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História do Brasil: parte 1.

Lista de 24 exercícios de História com gabarito sobre o tema História Do Brasil com questões do Enem.

Confira as videoaulas, teoria e questões sobre: Brasil Colônia, Brasil Império, Período Joanino, Revoltas Nativistas e Brasil República .






01. (Enem 2019) O processamento da mandioca era uma atividade já realizada pelos nativos que viviam no Brasil antes da chegadade portugueses e africanos. Entretanto, ao longo do processo de colonização portuguesa, a produção de farinha foi aperfeiçoada e ampliada, tornando-se lugar-comum em todo o território da colônia portuguesa na América. Com a consolidação do comércio atlântico em suas diferentes conexões, a farinha atravessou os mares e chegou aos mercados africanos.

BEZERRA, N. R.Escravidão, farinha e tráfico atlântico: um novo olhar sobre as relações entre o Rio de Janeiro e Benguela (1790-1830). Disponivel em: www.bn.br Acesso em: 20 ago. 2014 (adaptado)

Considerando a formação do espaço atlântico, esse produto exemplifica historicamente a

  1. difusão de hábitos alimentares.
  2. disseminação de rituais festivos.
  3. ampliação dos saberes autóctones.
  4. apropriação de costumes guerreiros.
  5. diversificação de oferendas religiosas.

02. (Enem 2019) Entre os combatentes estava a mais famosa heroina da Independência. Nascida em Feira de Santana, filha de lavradores pobres, Maria Quitéria de Jesus tinha trinta anos quando a Bahia começou a pegar em armas contra os portugueses. Apesar da proibicão de mulheres nos batalhões de voluntários, decidiu se alistar às escondidas. Cortou os cabelos, amarrou os seios, vestiu-se de homem e incorporou-se às fileiras brasileiras com o nome de Soldado Medeiros.

GOMES, L. 1822. Rio de Janeiro: Nova Fronteira, 2010

No processo de Independência do Brasil, o caso mencionado é emblemático porque evidencia a

  1. rigidez hierárquica da estrutura social.
  2. inserção feminina nos oficios militares.
  3. adesão pública dos imigrantes portugueses.
  4. flexibilidade administrativa do governo imperial.
  5. receptividade emancipatórias metropolitana ideais aos

03. (Enem 2019) A comunidade de Mumbuca, em Minas Gerais, tem uma organização coletiva de tal forma expressiva que coopera para o abastecimento de mantimentos da cidade do Jequitinhonha, o que pode ser atestado pela feira aos sábados. Em Campinho da Independência, no Rio de Janeiro, o artesanato local encanta os frequentadores do litoral sul do estado, além do restaurante quilombola que atende aos turistas.

ALMEIDA, A. W. B. (Org.). Cadernos de debates nova cartografia social: Territórios quilombolas e conflitos. Manaus: Projeto Nova Cartografia Social da Amazônia; UEA Edições, 2010 (adaptado).

No texto, as estratégias territoriais dos grupos de remanescentes de quilombo visam garantir:

  1. Perdão de dívidas fiscais.
  2. Reserva de mercado local.
  3. inserção econômica regional.
  4. Protecionismo comercial tarifé
  5. Beneficios assistenciais públicos.

04. (Enem 2019) A Revolta da Vacina (1904) mostrou claramente o aspecto defensivo, desorganizado, fragmentado da ação popular. Não se negava o Estado, não se reivindicava participação nas decisões politicas; defendiam-se valores e direitos considerados acima da intervenção do Estado.

CARVALHO,J.M. Os bestializados: o Rio de Janeiro e a Republica que não foi. São Paulo: Cia. das Letras, 1987 (adaptado)

A mobilização analisada representou um alerta, na medida em que a ação popular questionava

  1. a alta de preços
  2. a política clientelista.
  3. as reformas urbanas.
  4. o arbitrio governamental.
  5. as práticas eleitorais.

05. (Enem 2019) A partir da segunda metade do século XVIII, o número de escravos recém chegados cresce no Rio e se estabiliza na Bahia. Nenhum lugar servia tão bem à recepção de escravos quanto o Rio de Janeiro.

FRANÇA, R. O tamanho real da escravidão. O Globo, 5 abr. 2015 (adaptado).

Na matéria, o jornalista informa uma mudança na dinâmica do tráfico atlântico que está relacionada à seguinte atividade:

  1. coleta de drogas do sertão.
  2. extração de metais preciosos.
  3. adoção da pecuária extensiva.
  4. retirada de madeira do litoral.
  5. exploração da lavoura de tabaco.

06. (Enem 2019) Tratava-se agora de construir um ritmo novo. Para tanto, era necessário convocar todas as forças vivas da Nação, todos os homens que, com vontade de trabalhar e confiança no futuro, pudessem erguer, num tempo novo, um novo Tempo. E, à grande convocação que conclamava o povo para a gigantesca tarefa, começaram a chegar de todos os cantos da imensa pátria os trabalhadores: os homens simples e quietos, com pés de raiz, rostos de couro e mãos de pedra, e no calcanho, em carro de boi, em lombo de burro, em paus-de-arara, por todas as formas possíveis e imagináveis, em sua mudez cheia de esperança, muitas vezes deixando para trás mulheres e filhos a aguardar suas promessas de melhores dias; foram chegando de tantos povoados, tantas cidades cujos nomes pareciam cantar saudades aos seus ouvidos, dentro dos antigos ritmos da imensa pátria... Terra de sol, Terra de luz... Brasil! Brasil! Brasília!

MORAES, V; JOBIM, A.C. Brasilia, sinfonia da alvorada. Il-Achegada dos candangos. Disponivel em: www.viniciusdemoraes.com.br. Acesso em: 14 ago. 2012 (adaptado).

No texto, a narrativa produzida sobre a construção de Brasília articula os elementos políticos e socioeconomicos indicados, respectivamente, em:

  1. pelo simbólico e migração inter-regional.
  2. Organização sindical e expansão do capital.
  3. Segurança territorial e estabilidade financeira.
  4. Consenso partidário e modernização rodoviária.
  5. Perspectiva democrática e eficácia dos transportes.

07. (Enem PPL 2019) Para dar conta do movimento histórico do processo de inserção dos povos indígenas em contextos urbanos, cuja memória reside na fala dos seus sujeitos, foi necessário construir um método de investigação, baseado na História Oral, que desvelasse essas vivências ainda não estudadas pela historiografia, bem como as conflitivas relações de fronteira daí decorrentes. A partir da história oral foi possível entender a dinâmica de deslocamento e inserção dos índios urbanos no contexto da sociedade nacional, bem como perceber os entrelugares construídos por estes grupos étnicos na luta pela sobrevivência e no enfrentamento da sua condição de invisibilidade.

MUSSI, P. L. V. Tronco velho ou ponta da rama? A mulher indígena terena nos entrelugares da fronteira urbana. Patrimônio e Memória, n. 1, 2008

O uso desse método para compreender as condições dos povos indígenas nas áreas urbanas brasileiras justifica-se por

  1. focalizar a empregabilidade de indivíduos carentes de especialização técnica.
  2. permitir o recenseamento de cidadãos ausentes das estatísticas oficiais.
  3. neutralizar as ideologias de observadores imbuídos de viés acadêmico.
  4. promover o retorno de grupos apartados de suas nações de origem.
  5. registrar as trajetórias de sujeitos distantes das práticas de escrita.

08.(Enem PPL 2019) Lembro, a propósito, uma cerimônia religiosa a que assisti na noite de Santo Antônio de 1975 quando presente a uma festa em honra do padroeiro. Ia a coisa assim bonita e simples, até que, recitadas as cinco dezenas de ave-marias e os seus padre-nossos, chegou a hora do remate com o canto da salve-rainha. O capelão começou a entoar nesse instante hino à Virgem, em latim “Salve Regina, mater misericordiae”, e, o que eu estranhei, foi seguido de pronto sem qualquer hesitação pelos presentes. Depois veio o espantoso para mim: a reza, também entoada, de toda a extensa ladainha de Nossa Senhora igualmente em latim. Eu olhava e não acabava de crer: aqueles caboclos que eu via mourejando de serventes nas obras do bairro estavam agora ali acaipirando lindamente a poesia medieval do responso

BOSI, A. Dialética da colonização. São Paulo: Cia. das Letras, 1992.

O estranhamento do autor diante da cerimônia relaciona-se ao encontro de temporalidades que

  1. questionam ritos católicos.
  2. evidenciam práticas ecumênicas.
  3. elitizam manifestações populares.
  4. valorizam conhecimentos escolares.
  5. revelam permanências culturais.

09.(Enem PPL 2019) O frevo é uma forma de expressão musical, coreográfica e poética, enraizada no Recife e em Olinda, no estado de Pernambuco. O frevo é formado pela grande mescla de gêneros musicais, danças, capoeira e artesanato. É uma das mais ricas expressões da inventividade e capacidade de realização popular na cultura brasileira. Possui a capacidade de promover a criatividade humana e também o respeito à diversidade cultural. No ano de 2012, a Unesco proclamou o frevo como Patrimônio Imaterial da Humanidade.

PORTAL BRASIL. Disponível em: www.brasil.gov.br. Acesso em: 10 fev. 2013.

A característica da manifestação cultural descrita que justifica a sua condição de Patrimônio Imaterial da Humanidade é a

  1. conversão dos festejos em produto da elite.
  2. expressão de sentidos construídos coletivamente.
  3. dominação ideológica de um grupo étnico sobre outros.
  4. disseminação turística internacional dos eventos festivos.
  5. identificação de simbologias presentes nos monumentos artísticos.

10.(Enem PPL 2019) Lei n. 601, de 18 de setembro de 1850

D. Pedro II, por Graça de Deus e Unânime Aclamação dos Povos, Imperador Constitucional e Defensor Perpétuo do Brasil: Fazemos saber, a todos os nossos súditos, que a Assembleia Geral decretou, e nós queremos a Lei seguinte:

Art. 1º Ficam proibidas as aquisições de terras devolutas por outro título que não seja o de compra.

Disponível em: www.planalto.gov.br. Acesso em: 8 ago. 2014 (adaptado)

Considerando a conjuntura histórica, o ordenamento jurídico abordado resultou na

  1. mercantilização do trabalho livre.
  2. retração das fronteiras agrícolas.
  3. demarcação dos territórios indígenas.
  4. concentração da propriedade fundiária.
  5. expropriação das comunidades quilombolas.

11.(Enem PPL 2019) A Regência iria enfrentar uma série de rebeliões nas províncias, marcadas pela reação das elites locais contra o centralismo monárquico levado a efeito pelos interesses dos setores ligados ao café da Corte, como a Cabanagem, no Pará, a Balaiada, no Maranhão, e a Sabinada, na Bahia. Mas, de todas elas, a Revolução Farroupilha era aquela que mais preocuparia, não só pela sua longa duração como pela sua situação fronteiriça da província do Rio Grande, tradicionalmente a garantidora dos limites e dos interesses antes lusitanos e agora nacionais do Prata

PESAVENTO, S. J. Farrapos com a faca na bota. In: FIGUEIREDO, L. História do Brasil para ocupados. Rio de Janeiro: Casa da Palavra, 2013

A característica regional que levou uma das revoltas citadas a ser mais preocupante para o governo central era a

  1. autonomia bélica local.
  2. coesão ideológica radical.
  3. liderança política situacionista.
  4. produção econômica exportadora.
  5. localização geográfica estratégica.

12.(Enem PPL 2019) Uns viam na abdicação uma verdadeira revolução, sonhando com um governo de conteúdo republicano; outros exigiam o respeito à Constituição, esperando alcançar, assim, a consolidação da Monarquia. Para alguns, somente uma Monarquia centralizada seria capaz de preservar a integridade territorial do Brasil; outros permaneciam ardorosos defensores de uma organização federativa, à semelhança da jovem República norte-americana. Havia aqueles que imaginavam que somente um Poder Executivo forte seria capaz de garantir e preservar a ordem vigente; assim como havia os que eram favoráveis à atribuição de amplas prerrogativas à Câmara dos Deputados, por entenderem que somente ali estariam representados os interesses das diversas províncias e regiões do Império

MATTOS, I. R.; GONÇALVES, M. A. O Império da boa sociedade: a consolidação do Estado imperial brasileiro. São Paulo: Atual, 1991 (adaptado).

O cenário descrito revela a seguinte característica política do período regencial:

  1. Instalação do regime parlamentar.
  2. Realização de consultas populares.
  3. Indefinição das bases institucionais.
  4. Limitação das instâncias legislativas.
  5. Radicalização das disputas eleitorais.

13.(Enem PPL 2019) A população africana residente nesta província, bem como a de todo o Império, compõe-se de indivíduos de diferentes lugares da África que variam em costumes e religiões; a que aqui segue o maometismo, à qual pertencemos, é uma população pequena, porém, distinta entre si, e notando a necessidade de sustentarmos nosso culto e fundados ainda no artigo 5º da Constituição do Império, requeremos ao sr. chefe de polícia licença para exercermos o culto.

REIS, J. J.; GOMES, F. S.; CARVALHO, M. J. M. O Alufá Rufino: tráfico, escravidão e liberdade no Atlântico negro (1822-1853). São Paulo: Cia. das Letras, 2010 (adaptado).

O pedido de um grupo de africanos de Recife ao chefe de polícia local tinha como objetivo, naquele contexto,

  1. criticar a doutrina oficial.
  2. professar uma fé alternativa.
  3. assegurar a cidadania política.
  4. legalizar os terreiros de candomblé.
  5. eliminar algumas tradições culturais.

14.(Enem PPL 2019) TEXTO I

E pois que em outra cousa nesta parte me não posso vingar do demônio, admoesto da parte da cruz de Cristo Jesus a todos que este lugar lerem, que deem a esta terra o nome que com tanta solenidade lhe foi posto, sob pena de a mesma cruz que nos há de ser mostrada no dia final, os acusar de mais devotos do pau-brasil que dela.

BARROS, J. In: SOUZA, L. M. Inferno atlântico: demonologia e colonização: séculos XVI-XVIII. São Paulo: Cia. das Letras, 1993.

TEXTO II

E deste modo se hão os povoadores, os quais, por mais arraigados que na terra estejam e mais ricos que sejam, tudo pretendem levar a Portugal, e, se as fazendas e bens que possuem souberam falar, também lhes houveram de ensinar a dizer como os papagaios, aos quais a primeira coisa que ensinam é: papagaio real para Portugal, porque tudo querem para lá.

SALVADOR, F. V. In: SOUZA, L. M. (Org.). História da vida privada no Brasil: cotidiano e vida privada na América portuguesa. São Paulo: Cia. das Letras, 1997.

As críticas desses cronistas ao processo de colonização portuguesa na América estavam relacionadas à

  1. utilização do trabalho escravo.
  2. implantação de polos urbanos.
  3. devastação de áreas naturais.
  4. ocupação de terras indígenas.
  5. expropriação de riquezas locais.

15. (Enem 2018) A democracia que eles pretendem é a democracia dos privilégios, a democracia da intolerância e do ódio. A democracia que eles querem é para liquidar com a Petrobras, é a democracia dos monopólios, nacionais e internacionais, a democracia que pudesse lutar contra o povo. Ainda ontem eu afirmava que a democracia jamais poderia ser ameaçada pelo povo, quando o povo livremente vem para as praças – as praças que são do povo. Para as ruas – que são do povo.

Disponível em: www.revistadehistoria.com.br/secao/artigos/discurso-de-joao-goulart-nocomicio-da-central. Acesso em: 29 out. 2015

Em um momento de radicalização política, a retórica no discurso do presidente João Goulart, proferido no comício da Central do Brasil, buscava justificar a necessidade de

  1. conter a abertura econômica para conseguir a adesão das elites.
  2. impedir a ingerência externa para garantir a conservação de direitos.
  3. regulamentar os meios de comunicação para coibir os partidos de oposição.
  4. aprovar os projetos reformistas para atender a mobilização de setores trabalhistas.
  5. incrementar o processo de desestatização para diminuir a pressão da opinião pública.

16. (Enem 2018) A rebelião luso-brasileira em Pernambuco começou a ser urdida em 1644 e explodiu em 13 de junho de 1645, dia de Santo Antônio. Uma das primeiras medidas de João Fernandes foi decretar nulas as dívidas que os rebeldes tinham com os holandeses. Houve grande adesão da "nobreza da terra", entusiasmada com esta proclamação heroica.

VAINFAS, R. Guerra declarada e paz fingida na restauração portuguesa. Tempo, n. 27, 2009.

O desencadeamento dessa revolta na América portuguesa seiscentista foi o resultado do(a)

  1. fraqueza bélica dos protestantes batavos.
  2. comércio transatlântico da África ocidental.
  3. auxílio financeiro dos negociantes flamengos.
  4. diplomacia internacional dos Estados ibéricos.
  5. interesse econômico dos senhores de engenho

17. (Enem 2018)

TEXTO I

Programa do Partido Social Democrático (PSD)

Capitais estrangeiros

É indispensável manter clima propício à entrada de capitais estrangeiros. A manutenção desse clima recomenda a adoção de normas disciplinadoras dos investimentos e suas rendas, visando reter no país a maior parcela possível dos lucros auferidos.

TEXTO I

Programa da União Democrática Nacional (UDN)

O capital

Apelar para o capital estrangeiro, necessário para os empreendimentos da reconstrução nacional e, sobretudo, para o aproveitamento das nossas reservas inexploradas, dando-lhe um tratamento equitativo e liberdade para a saída dos juros.

CHACON, V. História dos partidos brasileiros: discurso e práxis dos seus programas. Brasília: UnB, 1981 (adaptado)

Considerando as décadas de 1950 e 1960 no Brasil, os trechos dos programas do PSD e UDN convergiam na defesa da

  1. autonomia de atuação das multinacionais.
  2. descentralização da cobrança tributária.
  3. flexibilização das reservas cambiais.
  4. liberdade de remessa de ganhos.
  5. captação de recursos do exterior.

18. (Enem 2018) Outra importante manifestação das crenças e tradições africanas na Colônia eram os objetos conhecidos como “bolsas de mandinga”. A insegurança tanto física como espiritual gerava uma necessidade generalizada de proteção: das catástrofes da natureza, das doenças, da má sorte, da violência dos núcleos urbanos, dos roubos, das brigas, dos malefícios de feiticeiros etc. Também para trazer sorte, dinheiro e até atrair mulheres, o costume era corrente nas primeiras décadas do século XVIII, envolvendo não apenas escravos, mas também homens brancos.

CALAINHO, D. B. Feitiços e feiticeiros. In: FIGUEIREDO, L. História do Brasil para ocupados. Rio de Janeiro: Casa da Palavra, 2013 (adaptado).

A prática histórico-cultural de matriz africana descrita no texto representava um(a)

  1. expressão do valor das festividades da população pobre.
  2. ferramenta para submeter os cativos ao trabalho forçado.
  3. estratégia de subversão do poder da monarquia portuguesa.
  4. elemento de conversão dos escravos ao catolicismo romano.
  5. instrumento para minimizar o sentimento de desamparo social.

19. (Enem 2018) São Paulo, 10 de janeiro de 1979.

Exmo. Sr. Presidente Ernesto Geisel.

Considerando as instruções dadas por V. S. de que sejam negados os passaportes aos senhores Francisco Julião, Miguel Arraes, Leonel Brizola, Luis Prestes, Paulo Schilling, Gregório Bezerra, Márcio Moreira Alves e Paulo Freire.

Considerando que, desde que nasci, me identifico plenamente com a pele, a cor dos cabelos, a cultura, o sorriso, as aspirações, a história e o sangue destes oito senhores. Considerando tudo isto, por imperativo de minha consciência, venho por meio desta devolver o passaporte que, negado a eles, me foi concedido pelos órgãos competentes de seu governo.

Carta do cartunista Henrique de Souza Fiiho, conhecido como Henfíi. In: HENFIL. Cartas da mãe. Rio de Janeiro: Codecri, 1981 (adaptado).

No referido contexto histórico, a manifestação do cartunista Henfil expressava uma crítica ao(à)

  1. censura moral das produções culturais.
  2. limite do processo de distensão política.
  3. interferência militar de países estrangeiros.
  4. representação social das agremiações partidárias.
  5. impedimento de eleição das assembleias estaduais.

20. (Enem 2018) A primeira fase da dominação da economia sobre a vida social acarretou, no modo de definir toda realização humana, uma evidente degradação do ser para o ter. A fase atual, em que a vida social está totalmente tomada pelos resultados da economia, leva a um deslizamento generalizado do ter para o parecer, do qual todo ter efetivo deve extrair seu prestígio imediato e sua função última. Ao mesmo tempo, toda realidade individual tornou-se social, diretamente dependente da força social, moldada por ela.

DEBORD, G. A sociedade do espetáculo. Rio de Janeiro: Contraponto, 2015.

Uma manifestação contemporânea do fenômeno descrito no texto é o(a)

  1. valorização dos conhecimentos acumulados.
  2. exposição nos meios de comunicação.
  3. aprofundamento da vivência espiritual.
  4. fortalecimento das relações interpessoais.
  5. reconhecimento na esfera artística.

21. (Enem 2018) Os seus líderes terminaram presos e assassinados. A “marujada” rebelde foi inteiramente expulsa da esquadra. Num sentido histórico, porém, eles foram vitoriosos. A “chibata” e outros castigos físicos infamantes nunca mais foram oficialmente utilizados; a partir de então, os marinheiros – agora respeitados – teriam suas condições de vida melhoradas significativamente. Sem dúvida fizeram avançar a História.

MAESTRI, M. 1910: a revolta dos marinheiros-um a saga negra. São Paulo: Global, 1982.

A eclosão desse conflito foi resultado da tensão acumulada na Marinha do Brasil pelo(a)

  1. engajamento de civis analfabetos após a emergência de guerras externas.
  2. insatisfação de militares positivistas após a consolidação da política dos governadores.
  3. rebaixamento de comandantes veteranos após a repressão a insurreições milenaristas.
  4. sublevação das classes populares do campo após a instituição do alistamento obrigatório.
  5. manutenção da mentalidade escravocrata da oficialidade após a queda do regime imperial.

22. (Enem 2018)

Essa imagem foi impressa em cartilha escolar durante a vigência do Estado Novo com o intuito de

  1. destacar a sabedoria inata do líder governamental.
  2. atender a necessidade familiar de obediência infantil.
  3. promover o desenvolvimento consistente das atitudes solidárias.
  4. conquistar a aprovação política por meio do apelo carismático.
  5. estimular o interesse acadêmico por meio de exercícios intelectuais.

23. (Enem 2018) Código Penal dos Estados Unidos do Brasil, 1890

Dos crimes contra a saúde pública

Art. 156. Exercer a medicina em qualquer dos seus ramos, a arte dentária ou a farmácia; praticar a homeopatia, a dosimetria, o hipnotismo ou magnetismo animal, sem estar habilitado segundo as leis e regulamentos.

Art. 158. Ministrar, ou simplesmente prescrever, como meio curativo para uso interno ou externo, e sob qualquer forma preparada, substância de qualquer dos reinos da natureza, fazendo, ou exercendo assim, o ofício denominado curandeiro

Disponível em: http://legis.senado.gov.br. Acesso em: 21 dez. 2014 (adaptado).

No início da Primeira República, a legislação penal vigente evidenciava o(a)

  1. negligência das religiões cristãs sobre as moléstias.
  2. desconhecimento das origens das crenças tradicionais.
  3. preferência da população pelos tratamentos alopáticos.
  4. abandono pela comunidade das práticas terapêuticas de magia.
  5. condenação pela ciência dos conhecimentos populares de cura.

24. (Enem 2018) Rodrigo havia sido indicado pela oposição para fiscal duma das mesas eleitorais. Pôso revólver na cintura, uma caixa de balas no bolso e encaminhou-se para seu posto. A chamada dos eleitores começou às sete da manhã. Plantados junto da porta, os capangas do Trindade ofereciam cédulas com o nome dos candidatos a todos os eleitores que entravam. Estes, em sua quase totalidade, tomavam docilmente os papeluchos e depositavam-nos na urna, depois de assinar a autêntica. Os que se recusavam a isso tinham seus nomes acintosamente anotados.

VERISSIMO, E. O tempo e o vento. São Paulo; Globo, 2003 (adaptado).

Erico Verissimo tematiza em obra ficcional o seguinte aspecto característico da vida política durante a Primeira República:

  1. Identificação forçada de homens analfabetos.
  2. Monitoramento legal dos pleitos legislativos.
  3. Repressão explícita ao exercício de direito.
  4. Propaganda direcionada à população do campo.
  5. Cerceamento policial dos operários sindicalizados.

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