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América Espanhola

Lista de 06 exercícios de História da América com gabarito sobre o tema América Espanhola com questões de Vestibulares.






01. (Fuvest) “Podemos dar conta boa e certa que em quarenta anos, pela tirania e ações diabólicas dos espanhóis, morreram injustamente mais de doze milhões de pessoas…” (Bartolomé de Las Casas, 1474 – 1566)

“A espada, a cruz e a fome iam dizimando a família selvagem.” (Pablo Neruda, 1904 – 1973)

As duas frases lidas colocam como causa da dizimação das populações indígenas a ação violenta dos espanhóis durante a Conquista da América. Pesquisas históricas recentes apontam outra causa, além da já indicada, que foi:

  1. a incapacidade das populações indígenas em se adaptarem aos padrões culturais do colonizador.
  2. o conflito entre populações indígenas rivais, estimulado pelos colonizadores.
  3. a passividade completa das populações indígenas, decorrente de suas crenças religiosas.
  4. a ausência de técnicas agrícolas por parte das populações indígenas, diante de novos problemas ambientais.
  5. a série de doenças trazidas pelos espanhóis, como varíola, tifo e gripe, para as quais as populações indígenas não possuíam anticorpos.

02. (Fuvest) No século XVI, a conquista e ocupação da América pelos espanhóis

  1. desestimulou a economia da metrópole e conduziu ao fim do monopólio de comércio.
  2. contribuiu para o crescimento demográfico da população indígena, concentrada nas áreas de mineração.
  3. eliminou a participação do Estado nos lucros obtidos e beneficiou exclusivamente a iniciativa privada.
  4. dizimou a população indígena e destruiu as estruturas agrárias anteriores à conquista.
  5. impôs o domínio político e econômico dos criollos.

03. (PUC-RS) Considere o texto abaixo, de G. F. de Oviedo, que relata o estabelecimento do império espanhol na América, no livro L’ Histoire des Indies, publicado no ano de 1555.

“O almirante Colombo encontrou, quando descobriu esta ilha Hispaniola, um milhão de índios e índias (…) dos quais, e dos que nasceram desde então, não creio que estejam vivos, no presente ano de 1535, quinhentos, incluindo tanto crianças como adultos (…). Alguns fizeram esses índios trabalhar excessivamente. Outros não lhes deram nada para comer como bem lhes convinha. Além disso, as pessoas dessa região são naturalmente tão inúteis, corruptas, de pouco trabalho, melancólicas, covardes, sujas, de má condição, mentirosas, sem constância e firmeza(…). Vários índios, por prazer e passatempo, deixaram-se morrer com veneno para não trabalhar. Outros se enforcaram pelas próprias mãos. E quanto aos outros, tais doenças os atingiram que em pouco tempo morreram (…). Quanto a mim, eu acreditaria antes que Nosso Senhor permitiu, devido aos grandes, enormes e abomináveis pecados dessas pessoas selvagens, rústicas e animalescas, que fossem eliminadas e banidas da superfície terrestre.

Apud ROMANO, Ruggiero. Mecanismos da Conquista Colonial. São Paulo: Perspectiva, 1973, p. 76

Considerando o contexto histórico, pode-se afirmar que o texto de Oviedo representa

  1. o pensamento singular de um ideólogo extremista do absolutismo espanhol, em oposição ao sistema do Real Padroado e suas repercussões na América colonial.
  2. a posição de um intelectual cristão renascentista que busca denunciar o caráter semifeudal da expansão ultramarina ibérica, sintetizado na figura de Colombo.
  3. uma justificativa, de fundo religioso moral, para o genocídio decorrente da exploração colonial, cujos pressupostos são correntes no universo cultural europeu da época.
  4. uma defesa, em termos racistas e preconceituosos, dos massacres promovidos pelos primeiros colonos espanhóis, que agiam contra os interesses econômicos do Estado Absolutista.
  5. uma visão irônica, de caráter naturalista e raciológico, a respeito da inutilidade da violência praticada pelos colonizadores civis espanhóis no chamado período da Conquista.

04. (FEI-SP) As duas principais atividades econômicas que Portugal e Espanha incentivaram na América, no início da colonização, foram, respectivamente:

  1. cacau na América portuguesa e a mineração da prata e do ouro na América espanhola.
  2. a mineração na América Portuguesa e a monocultura do tabaco na América espanhola.
  3. a monocultura da cana de açúcar na América portuguesa e a pecuária na América espanhola.
  4. a monocultura da cana de açúcar na América portuguesa e a mineração de ouro e de prata na América espanhola.
  5. a monocultura do algodão na América portuguesa e a pecuária na América espanhola.

05. (UFRJ) Leia o texto a seguir:

Um dos períodos [da história do México] mais riscados, apagados e emendados com maior fúria tem sido o da Nova Espanha. [...] A Nova Espanha não se parece com o México pré-colombiano nem com ao atual. E muito menos com a Espanha, embora tenha sido um território submetido à coroa espanhola.

PAZ. O. Sóror Juana Inés de la Cruz: As artimanhas da fé. São Paulo: Mandarin, 1998.

Sobre a sociedade colonial construída em Nova Espanha, é correto afirmar:

  1. se apoiava, como na sociedade colonial brasileira, em uma visão bipolar entre senhores europeus de um lado e escravos africanos de outro, visto que os indígenas haviam sido quase absolutamente exterminados no processo de conquista por doenças ou pela violência do colonizador.
  2. se distinguia de outras sociedades coloniais, pois as diferenças sociais presentes nela eram de classe e não de cunho étnico: não importava a cor da pele para a determinação de um lugar social, mas as posses de um indivíduo.
  3. se tratava, como em outras sociedades coloniais, de uma sociedade de superiores e de inferiores que, entretanto, reconhecia os mestiços, filhos de senhores brancos com mulheres indígenas, como fazendo parte da elite política local, sendo chamados criollos.
  4. recaíam, exclusivamente, os privilégios da sociedade colonial sobre a minoria branca que apresentava, contudo uma divisão interna entre aqueles brancos nascidos na Europa, ocupantes dos cargos de nível superior, e aqueles nascidos na América, ocupantes de posições claramente secundárias na hierarquia social.
  5. se constituía em uma sociedade com uma estrutura hierárquica bem clara, em cuja base se encontravam os grupos desprovidos de quaisquer direitos sociais: índios e negros africanos, ambos trabalhando como escravos e sendo tratados exclusivamente como mercadoria, vendidos e comprados em grandes mercados nas principais cidades mexicanas.

06. (PUC-Rio) A conquista e a colonização europeia na América, entre os séculos XVI e XVII, condicionaram a formação de sociedades coloniais diversas e particulares. Sobre tais sociedades podemos afirmar que:

I – Nas áreas de colonização espanhola, explorou-se exclusivamente a força de trabalho das populações ameríndias, sob a forma de relações servis, como a mita e a encomenda;

II – Nas áreas de colonização portuguesa, particularmente nas áreas destinadas ao fabrico do açúcar, foi empregada, em larga escala, a mão de obra de negros africanos e/ou de indígenas locais;

III – Ao norte do litoral atlântico norte-americano, área de colonização inglesa, houve o estabelecimento de pequenas e médias propriedades, nas quais se utilizou tanto o trabalho livre quanto a servidão por contrato;

IV – Na região do Caribe, em áreas de colonização inglesa e francesa, assistiu-se à implantação da grande lavoura, voltada para a exportação e assentada no uso predominante de mão de obra de escravos africanos.

Assinale a alternativa correta.

  1. Apenas as afirmativas I e II estão corretas.
  2. Apenas as afirmativas I, II e III estão corretas.
  3. Apenas as afirmativas II, III e IV estão corretas.
  4. Apenas as afirmativas I, III e IV estão corretas.
  5. Todas as afirmativas estão corretas.

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