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Reinos Africanos

Hoje vamos falar sobre os três impérios africanos mais cobrados nos vestibulares, Gana Mali e Songai.

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Reinos Africanos

Hoje vamos falar sobre os três impérios africanos mais cobrados nos vestibulares, Gana Mali e Songai.

Regiões dominadas pelos Impérios Africanos Fonte: Global Security


Império do Gana – 700 até 1250

O Reino de Gana foi fundado no século IV pelo povo Soninquês, se localizava no oeste do continente africano, na região onde hoje estão presentes o Mali e o sul da Mauritânia.

Também conhecido como o Império do Ouro, o Reino de Gana ascendeu politicamente e economicamente entre os séculos VII e XI, apesar da região estar no deserto do Saara, sendo que toneladas de ouro eram exportadas anualmente. Além do ouro existiam outras atividades econômicas como a metalurgia que permitiu a criação de armas, produção agrícola, tecelagem e ferraria.

Sendo que o poder do rei vinha do ouro, o que permitiu o desenvolvimento de infraestrutura para construir muros e enormes cidades, uma vez que também era uma forma de se defender. Estima-se que na sua capital, Kumbi Saleh, viviam 20 mil pessoas.

Declínio

Os berberes, da dinastia dos almorávidas, atacaram a enfraquecida Kumbi Saleh, criando uma divisão do reino, entre uma parte muçulmana ao norte e outra não-muçulmana liderada pelos soninquês ao sul.

Devido a recusa em se converter ao Islã, houve diversas guerras tribais, no entanto no século XII esses territórios foram absorvidos pelo Reino de Mali.


Ruínas de Kumbi Saleh


Império do Mali – 1230 até 1670

Localizado perto do Rio Níger, na região Noroeste do continente africano, o território do Império de Mali teve a maior extensão territorial em relação aos demais reinos citados aqui.

O Império do Mali chegou ao seu apogeu sob o governo de Mansa Mussa, onde a capital era um enorme centro comercial, tendo o controle das rotas comerciais da região, onde eram comercializados diversos produtos como cobre, peixe, sal, couro, noz de cola e cavalos. Conta-se que Mussa após se converter ao islamismo, perigrinou até Meca com quase 15 mil homens, 100 camelos, e muito ouro.

Em troca do ouro, a Mansa Mussa trouxe diversos mercadores e pessoas com alto grau de conhecimento. Além disso, ele determinou a criação de escolas, incluindo a Universidade de Sankoré, que é uma das mais antigas do mundo, cabendo 25 mil estudantes, e com o maior acervo de livros e manuscritos da época, levando estudiosos de todos os lugares para lá.

Mussa também trouxe Abu Issak, também conhecido como Esseheli, o arquiteto que planejou a mesquita de Djenné o maior edifício em adobe (fabricado com argila misturada com palha picada, excremento bovino, e, por vezes, manteiga de karité) do mundo, e declarada como patrimônio mundial pela Unesco em 1988. A sua construção se iniciou em 1325, porém a estrutura atual é de 1907.


Desenho gráfico da Universidade de Sankoré


Declínio

O declínio do Império do Mali se deu no século XV, devido a revoltas internas contra os governos somados a ataques externos.

Império Songai – 1460 até 1591

O Império Songai tem relação direta com a cidade Gao, onde o povo songai se estabeleceu em 800 d.C. A cidade era dominada pelo Império do Mali, porém os Songais conseguiram obter a sua independência.

Após isso o guerreiro songai chamado Sonni ʿAli tomou o poder em 1464, obtendo conquistas importantes como a cidade de Tombuctu.

A maior parte do povo songai criava rebanhos, porém as grandes cidades eram habitadas, a capital Gao, por exemplo, tinha 100 mil habitantes, já Tombuctu 80 mil.

Na economia podemos destacar o comércio muito organizado, com os centros comerciais beirando o rio Níger, além da exploração do sal e ouro, sendo um ponto importante a uniformização de pesos e medidas, o que ajudava na cobrança de impostos.

A população do campo era em sua maioria seguidores de crenças tradicionais, já os moradores da cidade tendiam a seguir a religião muçulmana.

O fim do império se deu após as disputas internas que facilitaram a invasão do território pelo Sultanato Saadiano do Marrocos, e devido a sua força militar com armas muito mais avançadas, incluindo o mosquete, arma um tanto rústica, porém que usava pólvora.


John Spooner, CC-BY-2.0, via Flickr


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