03. (Enem 2023) A indústria do esporte eletrônico é um mercado que está crescendo em um ritmo mais rápido do que a economia mundial. Sua popularidade cresceu muito e no Brasil não é diferente. De acordo com os dados de uma pesquisa, mais de 64% dos brasileiros que jogam videogame já ouviram falar de esporte eletrônico. No entanto, o que chama a atenção é o crescimento superior a 10% do público praticante comparado ao ano anterior, que subiu de 44,7% para 55,4%.

Trata-se de um percentual expressivo, já que o Brasil está no top 3 dentre os países que têm maior número de espectadores de esporte eletrônico do mundo. Comparado ao ano anterior, em 2020, o Brasil teve um marco de crescimento de 20% na audiência.

Mundo afora, a árdua dedicação de grandes gamers contribuiu para o reconhecimento do Comitê Olímpico Internacional, aliado a outras cinco federações esportivas e suas desenvolvedoras de jogos, que direcionaram um olhar mais atento ao assunto, permitindo dar o primeiro passo para concretizar, pela primeira vez na história dos jogos eletrônicos, um evento olímpico oficial.

Disponível em: https://chicoterra.com.

Acesso em: 19 nov. 2021 (adaptado).

O contexto em que o esporte eletrônico é apresentado no texto demonstra o(a)

  1. condição favorável à expansão dessa modalidade.
  2. promoção dessa prática por jogadores profissionais.
  3. impulsionamento de um processo de marketing.
  4. favorecimento de fabricantes dos jogos.
  5. modificação da audiência televisiva.

Resposta: A

Resolução: O texto apresenta dados que indicam crescimento do público e reconhecimento oficial do esporte eletrônico, o que demonstra que o ambiente atual é propício para o desenvolvimento dessa modalidade esportiva. Não fala especificamente sobre marketing, promoção por jogadores, fabricantes ou mudanças na audiência televisiva, mas sim sobre a condição geral favorável ao crescimento.

04. (Enem 2023) A sessão do Comitê Olímpico Internacional (COI) aprovou uma mudança histórica e inédita no lema olímpico, criado em 1894 pelo Barão Pierre de Coubertin para expressar os valores e a excelência do esporte. Mais de 120 anos depois, o lema tem sua primeira alteração para ressaltar a solidariedade e incluir a palavra "juntos": mais rápido, mais alto, mais forte – juntos. A mudança foi aprovada por unanimidade pelos membros do COI e celebrada pelo presidente da entidade.

Disponível em: https://ge.globo.com.

Acesso em: 10 nov. 2021 (adaptado).

De acordo com o texto, a alteração do lema olímpico teve como objetivo a

  1. unificação do lema anterior ao atual.
  2. aproximação entre o lema olímpico e o COl.
  3. junção do lema olímpico com os princípios esportivos.
  4. associação entre o lema olímpico e a cooperatividade.
  5. vinculação entre o lema olímpico e os eventos atléticos.

Resposta: D

Resolução: A inclusão da palavra "juntos" no lema tem como objetivo ressaltar a solidariedade, que é um aspecto da cooperatividade. Assim, a mudança associa o lema olímpico a esse valor, aproximando-o da ideia de trabalho coletivo e união. Portanto, a alternativa D está correta.

05. (Enem 2023) A neozelandesa Laurel Hubbard fez história nos Jogos Olímpicos. Apesar de ter ficado de fora da disputa por medalhas, a levantadora de peso deixou sua marca na edição de Tóquio por ser a primeira mulher abertamente transgênero a participar de uma competição olímpica.

No início da carreira, na década de 1990, a neozelandesa participava de disputas na categoria masculina. Em 2001, aos 23 anos, ela se afastou da atividade.

“A pressão de tentar me encaixar em um mundo que talvez não tenha sido feito para pessoas como eu se tornou um fardo muito grande para suportar”. Em 2012, Laurel começou sua transição de gênero por meio de terapias hormonais e, em 2013, declarou abertamente ser uma mulher trans.

Para o Comitê Olímpico Internacional, a participação de mulheres trans nos Jogos é permitida caso o nível de testosterona, hormônio que aumenta a massa muscular, esteja abaixo de 10 nanomols por litro por pelo menos 12 meses.

Disponível em: https://revistagalileu.globo.com.

Acesso em: 18 nov. 2021 (adaptado).

No texto, os limites do potencial inclusivo do esporte são dados pela

  1. dificuldade de conseguir bons resultados esportivos.
  2. dependência de características biológicas padronizadas.
  3. inexistência de uma categoria para pessoas transgênero.
  4. necessidade de afastamento temporário das competições.
  5. impossibilidade de uso controlado de substâncias exógenas.

Resposta: B

Resolução: O texto mostra que a participação de mulheres trans é regulada por critérios biológicos — especificamente, o nível de testosterona. Isso mostra que, apesar da inclusão, há limites baseados em características biológicas padronizadas para garantir "equidade" competitiva. Por isso, a alternativa B é a mais adequada.

06. (Enem 2023) “Ganhei 25 medalhas em mundiais, sete em Jogos Olímpicos, e sou uma sobrevivente de abuso sexual.” Foi assim que Simone Biles se apresentou ao comitê do Senado norte-americano que investiga as supostas falhas do FBI no caso Larry Nassar.

Biles e outras três atletas, vítimas dos abusos do ex-médico da equipe de ginástica feminina dos EUA, exigiram que os agentes da investigação sejam processados por falta de ação prévia contra Nassar agora preso.

Biles esclareceu que culpa Larry Nassar e “todo o sistema que o permitiu e o perpetrou”, acusando a Federação de Ginástica e o Comitê Olímpico dos Estados Unidos de saberem “muito antes” que ela havia sofrido abusos. A melhor ginasta do mundo é um ícone. Nos Jogos Olímpicos de Tóquio, uma lesão psicológica a impediu de competir como previa.

No entanto, ela chegou ao topo como uma líder no trabalho de acabar com o preconceito com os problemas de saúde mental. “Não quero que nenhum outro atleta olímpico sofra o horror que eu e outras centenas suportamos e continuamos suportando até hoje”, afirmou.

Disponível em: https//brasil.elpais.com.

Acesso em: 31 out. 2021 (adaptado).

O fato relatado na notícia chama a atenção acerca da necessidade de reflexão sobre a relação entre o esporte e

  1. o desempenho atlético internacional.
  2. a dimensão emocional dos atletas.
  3. os comitês olímpicos nacionais.
  4. as instituições de inteligência.
  5. as federações esportivas.

Resposta: B

Resolução: A notícia destaca a importância de se refletir sobre a saúde mental dos atletas e o impacto dos abusos sofridos, algo que transcende o mero desempenho físico, focando no aspecto emocional. Portanto, a alternativa B é a correta.

07. (ENEM 2022) A conquista da medalha de prata por Rayssa Leal, no skate street nos Jogos Olímpicos, é exemplo da representatividade feminina no esporte, avalia a âncora do jornal da rede de televisão da CNN. A apresentadora, que também anda de skate, celebrou a vitória da brasileira, que entrou para a história como a atleta mais nova a subir num pódio defendendo o Brasil.

“Essa representatividade do esporte nos Jogos faz pensarmos que não temos que ficar nos encaixando em nenhum lugar. Posso gostar de passar notícia e, mesmo assim, gostar de skate, subir montanha, mergulhar, andar de bike, fazer yoga”.

Temos que parar de ficar enquadrando as pessoas dentro das regras. A gente vive num padrão no qual a menina ganha boneca, mas por que também não fazer um esporte de aventura? Por que o homem pode se machucar, cair de joelhos, e a menina tem que estar sempre lindinha dentro de um padrão? Acabamos limitando os talentos das pessoas”, afirmou a jornalista, sobre a prática do skate por mulheres.

Disponível em: www.cnnbrasil.com.br.

Acesso em: 31 out. 2021 (adaptado).

O discurso da jornalista traz questionamentos sobre a relação da conquista da skatista com a

  1. conciliação do jornalismo com a prática do skate.
  2. inserção das mulheres na modalidade skate street.
  3. desconstrução da noção do skate como modalidade masculina.
  4. vanguarda de ser a atleta mais jovem a subir no pódio olímpico.
  5. conquista de medalha nos Jogos Olímpicos de Tóquio.

Resposta: C

Resolução: O texto enfatiza que o skate não deve ser visto como um esporte apenas masculino, criticando padrões que limitam os talentos das pessoas, especialmente das mulheres. O foco é desconstruir essa visão, por isso a alternativa C é a mais adequada.

08. (ENEM 2022) Criado há cerca de 20 anos na Califórnia, o mountainboard é um esporte de aventura que utiliza uma espécie de skate off-road para realizar manobras similares às das modalidades de snowboard, surf e do próprio skate.

A atividade chegou ao Brasil em 1997 e hoje possui centenas de praticantes, um circuito nacional respeitável e mais de uma dezena de pistas espalhadas pelo país. Segundo consta na história oficial, o mountainboard foi criado por praticantes de snowboard que sentiam falta de praticar o esporte nos períodos sem neve.

Para isso, eles desenvolveram um equipamento bem simples: uma prancha semelhante ao modelo utilizado na neve (menor e um pouco menos flexível), com dois eixos bem resistentes, alças para encaixar os pés e quatro pneus com câmaras de ar para regular a velocidade que pode ser alcançada em diferentes condições.

Com essa configuração, o esporte se mostrou possível em diversos tipos de terreno: grama, terra, pedras, asfalto e areia. Além desses pisos, também é possível procurar pelas próprias trilhas para treinar as manobras.

Disponível em: www.webventure.com.br. Acesso em: 19 jun. 2019.

A história da prática do mountainboard representa uma das principais marcas das atividades de aventura, caracterizada pela

  1. competitividade entre seus praticantes.
  2. atividade com padrões técnicos definidos.
  3. modalidade com regras predeterminadas.
  4. criatividade para adaptações a novos espaços.
  5. necessidade de espaços definidos para a sua realização.

Resposta: D

Resolução: O mountainboard surgiu como uma adaptação criativa para praticar snowboard em terrenos diferentes, usando equipamentos modificados para se adequar a novos espaços. Essa criatividade e adaptação é a marca principal destacada. Logo, a alternativa D é correta.

09. (ENEM 2022) É ruivo? Tem olhos azuis? É homem ou mulher? Usa chapéu? Quem jogou Cara a Cara na infância sabe de cor o roteiro de perguntas para adivinhar quem é o personagem misterioso do seu oponente.

Agora, o jogo está prestes a ganhar uma nova versão.

A designer polonesa Zuzia Kozerska-Girard está desenvolvendo uma variação do Guess Who? (nome do Cara a Cara em inglês), em que as personalidades do tabuleiro são, na verdade, mulheres notáveis da história e da atualidade, como a artista Frida Kahlo, a ativista Malala Yousafzai, a astronauta Valentina Tereshkova e a aviadora Amelia Earhart. O Who’s She? (“Quem é ela?”, em português) traz, no total, 28 mulheres que representam diversas profissões, nacionalidades e idades.

A ideia é que, em vez de perguntar sobre a aparência das personagens, as questões sejam direcionadas aos feitos delas: ganhou algum Nobel, fez alguma descoberta? Para cada personagem há um cartão com fatos divertidos e interessantes sobre sua vida. Uma campanha entrou no ar com o objetivo de arrecadar dinheiro para desenvolver o Who’s She?. A meta inicial era reunir 17 mil dólares. Oito dias antes de a campanha acabar, o projeto já angariou quase 350 mil dólares.

A chegada do jogo à casa do comprador varia de acordo com a quantia doada — quanto mais você doou, mais rápido vai poder jogar.

Disponível em: www.super.abril.com.br.

Acesso em: 4 dez. 2018 (adaptado).

Ao divulgar a adaptação do jogo para questões relativas a ações e habilidades de mulheres notáveis, o texto busca

  1. contribuir para a formação cidadã dos jogadores.
  2. refutar modelos estereotipados de beleza e elegância.
  3. estimular a competitividade entre potenciais compradores.
  4. exemplificar estratégias de arrecadação financeira pela internet.
  5. desenvolver conhecimentos lúdicos específicos dos tempos atuais.

Resposta: A

Resolução: O objetivo do jogo é valorizar e educar sobre as ações e habilidades de mulheres notáveis, contribuindo para a formação cidadã e ampliando o conhecimento e respeito sobre essas figuras. Portanto, alternativa A está correta.

10. (ENEM 2022) Pisoteamento, arrastão, empurra-empurra, agressões, vandalismo e até furto a um torcedor que estava caído no asfalto após ter sido atropelado nas imediações do estádio do Maracanã. As cenas de selvageria tiveram como estopim a invasão de milhares de torcedores sem ingresso, que furaram o bloqueio policial e transformaram o estádio em terra de ninguém. Um reflexo não só do quadro de insegurança que assola o Rio de Janeiro, mas também de como a violência social se embrenha pelo esporte mais popular do país.

Em 2017, foram registrados 104 episódios de violência no futebol brasileiro, que resultaram em 11 mortes de torcedores. Desde 1995, quando 101 torcedores ficaram feridos e um morreu durante uma batalha campal no estádio do Pacaembu, autoridades brasileiras têm focado as ações de enfrentamento à violência no futebol em grupos uniformizados, alguns proibidos de frequentar estádios. Porém, a postura meramente repressiva contra torcidas organizadas é ineficaz em uma sociedade que registra mais de 61000 homicídios por ano. “É impossível dissociar a escalada de violência no futebol do panorama de desordem pública, social, econômica e política vivida pelo país”, de acordo com um doutor em sociologia do esporte.

Disponível em: https://brasil.elpais.com.

Acesso em: 22 jun. 2019 (adaptado).

Nesse texto, a violência no futebol está caracterizada como um(a)

  1. problema social localizado numa região do país.
  2. desafio para as torcidas organizadas dos clubes. reflexo da precariedade da organização social no país.
  3. inadequação de espaço nos estádios para receber o público.
  4. consequência da insatisfação dos clubes com a organização dos jogos.

Resposta: C

Resolução: O texto aponta que a violência no futebol é reflexo dos problemas sociais, econômicos e políticos que o país enfrenta, ou seja, é um sintoma da precariedade da organização social como um todo. Logo, a alternativa C é correta.

11. (ENEM 2022) Seis em cada dez pessoas com 15 anos ou mais não praticam esporte ou atividade física. São mais de 100 milhões de sedentários. Esses são dados do estudo Práticas de esporte e atividade física, da Pnad 2015, realizado pelo IBGE. A falta de tempo e de interesse são os principais motivos apontados para o sedentarismo.

Paralelamente, 73,3% das pessoas de 15 anos ou mais afirmaram que o poder público deveria investir em esporte ou atividades físicas. Observou-se uma relação direta entre escolaridade e renda na realização de esportes ou atividades físicas. Enquanto 17,3% das pessoas que não tinham instrução realizavam diversas práticas corporais, esse percentual chegava a 56,7% das pessoas com superior completo. Entre as pessoas que têm práticas de esporte e atividade física regulares, o percentual de praticantes ia de 31,1%, na classe sem rendimento, a 65,2%, na classe de cinco salários mínimos ou mais.

A falta de tempo foi mais declarada pela população adulta, com destaque entre as pessoas de 25 a 39 anos. Entre os adolescentes de 15 a 17 anos, o principal motivo foi não gostarem ou não quererem. Já o principal motivo para praticar esporte, declarado por 11,2 milhões pessoas, foi relaxar ou se divertir, seguido de melhorar a qualidade de vida ou o bem-estar. A falta de instalação esportiva acessível ou nas proximidades foi um motivo pouco citado, demonstrando que a não prática estaria menosassociada à infraestrutura disponível.

Disponível em: www.esporte.gov.br.

Acesso em: 9 ago. 2017 (adaptado).

Com base na pesquisa e em uma visão ampliada de saúde, para a prática regular de exercícios ter influência significativa na saúde dos brasileiros, é necessário o desenvolvimento de estratégias que

  1. promovam a melhoria da aptidão da população, dedicando-se mais tempo aos esportes.
  2. combatam o sedentarismo presente em parcela significativa da população no território nacional.
  3. facilitem a adoção da prática de exercícios, com ações relacionadas à educação e à distribuição de renda.
  4. auxiliem na construção de mais instalações esportivas e espaços adequados para a prática de atividades físicas e esportes.
  5. estimulem o incentivo fiscal para a iniciativa privada destinar verbas aos programas nacionais de promoção da saúde pelo esporte.

Resposta: C

Resolução: O texto indica que a prática de exercícios está relacionada a fatores como escolaridade e renda, mostrando que questões sociais influenciam quem pratica esporte. Além disso, aponta que a falta de infraestrutura não é o principal motivo para o sedentarismo. Portanto, para que o exercício tenha impacto significativo na saúde pública, é essencial facilitar o acesso à prática por meio de estratégias educacionais e sociais que considerem a desigualdade de renda e o incentivo à prática, o que corresponde à alternativa C.

12. (Enem 2019) No Brasil, a disseminação de uma expectativa de corpo com base na estética da magreza é bastante grande e apresenta uma enorme repercussão, especialmente, se considerada do ponto de vista da realização pessoal. Em pesquisa feita na cidade de São Paulo, aparecem os percentuais de 90% entre as mulheres pesquisadas que se dizem preocupadas com seu peso corporal, sendo que 95% se sentem insatisfeitas com “seu próprio corpo”.

SILVA, A. M. Corpo, ciência e mercado: reflexões acerca da gestação de um novo arquétipo da felicidade. Campinas: Autores Associados; Florianópolis: UFSC, 2001.

A preocupação excessiva com o “peso” corporal pode provocar o desenvolvimento de distúrbios associados diretamente à imagem do corpo, tais como

  1. anorexia e bulimia.
  2. ortorexia e vigorexia.
  3. ansiedade e depressão.
  4. sobrepeso e fobia social.
  5. sedentarismo e obesidade.

Resposta: A

Resolução: A preocupação excessiva com o peso corporal pode levar ao desenvolvimento de distúrbios alimentares como anorexia e bulimia, que são transtornos diretamente relacionados à imagem corporal e ao peso. Essas doenças envolvem distorção da percepção do corpo e comportamentos alimentares prejudiciais. Assim, a alternativa A é a correta.

13. (Enem PPL 2019) Slow Food

A favor da alimentação com prazer e da responsabilidade socioambiental, o slow food é um movimento que vai contra o ritmo acelerado de vida da maioria das pessoas hoje: o ritmo fast-food, que valoriza a rapidez e não a qualidade. Traduzido na alimentação, o fast-food está nos produtos artificiais, que, apesar de práticos, são péssimos à saúde: muito processados e muito distantes da sua natureza — como os lanches cheios de gorduras, os salgadinhos e biscoitos convencionais etc. etc.

Agora, vamos deixar de lado o fast e entender melhor o slow food. Segundo esse movimento, o alimento deve ser:

• bom: tão gostoso que merece ser saboreado com calma, fazendo de cada refeição uma pausa especial do dia;

• limpo: bom à saúde do consumidor e dos produtores, sem prejudicar o meio ambiente nem os animais;

• justo: produzido com transparência e honestidade social e, de preferência, de produtores locais. Deu pra ver que o slow food traz muita coisa interessante para o nosso dia a dia. Ele resgata valores tão importantes, mas que muitas vezes passam despercebidos. Não é à toa que ele já está contagiando o mundo todo, inclusive o nosso país.

Disponível em: www.maeterra.com.br. Acesso em: 5 ago. 2017.

Algumas palavras funcionam como marcadores textuais, atuando na organização dos textos e fazendoos progredir. No segundo parágrafo desse texto, o marcador “agora”

  1. define o momento em que se realiza o fato descrito na frase.
  2. sinaliza a mudança de foco no tema que se vinha discutindo.
  3. promove uma comparação que se dá entre dois elementos do texto.
  4. indica uma oposição que se verifica entre o trecho anterior e o seguinte.
  5. delimita o resultado de uma ação que foi apresentada no trecho anterior.

Resposta: B

Resolução: No texto, o marcador “agora” é usado para introduzir o tema “slow food” após falar do “fast-food”. Ele sinaliza que há uma mudança de foco, passando a abordar um assunto diferente, mas relacionado, destacando o contraste. Portanto, o marcador funciona como uma transição para um novo enfoque no texto, o que corresponde à alternativa B.

14. (Enem PPL 2019) A mídia divulga à exaustão um padrão corporal determinado, padrão único, branco, jovem, musculoso e, especialmente no caso do corpo feminino, magro. Pesquisas apontam para o fato de que esse padrão de beleza divulgado se aplica apenas de 5 a 8% da população mundial. Especialmente no Brasil, onde a diversidade é uma característica marcante, a mídia no geral acaba por mostrar seu desprezo pela riqueza de tipos, de raças, pela própria mestiçagem, insistindo num padrão único de beleza tanto para mulheres quanto para homens.

MALDONADO, G. A educação física e o adolescente: a imagem corporal e a estética da transformação na mídia impressa. Revista Mackenzie de Educação Física e Esportes, n. 1, 2006 (adaptado).

Em relação aos aspectos do padrão corporal dos brasileiros, compreende-se que esta população

  1. é caracterizada pela sua rica diversidade.
  2. possui, em sua maioria, mulheres obesas.
  3. está devidamente representada na grande mídia.
  4. tem padrão de beleza idêntico aos demais países.
  5. é composta, na maioria, por pessoas brancas e magras.

Resposta: A

Resolução: O texto afirma que o padrão corporal divulgado pela mídia não representa a maioria da população brasileira, que é marcada pela diversidade de tipos físicos, raças e etnias. Logo, a população brasileira é caracterizada pela sua rica diversidade corporal, o que está indicado na alternativa A.

15. (ENEM 2022 PPL) Uma polêmica relacionada à covid-19 com clara relação com a Educação Física foi a discussão sobre a reabertura ou não das academias de ginástica em plena pandemia. Entre os argumentos apresentados pelos que defendiam a abertura estava o de que o exercício teria um efeito protetor contra a covid-19, pelo fortalecimento do sistema imunológico.

A realização dessas práticas pode ser importante para a saúde, inclusive com foco na melhoria/manutenção da saúde mental, mas em muitas recomendações há mais um sentido de “ter que fazer”, com caráter “obrigatório”. Outro ponto ignorado diz respeito ao aconselhamento para a realização de exercícios físicos em casa durante a pandemia, considerando aspectos como a habilidade das pessoas para realizarem essas atividades, suas preferências, as condições das residências etc. Entendemos que essas recomendações, algumas vezes de caráter persecutório e descontextualizadas da realidade de muitas pessoas, não favorecem um olhar mais ampliado sobre a saúde.

LOCH, M. R. et al. A urgência da saúde coletiva na formação em Educação Física: lições com a covid-19. Ciência & Saúde Coletiva, n. 25, 2020 (adaptado).

Segundo o texto, no contexto da pandemia, a relação entre exercício físico e saúde deveria considerar a

  1. necessidade de que as academias se mantivessem abertas para orientação das práticas corporais.
  2. recomendação de que as atividades físicas atendessem às preferências individuais.
  3. relevância de adaptar as atividades físicas à realidade social dos sujeitos.
  4. obrigatoriedade de adotar o hábito de praticar atividades físicas em casa.
  5. importância de melhorar as defesas orgânicas contra a doença.

Resposta: C

Resolução: O texto critica recomendações descontextualizadas sobre exercícios na pandemia, destacando que é necessário considerar a realidade social, as condições das pessoas e suas preferências para que as práticas físicas sejam eficazes e inclusivas. Portanto, a alternativa C — que fala sobre adaptar as atividades à realidade social dos sujeitos — está correta.

16. (ENEM 2022 PPL) A anorexia é um transtorno alimentar caracterizado por grande perda de peso, ausência de menstruação e distúrbio na vivência do peso ou da forma corporal. Fatores familiares, psicológicos, socioculturais e fisiológicos interagem entre si, predispondo, precipitando e/ou mantendo o transtorno.

Anoréxicos têm medo doentio de engordar e experienciam uma grande necessidade de controle sobre o peso e a forma do corpo. Dietas exíguas, uso de laxantes, diuréticos e indução de vômito são estratégias para manter o peso e a forma corporal.

O exercício também é uma estratégia para perder e controlar o peso, sendo praticado de maneira ritualizada e excessiva. O objetivo é alcançar um corpo ideal condizente com os padrões de beleza, eliminando as poucas calorias que o sujeito se permite ingerir.

CUMMING, G. et al. Experiências e expectativas em práticas de atividades físicas de

pessoas com anorexia nervosa. Movimento, n. 2, 2009 (adaptado).

Uma causa determinante que contribui para a anorexia, vinculada ao exercício físico, é o(a)

  1. busca por um modelo de corpo e beleza estereotipado socialmente.
  2. conjunto de fatores familiares, psicológicos e socioculturais.
  3. utilização de medicamentos e dietas restritivas.
  4. recorrência da provocação do vômito.
  5. medo exagerado de ganhar peso.

Resposta: A

Resolução: A anorexia está associada a uma busca por um modelo corporal idealizado e estereotipado socialmente, que impõe padrões de beleza rigorosos. Essa pressão social leva ao desenvolvimento do transtorno e ao uso de estratégias extremas para manter o peso. Por isso, a alternativa A é a resposta adequada.