o de preparar comida para as tropas e cuidar dos feridos.
  4. Com o fim dos conflitos, os países emancipados da região saldaram as pesadas dívidas que contraíram com os bancos ingleses.
  5. Somente Cuba e Porto Rico não se emanciparam, permanecendo como colônias espanholas até 1898.

Resposta: E

Resolução:

02. (UFPR 2018) Leia o texto a seguir:

É uma ideia grandiosa pretender formar de todo o mundo novo uma só nação com um só vínculo, que ligue suas partes entre si e com o todo. Já que tem uma mesma origem, uma mesma língua, mesmos costumes e uma religião, deveria, por conseguinte, ter um só governo que confederasse os diferentes Estados que haverão de formar-se [...].

(Fonte: . Acesso em: 06 agosto 2017.)

Considerando o extrato da “Carta de Jamaica”, de Simón Bolívar, e com base nos conhecimentos sobre as independências na América espanhola, assinale a alternativa correta.

  1. Os movimentos de independência na América espanhola foram impulsionados pela tentativa de invasão napoleônica no Haiti recém-libertado. A Carta de Jamaica foi o documento que fundamentou esses movimentos.
  2. Os movimentos de independência foram liderados por mestiços e escravos que ansiavam conseguir a liberdade expulsando os espanhóis. Aproveitando a ausência do rei Fernando VII, encarcerado por Napoleão, Bolívar escreveu a carta na Jamaica, chamando todas as colônias a se unirem para formar uma grande federação contra a coroa espanhola.
  3. Simón Bolívar foi o grande artífice das independências da América espanhola. Seu carisma e poder de mando permitiram unir todos os movimentos em uma grande frente libertadora, que começou na Argentina em 1816 e chegou até a Colômbia em 1821.
  4. O projeto de Simón Bolívar era tornar as colônias governadas pela Espanha em uma grande confederação de estados nos moldes das colônias americanas do Norte, porém as diferenças entre alguns líderes no interior do movimento anticolonial não viam com bons olhos esse projeto.
  5. A Carta de Jamaica foi a primeira declaração de independência das colônias espanholas. Escrita no formato da declaração de independência haitiana, declarava o fim da escravidão nas colônias e a expulsão dos peninsulares das terras americanas.

Resposta: D

Resolução:

03. (UFPR 2016) Na América portuguesa, as irmandades eram espaços de:

  1. assistência aos negros que fugiam de seus senhores, providenciando alojamento e laços de solidariedade para arrecadar fundos para sua alforria, através da realização de festas de devoção aos seus santos padroeiros.
  2. congregação de negros, indígenas e brancos pobres, constituindo sociedades de auxílio mútuo para garantir um enterro digno aos seus membros e familiares, além de proteger seus membros das visitações da Inquisição.
  3. resistência ao catolicismo do regime de padroado, permitindo que os negros mantivessem seus cultos originais africanos após conquistarem sua alforria, proibindo a entrada de membros brancos e indígenas.
  4. auxílio mútuo, em caso de doença, enterro e assistência a órfãos e viúvas, e de arrecadação de recursos para alforria, servindo também para manter traços das culturas africanas, como forma de resistência à sociedade escravocrata.
  5. sociabilidade dos negros escravizados e libertos, compreendendo debates políticos de resistência à escravização, por meio da preservação das culturas e devoções africanas, o que gerou o primeiro ideário abolicionista.

Resposta: D

Resolução:

04. (UFPR 2013) Em 2012 completaram-se 30 anos da Guerra das Malvinas (Malvinas para os argentinos; Falklands para os ingleses), sendo que as animosidades entre Argentina e Inglaterra na disputa pelas ilhas inglesas situadas ao extremo sul da América do Sul foram recentemente relembradas pela presidenta argentina Cristina Kirchner. Sobre esse conflito, é correto afirmar:

  1. O conflito foi iniciado pelos ingleses, por conta da existência de petróleo na região, que começava a ser explorado por companhias argentinas de forma clandestina. A superioridade militar e econômica da Inglaterra contou para a derrota dos argentinos, que foram pegos desprevenidos em um ataque-surpresa. Como resultado, a Argentina amargou uma grave crise econômica.
  2. O conflito foi iniciado pela Argentina no contexto da intensa ditadura peronista iniciada em 1976. A herdeira política de Perón, Isabelita, recorreu à elite militar para retomar as Ilhas Malvinas, cujos recursos se esgotavam com a exploração inglesa. Apesar da derrota argentina, o tratado de paz garantiu que a população argentina habitante das ilhas pudesse controlar a ocupação inglesa.
  3. O conflito foi iniciado pelos ingleses, que não toleravam a ocupação desordenada dos argentinos sobre as suas ilhas. Os argentinos, por sua vez, nunca aceitaram o domínio inglês sobre as ilhas, e desde o início dos anos 1980 prepararam-se para retomar o território. A prosperidade econômica pela qual a Argentina passava foi decisiva para que o país vencesse a guerra.
  4. O conflito foi desencadeado pela Argentina no contexto da ditadura militar iniciada em 1976. A fim de angariar apoio popular no início dos anos 1980, o governo almejou reconquistar as Ilhas Malvinas, retomando um discurso nacionalista. Contudo, com a rápida derrota dos argentinos, o regime militar logo foi derrubado, sucedido por um governo democrático e civil em meio a uma grave crise econômica.
  5. O conflito foi iniciado pelos argentinos, que desejavam retomar o território por conta de seus recursos minerais, a fim de aplacar a grave crise econômica que assolava a Argentina. A Inglaterra não queria deixar as Ilhas, por se beneficiar das riquezas naturais em um período de instabilidade financeira após o desmantelamento do Estado de Bem-Estar Social. Aproveitando-se da fragilidade inglesa, a Argentina venceu a guerra.

Resposta: D

Resolução:

05. (UFPR 2012) Não interessa aqui discutir se cabe considerar a chegada dos europeus ao continente americano, 1 em 1492, como

descoberta, encontro ou o que seja: questão, no geral, mais esterilizante que produtiva. O fato é que, naquele ano, os europeus se

deram conta da existência de uma porção vasta de terra até então desconhecida e habitada por homens diferentes dos da Europa.

O navegador Cristóvão Colombo (1451-1506), responsável por viabilizar tal encontro, achou que estava chegando no Oriente: com

[5] base nas medidas adotadas pelo astrônomo árabe do século 9, Abu al-Farghani, calculou mal o tamanho do grau, unidade na qual

se dividia a esfera terrestre, e ainda errou ao converter a milha árabe para a milha italiana.

O grego Ptolomeu (90-168) e toda a escola de Alexandria lhe teriam servido melhor, mas se calculasse bem, o genovês

não teria chegado onde chegou. Mesmo porque a imaginação, encharcada de relatos sobre terras fantásticas e da obsessão por

monstros, o guiava tanto ou mais que o conhecimento ‘científico’. Encontrar tais monstros era fundamental, com a tradição

[10] rezando que sua presença augurava riquezas. Foi grande o desapontamento de Colombo quando os naturais das ilhas do Caribe

lhe disseram que nunca tinham visto tais seres. Conforme a realidade contradizia o que lhe ia pela cabeça, o navegador substituía

elementos: na falta dos súditos do Grande Cã, levou para a Espanha os ‘índios’ de Hispaniola; em vez das sedas e dos brocados,

exibiu aos reis católicos as máscaras estranhas e cintos feitos de osso de peixe; no lugar das presas de elefantes ou unicórnios,

ostentou papagaios verdes. [...]

[15] Ao longo do século 16, Colombo já morto, cresceu na Europa a consciência da magnitude das transformações

provocadas por aquelas terras novas, ignoradas pelos autores antigos e capazes de mostrar quanta coisa escapara a sua

sabedoria. O nome do Novo Mundo ainda flutuava, cada vez mais sendo identificado ao de outro navegador, o florentino Américo

Vespúcio (1454-1512). Ao léxico faltava capacidade para exprimir tanta coisa nova e estranha, daí recorrer-se primeiro ao que era

familiar e conhecido. As palavras não bastavam para um desesperançado Gonzalo de Oviedo descrever a plumagem brilhante dos

[20] pássaros americanos, nem para Jean de Léry contrastar o semblante dos tupinambás da costa brasílica, tão diferentes dos

europeus: quem quisesse “desfrutar do prazer de os conhecer”, afirmou este, teria de “visitá-los no seu país”. Ao dedicar sua

Historia General de Las Indias ao imperador Carlos V, em 1553, Francisco Gómara escreveu bombasticamente: “O maior

acontecimento desde a criação do mundo (excluindo a encarnação e a morte d’Aquele que o criou) foi a descoberta da Índia”.

(SOUZA, Laura de Mello. Colombo, a América e o Conhecimento. Ciência Hoje, julho 2011, p. 83.)

Em relação ao texto, considere as seguintes afirmativas:

1. A fim de opor Oriente e Ocidente, o texto contrapõe respectivos elementos da cultura como: seda, brocados e presas de elefantes versus máscaras estranhas, cintos feitos de ossos de peixe e papagaios verdes.

2. A escola de Alexandria daria a Colombo melhores condições para o cálculo do caminho que desejava fazer, mas o acerto teria evitado uma grande descoberta.

3. O feito inquestionável de Colombo foi ter colocado os europeus em contato com a cultura da Índia, fato que só foi reconhecido muito tempo depois.

4. A declaração de Francisco Gómara comprova que no século 16 já havia sido desfeito o equívoco sobre a viagem de Colombo e sua impactante descoberta.

Assinale a alternativa correta.

  1. Somente as afirmativas 1 e 2 são verdadeiras.
  2. Somente as afirmativas 2 e 4 são verdadeiras.
  3. Somente as afirmativas 1, 3 e 4 são verdadeiras.
  4. Somente as afirmativas 2 e 3 são verdadeiras.
  5. As afirmativas 1, 2, 3 e 4 são verdadeiras.

Resposta: A

Resolução:

06. (UFPR 2010) A mão de obra utilizada nas plantations que se estabeleceram nas colônias europeias na América era formada majoritariamente por escravos trazidos da África e seus descendentes. Sobre os processos de independência na América e sua relação com a escravidão de africanos e afrodescendentes, assinale a alternativa correta.

  1. A libertação dos escravos na América do Norte foi o principal motivador da Independência das Treze Colônias inglesas.
  2. Os escravos e os negros e mestiços livres haitianos armaram-se para a luta e tiveram papel fundamental nos levantes contra as autoridades francesas que culminaram na Independência do Haiti e na abolição da escravidão nesse território.
  3. As palavras Liberdade, Igualdade, Fraternidade, tornadas lema da Revolução Francesa, foram estendidas às suas colônias e concretizadas quando o governo revolucionário da França aboliu simultaneamente a escravidão em todos os seus territórios na América, desencadeando as guerras de independência.
  4. Somente Colômbia, Venezuela e Equador levaram a cabo a abolição da escravidão durante seus processos de independência.
  5. O Haiti e as Treze Colônias inglesas declararam sua independência das metrópoles, respectivamente França e Inglaterra, proibindo o tráfico de escravos nas últimas décadas do século XVIII.

Resposta: B

Resolução:

07. (UFPR 2009) Vários movimentos contrários à opressão colonial ocorreram nas Américas, sobretudo no século XIX, visando à independência em relação às metrópoles. Sobre esses movimentos, é correto afirmar:

  1. A maioria deles fracassou, permanecendo os países submetidos às suas metrópoles, como colônias, até o século XX.
  2. San Martín e Simón Bolívar foram líderes de movimentos de independência ocorridos na América Latina.
  3. A Guerra dos Farrapos foi o principal movimento pela independência do Brasil em relação a Portugal.
  4. Os movimentos de independência foram inspirados no exemplo das colônias africanas, que estavam tornando-se países independentes no século XIX.
  5. Os movimentos de independência da América Latina foram determinantes na independência das colônias norteamericanas.

Resposta: B

Resolução: