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Escravidão e Resistência

Lista de 10 exercícios de História do Brasil com gabarito sobre o tema Escravidão e Resistência com questões de Vestibulares.

Confira as videoaulas, teoria e questões sobre: Brasil Colônia.






1. (Enem) A escravidão não há de ser suprimida no Brasil por uma guerra servil, muito menos por insurreições ou atentados locais. Não deve sê-lo, tampouco, por uma guerra civil, como o foi nos Estados Unidos. Ela poderia desaparecer, talvez, depois de uma revolução, como aconteceu na França, sendo essa revolução obra exclusiva da população livre. É no Parlamento e não em fazendas ou quilombos do interior, nem nas ruas e praças das cidades, que se há de ganhar, ou perder, a causa da liberdade.

NABUCO, J. O abolicionismo [1883]. Rio de Janeiro: Nova Fronteira; São Paulo: Publifolha, 2000 (adaptado).

No texto, Joaquim Nabuco defende um projeto político sobre como deveria ocorrer o fim da escravidão no Brasil, no qual

  1. copiava o modelo haitiano de emancipação negra.
  2. incentivava a conquista de alforrias por meio de ações judiciais
  3. optava pela via legalista de libertação
  4. priorizava a negociação em torno das indenizações aos senhores.
  5. antecipava a libertação paternalista dos cativos

2. (FATEC) A escravidão indígena adotada no início da colonização do Brasil, foi progressivamente abandonada e substituída pela africana, entre outros motivos, devido:

  1. ao constante empenho do Papado na defesa dos índios contra os colonos.
  2. à bem sucedida campanha dos jesuítas em favor dos índios.
  3. à completa incapacidade dos índios para o trabalho.
  4. aos grandes lucros proporcionados pelo tráfico negreiro aos capi¬tais particulares e à coroa.
  5. ao desejo manifestado pelos negros de emigrarem para o Brasil em busca de trabalho.

3. (CESGRANRIO) No Brasil, o quilombo foi uma das formas de resistência da população escrava. Sobre os quilombos no Brasil, é correto afirmar que o(a):

  1. maior número de quilombos se concentrou na região nordeste do Brasil, em função da decadência da lavoura cafeeira, já que os fazendeiros, impossibilitados de sustentar os escravos, incentivavam-lhes a fuga.
  2. maior dos quilombos brasileiros, Palmares, foi extinto a partir de um acordo entre Zumbi e o governador de Pernambuco, que se comprometeu a não punir os escravos que desejassem retornar às fazendas.
  3. existência de poucos quilombos na região Norte pode ser explicada pela administração diferenciada, já que, no Estado do Grão-Pará e Maranhão, a Coroa Portuguesa havia proibido a escravidão negra.
  4. quase inexistência de quilombos no Sul do Brasil se relaciona à pequena porcentagem de negros na região, o que também permitiu que lá não ocorressem questões ligadas à segregação racial.
  5. população dos quilombos também era formada por indígenas ameaçados pelos europeus, brancos pobres e outros aventureiros e desertores, embora predominassem africanos e seus descendentes.

4. (Fuvest) Trabalho escravo ou escravidão por dívida é uma forma de escravidão que consiste na privação da liberdade de uma pessoa (ou grupo), que fica obrigada a trabalhar para pagar uma dívida que o empregador alega ter sido contraída no momento da contratação. Essa forma de escravidão já existia no Brasil, quando era preponderante a escravidão de negros africanos que os transformava legalmente em propriedade dos seus senhores. As leis abolicionistas não se referiram à escravidão por dívida. Na atualidade, pelo artigo 149 do Código Penal Brasileiro, o conceito de redução de pessoas à condição de escravos foi ampliado de modo a incluir também os casos de situação degradante e de jornadas de trabalho excessivas. (Adaptado de Neide Estergi. A luta contra o trabalho escravo, 2007.)

Com base no texto, considere as afirmações abaixo:

I. O escravo africano era propriedade de seus senhores no período anterior à Abolição.

II. O trabalho escravo foi extinto, em todas as suas formas, com a Lei Áurea.

III. A escravidão de negros africanos não é a única modalidade de trabalho escravo na história do Brasil.

IV. A privação da liberdade de uma pessoa, sob a alegação de dívida contraída no momento do contrato de trabalho, não é uma modalidade de escravidão.

V. As jornadas excessivas e a situação degradante de trabalho são consideradas formas de escravidão pela legislação brasileira atual.

São corretas apenas as afirmações:

  1. I, II e IV
  2. I, III e V
  3. I, IV e V
  4. II, III e IV
  5. III, IV e V

5. (UFPB) O texto, a seguir, retrata uma das mais tristes páginas da história do Brasil: a escravidão.

“O bojo dos navios da danação e da morte era o ventre da besta mercantilista: uma máquina de moer carne humana, funcionando incessantemente para alimentar as plantações e os engenhos, as minas e as mesas, a casa e a cama dos senhores – e, mais do que tudo, os cofres dos traficantes de homens.”

(Fonte: BUENO, Eduardo. Brasil: uma história: a incrível saga de um país. São Paulo: Ática, 2003. p. 112).

Sobre a escravidão como atividade econômica no Brasil Colônia, é correto afirmar:

  1. As pressões inglesas, para que o tráfico de escravos continuasse, aumentaram após 1850. Porém, no Brasil, com a Lei Eusébio de Queiróz, ocorreu o fim do tráfico intercontinental e, praticamente, desapareceu o tráfico interno entre as regiões.
  2. A mão-de-obra escrava no Brasil, diferente de outros lugares, não era permitida em atividades econômicas complementares. Por isso, destinaram-se escravos exclusivamente às plantações de cana-de-açúcar, às minas e à produção do café.
  3. A compra e posse de escravos, durante todo o período em que perdurou a escravidão, só foi permitida para quem pudesse manter um número de, pelo menos, 30 cativos. Essa proibição justificava-se, devido aos altos custos para se ter escravos.
  4. Muitos cativos, no início da escravidão, conseguiam a liberdade, após adquirirem a carta de alforria. Isso explica o grande número de ex-escravos que, na Paraíba, conseguiram tornar-se grandes proprietários de terras.
  5. Os escravos, amontoados e em condições desumanas, eram transportados da África para o Brasil, nos porões dos navios negreiros, como forma de diminuição de custos. Com isso, muitos cativos morriam antes de chegarem ao destino.

6. (UFC) Em sua obra O Abolicionismo, Joaquim Nabuco afirma: "Para nós a raça negra é um elemento de considerável importância nacional, estreitamente ligada por infinitas relações orgânicas à nossa constituição, parte integrante do povo brazileiro. Por outro lado, a emancipação não significa tão somente o termo da injustiça de que o escravo é martyr, mas também a eliminação simultânea dos dois typos contrários, e no fundo os mesmos: o escravo e o senhor."

(NABUCO, Joaquim. O Abolicionismo. Edição fac-similar. Recife. Fundação Joaquim Nabuco. Ed. Massangana. 1988. p. 20)

Em relação à condição do negro na sociedade brasileira, é correto afirmar que:

  1. a abolição representou uma perda total da mão-de-obra pelos antigos senhores;
  2. o fim da escravidão possibilitou ao negro liberto a integração no mercado de trabalho e o livre acesso à terra;
  3. as Sociedade Libertadoras tinham como objetivo principal promover a integração do ex-escravo na sociedade, garantindo-lhe os direitos de cidadania;
  4. a diferença entre o processo abolicionista ocorrido nos Estados Unidos da América e o ocorrido no Brasil foi a ausência de preconceito racial em nosso país;
  5. o negro livre permaneceu à margem do universo cultural estabelecido por uma sociedade regida pelo branco e continuou sujeito ao preconceito e a novos mecanismos de controle social.

7. (FURG) Em ordem cronológica, as leis que gradualmente extinguiram a escravidão no Brasil foram:

  1. Ventre Livre, Áurea, Sexagenários, Eusébio de Queiroz;
  2. Sexagenários, Eusébio de Queiroz, Áurea, Ventre Livre;
  3. Eusébio de Queiroz, Ventre Livre, Sexagenários, Áurea;
  4. Ventre Livre, Eusébio de Queiroz, Sexagenários, Áurea;
  5. Áurea, Eusébio de Queiroz, Ventre Livre, Sexagenários.

08. (Unifor) Principalmente a partir do século XVI, a Coroa portuguesa interveio militarmente em disputas e conflitos entre africanos para manter no governo autoridades africanas convenientes com o tráfico e a escravidão. Tanto no reino Ndongo (Angola), quanto no reino do Congo, os portugueses auxiliaram na imposição de monarcas dóceis ligados aos interesses do tráfico atlântico. Com o tráfico, teve início o processo de roedura.

Fonte: BOULOS JUNIOR, Alfredo. História. Sociedade & Cidadania. 2ª Edição. Vol. 2. São Paulo: FTD, 2016, 81.

Ao levar em consideração as informações acima, qual das opções abaixo se refere a relação entre o tráfico atlântico e o processo de roedura?

  1. A venda de escravos organizados por africanos garantiram o surgimento de mercado inexistente até então: venda de homens e mulheres para trabalhos forçados no mundo.
  2. No momento em que as guerras europeias afetaram os africanos, os últimos se viram obrigados a vender seus irmãos para evitarem ser mortos, ganhando muito dinheiro.
  3. Os africanos, conscientes do excedente de pessoas dentro de seu continente, se viram obrigados a migrar para outros países, esta relação foi erroneamente chamada de tráfico.
  4. O comércio de homens e mulheres negros, perpetrados principalmente por europeus, garantiu a escravização de africanos nas Américas, resultando na exploração colonial da África.
  5. A população existente nas Américas não desejava adquirir escravos, porém, foram obrigados a comprar africanos escravizados, deteriorando, assim, a história da América colonial.

09. (CESMAC) Algumas das formas mais conhecidas de resistência escrava, durante o período colonial brasileiro, foram a fuga e a formação de quilombos. Contudo, a historiografia recente sobre esta temática evidenciou outras formas de resistência que ocorriam no cotidiano dos cativos, podendo-se destacar:

  1. as greves que reivindicavam direitos trabalhistas e liberdade.
  2. a preservação de hábitos culturais que remetiam à sua ancestralidade.
  3. a recusa em aceitar a catequização pelas ordens religiosas missionárias.
  4. a proibição da entrada de brancos nos movimentos abolicionistas.
  5. associações escravas que atuavam nos tribunais portugueses.

10. (UECE) Atente para o que disse o jesuíta André João Antonil sobre a escravidão no Brasil:

“No Brasil, costumam dizer que para o escravo são necessários três PPP, a saber, pau, pão e pano. E, posto que comecem mal, principiando pelo castigo que é o pau, contudo, prouvera a Deus que tão abundante fosse o comer e o vestir como muitas vezes é o castigo, dado por qualquer causa pouco provada, ou levantada; e com instrumentos de muito rigor(...), de que se não usa com os brutos animais, fazendo algum senhor mais caso de um cavalo que de meia dúzia de escravos...”

ANTONIL, André João. Cultura e opulência do Brasil. 3. ed. Belo Horizonte: Itatiaia/Edusp, 1982, p.37. (Coleção Reconquista do Brasil). Disponível em: http://www.dominiopublico.gov.br/pesquisa/DetalheObraFor m.do?select_action=&co_obra=1737

Com base no trecho acima e no que se sabe sobre o sistema escravista ocorrido no Brasil, é correto dizer que

  1. a visão do jesuíta Antonil apresenta uma perspectiva da colonização portuguesa em que a escravidão aparece de uma forma humanizada, pois eram garantidos aos escravos o alimento e as vestimentas.
  2. não há, no texto de Antonil, qualquer crítica ao sistema escravista, aos castigos físicos dados aos escravos nem a sua desvalorização como ser humano.
  3. o sistema escravista, centrado no trabalho compulsório, no tráfico de africanos para a colônia e em uma rígida estrutura de controle e punição, foi a base da economia colonial e criou uma sociedade desigual.
  4. apesar de aparentar opressão e violência, o sistema escravista foi positivo para os africanos trazidos ao Brasil, pois possibilitou a eles acesso a uma cultura superior e a uma religião organizada, já que, na África, viviam primitivamente.

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